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segunda-feira, março 30, 2009

O mal que Parreira nos fez

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O técnico Carlos Alberto Parreira, por mais execrado que hoje seja, marcou o futebol brasileiro dos últimos anos de forma profunda e ainda não conseguimos nos livrar de sua influência. Vejo evidências dessa influência em dois empates, o da Seleção Brasileira de Dunga contra o Equador e o do Corinthians de Mano Menezes contra o Guarani.

Na Copa de 94, Parreira criou um estilo de jogo defensivo, trancado no meio campo, abundante em toques de lado e pouca criatividade. O meio campo com Mauro Silva, Dunga, Mazinho e Zinho é a prova. O time, convém dizer, era bem armado e funcionava, dentro de sua proposta. A vitória na Copa foi a coroação da chamada Era Dunga, onde meias habilidosos (Raí, Giovani) foram substituídos por volantes fortes e marcadores. A aplicação tática se tornava mais importante do que a técnica e a criatividade, num futebol previsível e chato.

Mais tarde, no Corinthians de 2002, o jogo mudou um pouco, mas manteve o objetivo básico: não tomar gols. Agora, em lugar de uma formação eminentemente defensiva, era o estilo de jogo que se encarregava de evitar os gols – dos dois lados. A idéia era manter a posse de bola no campo de ataque o maior tempo possível, evitando os ataques adversários. Com essa intenção, o numero de passes de lado se multiplicava e as jogadas agudas, verticais, em direção ao gol rareavam. Curioso lembrar que no papel era um 4-3-3, com Deivid, Gil e Leandro no ataque. Na prática, este último voltava constantemente para o meio campo, ajudando na marcação – como fazia também em sua passagem pelo São Paulo. Atrás, Ricardinho e Vampeta cadenciavam o time. O resultado era um time bem armado, funcional, previsível – atributos muito valorizados em repartições públicas.

As duas versões do estilo Parreira contaminaram o futebol brasileiro e vemos ainda hoje os sintomas dessa virose. O defensivismo explícito de 1994 foi a regra por muito anos, levando à febre dos três zagueiros, aos dois volantes brucutus, aos laterais mais presos. Quando essa moda passou, o defensivismo se travestiu de técnica e virou toque de lado, prisão móvel, falta de tesão. Essa filosofia foi levada para a Copa de 2006 e foi – de braços dados com o desempenho horrível de nossos craques – responsável pelo resultado que conhecemos. Um dado aqui é que, em 2006, Parreira falhou no que sempre foi sua (única?) virtude: montar times bem organizados. A biblioteca não funcionou bem.

A derrota traumatizou o Brasil com o “parreirismo” e levou à nova Era Dunga, com o anão dessa vez como comandante da Seleção. O diagnóstico, no entanto, foi errado. Tentando acabar com a herança do técnico-bibliotecário, Dunga acaba com um dos fundamentos do futebol bem jogado: o passe. O time brasileiro não se organiza para passar bem a bola, com ciência e arte, como diria Alberto Helena Júnior. O jogo é todo feito de tentativas de arrancadas e lançamentos para o ataque. No jogo de ontem, foram inúmeros os “passes” longos pra Luiz Fabiano, verdadeiros tijolos para que o centroavante se virasse.

O mesmo parece acontecer com o Corinthians, com agravantes. Não existe vida no meio campo. A dupla de volantes funciona bem, marca, mas há um buraco entre ela e o ataque. “Isso é saudosismo dos meias de antigamente”, bradarão os modernos. Mas o fato é que a bola tem que sair da defesa e chegar ao ataque em boas condições, não em chutões. O time precisa de uma (várias) forma de trabalhar com a bola no pé e criar jogadas de ataque. Se não temos mais Gersons, Rivelinos, Sócrates e Zicos, que inventemos um novo jeito de cumprir a tarefa.

