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segunda-feira, setembro 21, 2015

Papéis para decidir o jogo: 'Foi gol!' ou 'Não foi!'

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Outro dia registrei aqui as bizarrices do futebol paulista nos anos 1930, na transição do amadorismo para o profissionalismo, com jogos em que os juízes ou se recusavam a seguir apitando ou eram substituídos na marra, jogadores abraçavam o adversário ao sofrer um gol bonito, o árbitro interrompia a partida para que dezenas de chapéus atirados ao gramado fossem retirados, atletas substituídos no 1º tempo voltavam depois, um outro que atuava como bandeirinha entrava para reforçar um dos times e jogadores expulsos podiam ser substituídos. Tais situações são descritas no "Almanaque do São Paulo", publicação independente de José Renato Sátiro Santiago Júnior e Raul Snell Júnior. Pois agora fui presenteado com outro livro sobre a mesma época, "História do futebol em Pernambuco", de Givanildo Alves (Editora Bagaço, 1998, 2ª edição revista e ampliada). Não por acaso, a obra também traz uma série de causos bizarros dos primeiros tempos do futebol disputado nos campos de Recife.

Um dos melhores ocorreu no campeonato pernambucano de 1931, quando o Náutico não podia perder nem empatar um jogo contra o forte Torre, extinto clube apelidado de "Madeira rubra" (tinha uniforme completamente vermelho) e que naquela época já havia ganho os estaduais de 1926, 1929 e 1930. Porque, caso empatasse ou perdesse, o Timbu (apelido do Náutico motivado pela cachaça) recolocaria na disputa pelo título o arquirrival Sport, que já estava praticamente eliminado. Acontece que, para aquela partida decisiva contra o Torre no estádio dos Aflitos, marcada para 29 de novembro de 1931, vários jogadores desfalcariam o Náutico e, como o adversário era tecnicamente superior, a possibilidade de vencê-lo era remota. Foi então que, três dias antes do compromisso, Eládio de Barros Cavalho (foto), um dos diretores do clube, do qual seria presidente por diversas vezes entre 1948 e 1964, surpreende: "Deixem comigo".

Na véspera do jogo, um sábado, Eládio Carvalho chega aos Aflitos por volta das cinco horas da tarde. Chama "seu" Adolfo, responsável pelo campo, e ordena: "Arranje um serrote". Sem qualquer cerimônia, o diretor do Náutico faz com que o velho empregado do clube abra um buraco no pé de uma das traves, que eram de madeira, e serre a parte que fica enterrada no chão. "Com uns vinte vaivém, o travessão superior fiou penso e o poste lateral ruiu", narra o livro. No dia seguinte, o jornal Diário da Manhã estampa ofício dirigido pelo Náutico ao presidente da Federação Pernambucana, Virgílio Maia:
"No intuito de salvaguardar a sua responsabilidade, o Clube Náutico Capibaribe apressa-se a comunicar a V.S., o acidente que acaba de se verificar em seu campo de desportos. No momento em que o encarregado do campo procedia a reparos em um dos postes laterais do gol, sucedeu o mesmo ruir, em virtude do mau estado de conservação da parte enterrada, inteiramente carcomida pela umidade. Dada a hora adiantada em que isso se verificou, impossibilitando a substituição do madeiramento em mau estado, quer nos parecer não ser possível terminar o serviço necessário a tempo de se realizar o jogo marcado, para nosso campo, o que comunicamos para os necessários fins."
A partida não acontece, como o Náutico queria, mas os jornais não engolem o tal "acidente". Na segunda-feira, 30 de novembro, o Diário de Pernambuco comenta: "Causou estranheza nos círculos esportivos o caso do adiamento do jogo Náutico x Torre, em face das circunstâncias em que se revestiu: adiamento processado à última hora, com espaço limitado de tempo para ser impossível uma providência urgente". Apesar de o jogo ter sido adiado, e de o Náutico ter conseguido vencer o Torre, por 1 x 0, o Santa Cruz foi o campeão daquele ano. Mas, para os alvirrubros, o mais importante foi que o rival Sport não terminou a competição nem entre os quatro primeiros...

Mas antes disso, no Campeonato de 1930, ocorreu o fato mais surreal descrito pelo livro. No dia 13 de julho, no estádio da Avenida Malaquias, o árbitro Antonio Gaeta apita o clássico Santa Cruz x Sport, que vence por 1 a 0. Faltando menos de cinco minutos para o fim do jogo, o "Cobra Coral" pressiona pelo empate. "Júlio Fernandes estira um passe a Lauro, que entra na área do Sport e passa a bola a Carlos", conta o livro. "O atacante desfere um chute violentíssimo (...). A bola entrou no ângulo, tocando no varão de ferro, que estava fora do lugar, saindo por um rasgão da rede". Forma-se a confusão. "Sinceramente, não vi se foi gol", confessa o árbitro, enquanto é cercado pelos jogadores dos dois times. Pressionado a tomar uma decisão e já xingado e ameaçado, Gaeta passa a fazer opções esdrúxulas. Primeiro, pergunta se havia sido gol a uma criança. "Vou invocar o testemunho de um inocente", diz, como se a "justificativa" convencesse ou tivesse algum respaldo.

"A bola não entrou, seu juiz", garante o garoto (que torce para o Sport, óbvio!). Os jogadores do Santa Cruz se revoltam. O juiz, então, tenta outra saída (estapafúrdia): "Bem, aqui está um policial, um homem da lei. Ele vai decidir". O guarda, que não perde um jogo do "Cobra Coral", logicamente crava que a bola entrou. Dessa vez são os jogadores do Sport que se exaltam e ameaçam o juiz. O pau quebra entre os torcedores nas arquibancadas. "Não tendo mais para quem apelar", prossegue o livro, "o confuso árbitro chama os jogadores para o centro do campo. ' - Bem, vou tomar a última decisão. Vou fazer um sorteio. Num pedaço de papel, boto: 'Foi gol!'; noutro, 'Não foi!'". Incrédulos, os jogadores dos dois times nem comentam a sugestão, abandonando o gramado. A partida foi anulada e remarcada para a semana seguinte, quando o Santa Cruz venceu o Sport por 3 a 2.


terça-feira, abril 07, 2015

Problema de saúde, identificação com o clube, possível volta, até logo, até breve (Parte II)

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"Infelizmente, tem um problema com meu irmão em São Paulo, tá adoentado e o ano passado eu perdi minha mãe, que cuidava dele. (...) Eu acho que é um até logo, porque isso aqui é minha casa, né. Um dia eu devo voltar pra cá." - Muricy Ramalho, em 30/06/2002, logo após sagrar-se bicampeão pernambucano e despedir-se do comando do Náutico (veja vídeo abaixo, a partir de 02:41).


