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segunda-feira, abril 06, 2015

Muricy não completará 500 jogos como técnico do SPFC

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Desânimo: para Muricy, já deu a hora
A derrota por 2 a 0 para o Botafogo de Ribeirão Preto marcou o 474º jogo de Muricy Ramalho como treinador do São Paulo, em sua terceira passagem pelo clube (segundo levantamento divulgado pela TV Bandeirantes). Restariam, portanto, 58 jogos para igualar Vicente Feola, o recordista, que treinou a equipe 532 vezes. Mas isso dificilmente vai ocorrer. Aliás, nem perto dos 500 jogos Muricy deverá chegar, mesmo tendo contrato até dezembro deste ano. Depois da entrevista que o desanimado, desolado e irreversivelmente abatido treinador concedeu após a derrota de ontem, parece claro que seus dias - ou melhor, jogos - estão contados no São Paulo: "A gente se sente envergonhado (...) Já estou bem arrebentado com minha saúde, não aguento mais" (leia clicando aqui). Esse "não aguento mais" parece um desabafo de milhões de sãopaulinos que escapou pela garganta de Muricy, involuntariamente. E eu estou entre aqueles que nem colocam a culpa nele, pois o buraco é (muito) mais embaixo. Mas seu prazo de validade, sem dúvida, já expirou.

Se der a lógica futebolística, o Red Bull eliminará o São Paulo nas quartas-de-final do Paulistão, no próximo fim de semana. O time de Campinas vem embalado e, recentemente, derrotou o Palmeiras e empatou com o Corinthians - rivais que superaram o Tricolor sem fazer muito esforço. E a polêmica sobre jogar ou não no Morumbi nem faz diferença, pois ano passado a eliminação no estadual, para o Penapolense, ocorreu justamente diante da própria torcida. Na Libertadores, tendo que decidir a "vida" contra o Corinthians, melhor nem falar nada... O problema nem é esse. Tirando o exercício de "palpitologia", o que me faz visualizar a guilhotina caindo sobre o São Paulo e, consequentemente, sobre Muricy, é a "falta de tudo" no time da capital. Falta de esquema tático, de padrão de jogo, de entrosamento, de jogadas ensaiadas, de sistema defensivo, de saída de bola, de laterais, de armadores, de atacantes, de líderes, de finalizações objetivas, de técnica, de ânimo, de garra. Falta de tudo, mesmo. Este início de temporada está perigosamente semelhante ao de 2013, quando o clube afundou em crise aguda e quase foi rebaixado no Brasileirão.

Juvenal levou clube ao fundo do poço
Naquela época, Muricy retornou e, inegavelmente, foi quem salvou o São Paulo da degola. Porém, aquele alívio imediato camuflou um mau sinal: técnico que começa a ser chamado pra salvar time de rebaixamento raramente retorna ao patamar dos que brigam por título. Pior: não dá pra brigar por título, a curto prazo, em um clube totalmente desestruturado, que precisa recomeçar do zero. O fundo do poço onde o São Paulo chegou em 2013, resultado da gestão desastrosa de Juvenal Juvêncio, foi um aviso aos sãopaulinos mais conscientes de que ainda vai levar muito tempo para a equipe voltar a brigar de igual pra igual com os grandes. Essa conversa fiada da diretoria de "melhor elenco do Brasil" e de que há "obrigação de ganhar título" é, mais do que delírio e prepotência, um grande engodo. É má fé. Coitado de quem acredita nisso. Carlos Miguel Aidar e Ataíde Gil Guerreiro são dois embusteiros, que vivem de bravatas ridículas, num estilo parecido ao do Juvenal. Acorda, torcedor! O clube não tem patrocinador master há quase um ano! Já  começou a atrasar salários! A torcida sumiu do estádio! A diretoria está rachada e nem consegue chegar a um acordo para reformar o (anacrônico) Morumbi! Estamos f*! Essa é a realidade.

Vejam o desnível em relação aos dois outros rivais da capital, que ostentam arenas novas e modernas, capazes de atrair todo tipo de evento e de patrocínio, e lotam as arquibancadas todos os jogos. Fora os milhões de reias da Caixa, para o Corinthians, e da Crefisa, para o Palmeiras. O São Paulo não chega nem perto (e nem longe) de vislumbrar algo parecido e, quanto mais o tempo passa, mais a situação se agrava. E isso, lógico, tem reflexo em campo. Dá a impressão de que, quando a maionese começa a desandar, não tem quem segure. Muricy até tentou tomar alguma iniciativa. Pediu e recebeu dois laterais, Bruno e Carlinhos, com quem trabalhou no Fluminense. Considerei positivo, pois são posições-chave para o sucesso de qualquer esquema tático e, há anos, o clube não acerta nessas contratações. Não por acaso, os dois chegaram e já assumiram a titularidade. Só que, péssimos, foram parar no banco de reservas. Muricy pediu zagueiro. Veio Dória, e só por seis meses. Tirando a contusão que o deixou quase dois meses fora, também não disse ao que veio.

