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quinta-feira, outubro 24, 2013

Ciência do óbvio: dinheiro e poder estragam as pessoas

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Um vídeo com mais de 1 milhão de acessos - somente em inglês, sem legendas/ clique aqui -, intitulado "Money on the Mind" ("Dinheiro na mente"), lista algumas conclusões de uma série de estudos feitos por psicólogos da Universidade da Califórnia sobre como as pessoas de diferentes classes sociais se comportam em situações em que se deve tomar uma decisão ética ou moral. O resultado comum é que, quanto mais dinheiro ou poder as pessoas têm, maiores são as chances de:

- Não parar para pedestres passarem;
- Comer comida que deveria ser de crianças;
- Trapacear em jogos de tabuleiro;
- Achar que têm direito a coisas que na verdade são privilégios;
- Não ajudar outras pessoas.

Ou seja, segundo o estudo, "os indivíduos da classe alta se comportam de forma mais antiética do que os indivíduos da classe baixa". E mais: o comportamento de pessoas que não são ricas ou poderosas muda em experimentos em que elas são colocadas numa posição de maior status. "Fica bastante claro por que não é desejável uma sociedade com grandes disparidades sociais. O dinheiro fode com a cabeça das pessoas", resumiu o camarada Lineu Holanda, que desencavou o estudo.

Dá o que pensar quando lembramos, por exemplo, do (malfadado) movimento "Cansei" (foto acima), de 2007, espécie de "protesto" da elite "pela ética", a "moral" e os "bons costumes" - postura reeditada recentemente por atrizes globais que fizeram fotos como se estivessem "de luto". O estudo nos remete também à campanha "moralizante" que nossa imprensa despeja diariamente - e maciçamente - sobre o povo, "contra a corrupção". Contradição? Pensando bem, é até óbvio...

quarta-feira, novembro 30, 2011

Quatro anos depois, "Cansei" tem dois pré-candidatos em São Paulo

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POR Anselmo Massad


Foi no longínquo ano de 2007 que um grupo de empresários, ricaços, celebridades e insatisfeitos de plantão tentaram promover um movimento de massas mal sucedido, o "Cansei". A mobilização era mais ou menos contra tudo, uma representação na sociedade, com dois anos de atraso, da "CPI do Fim do Mundo", que deveria ter investigado os bingos em 2005 e 2006 no Congresso Nacional.

Passados quatro anos, a organização nem se tornou partido político, nem articulou organização social efetiva. Mas tem pelo menos dois pré-candidatos à prefeitura da maior cidade da América Latina. Eles concorrem por partidos diferentes, embora estejam provavelmente bem mais próximos do que muita gente dentro de cada uma das agremiações políticas – mas isso já são outras especulações.

O primero a ingressar na "pré-corrida" eleitoral foi o presidente (vitalício?) da seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP), Luiz Flávio Borges D'Urso. Filiado ao PTB, ele foi o segundo nome a se autoungir na disputa pela sucessão do prefeito Gilberto Kassab (PSD), ainda em em julho desse ano (o primeiro foi Netinho de Paula, vereador do PCdoB).

O segundo nome do "Cansei" lançado é alguém bem mais umbilicalmente conectado ao proto (pseudo?) movimento de massas de 2007. João Dória Júnior é empresário e apresentador de televisão. Há quem veja nele "a cara de São Paulo". Outros, preferem ver como a "cara de Campos do Jordão", instância turística das montanhas, a "Suíça brasileira" para onde migra parte da elite endinheirada paulista nas férias de inverno.

Não foi por outro motivo que o "Cansei" chegou a ser carinhosamente apelidado pelo então ex-governador de São Paulo, Cláudio Lembo (ex-DEM, hoje no PSD) como "Movimento de Campos do Jordão", das "dondocas enfadadas em suas vidas enfadonhas".