"Já comecei o ano com um problema sério, né. Acho que nem ficaria até agora. Fiquei, realmente, porque é o São Paulo, é o time que eu realmente me identifico. (...) Pode acontecer de eu estar voltando aqui, como não? Com certeza, foi por isso que eu disse um 'até breve'. Porque a gente ainda tem a esperança de, quem sabe, um dia, voltar ao clube." - Muricy Ramalho, em 07/04/2015, ao se despedir do comando do São Paulo pela terceira vez (veja vídeo abaixo, a partir de 01:36).




quinta-feira, outubro 17, 2013

Missão: mais 3 vitórias e 2 empates em 9 jogos

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O São Paulo fez o dever de casa e ontem, no Morumbi, empurrou o bêbado na ladeir..., digo, bateu o lanterna e praticamente rebaixado Náutico por 3 a 0. Melhor do que isso: Corinthians, Bahia, Fluminense, Coritiba e Criciúma perderam e agora todos estão atrás do Tricolor - que, com 37 pontos (e duas vitórias a mais do que o alvinegro paulistano), chegou à 12ª colocação, 5 pontos acima do primeiro time entre os quatro que ocupam a zona do rebaixamento. O Vasco joga hoje e, se vencer, chegará só a 35 pontos. Considerando que o matemático Oswald de Souza estima um patamar mínimo bem maior, de 48 pontos, para que os times se considerem totalmente livres de cair para a Série B (o cálculo anterior era de 45), baseado no número expressivo de "concorrentes" à degola - atualmente, do 10º colocado pra baixo ninguém pode dizer que está salvo -, o São Paulo precisaria de mais 11 pontos, ou seja, pelo menos 3 vitórias e 2 empates nas últimas nove rodadas.

Só que nada é tão simples ou fácil como pode parecer. Na reta final, o time de Muricy Ramalho terá simplesmente cinco confrontos diretos na linha dos que hoje somam menos de 40 pontos: Bahia (fora), Portuguesa (em casa), Fluminense (fora), Criciúma (fora) e Coritiba (em casa). Os outros quatro jogos serão "pedreiras": Internacional (fora), Atlético-PR (fora), Flamengo (em casa) e Botafogo (em casa). Digo "pedreiras" porque dois deles querem garantir vaga na Libertadores - Atlético-PR e Botafogo - e os outros dois, a exemplo do São Paulo, ainda não atingiram a tal "zona de conforto" dos 48 pontos. Por isso, é fundamental que o Tricolor traga pelo menos 1 ponto de Salvador na próxima rodada, domingo. Depois de somar 7 pontos dos 9 disputados nas últimas rodadas (triunfos sobre Cruzeiro e Náutico e empate com o Corinthians), um empate com o Bahia já será, com trocadilho (in)voluntário, Vitória...


PINTURA DE GANSO - Tudo bem que vencer o combalido Náutico, e ainda mais jogando em casa, é mais do que obrigação não só para o São Paulo como para qualquer outro clube na competição deste ano. O time pernambucano praticamente jogou a toalha. Mas o melhor, na vitória de ontem, foi a consolidação de um padrão de jogo com defesa consistente (não tomou um gol sequer nos últimos três jogos), posse de bola no meio campo e liberação dos laterais para o ataque. E melhor ainda foi outra grande atuação de Paulo Henrique Ganso, que, com a confiança de Muricy Ramalho, vai enfileirando uma sequência de partidas primorosas. No lance do primeiro gol, de Ademilson, Ganso deu um passe de letra para Aloísio. E, aos 20 do segundo tempo, pegou a bola pela esquerda e foi costurando em diagonal até entrar na área do Náutico e marcar uma pintura de gol. Aplausos. Vamo, São Paulo!

quarta-feira, setembro 25, 2013

Santos precisa de ajuda do árbitro para empatar com lanterna

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Um time compacto na defesa e que pressionou o rival no campo adversário, forçando erros de passe e contando também com alguns não forçados. Na partida entre Santos e Náutico, esta noite, o time descrito acima no primeiro tempo era o lanterna do Brasileirão. O que se viu foi um Alvinegro desligado, errando demais e não conseguindo achar espaço na defesa pernambucana.

Não que o Santos não tenha criado nada. Foram duas oportunidades reais de gol, ambas desperdiçadas por Giva, garoto que, depois de um bom início como profissional, sumiu e passou a jogar mal quase sempre quando entra. Entrou como titular substituindo o suspenso Thiago Ribeiro porque Gabriel, seu rival na posição, também tem oscilado.

Cícero se salvou em meio à escuridão (Foto Santos FC)
O companheiro de frente de Giva, Willian José, se esforçou para ser vaiado pelos torcedores na Vila. Em duas oportunidades recuou a bola para a defesa, dando a redonda de graça para o Náutico. Uma junção de falta de técnica com ausência de aproximação dos companheiros de time. O Santos, na etapa inicial, não trocou passes com a competência que tem feito, e os jogadores estiveram distantes uns dos outros.

Nos primeiros 45 minutos, só Cícero se salvou na articulação de lances, até a saída do meia argentino Montillo, contundido, substituído por Leandrinho aos 33. Não que o Dez alvinegro estivesse fazendo uma grande partida, mas se movimentava muito e conseguia atrair a marcação adversária. Sua ausência fez com que Cícero passasse a ser presa fácil, e o Santos não criou nada até o intervalo.

Renê Junior, que ocupava o lugar de Arouca, suspenso, ficou no vestiário. Léo Cittadini entrou e Cícero recuou para trabalhar a transição da sufocada retaguarda peixeira. Parecia até que ia dar certo. Em dois minutos o Santos chegou perigosamente duas vezes, mas logo o Náutico respondeu, com um dos gols mais perdidos da competição, mostra da atual fase da equipe, aos 5. Maikon Leite cruzou e Rogério chutou pra fora de dentro da área, com o gol livre. Dois minutos mais tarde, Giva finalizou mais uma vez dentro da área. De canela. Pro espaço.

E o jogo continuou com seu nível rasteiro, por vezes indo ao subsolo. Mas sempre com a vantagem para um Náutico mais aceso, interessado em tentar atacar com qualidade e velocidade, jogando nos (inúmeros) erros santistas. Aos 26, Claudinei finalmente faz a substituição que deveria ter feito bem antes, sacando Giva e promovendo Gabriel.