Souza não está jogando porcaria nenhuma
Muricy pediu Dudu para o ataque. Veio Johnathan Cafu. Pediu um volante ofensivo. Veio Thiago Mendes. Nenhum deles é titular, longe disso. E os que já estavam no elenco, e que fizeram um bom segundo turno no Brasileirão do ano passado, "sumiram" em campo - comprovando que Kaká foi, realmente, o grande responsável pelo rendimento coletivo da equipe naquela época. Atualmente, creio que a maioria da torcida não se importaria nem um pouco se fossem afastados do time titular - ou negociados definitivamente - Souza, Ganso ou Pato. Sim, Souza! Foi pra seleção mas não tá jogando nada, nada, nada. O "maestro" (!) Ganso, para mim, não serve nem para ficar no banco de reservas. Nem Alan Kardec e Luís Fabiano, que, contundidos, já vão ser desfalques para o treinador, de qualquer maneira. Duvido que alguém gostaria de ter, em seus times, algum dos zagueiros do São Paulo: Rafael Toloi, Lucão, Edson Silva ou Paulo Miranda (Dória já vai sair e Breno é mistério). E os laterais? Horríveis. Sobra vaga até para o mediano Hudson jogar improvisado. Os volantes são fracos, sofríveis. Em resumo: com que limões Muricy faria uma limonada?

Com nenhum. Por isso o treinador troca peças, incentiva novatos, improvisa esquemas, treina jogadas e... nada! Nada. O time do São Paulo, hoje, é isso: nada vezes nada. E o técnico, pra (não) variar, vai pagar o pato. O Pato, o Ganso e toda a turma de "estrelas" improdutivas e inúteis. Que, na minha opinião, a diretoria força para que estejam sempre em campo. Não tem técnico que aguente, mesmo. Se Muricy cair após prováveis fracassos no Paulistão e na Libertadores, antecipo aqui meu muito obrigado. É injusto que, após tantas vitórias e alegrias que deu para o São Paulo, seja responsabilizado por tanto vexame.


POST SCRIPTUM:

Duas horas e 15 minutos após a publicação do texto acima, caiu a notícia:




sábado, fevereiro 01, 2014

Festa na Vila: Santos goleia de novo por 5 a 1 e chega ao gol 12 mil de sua história

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Se o Botafogo-SP já fazia parte da história do Santos por conta de uma derrota por 11 a 0, ocorrida no campeonato paulista de 1964, com oito tentos de Pelé, novamente fará parte da memória alvinegra de uma forma que não gostaria. O time sofreu o gol 12 mil do Santos, clube de futebol profissional que mais foi às redes no mundo, e levou uma goleada atuando em uma Vila Belmiro com sensação térmica de 34 graus.

As duas equipes fizeram um dos jogos mais intensos do Paulista na metade inicial do primeiro tempo. Com espaços nas duas defesas, os times criaram oportunidades, mas a qualidade técnica dos donos da casa fez a diferença e assegurou a vantagem alvinegra logo aos 4 minutos. Leandrinho, que entrou no lugar do contundido Alan Santos, deu uma bela enfiada de bola para Geuvânio. O moleque foi rápido, driblou o goleiro Gilvan, e marcou.

Ah, moleques! (Santos FC)
Ainda assim, a partida seguiu equilibrada, mas sempre pendendo para o Alvinegro que, aos 11, teve chance de ampliar. Geuvânio pedalou chegando à área e sofreu pênalti, desperdiçado por Cícero. Até o intervalo, Aranha teve que fazer ao menos três defesas importantes, e o Botafogo chegou com perigo à área santista. Isso por conta dos méritos do esquema montado por Wagner Lopes, que adiantou a marcação na maior parte do tempo e dificultou a saída de bola peixeira. Mas também em função de uma deficiência defensiva pelos lados do campo. Emerson Palmieri, que ocupou o lugar do contundido Mena, não foi bem mais uma vez e também não teve uma cobertura eficiente dos meias pelo lado esquerdo, que foi por onde o time do interior chegou mais.

Mesmo com a peleja perdendo intensidade na metade final da primeira etapa, os visitantes quase marcaram um golaço com uma bela chegada de Hudson. Contudo, foram castigados em um contra-ataque perfeito do Peixe, com uma assistência de Geuvânio para Cícero, que não perdeu.

No segundo tempo, o Botafogo começou assustando, com uma falha – rara, diga-se – do goleiro Aranha, que saiu mal em cobrança de escanteio pelo lado canhoto da defesa. A bola bateu no volante Hudson, que fez meio sem intenção. A partir daí, os visitantes recuaram e aguardaram os contra-ataques. Não foi uma boa opção...

Eram 21 minutos quando Geuvânio, jogador que mais se apresentava pelo lado alvinegro (e bem), deu um toque sutil e contou com a falha do defensor Lima, que furou e deixou a bola limpa para Gabriel. O moleque, sumido até então, não costuma tremer na frente do goleiro, e não foi diferente desta vez.

Faltava um gol para o 12 mil, e ele só poderia vir de um menino da Vila. Gabriel recebeu após um chutão de Aranha que passou por todo o campo. Novamente, o Nove peixeiro não desperdiçou,
entrando para a história do clube. Leandro Damião deve estar coçando a cabeça vendo seu provável adversário pela vaga no ataque fazendo o quarto gol no Paulista, tornando-se artilheiro do time no torneio.

