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segunda-feira, abril 27, 2009

Palmeiras virou porco há 40 anos

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No dia 28 de abril de 1969 ocorreu um fato lamentável que teria como efeito colateral o "batismo" da Sociedade Esportiva Palmeiras como "porco". Depois de empatar por 1 a 1 com o São Bento, no Estádio Humberto Reali, em Sorocaba (SP), o Corinthians retornou à capital paulista. Do Parque São Jorge, os dois maiores destaques do time naquela competição estadual, o lateral direito Lidú (22 anos) e o ponta esquerda Eduardo (25), resolveram comer uma pizza nos arredores do Canindé, o estádio da Portuguesa. Mas não chegariam ao restaurante: na Marginal Tietê, Lidú perdeu o controle de seu Fusca, que chocou-se violentamente contra uma das pilastras de sustentação da ponte da Vila Maria (foto acima). Os dois morreram na hora.

Corinthians, 1969. Em pé: Ditão, Luís Carlos, Dirceu Alves, Pedro Rodrigues, Lidú e Lula. Agachados: Paulo Borges, Tales, Benê, Rivellino e Eduardo

Daí, veio a confusão que acabou por acirrar definitivamente a rivalidade entre corintianos e palmeirenses. Como o Paulistão já estava no returno e o prazo de inscrições de atletas havia se encerrado, a diretoria do alvinegro tentou, na Federação, uma autorização especial para inscrever dois novos atletas. A FPF convocou todos os clubes para uma reunião extraordinária, colocando em votação a pretensão corintiana, com a condição de que essa aprovação teria que ser unânime. Não foi: somente o presidente do Palmeiras, Delfino Facchina (à esquerda), votou contra. O que motivou o presidente do Corinthians, Wadih Helu (acima, à direita), a chamar os palmeirenses de "porcos". Foi a senha para a torcida do Corinthians.

Na partida seguinte entre os dois times, os alvinegros soltaram um porco no gramado do Morumbi antes do início do jogo. Enquanto o suíno corria, assustado, os corintianos entoavam o coro de "Porco! Porco!". Isso virou uma provocação intolerável para os palmeirenses até as semifinais do Paulistão de 1986, quando o alviverde goleou o rival por 5 a 1 e sua torcida resolveu assumir positivamente o "porco". Durante o jogo, os palestrinos inventaram uma versão para o grito dos dinamarqueses na Copa do México: "Dá-lhe Porco/ Dá-lhe Porco/ Olê-olê-olê". Desde então, o Palmeiras assumiu oficialmente sua identificação suína, após 17 anos de azucrinação corintiana.

Cerveja e sinuca uma semana antes do acidente, no Sambarthur, ponto de encontro de boleiros da época na Vila Maria: a partir da esquerda, os corintianos Décio, Lidú, Arthur (dono do bar), Lula, Eduardo e João Carioca

15 comentários:

André Augusto disse...

Interessante a história, não sabia que tinha sido fruto da rivalidade dentro de um fato tão sério. Belo texto e bela pesquisa.

Abs!

Fernando Bueno disse...

Agora é vez dos sãopaulino adotarem o Bambi...

Fabricio disse...

Olê Porco!

Unknown disse...

Ê, Marcão, hein! Não é a toa que o Futepoca está entre os sites preferidos por quem gosta de futebol. Queria muito encontrar essa versão da origem do apelido "Porco", pra mostrar pro meu filho, Eduardo,corinthiano que honra a tradição da família. Parabéns pelo blog e prepare-se para dar mais espaço ao Timão!

Marco Antonio disse...

A origem do apelido Porco não teria a sua origem em um Palmeiras x Corinthians de 1978 (se não me engano) no Morumbi vencido pelo Verdão por 4x2 em que a torcida do Corinthians soltou no gramado um porco? Até este evento eu nunca tinha ouvido falar no porco para designar o Palmeiras ou a sua torcida. Me lembro que um dos gols foi do Toninho Catarina.

Fernando Cesarotti disse...

Bela recordação, Marcão.
Apenas algumas breves correções: os 5 a 1 sobre o Corinthians foram no returno em 86, e não nas semifinais, onde o jogo foi 3 a 0, na prorrogação, com gol olímpico do Eder.
E o porco foi publicamente assumido, que eu me lembre, num jogo contra o São Paulo ou o Santos, já no Brasileiro de 86, alguns meses depois, quando a Mancha levou um porquinho para a arquibancada, e em seguida o Jorginho Pé-Frio saiu na capa da Placar com o suíno.

Anônimo disse...

Naquela epoca, qualquer forma de prejudicar o outro clube era valida... Era a mentalidade imbecil de clubes como Palmeiras e São Paulo.

PH disse...

Esse comentário acima do anônimo foi bem imbecil, como se na época atual nenhum time prejudicasse outro AH VÁ!!!!

Pedro disse...

Eu achava que a origem do "porco" fosse italiana. O Palmeiras era o time da italianada e, num lance perigoso, os nervosos torcedores gritavam: "pòrcooo!", "pòrco càn!", ou "pòrco zio", pois "pòrco" era uma interjeição muito usada pelos imigrantes, que equivale ao "p.q.p." dos brasileiros.

Unknown disse...

E a tu mãe adotar o de piranh.,

Pedro Luiz disse...

40 anos, foi em 1977 isso, soltaram um porco no gramado do Morumbi antes do jogo pelo Campeonato Paulista começar. E não foi nada Delphino Facchina, Presidente do Palmeiras que não concordou com o Corinthians contratar dois jogadores para os lugares de Lidu e Eduardo, o representante do Palmeiras na reunião, com carta branca, foi José Gimenez Lopes que, segundo consta, era o único palmeirense numa família de corintianos. Na verdade, o Gimenez Lopes fez simplesmente cumprir o regulamento, nada mais que isso. Portuguesa perdeu o Walter, zagueiro lateral esquerdo, em 1953, o Jabaquara perdeu Lara acho que no início dos anos 60 e na verdade o Jabaquara, segundo consta, nem 22 tinha para inscrever na Federação para disputar o certame, até o seu Tesoureiro teve que ser inscrito como jogador e chegou até jogar um jogo como quarto zagueiro. Na verdade, salvo, pode-se dizer, times do interior que Wadi Helu emprestava jogadores, falavam até que para ganhar votos para Deputado nas respectivas cidades, na certeza concordariam mesmo, porém, fora eles, como sabiam que o Gimenez Lopes não era de fazer média e faria com que o regulamento fosse mantido, deram uma de bonzinho, fizeram é media, dando uma de simpáticos. Na verdade, qual dos adversários faz alguma coisa para beneficiar o Corinthians e também vice versa?

Unknown disse...

Bom dia!

Em 1986 o Palmeiras enfrentou o Corinthians em 2 jogos. Perdeu o primeiro com uma arbitragem horrorosa de um tal Ulisses Tavares Filho. O segundo jogo foi vencido por 3 a 0, com um gol olímpico do Eder. Por mais que tentem desmerecer a história gloriosa do Palmeiras jamais conseguirão se não souberem ao menos ler e escrever.

Clayton disse...

Um erro claro nessa postagem!
O apelido Porco já era usado antes desse acidente em forma de segregação a comunidade italiana

zzyytt disse...

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zzyytt disse...

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