O parreirismo fez mal ao futebol verde-amarelo quando presente e agora o prejudica pelo contraste. A aversão – justa – aos infindáveis toques de lado fez muitos acharem o interessante time da Espanha campeã da última Eurocopa burocrático e cheio de “armandinhos”. Faltava, após a contusão de David Villa, um outro atacante ao lado de Fernando Torres, mas o time visava sempre o gol e saiam tabelas lindas, num jogo coletivo bem legal de ver. Se não tinham craques no time, compensavam com um esforço coletivo. Mas, repito, visando o gol, não a posse de bola como um fim em si mesma.

É preciso acalmar os ânimos e perceber que controlar o ritmo do jogo nem sempre quer dizer embromar, assim como o contra-ataque é uma arma importante, só não pode ser a única de um time. Sócrates, contam os corintianos mais velhos, fez isso com a Fiel: ensinou a ter calma e a esperar o melhor momento para atacar. Se falta um Sócrates hoje, cabe aos treinadores criarem formas de organizar o time para cumprir essa função.

Adendo alheio sobre Muricy Ramalho - por Marcão
No Lance! de domingo, o colunista Marcelo Damato denuncia que "está crescendo uma mentalidade em que nada mais importa do que ganhar". E detona: "O símbolo desse futebol que tem o curioso rótulo de 'pragmático' é Muricy Ramalho, que não se importa que seu time jogue de maneira previsível. As vitórias, segundo ele, justificam tudo". Para Damato, o efeito daninho, com os sucessos do São Paulo, é que a maioria dos torcedores já pensa do mesmo jeito. "Como ganhar campeonato passou a ser obsessão, não pela alegria que dá, mas pelo alívio de não ter de suportar gozações, os torcedores aceitam tudo e o jogo está mudando para pior, muito pior", prossegue o colunista. E cita, como exemplo, os dois últimos clássicos do Paulistão (Corinthians 1 x 0 Santos e São Paulo 1 x 0 Palmeiras), que foram decididos com gols antes dos 20 minutos e depois se arrastaram de forma ruim e modorrenta. Será que Marcelo Damato tem alguma razão?

12 comentários:

Felipe Carrilho disse...

Nicolau,

Parabéns pela análise. Concordo com muita coisa o que escreveu.
Mas, gostaria de fazer algumas pequenas considerações:

Não consigo enxergar uma continuação, mesmo que nuançada, entre o Parreira de 94 e o de 2006. Acho que o último foi, na verdade, quase um negativo do primeiro, principalmente, no que você salientou, em relação à completa desorganização não apenas tática da seleção.

Não acho que o Dunga deva ser mais responsabilizado do que merece pela decadência da seleção. Jogadores como Ronaldinho e Robinho são, na minha opinião, o retrato do atual estado de coisas.

Sobre a dificuldade de trocar bons passes da seleção, não sei se se deveu à uma opção cosciente do treinador. Ontem, assistindo ao jogo, lembrei do amistoso Brasil X Canadá, que antecedeu a Copa de 94. Na oportunidade, a seleção de Parreira (marcada, como você frisou, pela troca de passes burocrárica)foi duramente criticada por privilegiar a ligação direta ao ataque. Talvez, a questão seja a ausência de tática, que caracteriza a era Dunga.

Sobre o meio campo corintiano, apesar de todas as críticas, ainda vejo o Douglas como a grande solução criativa. Acho que é preciso paciência com ele, pois é um grande jogador.

Por fim, junto-me a você na defesa de um futebol mais corajoso, na seleção e, principalmente no Corinthians!!!

Abraço.

Marcão disse...

Quanto ao Parreira, penso que ele foi mesmo um dos pais da atual retranca brasileira, mas não em 1994 e sim no longínquo 1983, quando foi escalado para substituir Telê Santana. Porém, se pegarmos o Zagallo de 1974, veremos que a retranca não tem só pai, mas avô também. Sobre o Muricy, tendo em vista todo esse histórico de retranqueiros há duas ou três décadas, creio que ele só aperfeiçoou a estratégia e, nesse mar de mediocridade, tem colhido seus frutos.