Com a partida ganha, Oswaldo de Oliveira (expulso por reclamação) promoveu a estreia de Rildo, a entrada de Lucas Otávio, que participou da campanha vitoriosa na Copa SP de Juniores, e, antes de sair do campo, orientou a entrada de Bruno Peres. Rildo, aliás, fez uma bela jogada pela esquerda do ataque, dando assistência para o quinto gol peixeiro, marcado por Emerson Palmieri.

Mais uma goleada por 5 a 1, e o torcedor vai ganhando confiança, assim como os jovens que mostram personalidade em campo. E uma partida histórica. Definitivamente, pode dar caldo.

domingo, abril 07, 2013

O que devia ter feito no domingo passado

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O São Paulo foi a Ribeirão Preto com o time reserva e (com a ajuda do juiz) venceu o Botafogo por 3 a 1, ficando bem próximo de terminar a primeira fase do Campeonato Paulista em primeiro lugar - o que garante mando de campo na fase eliminatória. Se perdesse, também não seria muito prejuízo, uma vez que o Palmeiras venceu a - até então - invicta Ponte Preta, segunda colocada na tabela. Isso me faz concordar com a tese de que o Tricolor devia ter adotado a mesma estratégia no domingo passado, quando enfrentou o Corinthians num clássico sem importância.

Ney Franco foi elogiado quando, no final do Brasileirão do ano passado, botou os reservas pra jogar num clássico que também não valia nada contra o mesmo Corinthians. É uma boa tática. Porque, se perde, deu a lógica; e, se vence, dá moral para os reservas. Foi o que aconteceu em dezembro: o "time B" venceu os corintianos por 2 a 1, de virada, e o elenco embalou para a reta final da Sulamericana. Agora, com estratégia diferente, o São Paulo botou os titulares contra o Corinthians, perdeu, embarcou sob pressão para a Bolívia e perdeu de novo. Mau negócio.

Enfim, falando sobre o jogo contra o Botafogo, o juiz Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza ajudou na vitória do São Paulo. Até que expulsou bem o botafoguense Zé Antônio com vermelho direto, por falta feia em Douglas, mas não usou o mesmo critério para aplicar amarelos. A arbitragem foi muito mais rigorosa com botafoguenses do que com sãopaulinos, o que provocou uma segunda expulsão do time do interior no segundo tempo, quando André tomou o segundo amarelo. Ali, com o placar em 0 x 0, o São Paulo ficou com dois jogadores a mais em campo.

Talvez para disfarçar, o juiz aplicou o segundo amarelo em Rodrigo Caio e o expulsou logo em seguida. Com 10 jogadores contra 9 adversários, o São Paulo cavou uma falta na entrada da área e o zagueiro Lúcio acertou bela cobrança para fazer seu primeiro gol com a camisa tricolor. Pouco depois, Wellington trabalhou bem a bola e tocou para Aloísio que, de virada, ampliou. Nesse lance, o volante Maicon, que tinha entrado no segundo tempo, teve uma distensão e saiu. Como Ney Franco já tinha feito as três substituições, o jogo seguiu com 9 jogadores para cada lado até o fim.

Ademilson, em jogada que, sem querer, tabelou com a canela do adversário e saiu na cara do gol, marcou o terceiro. E Dimba (sobrinho daquele outro Dimba) aproveitou uma rebatida do goleiro Dênis para fechar o placar em 3 a 1. Se Ney Franco estava observando alguém para usar entre os titulares em alguma eventualidade, Lúcio, Wellington, Ademilson e Aloísio até que mostraram serviço. Rhodolfo também fez boa partida. Já Cañete, Cortez e Wallyson decepcionaram. Fabrício também não diz a que veio. E Douglas... Bem, Douglas continua o mesmo. Muito ruim.

quinta-feira, janeiro 24, 2013

Neymar brilha e Renê Júnior rouba a cena em vitória do Santos

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Em uma partida na qual Neymar brilhou mais uma vez, marcando, dando assistências e fazendo lances vistosos, o Santos mostrou mais entrosamento e alguns jogadores começaram a se mostrar mais adaptados à camisa alvinegra. Cícero combinou com o Onze peixeiro no primeiro tempo, deu e recebeu passe, assim como Montillo, que deu um presente para o ainda hesitante André não marcar.

Neymar: um chapéu diferenciado (Reprodução)
Mas o destaque dos 3 a 0 do Peixe sobre o Botafogo não foi um dos homens de frente, e sim o volante Renê Júnior, que também causou ótima impressão em suas outras duas partidas. Mesmo quando a equipe se arriscou à frente e abriu a retaguarda, ele não permitiu que os botafoguenses ameaçassem a zaga santista. No jogo, seus números são excelentes: foram 12 desarmes e 52 passes certos, sem nenhum errado. Teve seu nome gritado em sua primeira peleja na Vila, e deixa a situação de Adriano, que ainda não renovou seu contrato, um pouco mais difícil.