Dória Júnior filiou-se ao PSDB, informa nesta quarta-feira, 30, o Valor Econômico. A decisão foi tomada antes do fim de outubro, para dar tempo de o empresário concorrer no pleito de 2012, a convite de outro que tem expressa na face a marca de São Paulo, o governador Geraldo Alckmin (PSDB).

Passados dois meses, foi de Alckmin a ideia de incluir Dória Júnior entre os prefeituráveis tucanos em uma pesquisa interna. Ladeado a outros quatro nomes da sigla previamente colocados – os secretários estaduais de Meio Ambiente, Bruno Covas; de Energia, José Anibal; e de Cultura, Andrea Mattarazzo, além do deputado federal Ricardo Trípoli – ele só topa disputar se tiver "densidade eleitoral".

Se não tem a OAB-SP como suporte, o herdeiro de Roberto Justus como apresentador do "Aprendiz", na Rede Record, comanda o Grupo Doria, além de apresentar o programa de entrevistas "Show Business", na Band. Com figurões do PSDB, trabalhou como secretário de Turismo de Mário Covas, na prefeitura de São Paulo em 1983, oito anos antes da fundação da atual legenda dos tucanos. Democrata (mas não do Democratas, que fique bem claro), ele diz ter se envolvido no movimento pelas Diretas Já a pedido do ex-governador Franco Montoro.

(Ressalva: O fato de Covas ter morrido em 2001 e de Montoro ter partido desta para uma melhor em 1999 não representa, segundo supersticiosos consultados pelo Futepoca, qualquer maldição ou praga associada a quem quer que seja. Mesmo que o fosse, disseram as fontes, demoraria de 15 a 20 anos para surtir efeito.)

A coincidência dos nomes ex-Cansei na disputa mostra uma insatisfação da elite paulistana com os rumos adotados pela cidade. Resta saber se os 99% da população, para empregar um termo caro às turmas que andam ocupando partes do planeta com críticas ao capitalismo e ao mercado financeiro concentradores de renda, vai concordar que a mudança de que São Paulo precisa é nessa direção.

segunda-feira, fevereiro 22, 2010

Petkovic defende socialismo na Ana Maria Braga

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Em face destas declarações, fica o convite público ao Pet para um papo no fórum adequado sobre suas impressões a respeito do socialismo. A gente paga a primeira rodada.



Cheguei até o video pelo Conversa Afiada, mas me falaram que saiu primeiro no blog do Altamiro Borges, que relembra os tempos de Cansei da apresentadora global.

quarta-feira, outubro 22, 2008

D'Urso não cansa de Kassab

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O líder do Cansei (lembra? ) Luiz Flávio Borges D'Urso apresenta motivos pelos quais vota em Kassab: porque ele é um excelente prefeito e porque o filho foi candidato pelo DEM. Simples assim. O contraste de tal figura com Dalmo Dallari é quase uma propaganda involuntária pró-Marta, dada a diferença de biografia entre os dois.

segunda-feira, agosto 27, 2007

Doria Jr. na Veja

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Fiquei num impasse de escrever a sério sobre a entrvista de João Dória Junior na edição de Veja (para assinantes) desta semana.

Mas a entrevista de um dos criadores do "movimento" "cívico" "Cansei" – escrito assim, com aspas independentes, para acentuar a "ironia democrática" deste autor – é de um autismo impressionante.

Abre-se com a pérola de Thaís Oyama: "João Doria Jr. não bebe, não fuma, não fala palavrão e, graças ao apreço que tem pelos detalhes – e ao gel, que usa desde os 9 anos de idade –, jamais foi visto em público com um fio de cabelo fora do lugar." Isso o torna "um dínamo do meio empresarial". Consulta informal e sem base científica de amostragem indica que nenhum dos autores do Futepoca usa gel no cabelo.

Ele começa defendendo o peixe dele embora se possa discordar, dizendo que o "Cansei" foi mal-interpretado por incompreensão, intolerância e porque os intelectuais são monopolistas e não estão acostumados ao contexto democrático em que outras pessoas se manifestam. Ele lamentou que não tenha surgido nenhum movimento da sociedade civil nos últimos seis anos sem dizer qual foi o último.