Mesmo assim, foi o Naútico que abriu o marcador. Aos 37, com um ex-santista e palestrino emprestado Maikon Leite, que os pernambucanos tentaram devolver ao Palmeiras, recebendo uma elegante recusa como resposta. Mas o treinador Marcelo Martelotte, recém-chegado ao Timbu, resolveu resgatar o atleta, com quem trabalhou no Santos. E o lance, mais uma ironia, foi iniciado por outro ex-atleta do Alvinegro, Maranhão.

Não demorou muito, no entanto, para que outro protagonista da partida desse as caras. O árbitro Francisco Carlos do Nascimento, que já havia prejudicado as duas equipes com faltas e cartões assinalados sem um critério que se pudesse descobrir, inventou uma infração próxima à área pernambucana. Cícero, até então sumido em seu novo posicionamento – já que sua função, a de fazer a transição, não existia com o afobamento e os passes longos dados pela defesa santista – realizou uma bela cobrança e empatou o jogo.


Jogando muito mal e oscilando entre o desinteresse e a ansiedade, o Santos desperdiçou a chance de se aproximar do G-4, ficando na sexta posição, agora com o mesmo número de jogos de seus rivais. Dado o nivelamento do Brasileirão, pode disputar uma vaga na Libertadores mas, infelizmente, o jogo sugere ao torcedor que a tônica do time será a irregularidade.

quarta-feira, setembro 04, 2013

2ª vitória na sequência de 5 jogos sem perder

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Engana-se quem pensa que o São Paulo venceu o Náutico por 1 x 0, em Recife, com um jogador a menos. Na verdade, o time terminou o jogo com nove. Com Douglas titular (por quê, meu Deus, por quê?!??), o Tricolor já começa a partida com dez. Por isso, após a (justa) expulsão do recém-contratado zagueiro Antonio Carlos, a equipe demonstrou raça e heroísmo ao buscar o gol e segurar a vitória, jogando fora de casa - mesmo que tenha sido contra o pior time do Brasileirão.

E a assistência para Aloísio marcar foi feita pelo lateral-esquerdo Reinaldo, que é, para mim, um dos maiores símbolos da "gestão" Paulo Autuori. Depois de afastar a "cobra criada" Lúcio, o técnico apostou suas fichas no garoto Rodrigo Caio (que vem jogando bem tanto como zagueiro quanto como volante), em Reinaldo e em Aloísio, que personificam o espírito de luta que um time tem que ter quando briga contra um possível rebaixamento. Ou seja: medianos, mas batalhadores.
 
Douglas salta: com ele, time entra com um a menos (Foto:Aldo Carneiro/ Lance!Press)

Porque os "medalhões" simplesmente sumiram depois que o São Paulo foi eliminado do Paulistão pelo Corinthians e da Libertadores pelo Atlético-MG, iniciando uma tenebrosa sequência de derrotas e vexames. O que produz Osvaldo, que não faz gol desde fevereiro? O que acrescenta Luís Fabiano, que, quando não está contundido ou suspenso, marca um gol a cada dois meses? Cadê o Jadson? E o Ganso? Desse grupo, que devia chamar a responsabilidade, só Rogério Ceni corresponde.

Parece que os tais "medalhões" só sabem mostrar serviço "na boa", quando o time briga pelas primeiras posições. Quando o buraco é mais embaixo, desaparecem. E, neste momento difícil, o time precisa exatamente de atletas com o perfil de Reinaldo, Rodrigo Caio e Aloísio. Porque não é pra "jogar bonito". A briga não é pelo título, mas pela permanência na Série A. Também acredito em Paulo Miranda, que devia assumir a lateral direita. E em Negueba, que segura a bola no ataque.

Nas condições ideais, sem afastados por lesões ou suspensões, este (limitado) time do São Paulo poderia definir como titulares Rogério Ceni; Paulo Miranda (ou Welington), Rodrigo Caio, Antonio Carlos e Reinaldo; Denilson, Fabrício (ou Welington) e Ganso; Jadson, Aloísio (ou Luís Fabiano ou Welliton) e Negueba (ou Osvaldo). Simples, sem invenções. A lateral direita continua exposta, sem um especialista de origem, e o meio não é lá essas coisas. Mas, para brigar sério, é o que temos.

E vamos ao Criciúma, em casa, e ao Coritiba, fora. Pedreiras. Mas esse é o "clube da fé"!


sexta-feira, outubro 26, 2012

Em espetáculo bizonho, Santos empata com Náutico na Vila

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Além de ser excelente com a bola nos pés (ou na cabeça, na canela, no joelho...), Neymar também está um pouco acima da média quando concede uma entrevista pós-jogo. Aguenta inclusive várias perguntas pouco amistosas e a repetição ad nauseam da questão eterna sobre transferência para fora do Brasil. Se fosse certo candidato a prefeito, talvez mandasse o repórter perguntar para o árbitro, o Muricy, o Laor, o adversário, mas o garoto aprendeu a ter paciência. E a refletir diante dos microfones.

Ainda no gramado, depois do tenebroso embate entre Santos e Náutico na liberada Vila Belmiro, o atacante deu o diagnóstico da partida, pelo lado alvinegro. Sobre ter reclamado no primeiro tempo com os colegas de time, que não se mexiam para receber a bola, declarou: “Eu peço para os companheiros jogarem, não para ficarem olhando para minha cara esperando eu jogar. É só correr um pouco para confundir a zaga”.


Era o que o torcedor, na Vila diante da TV, queria que os santistas fizessem. Que se movimentassem um pouquinho só. Mas André, no meio dos zagueiros, lembrava os últimos dias de Ronaldo no Corinthians, ainda que a diferença de idade e de “integridade” física não justificasse a imobilidade do moleque. Patito até corria, mas não sabia pra onde, enquanto Felipe Anderson falhava sempre que se esperava algo dele, parece tremer diante da pressão da torcida, do técnico, dos colegas... Miralles, contundido, foi ausência sentida.

Só, somente só (Santosfc)
Um time lento, que viveu de lampejos de Neymar e, pasmem, de subidas do zagueiro Bruno Rodrigo ao ataque no tempo derradeiro, mais eficiente que seus parceiros de frente. Na primeira etapa, o Náutico conseguiu encaixar contra-ataques e, em uma jogada grotesca de Gerson Magrão (que estava cobrindo o lateral do outro lado, diga-se), teve um pênalti a seu favor. Talvez pelo ímpeto saltitante do arqueiro Rafael, o atacante Kieza conseguiu ser tão bizonho quanto o lance que originou a penalidade, mandando pra fora a bola. É, a partida não merecia um gol...