Mais uma vez apagado, André deu lugar ao argentino Miralles no segundo tempo e, também mais uma vez, o reserva marcou. Muricy insiste com o garoto não somente para dar ritmo de jogo a ele, mas também porque é um atleta querido pelos companheiros. Rafael puxou aplausos para o nove quando este foi substituído e a torcida, até então impaciente, atendeu ao apelo. Mas a paciência, do torcedor e do técnico, tem limites... 

Abaixo, os gols e o inusitado chapéu de Neymar no centroavante botafoguense Nunes.



sexta-feira, fevereiro 10, 2012

Neymar: o ator que fez um filme ruim valer a pena

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Muitas vezes gostamos de um filme não pela história em si, pelo roteiro ou pela direção, mas apenas por conta da atuação de um ator. Ontem, Santos e Botafogo foi desses filmes, tecnicamente ruins, mal dirigidos, um desenrolar entediante, mas com um protagonista que fez valer o ingresso em uma sequência de pouco menos de 15 minutos de belas cenas.

Neymar, pra variar, apanhou. Esse filme você já viu. Também ensaiou saltos e valorizou alguns lances. Filme repetido também. E o árbitro Flavio Rodrigues Guerra não quis contribuir com o bom andamento do enredo: é daqueles que se costuma atribuir a qualidade de “deixar o jogo fluir”. E, assim, acaba não dando uma série de faltas e esquece cartões, reservando-os para o terço final da partida. Contribui para que haja mais lances “viris” e menos futebol. É a tal lógica torta de deixar “fluir o jogo”.

Ele resolveu em 15 minutos
O Joia peixeiro voltava muito para pegar a bola no meio de campo durante o primeiro tempo, facilitando a marcação dupla do Botafogo em cima dele. Os volantes não chegavam ao ataque com qualidade e as laterais... ah, as laterais. O menino Paulo Henrique estreava pela esquerda, enquanto Pará, pela direita, fazia o seu tradicional “corre-corre de novo-erra passe”. Em 50 segundos do segundo tempo, Fucile, pela direita, fez mais que a dupla Pará-Maranhão pelo setor em 2012.

Mesmo mais animado e bem postado em campo na segunda etapa, o Santos não conseguia reverter a vantagem conseguida pelo time de Ribeirão Preto no segundo tempo, em uma rara finalização. Foi preciso uma falta, quase do mesmo lugar daquela que resultou no centésimo gol do Joia, para que Neymar, de novo de cabeça, empatasse a partida aos 31 minutos. E, um minuto depois, após roubar uma bola e passar por três jogadores do Botafogo, o atacante foi derrubado na área. Bateu e converteu.

Ali, a defesa botafoguense já estava rendida diante do garoto. Ele roubou outra bola e quase marcou novamente. O Botafogo chegou a ensaiar uma pressão, contudo, outro moleque também brilharia. Felipe Anderson, que entrou na segunda etapa, deu uma assistência preciosa para Neymar passar pelo zagueiro e encobrir o arqueiro. Outro belo gol. E o atacante retribuiu o presente em outra arrancada, servindo Felipe Anderson, que fez o quarto tento.

O Santos tem muito a arrumar em seu esquema tático, definir quais serão os titulares – aliás, Felipe Anderson e Ganso juntos no meio seria uma ótima pedida -, mas é muito bom saber que Neymar voltou a fazer uma atuação de gala.

sábado, janeiro 21, 2012

Paulistão começa. Já era hora

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É lugar comum o papo de que o ano só começa depois do carnaval. Do ponto de vista do futebol, é na Copa São Paulo de Futebol Júnior, para os mais doentes. E nos estaduais para os que mantém controlada a febre futebolística.

O Campeonato Paulista de 2012 começa neste sábado, 21, com uma partida entre os campeões das séries A1 e A2 do ano passado, Santos e XV de Piracicaba, respectivamente. A partida, precedida de um "megaevento" da Federação Paulista de Futebol (FPF), será sediada na terra da pamonha, da multinacional Raizen (que controla operações da Shell e Esso no Brasil), da montadora sul-coreana Hyundai e da Caterpillar.

Foto: Divulgação XV de Piracicaba

Nem parece que já foram 16 os anos durante os
quais o XV ficou fora da primeira


O desenvolvimento a reboque dos automóveis e do etanol da cana-de-açúcar trouxe o time de volta à elite do futebol estadual depois de longos 16 anos. Em todo esse período sem pôr os pés nos gramados da primeira divisão, o time que homenageia o dia da proclamação da República havia ascendido da terceira para a segunda em 2010. No ano em que cedeu Doriva (ex-São Paulo) para três amistosos da seleção Brasileira, em 1995, o time começou o processo de quedas, só revertido recentemente.

Dois outros times tradicionais subiram para este ano, promovendo derbis importantes para o interior. O Guarani poderá repetir o embate campineiro com a Ponte Preta. O Comercial terá o Botafogo, no Comefogo de Ribeirão Preto. Completa a lista dos debutantes a Catanduvense, do oeste paulista.

Os grandes vem com perspectivas diferentes. Enquanto Corinthians e Santos mantém a maior parte de seus elencos, preparados para a Libertadores, torcedores de São Paulo e Palmeiras convivem entre a esperança e o ceticismo. Se o Tricolor tem em Émerson Leão e Luís Fabiano a possibilidade de um ano diferente do anterior, o alviverde vê pouca cara nova em quem apostar.