Mas aí ele vem com uma teoria de que o sucesso é criticado no país, numa alusão a uma suposta conclusão de Tom Jobim. "
Penso que há um pouco esse comportamento atávico por parte da sociedade brasileira: o de achar que uma pessoa que faz sucesso não merece esse sucesso e tentar explicá-lo por meio de outras razões que não aquelas fundamentadas no trabalho, na dedicação e no esforço".

Em suma, o que ele quer dizer está na pergunta:
"Quer dizer que se você é pobre pode se manifestar, mas se pertence à classe média ou usufrui um padrão alto de vida não tem o direito de se expressar?"

Que grotesco.

A exemplo do que fazem observatórios de imprensa norte-americanos, produzi, em 2003, um estudo sobre as fontes de informação nas revistas semanais. Eram os 100 primeiros dias do governo do barbudo sindicalista retirante, então um monte de sindicalistas e ativistas eram entrevistados como personagens, para contar causos dos companheiros deles que estavam agora no pudê (lê-se "poder"). Ainda assim, a desproporção era assustadora: 5% eram sindicalistas ou ativistas sociais. Empresários e a elite política – incluindo os à época novos membros do executivo que definitivamente ganham bem – eram os mais entrevistados. Somados a
consultores de bancos ou empresas, chegavam a dois terços dos entrevistados. Negros foram 3% das fontes. Isso não é um retrato da sociedade, mas da visão das quatro semanais noticiosas brasileiras sobre o mundo: entra na pauta o que interessa e fala sobre ela quem tem "relevância", ou seja, poder de decisão e interferência. Nenhuma angústia enrustida se constata na cobertura da mídia contra os "bem-sucedidos", ao contrário.

O assustador é que Dória Jr. realmente se diz discriminado por não terem ouvido o que o "Cansei" tem a dizer. Compara-se ao pobre de pés descalços que é discriminado, diz que prefere a companhia de cães a ladrões.

Em outras palavras, falaram sobre o "Cansei" mas não a suas propostas? Não é esse o caso, porque o movimento deixou as propostas para um segundo momento, nas palavras do próprio Dória Jr.

Se não tivesse empresários e celebridades no movimento, haveria cobertura?

Quanta discriminação!

Até agora, tudo o que há de proposta é não ser golpista, característica repetida em todos os manifestos disponíveis na página do "Cansei".

quinta-feira, agosto 23, 2007

O Piauí cansou da Philips

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A infeliz - mas reveladora - declaração do presidente da Philips do Brasil, Paulo Zottolo (um dos arautos do Cansei), ao Valor Econômico, de que "não se pode pensar que o país é um Piauí, no sentido de que tanto faz quanto tanto fez; se o Piauí deixar de existir ninguém vai ficar chateado", continua rendendo pano pra manga. Depois de dezenas de notas de repúdio, agora é a vez da Philips sentir as conseqüências no bolso.

O grupo piauiense Claudino, quinto maior comprador da Philips no Brasil, mandou suspender as compras dos produtos da empresa e retirar todos os aparelhos que estavam sendo vendidos no Armazém Paraíba, sua loja de departamentos.

O senador João Vicente Claudino (PTB-PI), vice-líder do governo no Senado e um dos executivos do Claudino, disse que o grupo empresarial de seu pai não pretende mais comprar produtos Philips. "Por tempo indeterminado", frisou. O grupo tem mais de 300 lojas de departamentos em dez estados.

Outros empresários do Nordeste também pretendem aderir ao boicote, em solidariedade ao Piauí. Eles esperam que a Philips faça uma retratação, não apenas com uma nota pública de desculpas. A reação popular também é feroz. Entidades estudantis organizaram na semana passada um boicote e quebraram produtos Philips em praça pública. Quem fala o que quer...

sexta-feira, agosto 17, 2007

Apartidarismo OU cadê o noivo

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O recém criado blogue do Gustavo Petta traz uma nota que dispensa comentários a respeito do apartidarismo do movimento "Cansei", cujo primeiro ato oficial, segundo a assessoria de imprensa, ocorreu no início da tarde desta sexta-feira, 17.

