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quarta-feira, setembro 11, 2013

Santos pragmático vence Internacional fora de casa

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Eu sei que o DNA do Santos é jogar bonito, mas a torcida não gosta de ver o time namorando com a zona de rebaixamento, gosta de ver namorando com o g4. A gente tem que buscar coisa grande. Às vezes os jogadores que tem essa qualidade técnica, mas não tem rodagem, sentem um pouco.”

Era com essa declaração que o técnico Claudinei Oliveira assumia, após a partida contra o Goiás, início da maratona de quatro partidas em oito dias do Santos, sua opção por um esquema de jogo mais, digamos, cauteloso. Ontem, contra o Internacional, em Novo Hamburgo, tal opção estava evidente desde o início. Sem poder contar com Montillo e com Pedro Castro e Léo Cittadini não tendo ainda convencido, o meio de campo tinha os volantes Alan Santos e Alisson, e os “meio-volantes” Cícero e Leandrinho.

É preciso entender o contexto de transição do time, e Claudinei, ex-técnico da base, conhece o potencial dos jogadores que tem em mãos e sabe que alguns ainda vão precisar entrar em campo mais vezes para ganharem confiança. Contudo, às vezes o treinador exagera no defensivismo quando atua fora de casa, como ocorreu na partida contra o Bahia. Ontem, no entanto, teve a seu favor com a inteligência de Thiago Ribeiro à frente, decisivo nos lances capitais do jogo.

Além disso, Claudinei contou com o que talvez possa se chamar de sorte, pelo menos na peleja de ontem. Alan Santos se contundiu e deu lugar a Renê Júnior, volante que apareceu bem no início do ano mas logo foi preterido por Muricy, nunca mais voltando a atuar da mesma forma. Mais rápido que o jovem, Renê jogou uma partida interessante, a despeito de errar um ou outro passe, e deu opção de saída de bola para o Alvinegro.

Até o meio do primeiro tempo, o Internacional tentava, mas não conseguia criar oportunidades diante da sólida marcação santista. O Peixe também não criava, tocava a bola e mantinha o controle, tanto que terminou o primeiro tempo com 55% de posse da redonda. Mas, exceção feita a uma chance logo aos 2 minutos, com Giva, os visitantes eram pouco efetivos à frente, o ataque seguia isolado. Tanto que o primeiro gol saiu de um lance no qual Giva, que sairia minutos depois também contundido, cavou um escanteio por pura falta de opção do que fazer com a bola, lembrando o lendário atacante pela ponta irlandês Duff, craque nesse tipo de arte. E, da jogada, saiu o gol. Cícero deu uma casquinha e Thiago Ribeiro fez um gol de centroavante-centroavante.

Thiago Ribeiro comemora com Alison (Reprodução)
A equipe continuou trocando passes e os donos da casa sofriam com um meio de campo pouco criativo, dependente de D'Alessandro. Mesmo assim, criaram uma boa chance, uma finalização de dentro da área de Otávio, defendida magistralmente por Aranha. O arqueiro ainda salvaria o Peixe direcionando uma bateria antiaérea contra o bombardeio colorado na área no fim da etapa inicial, um temporal de chuveirinhos.

Estrela de Claudinei e pênalti questionável

Dunga voltou com o mesmo time para o tempo final, mas logo promoveu duas mudanças: colocou Caio na vaga de Scocco e o meia Alex no lugar do volante Jackson. O Colorado veio pra cima, principalmente à base de cruzamentos, e tornou o clima tenso para o torcedor peixeiro, comandando as ações da peleja. Mas, aos 20, Thiago Ribeiro sofre falta. Claudinei faz sua última substituição, a primeira “não forçada”, e coloca Renato Abreu no lugar de Leandrinho. No primeiro toque na bola, na cobrança da falta aos 21, Abreu contou com a barreira malfeita dos donos da casa para fazer o segundo, seu primeiro pelo Alvinegro.

O que se viu depois disso foi um Internacional desnorteado. A afobação, combinada com uma “pilha a mais” que às vezes caracterizava a seleção treinada por Dunga, em especial naquela partida contra a Holanda, piorou e o jogo dava mostras de favas contadas. Até o juizão Marcelo de Lima Henrique ver um pênalti, aos 30, na disputa de bola entre Alison e Caio, com a bola resvalando na cabeça do atacante gaúcho e tocando seu braço. O comentarista Batista, no PFC, justificava o pênalti dizendo que a bola “ia em direção ao gol” (ia mesmo, fraca). Mas o que diz a regra?