A Portuguesa merece menção especial porque subiu da segundona do Brasileirão em 2011. E venceu um segundo título, ainda que com uma boa dose de simbolismo, da Taça Sócrates Brasileiro, disputada entre os vencedores das séries A e B do Nacional, disputada contra os reservas do Corinthians. Seja como for, é a maior sequência de conquistas em tão curto intervalo da história do time da colônia lusitana. De repente a onda veio para ficar.

quarta-feira, maio 12, 2010

Beber, cair e... rezar?

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Do lateral-direito Cicinho, no Lance!, relembrando os tempos de sua transferência do Botafogo-SP para o Atlético-MG, em 2001:

- Eu morava em Ribeirão Preto, terra do Pinguim (choperia), mas não conseguia ir porque não ganhava nada, né, parceiro?! Quando vi que tinha Pinguim em Belo Horizonte, não tinha como não frequentar.

Mas as tentações da capital mineira levaram o jogador a passar dos limites:

- Vi que beber daquele jeito, até tarde, não fazia bem a mim. Jogava três quilos acima do peso, mal conseguia treinar. Então o Lúcio Flávio (meia do Botafogo-RJ) me levou para a igreja. Comecei a orar mais.

Ps.: Cicinho estreou pelo Atlético-MG num clássico contra o Cruzeiro, em março de 2001, jogando de meia e marcando o gol do empate por 1 a 1.

quinta-feira, abril 08, 2010

O Paulista além do G-4

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Definidas as semifinais do Paulista. O Santos, que venceu com seu time B o Sertãozinho por 4 a 2, pega o São Paulo, que derrotou o Santo André por 3 a 1. Já o Ramalhão vai pegar o Grêmio Prudente, invicto há nove jogos.

Agora seguirão as seções de prognósticos, falações e numseiquelá, numseiquelá, numseiquelá até chegarem os jogos, programados para o fim de semana. Bom, pelo menos agora não teremos que ouvir o presidente do São Paulo Juvenal Juvêncio reclamar de "conspiração" para que sua equipe não chegasse ao G-4 (e olha que tem jornal que dá isso no alto da página de edição de domingo...). Ainda mais depois de o Tricolor ter tido um gol em impedimento validado e o Santo André ter tido outro legal anulado na partida de ontem.

Com apenas dois times grandes que se enfrentarão nas semifinais, a atenção também se voltou para quem ficou de fora. O Corinthians, mesmo goleando o Rio Claro por 5 a 1, não contou com a ajuda do São Caetano, que foi derrotado pela equipe prudentina. Além da pressão óbvia que aumenta para a disputa da Libertadores, o time perde espaço importante de exposição e, depois da bacia de contratações feita no início do ano, complicado dizer que não era uma meta estar no G-4.

Se é consolo para os corintianos, o Palmeiras, como já dito aqui, teve um fim ainda mais melancólico. E se existia alguma coisa a ser decidida na partida contra o Paulista era a tabela de 2010. Como cada clube joga 19 partidas no campeonato, o fato de não ter ficado entre os dez primeiros faz com que o time jogue mais fora de casa do que dentro do Palestra em 2011. Não é nada, não é nada... é quase nada.

Mas a rodada terminou com um fato histórico. Pela primeira vez, todos os quatro clubes que subiram para a primeira divisão caíram no ano seguinte à sua promoção. Monte Azul, Rio Claro, Rio Branco e Sertãozinho mal tiveram o gostinho de jogar a Série A-1 e já retornam para a segunda. Já o campeonato de consolação, também chamado Torneio do Interior, terá Botafogo e Ponte Preta em uma semifinal, e São Caetano e Oeste na outra. A propósito, Botafogo e Oeste também conquistaram vaga na Série D do Brasileiro.

Outro fato curioso da noite foi a vitória do Ituano sobre a Lusa no Canindé (foto acima, do site da Portuguesa). Vencendo por 2 a 0, os resultados da rodada certamente desmotivaram a equipe da casa, que tomou a virada com dois gols de pentacampeões. Juninho Paulista, presidente e jogador, marcou o primeiro na sua despedida oficial da pelota, e Roque Júnior, tal qual um atacante, fez o terceiro e salvou a equipe de Itu do rebaixamento.  

segunda-feira, abril 05, 2010

Goleada dá esperança, mas Ceni vacila de novo

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Por Moriti Neto



Não vi o jogo todo. Só acompanhei lances de São Paulo e Botafogo de Ribeirão Preto, disputado ontem, no Morumbi, pelo Paulista. Porém, pude reparar em alguns detalhes que merecem destaque.

São cinco os itens que me permito ressaltar. O espírito mais coletivo, em comparação à média mostrada em 2010, dos jogadores são-paulinos, especialmente no segundo tempo. A maior agressividade de Hernanes, que chegou à frente com mais constância e fez dois belos gols, aliás, coisa que o meio campista ainda não havia conseguido com a camisa do Tricolor. Leveza e bom toque de bola no setor de criação, com a entrada de Marlos, que realizou ótima partida, marcando o tento de abertura, puxando contra-ataques e dando ótimas assistências. E, finalmente, uma goleada, o melhor placar conquistado pela equipe no ano. Cinco chances anotadas e outras tantas criadas (lembrando que o Botinha deu trabalho para a maioria dos adversários na competição, empatando com Corinthians e Palmeiras e ganhando da Lusa, por exemplo).