No segundo tempo, o Santos melhorou e os visitantes foram recuando e praticando o tradicional antijogo, tolerado pela arbitragem brasileira. Um, dois, três, quatro, cinco jogadores caíram no gramado no terço final do segundo tempo, nada que quase qualquer outra equipe daqui não fizesse em situação semelhante. O jogo teve 50 faltas e várias não marcadas, o que pode mostrar que o problema dos árbitros brasileiros talvez não seja o de “marcar qualquer faltinha”, mas sim de tolerar sequências de faltas, às vezes de um mesmo atleta, sem punição. Todos ficam à vontade para bater, de forma sutil ou de forma viril.

Jogo tétrico, o jeito para o santista é esperar 2013.

quinta-feira, agosto 16, 2012

Ney Franco, crise no São Paulo e mensalão

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Da série "Oi? Acuma?":

"[O sentimento] Não é de vergonha, com certeza. A gente não está fazendo nada errado. Não fazemos parte do mensalão, não estamos roubando ninguém. Estamos todos os dias no CT, tentando fazer ajustes no time, e podemos sair na rua de cabeça erguida"
(Ney Franco, técnico do São Paulo, a respeito da má fase e da derrota do Tricolor para o Náutico por 3 a 0. Será que a crise no Morumbi e o gol contra do Rogério Ceni também são culpa do Lula?)

domingo, agosto 05, 2012

Santos vergonhoso perde para o Náutico por 3 a 0. Escolha seu culpado

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E o Santos perdeu mais uma, agora para o Náutico, fora de casa, por 3 a 0. O time tinha dez desfalques, mas o campeonato é longo e se tem uma equipe que sabe desde sempre que vai ter desfalques é o Alvinegro, por conta da seleção. Todos vão jogar vez ou outra com desfalques, o campeonato é longo...
Muita gente está no departamento médico. Bom, então é o caso de se analisar o que está errado? É só azar? Foram contratados atletas sem condições? Tem algo errado na preparação física? É hora de responder a essas perguntas agora e tentar corrigir os erros, antes que o campeonato acabe.
Nessa hora, surge todo tipo de acusação, é o tal do ditado da casa que falta pão. Quem tem saudades do Marcelo Teixeira, berra a plenos pulmões contra Laor. A diretoria deve ser criticada, e muito, mas não esqueço dos vexatórios anos de 2008 (quando o Santos foi quase rebaixado no Brasileiro pela primeira vez) e de 2009, quando, mesmo com Luxemburgo ganhando um dos maiores salários do país, não pegou sequer a Sul-americana. Além da ”herança maldita” da DIS, cujos efeitos vivemos na pessoa de Paulo Henrique Ganso até hoje.
Também tem quem não goste de Muricy e aproveite o momento. Não sou muito fã dele, mas pelamordedeus, é só olhar os jogadores que o treinador tem à disposição para ver a tristeza. Entre moleques e refugos, o mais “titular” do time que entrou em campo hoje é um jogador que falhou clamorosamente contra o Barcelona na final do Mundial e teve períodos pavorosos no Santos, o zagueiro Durval. Do resto, só Aranha se salva.
Em resumo, não tenho saudades do Teixeira, e não tem técnico melhor que o Muricy disponível (de novo, recorro à memória: Marcelo Martelotte, Adilson Batista, Luxemburgo, Vagner Mancini, Márcio Fernandes...). E o time que tem, por enquanto, é esse aí. Simples assim, na minha opinião. De resto, é evitar o pior, que todos sabem o que é...
Em homenagem ao momento, Demônios da Garoa cantam abaixo Time Perna de Pau.

segunda-feira, junho 25, 2012

Tudo ajudou, até o juiz.

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A estreia de Ronaldinho Gaúcho em Belo Horizonte, no último sábado, parece ter sido uma vitória fácil, por 5 a 1. Engano. A Galo saiu à frente com menos de 5 minutos de jogo com um gol do questionado Bernard (porque perdeu gol contra o São Paulo), mas poucos minutos depois o Náutico chegou ao empate e deu uma canseira danada em contra-ataques.

O jogo só ficou mais fácil quando o árbitro deu um pênalti inexistente para o Galo, pois não houve falta e se ocorresse seria fora da área. Ronaldinho bateu quase no ângulo e fez seu primeiro gol pelo Atlético. Danilinho marcou na sequência, fez mais um no segundo tempo e a goleada foi fechada com o quinto gol de Escudero.

Além da ajuda do juiz contou muito também a animação dos mais de 16 mil torcedores num jogo às 21h de sábado (alguém consegue me explicar o por quê desse horário?). E a correria do time, que mesmo num momento ruim após o empate não deixou de criar várias jogadas, mesmo correndo o risco do contra-ataque. E o alto acerto nas finalizações, ao contrário dos últimos jogos, em que se criava demais e marcava  pouco.

O  time do Náutico também é melhor do que se imagina, com o lateral Lúcio e o volante Martinez (ex-Palmeiras), Araújo (ex-Goiás) e outros bons jogadores. Domingo que vem tem pedreira contra o Grêmio.

Agora a surpresa, para mim, na rodada foi a derrota do Vasco para o limitado time do Cruzeiro. Com a vice-liderança do Galo, tenho pelo menos dois motivos para secar o Celso Roth.

P.S. Não escrevi sobre a derrota para o São Paulo pelo simples fato de estar viajando e não ter visto o jogo..


FICHA TÉCNICA

ATLÉTICO 5 x 1 NÁUTICO
Motivo: Campeonato Brasileiro – 6ª rodada
Data: 23/6/2012
Estádio: Independência
Cidade: Belo Horizonte (MG)
Gols: Bernard (2’), Araújo (13’) Ronaldinho (33’), Danilinho (35’) (52’), Escudero (92’)
Público: 16.367
Renda: R$ 601.905,00
Árbitro: Raphael Claus (SP)
Auxiliares: Alessandro Rocha Matos (Fifa/BA) e Anderson Moraes Coelho (SP)
Cartões amarelos: Serginho, Leandro Donizete, Leonardo Silva (Atlético); Ronaldo Alves, Rhayner (Náutico)

Atlético
Giovanni; Marcos Rocha, Leonardo Silva, Rafael Marques e Júnior César; Leandro Donizete, Richarlyson (Serginho), Bernard (Escudero) e Ronaldinho; Danilinho e Jô (André). Técnico: Cuca.