Anselmo disse...

acho que toda crítica ao Parreira é merecida por pura birra de torcedor. Me recuso a reconhecer até os méritos inegáveis ao treinador. Mas... vou discordar bastante.

a primeira vez que os três zagueiros foram projetados nacionalmente foi em 1990 com Sebastião Lazaroni.

por que pôr um técnico tão europeizado pra disputar o mundial de Itália? depois de 2 copas nas mãos de telê santana e do suposto ofensivismo, parece que teve um certo clamor por objetividade. Nem o ofensivismo era real, nem a objetividade tão eficaz.

Como explicar que, depois do fiasco de 90 (na derrota pra argentina de maradona, dunga e alemão foram os autores dos chutes que acertaram a trave), um técnico defensivo tenha prevalecido?

Lazaroni foi substituído por Falcão, que teve mais sucesso como comentarista do que como técnico. não era um futebol ofensivo nem bonito. É bem verdade que não teve muito tempo pra mostrar a que veio... mas depois do ex-atleta veio o carlos alberto parreira.

depois do tetra, veio zagallo, que era um pouco diferente em termos de profusão de volantes, mas igual em termos de alvo de críticas.

Luxemburgo, o ofensivo, foi execrado, mas não conseguiu fazer a seleção jogar na olimpíada (jogou bem em poucos jogos). Felipão, Parreira de novo e agora dunga completam a série histórica.

Então, na seleção, parece que os retranqueiros conseguem se manter melhor. O que tem a ver com as pressões da mídia e da opinião pública (que contam mais ou menos dependendo do contexto). Se tem mais coisas, não sei.

Ronaldinho Gaúcho e Elano estavam em campo. Se, como meias, não renderam, tem problemas de posicionamento e de disposição. Não acho ruim que se atribua isso ao técnico.

Mas se for pra atribuir à "gestão anterior", defendo que se recorde tbém a "herança maldita" de falsos ofensivistas que não resolveram nada. No mínimo, para evitar saudosismos inadequados.

pronto, exagerei.

Anônimo disse...

Meninos,
vocês todos são muito jovens e ficam discutindo o futebol brasileiro como se ele ainda existisse. O futebol brasileiro morreu e só uma boa ida a um centro espírita de qualidade pode trazê-lo à vida.
Para que a mente de vocês tenha um pouco mais de claridade sobre o que significou este esporte no mundo, publico o texto a seguir:

Breve história do futebol

Quando o glorioso Botafogo foi fundado, em 1904, iniciou-se aquilo que conhecemos como futebol. Antes, rudimentos desse esporte eram praticados em várias partes do mundo - inclusive no Brasil. Mas só a partir da criação do Botafogo é que o futebol passou a ser esse esporte que conhecemos.

Dois anos após sua fundação, o Botafogo participou de seu primeiro campeonato. O resultado não poderia ser outro: campeão carioca de 1906. A partir daí, o Botafogo continuou desenvolvendo o estilo brasileiro do futebol, que encontrou paralelo, mais adiante, no Santos Futebol Clube, no estado de São Paulo.

Assim como no teatro e nas artes existe a disputa apolíneo X dionisíaco, Santos e Botafogo representaram essas duas correntes no futebol. O Botafogo, Dionísio. Santos, Apolo. O aprimoramento desses estilos desenvolvidos pelos dois clubes fundadores do jeito brasileiro de jogar futebol alcançou seu ápice no final dos anos 50, início dos 60.

Dois nomes foram representativos daquilo que se pode considerar como o apogeu do futebol brasileiro: o dionisíaco Mané Garrincha, pelo lado do Botafogo, e o apolíneo Pelé, pelo Santos.

As seleções brasileiras campeãs mundiais de 58, 62 e 70, tinham como base essas duas equipes. E o mundo inteiro se encantava com o futebol mágico do Brasil.

A partir daí – em denúncia que teve em Nelson Rodrigues um de seus principais formuladores – o futebol brasileiro (na realidade, “o futebol”), deixou-se influenciar por teorias alienígenas, que podem ser resumidas na expressão “futebol de resultados”, que veio a acabar com o futebol, transformado hoje num frio espetáculo televisivo.

Abraços,
AM

Glauco disse...