Dá pra sair comemorando e dizendo que o time encontrou o caminho, que o bom futebol deu o ar da graça no Morumbi? Não. Contudo, considerando a escassez de gols e o baixo nível nas apresentações recentes, é possível respirar um pouco de esperança que, quem sabe, se torne confiança. Isso, a depender do desempenho nos próximos jogos. Bem, mas e o quinto item? Situação à parte. Tratamento idem.

Sequência de vacilos

Não dá pra deixar passar mais uma vacilada recente de Rogério Ceni. E, desta vez, não foi embaixo das traves. Aos 13 minutos, Dagoberto sofreu pênalti. Como de costume, o goleiro se apresentou para cobrar. Ele chutou e perdeu a décima primeira penalidade da carreira. Até aí, normal para alguém que é titular do São Paulo há 14 anos e marcou 89 vezes. O problema é que o arqueiro utilizou a paradinha, expediente que tanto criticou quando tomou o gol de Neymar, no clássico entre São Paulo e Santos. Enfim, Capitão, cadê a coerência?

sexta-feira, março 26, 2010

Porque o Santos toma gols

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Ontem, o Santos venceu o Botafogo por 4x2, na casa do adversário, em Ribeirão Preto. A vitória garantiu matematicamente o Peixe na próxima fase do Campeonato Paulista - ao lado do surpreendente Santo André, que fez 3x0 no Monte Azul e, assim, impediu que o Paulista tenha os quatro grandes nas semifinais, como ocorreu no ano passado.

O Santos atuou com um time praticamente igual ao que fez 9x1 no Ituano. Ou seja, estava sem as estrelas Neymar (suspenso) e Robinho (contundido). Mais uma vez, assim como contra o Ituano e em outros tantos jogos, a estrela foi Paulo Henrique Ganso. Um golaço, passes precisos e atuação em todos os setores do campo. Marquinhos fez dois gols - se mostrando cada vez mais útil e carbonizando a língua desse que vos escreve, que considerou ridícula sua contratação - e Zé Eduardo, mais uma vez, deixou o seu. É ótima opção para o banco do Santos. Muito bom ver o Santos com um elenco forte.



Mas aí o Santos levou dois gols. Assim como levara quatro do Palmeiras, três do Bragantino, e assim por diante.

O futebol que o Santos tem demonstrado nesse 2010 tem despertado muitos sentimentos fortes - seja de paixão, seja de raiva. A ponto de fazer, por um lado, corintianos vibrarem com a derrota santista para o Palmeiras e torcedores de uma série de times rivais derramarem elogios como "esse é o único time que dá gosto de ver jogar".

As análises sempre vão na mesma linha: é um time alegre, que vai pra cima, e que por isso toma seus gols - mas faz um monte, para compensar.

Partidas como ontem e como a contra o Palmeiras deixam claro que o Santos não toma gols por "alegria", por "opção", por ser "praticante do futebol alegre". Toma gols, sim, porque não é perfeito.


Vejamos os dois gols de ontem: o primeiro ocorreu por conta de um pênalti dos mais indiscutíveis da história, cometido pelo Edu Dracena. E o segundo, porque a zaga marcou bobeira e deixou o adversário cabecear sozinho. Contra o Palmeiras, os gols vieram principalmente por falhas do goleiro Felipe.

"Opção pela alegria" ou falhas daquelas que todo time tem?

terça-feira, outubro 13, 2009

Quando a necessidade fez o craque

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Na biografia de Garrincha, Ruy Castro diz que o jogador, quando criança, disputava peladas num campinho de terra todo esburacado, à beira de uma vala cheia de espinheiros. Quem derrubasse a bola ali teria que se cortar todo para buscá-la. Por isso, além de compensar a deficiência das pernas tortas, Garrincha tinha que driblar os adversários mais os buracos, para não torcer o pé, e controlar a bola de modo que não despencasse pela perigosa pirambeira. Segundo seus colegas de infância, ele foi o único que desenvolveu a técnica de fazer todo esse malabarismo simultâneo, o que teria contribuído de maneira decisiva para sua futura (e extraordinária) habilidade com a bola.

Pois bem, fuçando pela net, assiti uma reportagem com o Sócrates em que ele conta a origem de sua marca registrada, os toques de calcanhar. Segundo o ex-jogador, o motivo foi a falta de preparo físico. "Quando eu me tornei profissional, eu tinha que jogar o jogo inteiro. E eu não tinha físico pra, naquela situação, usar a mesma coisa que eu usava no juvenil. Aí eu comecei a jogar com um toque só. E era de calcanhar, de bunda, de joelho, do que desse", relembra o Doutor. "Porque ninguém podia encostar em mim, eu era um esqueleto. Se me dessem uma ombrada, me jogavam na arquibancada". Pois é, mais um caso em que a necessidade impulsionou a genialidade.