Náutico
Felipe, Alessandro (Kim), Márcio Rosário, Ronaldo Alves e Lúcio; Elicarlos, Souza (Ramirez), Martinez e Derley; Rhayner e Araújo. Técnico: Alexandre Gallo.

quarta-feira, fevereiro 16, 2011

Copa do Brasil 2011: Rogério Ceni vai pra Macapá?

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Rogério Ceni treinando com astro internacional
Foi depois de um empate com o Atlético-MG no Campeonato Brasileiro de 2008 que o arqueiro tricolor Rogério Ceni disparou contra a Copa do Brasil, torneio que começa hoje: "Com todo respeito à Copa do Brasil, mas eu não consigo me ver jogando em Macapá [capital do Amapá], e sim em Maracaibo".

Mas como diria um antigo anúncio publicitário, o tempo passa, o tempo voa, e hoje a opinião do goleiro já é um pouco menos desdenhosa. "Lógico que tem uma abrangência diferente, é um torneio nacional, enquanto o outro é continental. Mas os estilos são parecidos, porque também é mata-mata. Precisamos nos adequar às coisas que temos na vida. Por isso, (a Copa do Brasil) se torna a nossa Libertadores do primeiro semestre. Vamos jogar para que possamos voltar à competição original no ano que vem, mas temos que fazer o resultado".

O fato é que a Copa do Brasil começa hoje e o Tricolor enfrenta o Treze-PB. Galhofa à parte, o São Paulo é favorito, assim como Palmeiras, Flamengo, Atlético-MG e Botafogo (não necessariamente nessa ordem). E, ainda que não conte com as equipes brasileiras que disputam a Libertadores, é uma competição mais que interessante, competitiva e cheia de zebras. Sem dúvida, poderia ser um torneio melhor, se mais bem pensado, e um dos exemplos é uma proposta oportunista, já que surgiu em função de uma desclassificação: a ideia de um time eliminado antes da fase de grupos da Libertadores ir para o torneio nacional. Novamente deixando as pilhérias de lado, o Corinthians (e qualquer outro clube que tivesse se classificado para essa fase) engrandeceria a Copa do Brasil.
Os jogos de hoje:

16/02/2011 - 17:00 - Bangu/RJ x Portuguesa/SP
16/02/2011 - 17:00 - Ceilândia/DF x Caxias/RS
16/02/2011 - 22:00 - Fast/AM x Fortaleza/CE
16/02/2011 - 21:00 - União Rondonópolis/MT x Guarani/SP
16/02/2011 - 21:00 - Horizonte/CE x ASA/AL
16/02/2011 - 21:00 - Iraty/PR x Grêmio Prudente/SP
16/02/2011 - 21:00 - Botafogo/PB x Vitória/BA
16/02/2011 - 21:00 - Santa Helena/GO x Uberaba/MG
16/02/2011 - 21:30 - Naviraiense/MS x Santo André/SP
16/02/2011 - 21:00 - Gurupi/TO x Paraná/PR
16/02/2011 - 21:00 - Vitória/ES x Goiás/GO
16/02/2011 - 22:00 - São Domingos/SE x Bahia/BA
16/02/2011 - 22:00 - Murici/AL x Flamengo/RJ
16/02/2011 - 22:00 - Treze/PB x São Paulo/SP
16/02/2011 - 19:30 - Ypiranga/RS x Coritiba/PR

Ah, sim. A chance do goleiro do São Paulo ir pra Macapá existe, caso o Trem-AP, que enfrenta o Náutico no dia 23, chegar até essa fase da competição. Atual campeão do estado, o time enfrentou ontem em um amistoso a seleção da Serra do Navio e venceu por 2 a 0, gols de Ari e Lessandro (é sem o "a" mesmo). Vai, Trem!

sexta-feira, maio 07, 2010

Sem "superclubes", Série B tem veteranos como atração

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Vinte clubes vão disputar a partir de hoje as quatro vagas para a Série A de 2010. E, claro, também evitar o descenso para a Série C. Mas, deixando os acacianismos de lado, neste ano o campeonato não conta com nenhuma das equipes que fazem parte das maiores torcidas do país como o Vasco, em 2009, e o Corinthians em 2008.

Nem por isso a disputa deve ser menos interessante, principalmente pelo equilíbrio que deve prevalecer. Times de tradição e torcida apaixonada como o Bahia – fora da elite do futebol desde 2003 – e os recém-rebaixados Sport e Náutico prometem lotar estádios e fazer duelos acirrados. Os paulistas são maioria (seis clubes) e os torcedores lusos estão confiantes na volta da Portuguesa, quinta colocada em 2009.

Durante o certame, jogadores conhecidos do público desfilarão nos gramados. O América-MG, por exemplo, tem três jogadores que já se destacaram no futebol mineiro e com passagens em outros clubes daqui e de fora. O interminável Euller, 39 anos, ex-Filho do Vento, tem a companhia de Fábio Junior, 32, no ataque e de Evanílson, 35, na lateral-direita. Flávio, goleiro de 39 anos campeão brasileiro pelo Atlético-PR em 2001, tem na reserva o ex-Corinthians e Cruzeiro Gléguer, 33. E o santista que acompanhar a partida do time de Mauro Fernandes contra o Bragantino de Marcelo Veiga vai topar com dois ex-zagueiros peixeiros: Preto, 31 anos, do lado das Alterosas, e André Astorga, 29, de passagem recente e apagada na Vila Belmiro, que está na equipe de Bragança junto com outro ex-peixeiro, o atacante Lúcio, 35 primaveras.

No Centro-Oeste, o Brasiliense conta com presenças célebres como Iranildo, 33 anos, em sua terceira passagem pelo time, e Aloisio Chulapa, 35, campeão mundial pelo São Paulo em 2005. O Vila Nova-GO tem o glorioso atacante Roni, 33 anos, ex-Fluminense, Santos, Flamengo, Cruzeiro, Goiás, Atlético-MG, São Paulo etc etc etc. Outros trintões são o ex-gremista Rodrigo Gral, de 33 anos, do Bahia; o multi-lateral Cesar Prates, 35, contratação do Náutico e o lateral-meia Athirson, 33, que ainda vem fazendo bonito na Lusa.

Mas se o quesito for figurinhas carimbadas do futebol brasileiro, o ASA dá uma chance a uma delas: o meia-atacante Ciel, 28 anos, célebre por confusões envolvendo álcool e quetais. Antes de ir para o Fluminense, em 2008, o atleta havia sido afastado quatro vezes no Ceará por ter chegado embriagado aos treinamentos. Depois da rápida passagem pelo clube carioca, foi para o América-RN onde se envolveu em nova querela com uma garota de programa, foi preso e dispensado do clube. Já em Portugal, nova dispensa do Paços de Ferreira, supostamente por outro caso de embriaguez e em 2010 jogou o estadual alagoano pelo Corinthians local. Agora vai?