Belo texto, Mello, e o Damato tem razão em relação ao Muricy. O sãopaulino médio, que tende ao ofício de contador, adora o treinador e não se importa com o futebol. Mas o Muricy é eficiente mesmo e, na draga de treinadores, é melhor ser eficiente e jogar feio do que ser ineficiente e jogar feio. Porque ninguém joga bonito mesmo, quem o faz, é em algumas partidas apenas. O "gênio" Luxa, por exemplo, criou fama e tem um futebol que só impressiona os pequenos. Quando esbarra em um grande, além de jogar feio, perde.

Mas atribuir a desgraça do futebol brasileiro ao Parreira é demais, como diz o Anselmo. Osvaldo Brandão caiu antes da Copa de 78 porque tirou até mesmo o falso ponta e migrou para o 4-4-2 na seleção. claudio Coutinho e o "mito" Telê Santana não fizeram nada para reverter o quadro. Lazaroni adotou os três zagueiros e Felipão ressuscitou o mesmo esquema, com mais dois volantes na receita. Como venceu, ninguém chiou. Parreira foi mais ofensivo que ele em 2006 e perdeu. E daí ele é o maior retranquiro da paróquia. Pesos e medidas adequados, por favor, gente.

Thalita disse...

"Mas o Muricy é eficiente mesmo e, na draga de treinadores, é melhor ser eficiente e jogar feio do que ser ineficiente e jogar feio."
É issaê! Eu ia escrever um monte pra tentar explicar isso aí que o Glauco falou em uma frase.

Maurício Ayer disse...

A retranca é uma tendência mundial no futebol. Parreira é só alguém que a incorporou no fundo da alma e teve a sorte (ou o azar, pelas consequências disso) de ganhar uma copa.

Em termos de Brasil, a coisa vem no mesmo movimento de matar a criatividade e o que nos é original que tanto caracterizou a ditadura militar, a completar seus malfadados 45 anos de nascença no dia de hoje.

É desse tempo que cresce mundialmente o espírito contábil-financista que vai penetrando todas as esferas da vida individual e social. É a ideia de que o que vale é ganhar muitos títulos, mesmo jogando um futebol horrível. O problema é que nem sempre se ganha assim...

E mais, quando todos pensam igual, todos jogam o mesmo futebol horrível, mas continua sendo apenas um que ganha o campeonato!

Marcão disse...

Glauco, uma entrevista do PVC de setembro de 2007:

DEFENDER NÃO É CRIME
postado por Paulo Vinícius Coelho
(13/09/07)

A frase de Muricy Ramalho abre a prancheta do PVC de hoje. Foi fruto de uma conversa entre este colunista e o técnico do São Paulo. Conversa em que ele reclama das críticas a seu time, pelo excessivo número de faltas -- pelos dados do Footstats, o São Paulo é o quarto mais faltoso -- e pelo defensivismo. A íntegra da conversa segue abaixo:

PVC - Muricy, você acha que o São Paulo de hoje representa uma tendência do futebol brasileiro?
MURICY - Não acho tendência, não. Acho que está acontecendo que nossa parte tática é muito forte. Que nosso time consegue se defender de maneira muito boa. Mas não acho que seja tendência do futebol brasileiro, não.

PVC - E como você avalia as críticas sobre o defensivismo excessivo?
MURICY - Eu não entendo! Agora parece que esse negócio de não levar gol vai virar contra a gente. Defender não é crime! A gente não sofre gol porque o time funciona muito bem, cada um conhece seu papel.

Marcão disse...

Outra:

"Nunca fui retranqueiro. Vocês da imprensa é que começaram com isso após 94", garante Parreira.

(Parreira culpa imprensa pela fama de retranqueiro - L!Sportpress - Domingo, 17 Fevereiro de 2002, 22h40)

Anônimo disse...