Apartidarismo?


O panfleto


A revista.

O que o ex-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), comunista convicto e assumido não pergunta é: cadê o genro do ex-governador?

Viva a democracia!

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Enquanto os menos de mil, ou cinco mil, ou três mil, enfim, sabe-se lá quantos adeptos do "Cansei" fizeram seu minuto de silêncio na Praça da Sé, futepoquenses fizeram sua parte e promoveram barulho às 13h01 do dia de hoje. Abaixo, as fotos de parte de um dos maiores eventos cívicos da história da república:


Os futepoquenses Glauco (de vermelho) e Mauricio (de azul) prepararam uma das mais sofisticadas bases de lançamento de fogos de artifíco já vistas pelo ser humano: um vaso de Ficus. Importante, amigo leitor, para esse tipo de rojão Caramuru, que não se tenha contato físico com a base - só com o pavio.

É uma operação complexa. Anoss de estudo com guerrilheiros cubanos foram necessários para que se realizasse esse tipo de operação que tanto ajudou no assalto ao quartel Moncada em 1953.

Aqui, o momento em que os perigosos fogos foram acesos, com os manguaças devidamente preparados para ficar à distância de 20 metros "rapidamente", conforme as instruções da caixa.


Após o extenuante trabalho de trazer o vaso de volta ao seu lugar, Mauricio descansa junto com a eminência parda Carminha. E a sensação de dever cumprido.
* Nenhum animal, vegetal ou mineral foi maltratado durante as filmagens. A planta foi devidamente amarrada para permitir a passagem dos fogos, sem que houvesse qualquer tipo de dano. Um rotweiller da casa em frente latiu, mas não manifestou qualquer tipo de insatisfação maior.

É hoje! Faça um minuto de barulho às 13h01

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A campanha "Um minuto de barulho pelo Brasil" não pára de ganhar adesões. A campanha já foi veiculada no site da UNE, conseguiu o apoio do ex-presidente da entidade Gustavo Petta e ganhou destaque até em blogue gringo. Além deles, inúmeros outros lugares estão ajudando a divulgar a barulhada agendada para as 13h01 de hoje.

Mas agora é hora de agir. Pegue aquele vinil empoeirado com o hino da Portuguesa, comprado pelo seu avô lisboeta para comemorar o título de 1973, e coloque a todo volume. Pegue aqueles rojões guardados para comemorar aquele título do seu time que nunca veio e aproveite para usá-los. Mostre a todos que, apesar da labuta e do mal estar na civilização, você não está nem um pouco "cansado" e nem se calará com a boca de feijão. Faça barulho à vontade!

quinta-feira, agosto 16, 2007

Faça barulho às 13h01, na sexta. Ande a pé no sábado.

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Sexta-feira, dia 17, às 13h01, faça barulho. Panelas, apitos e pandeiros.

O país passou a maior parte de sua história sob o jugo não-democrático, calado, acabrunhado, tímido e agora, em plena democracia, você quer ficar quietinho? Um minuto de barulho pelo Brasil.

No sábado, dia 18, "Pés fora do coletivo": boicote ao transporte público sucateado. Todos a pé ou de bicicleta nas ruas da cidade.

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Alterado às 13h31. Sugestão acatada.

quarta-feira, agosto 08, 2007

"Pés fora do coletivo": divulgue você também

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Apesar do silêncio dos últimos dias, as articulações nos bares da cidade vão a mil. Todo mundo só fala de no sábado, dia 18, o importante não é boicotar os aviões, mas sim os ônibus.

O sucesso que só a gente vê pode ser ampliado com o seu apoio. Divulgue os banneres exclusivos com link direcionado para a página da campanha "Pés fora do Coletivo", também conhecida como o Futepoca.

A lista de banneres e códigos para divulgar estão numa página de apoio (clique aqui).