E fica a recomendação: quem quiser acompanhar a Série B de 2010, acess o Série Brasil e siga no Twitter.

domingo, novembro 08, 2009

Alívio

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Ontem, o Santos venceu o Náutico no Pacaembu por 3x1. Com a vitória, o time chegou aos 45 pontos - quantia que, segundo a maior parte dos analistas, livra qualquer time das possibilidades do rebaixamento.

Não que a queda tenha sido um temor real dos santistas em 2009 - diferentemente do ocorrido no ano passado, quando o Peixe acabou o primeiro turno do Brasileirão entre os quatro piores e flertou com a degola em muitas rodadas. Na verdade, neste 2009, a existência de mais times "dispostos a cair" fez com que o santista mais se irritasse com o futebol da equipe propriamente dito do que com qualquer possibilidade de queda.

De qualquer modo, é bom cumprir a cota de pontos e poder eliminar, de vez, o medo da degola.



E a partida em si até que foi divertida. O Náutico é realmente uma equipe frágil. Tanto que, no primeiro tempo, praticamente não ofereceu qualquer resistência ao Santos. O Peixe fez 1xo (num pênalti pra lá de mandrake) e poderia ter ido às redes mais vezes.

Veio a segunda etapa e Luxemburgo fez o óbvio: trocou os pífios Róbson e Jean por Mádson e Neymar. O banco a Neymar é até compreensível, já que o menino esteve com a seleção sub-17 até o início da semana e mal treinou no Santos. Mas quanto a Mádson... sim, ele estava numa decrescente, mas nunca, nunca que merece ficar na reserva de Róbson.

Com os dois baixinhos, o Santos entrou num ritmo interessante e parecia que iria golear o Náutico. Fez 2x0, mas, num contra-ataque, os pernambucanos tiveram um pênalti a seu favor (tão fajuto quanto o que beneficiou os santistas na primeira etapa, exemplo nítido de compensação) e diminuíram o marcador.

Quanto parecia que o Santos passaria um baita aperto - e deixaria de vencer após estar na frente, como fez contra Flamengo, Avaí, Internacional e São Paulo - Neymar resolveu mostrar porquê é um craque EM POTENCIAL (o caps é pra evidenciar que ele ainda não o é) e deixou tudo tranquilo. 3x1, vitória, 45 pontos e Série A em 2010.

Bastidores
Talvez tão importante quanto os 45 pontos foi o momento político que se passou na área onde os sócios do Santos ficaram ontem no Pacaembu. A partida de ontem foi a primeira após a oficialização da chapa O Santos Pode Mais, que, com Luís Álvaro de Oliveira Ribeiro e Odílio Rodrigues, lutará contra o grupo político de Marcelo Teixeira (que ainda não confirmou nem desmentiu sua candidatura) nas eleições do clube, que acontecem em 5 de dezembro.

Os oposicionistas estavam em maioria. E, na hora que o jogo já estava definido, entoaram com sucesso o canto "O Santos pode mais", que contagiou praticamente todos os que estavam na área dos sócios (com exceção óbvia dos que trajavam camisas da Rumo Certo, a chapa de Teixeira). Diferentemente do ocorrido em outros pleitos, Marcelo Teixeira parece estar em desvantagem. É esperar pra ver.

segunda-feira, outubro 12, 2009

Palmeiras vacila e perde nova oportunidade de disparar

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Todos os quatro primeiros colocados estão dando sopa para o azar no campeonato Brasileiro. Quem confirmou a tendência foi o líder Palmeiras, chacoalhado nos Aflitos pelo Náutico por 3 a 0.

Antes, o São Paulo perdeu para o Flamengo no Maracanã com direito a choro por pênalti e cobrança repetida. O Inter avançou um ponto, em casa, contra o Atlético-PR. Já o Atlético-MG perdeu o clássico contra o Cruzeiro por 1 a 0.

Se ninguém quer levar o caneco, o campeonato vai ficando parado do lado de cima da tabela. As seis primeiras colocações se mantiveram na mesma ordem. O problema para o Palmeiras é que, na próxima partida, o Palmeiras enfrenta o Flamengo, embalado por Petcovic e com a volta de Adriano. Os cinco pontos de vantagem são confortáveis só enquanto os adversários diretos não avançam, o que não vai acontecer a toda hora.

Desfalques como Diego Souza e Armero, nas seleções, mais Vágner Love, Edmilson e Obina, expulso e suspensos respectivamente na última partida, pesaram. Vale lembrar que Maurício Ramos está contundido e Pierre é a ausência lamentada pelo resto do campeonato.

Sete dos 11 titulares – restaram Marcos, Cleiton Xavier e Figueroa, que conquistou a posição há poucos jogos. Se o elenco já não era tanta coisa, sem sete dos que mais jogaram, o escrete que vai a campo fica limitado.

A equipe de Geninho foi mais eficiente e pôs fogo na disputa para se livrar do rebaixamento. Cláudio Luiz abriu aos 6 do primeiro tempo e Bruno Mineiro, em jogada de Carlinhos Bala, ampliou no fim da primeira etapa. O mesmo Bruno Mineiro fechou a goleada aos 17 do segundo tempo. Foram dois gols de bola parada, com direito a bobeada de marcação. Só que o Náutico jogou melhor, deixando pouco espaço para os visitantes.

Willians não foi bem para substituir Diego Souza – que foi nulo, aliás, contra a Bolívia. A zaga com Maurício, Danilo e Marcão mostrou-se frágil (Marcão é dureza). O ataque... Bom, no próximo jogo talvez haja alguma coisa para se falar sobre o ataque.

O problema dessa toada no campeonato é que ela me lembra a edição do ano passado, mas o cenário era mais trágico.

Tem tempo para voltar a jogar, com a volta dos titulares. Mas precisa voltar a jogar.

sexta-feira, outubro 02, 2009

São Paulo x Náutico: diversão e expulsões

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Por Moriti Neto

Não que Náutico e São Paulo tenham feito uma partida de gala, na noite da última quarta-feira, no estádio dos Aflitos, em Recife. Mas que que foi um jogo agitado, isso foi. Há um bom tempo não me divertia tanto com o futebol. E foram vários os motivos, além do óbvio, que foi a vitória do Tricolor.