Sócrates fazendo sua jogada característica contra o rival São Paulo

domingo, abril 05, 2009

Liderança conquistada com susto

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O Palmeiras manteve a liderança da primeira fase do campeonato paulista ao vencer o Botafogo de Ribeirão Preto, de virada. Depois de passar para o segundo tempo atrás no marcador, foi necessário jogar durante quinze minutos para virar a partida.

Os visitantes saíram na frente em uma falha do goleiro Bruno. O lateral Betão percebeu o arqueiro alviverde adiantado e mandou por cobertura. O golaço parecia ser a continuação da queda de produtividade do time que não vencia há três rodadas.

No segundo tempo, Ortigoza entrou no lugar do improdutivo Lenny. Aos 13, o paraguaio aproveita uma enfiada de bola e faz um belo gol. Dois minutos depois, aos 15, a virada com Diego Souza, em bela jogada.

Não se pode dizer que a partida tenha sido fácil com só um percauço, nem uma péssima apresentação. O time foi bem, principalmente no segundo tempo. Mas um apagão desses na quarta-feira e mesmo na fase final é muito menos reversível. A liderança significa que, se não perder mais no campeonato, o bicampeonato fica garantido. Mas é só clássico pela frente para todo mundo.

segunda-feira, fevereiro 09, 2009

Resultado injusto

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Finalmente consegui assistir a uma partida do São Paulo, a vitória por 2 a 1 sobre o Botafogo de Ribeirão Preto. Resultado injusto - e preocupante. Digo injusto porque o adversário fez 2 a 1 primeiro, de cabeça, num lance absolutamente legal. Mas o juiz anulou. Menos de um minuto depois, Washington definiu o placar. Se o Botafogo tivesse feito 2 a 1 ali, jogando muito melhor que o time da capital, ia ser goleada. Porque iria recuar e jogar no contra-ataque, com uma defesa sãopaulina das mais generosas. O primeiro gol do Botafogo, numa troca de passes com direito a toque de calcanhar, comprovou que nem Miranda é mais aquele. A coisa tá feia. E, injustamente, o time sai de campo com três pontos. Não concordo. Às vezes, é melhor perder antes do que chorar depois. O São Paulo não tem padrão de jogo, continua sem laterais, sem saída de bola, com uma defesa perdida e um ataque atabalhoado. Com isso aí, não passa da primeira fase na Copa Libertadores. A não ser que a arbitragem continue camarada...

quinta-feira, janeiro 29, 2009

Corinthians joga mal e ganha em casa

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O Corinthians deve sua vitória contra o Botafogo de Reibeirão Preto por 2 a 0, ontem, no Pacaembu, ao confuso Jonílson, que meteu as duas mãos na bola logo no início do jogo. O “bloqueio” do rapaz permitiu a Chicão abrir o placar logo aos três minutos.

Depois disso, o desempenho do alvinegro foi terrível. O meio de campo não conseguia levar a bola com qualidade ao ataque e não se trocavam três passes sem um erro. Lulinha voltou a ser aquela pecinha de porcelana no meio dos rinocerontes adversários. Não ficava com a bola dois segundos sem errar um passe ou perder numa trombada. Alessandro se esforçava – que é basicamente o que podemos esperar dele – e era a melhor opção de saída de bola da defesa, já que Elias não veio bem e André Santos, bem, ainda não estreou esse ano.

Na meia esquerda estava Wellington Saci, cujo quase total desaparecimento em campo, pontuado apenas por erros de passe, arrancou da equipe do PFC o trocadilhesco comentário: “Agora ele mostrou porque é chamado de Saci”. O pessoal, aliás, estava animado para trocadilhar. Além de Saci, outra vítima foi o meia Branquinho – destaque do Botafogo, ao lado do rápido atacante Thiago Silvy –, sobre quem foi dito que estava ficando “vermelho” de tanto reclamar com o árbitro.

O Corinthians seguiu incapaz de furar a boa marcação do Botafogo, que manteve a posse de bola mais tempo e conseguiu criar boas chances, especialmente pela esquerda, com Branquinho e Silvy. No segundo tempo, Elias acordou um pouco e o time pressionou po uns dez minutos, mas não foi o bastante. Imaginei que Mano Menezes tiraria Saci, mas me enganei. O dublê de meia só saiu machucado, para a entrada de outro dublê, o lateral direito Diogo. Lulinha veio (tentar) jogar na esquerda.

Lá pelos 30 minutos, Mano decidiu fechar mais o time. Sacou Lulinha para a entrada de Túlio e, pouco depois, Otacílio Neto para a entrada de Fabinho. Foi ele, voltando de contusão, que fez a jogada que terminou no belo chute de fora da área de Diogo, trazendo finalmente paz para os corintianos.

Cabe ressaltar que: Otacílio Neto continuou se movimentando muito e Souza continuou grosso e esforçado – brigou bastante pela bola e tentou fazer a função de pivô – , mas deve ter gente sentindo falta de Herrera. Os dois parecem não se entender muito bem no posicionamento na área. Ficam muito próximos e não dão opções para quem vem com a bola. Felipe fez pelo menos três defesas importantes e foi muito bem no geral, assim como Chicão.