Agora, ninguém segura.

terça-feira, agosto 07, 2007

O show da direita

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A "jornada cívica" da elite branca continua produzindo resultados fabulosos. Seu último lance de impacto foi uma ruidosa manifestação em oito capitais brasileiras no último domingo, dia 5. Em todas as cidades onde houve o dito protesto, três mil (sim, isso mesmo, TRÊS MIL PESSOAS) foram às ruas para pedir a saída do presidente da República do cargo.

Desta vez, os "militantes" fizeram a convocatória por um meio peculiar e tipicamente autista, o Orkut. Membros de uma comunidade (sic) intitulada "Fora, Lula", com quase duzentos mil membros, chamou seus participantes para gritar contra o inculto mandatário brasileiro. Logo, descobriram que se é fácil reunir perfis e avatares no simulacro, sair do mundo virtual para o real é bem mais difícil.

A mais "bombástica" manifestação aconteceu em São Paulo. Segundo perspectivas otimistas, duas mil pessoas, cerca de um sexto da média de público do Barueri em sua Arena, nas partidas da Série B do Brasileirão. Já nas outras sete capitais foram outras mil pessoas, uma média de pouco menos de 150 por cidade. Notícias dão conta de que convenções de RPG convocadas pelo tal site de relacionamento levam muito mais gente do que isso, que se assemelha muito ao público médio do São Vicente na quarta divisão do Paulista.

Mas não importa o número de pessoas, o que realmente vale são os ideais. E quem teria coragem de contestar a pureza dos mesmos, como comprova reportagem de Laura Capriglione na Folha de S.Paulo de domingo? O trecho abaixo mostra como o movimento pôde educar os incultos que elegeram o presidente:

Manifestações foram realizadas também em Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Vitória e Campo Grande (somadas, reuniram cerca de mil pessoas). A palavra de ordem dominante foi o "Fora Lula". Mas também se ouviram: "Ca-cha-cei-ro, ca-cha-cei-ro", "va-ga-bun-do, va-ga-bun-do" e "Lula, ladrão, seu lugar é na prisão". Nas faixas e cartazes, o mesmo tom: "Marta, fora, biscate" e "Lula, maldito, relaxa e vaza".

Militantes pela redução da maioridade penal, pelos "direitos humanos (só) para humanos direitos", pela imediata construção de um partido nacionalista conservador, e até o movimento "República de São Paulo", que pretende a separar o estado do restante do país apareceram na manifestação.

Não se via uma só bandeira vermelha. Negros eram os cartazes e as camisetas.

Camisetas negras, como as das milícias de Mussolini que agrediam os trabalhadores na Itália fascistas. Bele referência. Democrática, decerto. Mas claro que o movimento é "popular", o outro trecho abaixo assegura isso:

Com os cabelos loiros e impecavelmente alisados, a empresária e estilista Patricia Guizzardi, 37, recusava ser chamada de representante da "elite branca" (expressão cunhada pelo ex-governador Claudio Lembo). "Eu acho esse comentário até racista. Sou povão. Passei dez carnavais seguidos no Rio de Janeiro, sambando no meio de negros."

Na passeata de ontem, os jornalistas disputavam a desempregada Jessica Verônica Aquino Nascimento, 25, raríssima negra presente. Segundo ela, seus "irmãos de raça e os pobres em geral, infelizmente, ainda são muito ignorantes".

Graças aos céus que temos iluminados que também partilham sua luz.

sexta-feira, agosto 03, 2007

Pés fora do coletivo: CUT cansou no plural e governo reage

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O avanço do movimento "Pés fora do coletivo" é inexorável. A percepção de que dia 18 de agosto é um sábado fez aumentar as adesões.

Primeiro, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) que mandou avisar os empresários mais a seccional de São Paulo da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/SP) que eles "Cansaram". O Futepoca continua a preferir o termo "Tô de saco cheio", porque, como ensinou Cláudio Lembo – o ex-governador conservador, democrata e comunista-antielite branca –, "cansei é termo de dondocas enfadadas em algum momento de suas vidas enfadonhas".