Bem, um pênalti defendido por Bosco no início, um gol do adversário abrindo o placar, cinco expulsões, contando com o técnico Geninho, do Timbu, boa parte da contenda com dois atletas a menos e uma virada improvável fora de casa já seriam motivos suficientes para bom entretenimento. No entanto o que realmente pautou a diversão foi o fato de as equipes atuarem com homens a menos, deixando o campo “maior”. Num campeonato em que a marcação e as bolas paradas têm sido dominantes é interessante ver confrontos abertos, ainda que sejam causados por expulsões.

O jogo
Beirando a zona do rebaixamento, o horrendo time do Náutico sufocou o São Paulo no primeiro tempo inteiro. Aos seis minutos, Júnior Cesar fez pênalti em Patrick, mas na cobrança Bosco pulou no canto certo e defendeu o chute de Bruno Mineiro, que aos 13 não desperdiçou a nova chance que teve e abriu o placar.

Pouco tempo depois o São Paulo teve Junior Cesar, que levou cartão amarelo no lance do pênalti, expulso por reclamação. Com um a mais, os donos da casa dominaram as ações, arriscando em chutes de longe, mas sem direção.

Na segunda etapa, veio o empate são-paulino: Hernanes, em cobrança de falta que desviou na zaga adversária, aos 14. E Ricardo Gomes resolveu arriscar. Tirou o zagueiro Renato Silva e colocou Hugo. Depois, substituiu Marlos pelo garoto Oscar. E as trocas surtiram efeito. Mesmo com dez em campo, o São Paulo era melhor. Só que Richarlysson foi expulso após fazer uma falta e receber o segundo amarelo (o primeiro ele tomou por reclamação). Rodrigo entrou no lugar de Borges para recompor o setor defensivo e parecia que o caldo iria entornar.

Só que o Náutico também teve sua cota de expulsões. O zagueiro Cláudio Luiz foi o primeiro a ir para o chuveiro mais cedo. E, aos 43, não viu Hugo, numa cacetada, marcar o gol da virada. E com passe de quem? Oscar. Ou seja, Ricardo Gomes, mais uma vez, deu sorte nas substituições (precisa mexer mais rápido no time nos clássicos, meu filho!). Os anfitriões ainda tiveram o meia Michel expulso e, aí, o time pernambucano, que parece louquinho para cair de divisão, não teve mais o que fazer.

Enfim, a vitória foi suada, com muita emoção e, curiosamente, o São Paulo passou a jogar melhor quando precisou de mais aplicação em campo por causa das expulsões.

Ah, não podia esquecer. Digna de nota, a atuação de Bosco, que após a polêmica no gol sofrido contra o Corinthians, fora a sempre pesada missão de substituir Rogério Ceni, defendeu demais e salvou o Tricolor Paulista. No final de semana, vale torcer pelo Santos.

Moriti Neto é o sampaulino postiço deste blogue, em substituição aos viajantes Thalita e Marcão

quinta-feira, agosto 06, 2009

Saideira nº 4

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Clique na imagem para baixar em alta resolução.

É, acabou meu otimismo

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Confesso que até outro dia tinha certa fé de que o Corinthians ainda poderia remontar o time a tempo de disputar o Brasileiro. Desisti. A derrota por 1 a 0 para o Náutico, num jogo difícil de se ver, me desanimou.

Jogo feio que chegou a doer. Só não acabou num clamoroso oxo porque o gol saiu de pênalti. E jogar no mesmo nível que o Náutico nesse campeonato (e ainda perder...) é pedir vaia.



Confesso também que mesmo hoje, quando vi que jogariam Edu, Bruno Bertucci e Dentinho, achei que agora ia. Dentinho até que deu uns dribles, mas no geral tentou mais é cavar faltas. Bertucci foi medíocre, inexpressivo. Edu não apareceu no primeiro tempo, melhorou no segundo e deu a impressão de que pode ser de grande ajuda num time mais arrumado.

Na próxima partida, o Timão pega o Flamengo no Maracanã. O Mengão perdeu hoje para o Goiás no Serra Dourada (que acabou de contratar Fernandão – saiba mais aqui e aqui). Como o time da Gávea prima pela inconstância, a tendência é mandar bem contra o Timão.

Ridículo - Talvez o melhor comentário a respeito do desempenho corintiano veio de Marinho, assíduo leitor e comentarista do blog parceiro Retrospecto Corintiano. Espero que ele não se importe com a reprodução que vai abaixo:

"Um mês atrás, o Corinthians era o melhor time do Brasil, a sensação do futebol. Hoje, é o time mais ridículo do Brasil. As únicas boas notícias desta quarta-feira foram a volta do Edu e a contusão do Souza. A próxima boa notícia será a contusão do Bill. E o que dizer de Dentinho e Jorge Henrique? Desaprenderam a jogar? Ridículo, esse time do Corinthians é ridículo. Em quatro jogos, tomou chocolate da porcada, empatou com as merdas do Santo André e Avaí e perdeu da bosta do Náutico. Ridículo, uma vergonha esse time do Corinthians. Que venham novos vexames. É só disso que é capaz um time ridículo. Minha paciência já tinha se esgotado contra o Santo André. Depois de hoje, liguei o foda-se. 2009 já acabou. E é melhor que a diretoria monte um timaço pra 2010. Porque senão... já viu... qual dos dois nossos rivais vai fazer a festa em cima de nós na Libertadores??? Acorda, Corinthians!!!!!!!"

quinta-feira, julho 30, 2009

Santos vence disputa do "menos pior" em campo

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"O placar está 0x0... e essa é a nota do jogo". Foi assim que José Maia, narrador da Rádio Bandeirantes, pela qual eu ouvia Santos x Náutico, encerrou a transmissão do primeiro tempo da partida. No segundo tempo vieram os gols, nos últimos minutos o da vitória - que deu três pontos ao Santos, mas que deve motivar apenas celebrações contidas.

Não vi o jogo (ouvi no rádio, como avisei no início do post). Então as observações que se seguem são mais do que passíveis de retratações. Mas acredito que não errarei muito a mão.

O Santos entrou em campo ontem com um 4-5-1 que foi usado por Vágner Mancini em algumas ocasiões; em algumas deu certo, em outras não. Menos mal que o 4-5-1 de ontem não se fez com três volantes, e sim com dois (Souto e Germano) e três meias (Paulo Henrique Ganso, Róbson e Madson). Na frente, Kléber Pereira, que retornou ao time após contusão.