No final, o time jogou mal, mas saiu com a vitória em casa. Para quem está decepcionado com o começo do Timão, cabe lembrar que o time está bem desfalcado. Os dois meias titulares (Douglas e Morais) estão fora e o segundo atacante atual é o terceiro reserva (considerando Dentinho e Jorge Henrique como as duas primeiras opções da posição). Isso sem considerar que Souza é o reserva de Ronaldo, até porque, se as previsões de que o recém-solteiro Gordo só jogará parte dos jogos se confirmar, será com Souza que o time vai ter que se virar.

Patrocínio – Enquanto isso, na parte financeira, nenhuma novidade. Nenhuma das trocentas empresas citadas como prováveis patrocinadoras (com negociações sempre “90% definidas”) fechou até agora e não se mais notícias desse tipo por aí. O Marcelo do Vertebrais acha que até amanhã tem que ter uma solução. Espero que uma boa.

terça-feira, maio 20, 2008

Dez jogos do São Paulo em um quarto de século

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Sempre ouvi dizer que são-paulino não vai a estádio - e acho que deve ser verdade. Folheando o "Almanaque do São Paulo", de Alexandre Costa (Editora Abril, 2005), consegui recapitular, um a um, todos os jogos do meu time que paguei ingresso para assistir. E a freqüência não é nada admirável: em 25 anos, compareci na arquibancada em apenas dez partidas do São Paulo. Se existe algo de positivo é que, nestas ocasiões, vi o tricolor paulista ser derrotado apenas uma vez, na final do Brasileiro de 1989, no Morumbi, pelo Vasco da Gama - sim, senhores, eu vi in loco o fatídico gol de cabeça de Sorato (foto acima).

A primeira vez que vi o São Paulo de perto foi aos 9 anos, em 27 de julho de 1983, em Taquaritinga (SP). A partida era válida pelo Paulistão e eu entrei em campo com os jogadores. Lembro de ter pedido autógrafo até para o técnico Mário Travaglini, que achou graça (devia ser muito raro, para ele, esse pedido). Agnaldo abriu o placar para o tricolor no primeiro tempo e Sena empatou para o time da casa no segundo. Final: 1 a 1. No Paulistão seguinte, em 15 de novembro de 1984, o São Paulo voltou a Taquaritinga com sua grande atração naquele semestre, Casagrande. Eu estava lá e também garanti seu autógrafo. Casão não decepcionou: abriu o placar logo aos 26 minutos de jogo (Pita e Renato "Pé Murcho" completaram o 3 a 0).

Já em 4 de fevereiro de 1987, meu pai me levou para conhecer o Morumbi. De quebra, pude testemunhar a imortal linha de ataque Muller-Silas-Careca-Pita-Sidney (foto acima). Era a segunda partida das oitavas do Brasileirão de 86 e o São Paulo eliminou a Inter de Limeira por 3 a 0, com dois do Silas e um do Careca. No final daquele mês, o tricolor venceria o Guarani nos pênaltis, em Campinas, e conquistaria seu segundo título nacional.

Depois disso, só voltei ao estádio para ver meu time em 16 de dezembro de 1989, na já citada decisão do Brasileiro (1 a 0 para o Vasco). Aos 18 anos, deixei a casa dos meus pais e fui morar em Ribeirão Preto (SP). No prazo de um ano, o time do Telê tinha conquistado o Brasileiro, o Paulistão e a Libertadores. Fui ao Santa Cruz em 30 de julho de 1992, para assistir São Paulo x Botafogo-SP, que abriu o placar com Bira. Foi uma dureza para meu time empatar, mas Muller garantiu o 1 a 1 naquele confronto do Paulista (que o tricolor também conquistaria). Após o empate, choveu pedrada em cima dos são-paulinos. Saímos do estádio escoltados.

Quando fui fazer faculdade em Campinas, vi dois jogos, ambos pelo Brasileirão e contra o Guarani, no Brinco de Ouro: em 19 de novembro de 1993 (vitória por 1 a 0, gol de Guilherme) e em 1º de setembro de 1999 (outra vitória, 3 a 2, gols de França, Souza e Marcelinho Paraíba, com desconto de Luiz Fernando e Marcinho). Daí me mudei para o Ceará e veio um longo "jejum" de São Paulo no estádio. De volta às terras paulistas, reencontrei meu clube no Morumbi, em 15 de julho de 2006, contra o Figueirense. Ricardo Oliveira abriu o placar, Tiago Prado empatou para os catarinenses e André Dias, aos 46 do segundo tempo, fechou em 2 a 1.

No ano passado, em 7 de julho, levei minha filha mais velha, Letícia, para conhecer o Morumbi (exatamente duas décadas após o meu pai ter feito o mesmo por mim). São Paulo e Flamengo fizeram um belo jogo, com várias finalizações perigosas. Ilsinho perdeu um gol feito no último minuto (foto ao lado), mas o resultado foi mesmo 0 a 0. Para completar, voltei ao estádio em 1º de setembro, sendo premiado com um 6 a 0 sobre o Paraná, com dois gols de Aloísio, dois de Dagoberto, um de Souza e outro de Leandro. Vamos ver, agora, se me animo a assistir mais dez jogos no estádio nos próximos 25 anos. Mas, sem cerveja, acho muito difícil...