O da CUT também se diz apartidário e nega ser oposição ao dos empresários. O contraponto é para avisar que a paciência dos trabalhadores também tem limites e incluir sua pauta na onda de reivindicações. "Cansamos do trabalho escravo, cansamos de trabalho infantil, cansamos das taxas bancárias, cansamos dos acidentes de trabalho", declarou Artur Henrique, da CUT, à Terra Magazine.

Tarifa de ônibus nas cidades pode cair
O ministro das Cidades, Márcio Fortes de Almeida (PP), declarou que o
Projeto de Lei das Diretrizes da Política de Mobilidade Urbana irá estabelecer preços para cada linha do transporte público. A intenção é calcular o valor com base nos custos do próprio transporte, o que faria as passagens baratearem. As informações são da Agência Brasil.

Encaminhado na quinta-feira, 2, ao Congresso Nacional, as diretrizes precisam ser aprovadas para entrar em vigor.

A pressão do movimento "pés fora do coletivo", lançado em 30 de julho, foi suficiente para fazer Fortes apontar que, de 1995 a 2003, houve redução no uso do transporte público e mais gente andando a pé, porque a tarifa está cara, o serviço é inadequado e as condições de tráfego ruins.

quinta-feira, agosto 02, 2007

Mais uma do "Cansei"

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É um absurdo o que os militantes do Cansei estão fazendo com os humoristas do Brasil. A mais pura concorrência desleal, e com altíssima produtividade. O presidente da Associação Comercial de São Paulo, em entrevista ao Terra Magazine, soltou uma pérola digna de nota, com a firmeza e clareza típicas do comentarista Casagrande em suas ponderações. Ao defender que o "movimento" é apolítico, foi questionado sobre uma eventual adesão do MST, se seria bem-vinda. A resposta a questão abaixo:

Não... é... o... não é... quer dizer... esse movimento não tem nada que ver com a Associação Comercial. Apenas a Associação Comercial dispõe de um contingente que pode... (enfático) MST não! Porque o MST é... o MST nasceu em razão de alguma coisa. E não é de hoje. Por isso que eu estou dizendo... não tem nada que ver com o atual governo. O MST não nasceu em razão do PT. Ele é anterior.

Quem entendeu que se manifeste.

"Não pode ter proposta"

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Do presidente da Philips no Brasil, Paulo Zottolo (um dos organizadores do "Cansei, nosso parceiro), em entrevista à Folha de São Paulo de hoje:

FOLHA - O movimento vai apresentar alguma proposta?
ZOTTOLO -
Se tivesse proposta seria um movimento partidário. Como não é partidário não pode ter proposta. Para mim, o "Cansei" é um convite à meditação.

Einh????

quarta-feira, agosto 01, 2007

"Cansei" adere à campanha do Futepoca

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Depois das inúmeras adesões populares recebidas pela proposta desse blog de boicotar os ônibus no dia 18 de agosto, em protesto contra o "apagão do transporte coletivo", fontes fidedignas afirmam que os próprios "militantes" do "Cansei" também vão se juntar a nós.


Empresários, milionários, ordiná... ops, enfim, boa parte das pessoas que estão promovendo a "jornada cívica" contra "tudo o que está errado" garantiram à reportagem do Futepoca que NÃO vão andar de ônibus no dia 18. Os patriotas não quiseram se identificar por medo de sofrerem represálias por parte de outros democratas que não conseguiriam entender tal gesto de grandeza.



Caem por terra pois as acusações de que os movimentos, o nosso e o deles, sejam rivais. Assim como nós não voaremos no dia do boicote, os "cansados" também não vão pegar ônibus. Folgo em viver em uma democracia como a nossa que permite a convivência e a paz entre classes sociais distintas. Sejam bem vindos, "cansados"! Em breve publicaremos o número da conta bancária para que vocês possam fazer suas doações