Não dá para esperar muita coisa desse combalido e "em formação" (desculpa na qual quero acreditar) Santos. Mas, se um jogo é ruim, a culpa é dos dois times que estão em campo. Então é o caso de dividir o "mérito" da pelada de ontem com o Náutico - que ao menos por enquanto é, com sobras, o pior time desse Brasileirão e que vai precisar de uma arrancada histórica para escapar de um aparentemente inevitável rebaixamento.

Neymar fez o primeiro gol peixeiro numa linda cabeçada, mostrando que seu futebol não é só firula. Mais uma vez, o time melhorou com sua entrada no segundo tempo, o que nos faz ficar com uma bela dúvida - ele tem que começar jogando ou é um "jogador de segundo tempo"? O goleiro Felipe facilitou a vida do Timbu ao cometer um pênalti dos mais idiotas no ex-santista Gilmar, que converteu; e, quando parecia que os dois times deixariam o gramado com um ponto cada, Rodrigo Souto mostrou que é realmente bom no jogo aéreo (um dos melhores volantes que já vi nesse quesito) e decretou a vitória do Santos.

Além dos três pontos, outro aspecto positivo de ontem foram as estreias de Eli Sabiá e Felipe Azevedo. Não que ambos sejam craques e tenham chegado para resolver os problemas do time; mas é que eles já estavam no Santos há algum tempo (foram contratados na gestão Mancini) e ainda não tinham entrado em campo. Ora, se o cara tá no elenco, que seja colocado pra jogar!

No final de semana, o Santos não joga. O adversário da rodada, Internacional, vai para o exterior para disputar amistosos. O retorno a campo do Peixe acontece na quarta-feira, contra o Coritiba, em Cascavel.


sábado, julho 11, 2009

Uma goleada para manter Jorginho por mais dois jogos

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Em casa, de goleada, a vitória sobre o Náutico garante a interinidade de Jorginho como técnico do Palmeiras por mais alguns jogos. Mesmo sem ser o preferido nem da diretoria, nem da maior parte da torcida. O time está na vice-liderança, pelo menos até o fim da rodada.

O frio, a chuva e o estado do gramado não se tornaram obstáculo. O primeiro gol foi aos 7 de jogo com Maurício, em cruzamento de Cleiton Xavier. Aos 28, veio o segundo, com Willians, que recebeu de Diego Souza. O Náutico diminuiu com Márcio Barros, em chute que desviou na zaga, aos 21 do segundo tempo. Aos 28 e aos 40, Armero e Pierre.



Assim como contra o Avaí, havia obrigação da vitória. E assim como no jogo anterior, a diferença de três gols indica que tudo está tranquilo, o que reduz a pressão sobre a diretoria depois do fim das negociações com Muricy Ramalho, após as expectativas da torcida terem sido tão estimuladas.

Na quarta-feira, 15, o alviverde vai ao Maracanã enfrentar o Flamengo com Jorginho no banco mas sem Obina. Apesar de não ter forçado o terceiro cartão amarelo, consta no contrato de empréstimo a impossibilidade de ele jogar contra o clube de origem sob pena de pagar multas.

Mesmo sem uma campanha estupenda, enfrentar o rubro-negro em casa não é fácil.

domingo, dezembro 07, 2008

O desespero do rebaixamento

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Vou deixar para os sampaulinos escreverem sobre o título, até porque acompanhei com mais interesse o desespero do rebaixados. E ficou mais uma vez a lição, não dá para deixar para a última rodada a tentativa desesperada de fuga da segundona. E confirmou a previsão do Futepoca há algumas rodadas (veja aqui). 


E o destaque negativo foi o Vasco, que mesmo com chance de escapar da degola perdeu para o Vitória em casa. Mais dramático ainda foi um torcedor que subiu à marquise de São Januário e ameçou suicidar-se.  Foi contido pelos bombeiros, mas é sintomático ver como o futebol mexe com as pessoas.

Já o Figueirense fez sua parte, ganhando de um Inter reserva em sua casa, acabou como o mesmo número de pontos do Náutico, mas tropeçou no segundo pior saldo de gols do campeonato (- 24).

Já os nordestimos só se livraram por conta do empate sem gols na Vila Belmiro, mas o desepero persistiu até os 50 minutos do segundo tempo, quando o goleiro Fábio Costa foi para a área tentar fazer um gol. Não entendi nada, já que o Santos não corria riscos mais. Declaração do Domingos depois do jogo, dizendo que aquela partida deveria ser como uma final me deixou ainda mais confuso. Será vontade de ir para a Sul-Americana?

Sobre Ipatinga e Portuguesa nada a declarar, já que nada mais queriam na última rodada.

PS. Não joguem toda a culpa do rebaixamento nas costas do Roberto, como se pessoas como o Eurico não tivessem culpa pelo desmonte que fizeram do clube na última década. Que a Cruz de Malta faça sua lição de casa e volte para a primeira em 2010, no campo.

domingo, novembro 23, 2008

São Paulo quase campeão

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A sensação ao fim da 36ª rodada do Brasileirão foi um grande "como assim?". Como assim o Grêmio toma uma sacolada do Vitória? Como assim o Cruzeiro vence o Flamengo com um pênalti não marcado para os cariocas (não vi, mas estou lendo nos sites que foi pênalti mesmo)? Como assim deu tudo certo para o São Paulo?



Toda a teoria da decisão na última rodada foi por água abaixo depois dessa. A suada vitória do São Paulo sobre o Vasco abriu um abismo de 5 pontos entre líder e vice-líder. Só duas combinações de resultados tiram o título do Tricolor paulista, e nas duas o Grêmio tem que ganhar os dois jogos restantes. Já o São Paulo precisaria perder as duas ou perder uma e empatar outra. Difícil... o São Paulo já é 80% campeão.

Rebaixamento

Assim como na parte de cima da tabela, lá na rabeira tem time se aferrando à matemática para acreditar que ainda dá. O Ipatinga perdeu para o Palmeiras, como era esperado, e viu a diferença para o Náutico chegar a 6 pontos. A única possibilidade para time mineiro é vencer as duas próximas partidas e torcer para que nenhum dos companheiros na zona da degola ultrapassem os 40 pontos. Mais difícil do que o São Paulo perder o título.

Portuguesa e Vasco, com 37 pontos cada, também têm tudo para deixar as colônias portuguesas decepcionadas. Até dá para escapar, mas os times são ruins demais para dar esperança aos torcedores. Repetindo o que já é senso comum por aí, pena que o Vasco vá cair com Roberto Dinamite na presidência. Deve ser praga do Eurico.

Figueirense e Náutico disputam a última "vaga" na Segundona, mas o Atlético-PR e até o Santos ainda têm chances.