Prezado Nicolau,
Nomes como Parreira e "Zagalo", com perdão da palavra, não constam do mundo da bola. A bola, esférica por natureza, não aceita quadrados nem quadradismos antagônicos à criatividade e à arte!
Sua análise pensa o futebol com lógica e inteligência. Portanto está fora do alcance daquilo que é produzido por mentes, digamos, menos apegadas à atividade intelecutal (hum, será que atividade intelecutal tem 13 letras?!...)
Bem, que tal irmos direto ao ponto com relação ao Corinthians?
Tenho a sensação de que, salvo raras exceções, boa parte da imprensa está sendo demasiadamente benevolente em relação ao Corinthians.
Cá para nós, esse time que aí está é ridiculamente medíocre, mal dirigido, composto de amebas que se acham "jogadores" e movido por uma massa infeliz e carente. Vamos com calma, pessoalzinho...
Infelizmente o Corinthians atual não pode ser analisado sob aspectos técnicos ou táticos, porque isso simplesmente não existe lá pelos lados do Parque São Jorge!...
Trata-se de um amontoado de profissionais da bola, fingindo que são "jogadores", dirigidos por um paizão ou amigão de todos, que finge ser "técnico", e empurrado por uma massa tão carente de alegrias, que não faz a mínima questão de enxergar um centímetro além do horizonte branco e preto e se satisfaz com o que vê (ou com o que não vê, sei lá!)
O "time", se é que pode assim ser chamado, não tem uma jogada definida para saída de bola; não tem uma jogada ensaiada para cobrança de falta ou de escanteio; não tem sequer um plano para que a bola chegue aos pés do Ronaldo em condições de finalização.
É bem possível que o Corinthians esteja empenhado em uma campanha para provar que o ruim pode ainda ficar pior. Sim, porque o festival de passes errados, as deficiências individuais e coletivas, as brigas insensatas com a bola (e como ela atrapalha, meu Deus!), tudo isso está fazendo dos jogos da equipe algo muito difícil de ser entendido; horrível de ser visto, e, como disse antes, impossível de ser analisado sob aspectos técnicos e táticos!!!
Só espero que não seja contagioso com relação aos demais times.
Palavra de CORINTHIANO!
Abraços a todos,
Vitor

luis ribeiro disse...

Boa noite...
Me desculpem, mas eu acho que vocês devem ter uma imagem sobre futebol um pouco limitada..
Por favor vejam o jogo do fluminense contra o botafogo que todos teram uma idéia diferente sobre este conceito de "retranca" do Parreira...
E digo mais Parreira é um dos técnicos de futebol mais respeitados pelo mundo....
Sejamos coerentes, ele levantou um caneco para o Brasil, ou ja esquecemos disto também....

Torcedor Consciente disse...

ñ Damato está apenas procurando uma desculpa para o péssimo nível técnico que o futebol brasileiro vem tendo nos ultimos anos.

Com jogadores ruins, o jeito é compensar na parte física e tática... e é isso q está sendo feito.

agora Damato, vai ter imaginação assim lá longe hein...

A seleção do Parreira em 1994 não era muito mais pragmática do que a própria Itália e mostrava o retrato do futebol mundial naquele momento... basta lembrarmos do Corinthians pragmático de Nelsinho Batista em 1990, ou do Brasil de Lazaroni.

Agora, curioso é dizer q o torcedor de hj quer ganhar a qq custo... e o de ontem tb não? Por acaso nossos avós eram menos fanáticos do que nós? Hora.. pura conversa fiada seu Damato...

o time de Parreira em 2002 no Corinthians venceu tudo no ano, menos o Brasileiro, perdendo na final. Era um time fortíssimo e jogava bonito sim, talvez não para os seus olhos, mas sim para os daqueles que torciam para ele...

vamos parar de inventar bobagens, contentemo-nos em saber que o futebol de hoje mudou... nossos craques não estão mais aqui porque não temos dinheiro, competência, transparência e seriedade para mante-los.

vamos lutar para q isso mude e não ficar devaneiando desculpas esfarrapadas em cima de um homem vencedor e com muita história no futebol.

O Damato devia estar lá denunciando todos os podres do futebol (o que é dever de qualquer jornalista esportivo sério) e não ficar navegando em sandices.