Será concedido um tiro livre direto a equipe adversária se um jogador comete uma das seguintes seis (06) faltas de uma maneira que o árbitro considere imprudente, temerária ou com o uso de uma força excessiva:

(…)
- tocar a bola com as mãos deliberadamente (exceto o goleiro dentro de sua própria área penal).

Sobre o tema, esse post do ex-árbitro Leonardo Gaciba, para ser mais didático:

Vamos aproveitar e “matar” algumas lendas que foram criadas para a interpretação de mão. NÃO EXISTE ABSOLUTAMENTE NADA ESCRITO a respeito de:
- Falta pois desviou a bola que iria em direção ao gol;
- Falta pois se a mão não estivesse ali a bola passaria ou ficaria para outro jogador;
- Os braços estavam abertos. Então foi mão;
- Ele foi imprudente no lance por isso deve-se marcar mão;

Nesse outro post, Gaciba ainda completa:

A FIFA colocou nas interpretações das regras do jogo e diretrizes para árbitros o seguinte texto auxiliar para facilitar a compreensão do que é mão deliberada.
Lá está escrito que o árbitro deverá considerar as seguintes circunstâncias:
- O movimento da mão em direção a bola (e não da bola em direção a mão);
- A distância entre o adversário e a bola (bola que chega de forma inesperada);
- Ainda, lembra que a posição da mão não pressupõe necessariamente uma infração (deve-se analisar se o movimento ou a posição dos braços são naturais, forçados pelo deslocamento no campo de jogo ou se ali estão em uma ação de defesa);



Ou seja, Alison já subiu com o braço levantado, movimento natural de quem vai para o cabeceio, entender que ele fez um movimento intencional em um átimo de segundo após a bola resvalar em sua cabeça é muita interpretação pra qualquer um... Mas tudo bem, lance difícil, tem que se tomar a decisão na hora e numseiquelá numseiquelá numseiquelá.

Voltemos ao jogo. D'Alessandro cobrou e fez. O Inter voltou pra partida de corpo e alma e passou a acuar os visitantes, que antes já estavam colocando o pé na mesa de centro da sala e agora ficavam confinados na cozinha. E é aí que aparece novamente Aranha. Em uma bola mal recuada por Cicinho, Leandro Damião chega cara a cara com o goleiro que faz uma saída mais que perfeita evitando o gol.

Com a entrada de Rafael Moura, aos 35, Dunga consolidou a opção preferencial por cruzamentos incessantes na área santista para buscar o tento de empate. Até porque, na hora do aperto, todo mundo apela para um pouco de Muricybol... Foram 40 cruzamentos colorados na partida, 33 errados, contra 6 do Santos, de acordo com o Footstats.

A peleja ainda reservaria a expulsão do arredio Fabrício, uma chance desperdiçada por Caio e uma bola na trave de Thiago Ribeiro. Em resumo, contaram para o Santos ontem a estrela/sorte do técnico, o jogo taticamente perfeito de Ribeiro e a grande forma de Aranha. Agora, ainda com uma partida a menos a ser disputada contra o Náutico, o Santos está em sétimo lugar, a seis pontos do G-4 e distante nove da zona de baixo. Vitória parcial do estilo pragmático.

domingo, agosto 18, 2013

Santos covarde empata com o Bahia. Essas recordações me matam...

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Relembro bem a festa, o apito
E na multidão um grito
O sangue no linho branco
A paz de quem carregava
Em seus braços quem chorava
E no céu ainda olhava
E encontrava esperança
De um dia tão distante
Pelo menos por instantes
encontrar a paz sonhada.

O apito não é de nenhuma partida de futebol, o linho branco também não é da camisa do Santos e a esperança distante não é de um futebol bem jogado, ofensivo, de acordo com um tal “DNA” que alguém invocou algum dia. Mas poderia ser. A letra acima é da canção de Roberto Carlos. O Divã, que, aliás, inspirou os pais do ex-zagueiro de Vasco, Peixe e outros tantos times, a chamá-lo de Odvan, em uma adequação tipicamente brasileira. O problema é que, como diz o refrão dessa canção, a partida de hoje entre Santos e Bahia me fez lembrar de tal letra, principalmente do refrão “Essas recordações me matam”...


Depois do empate em 0 a 0 com o Bahia, fora de casa, o Santos chegou a 16 pontos, a dois pontos da zona da degola mas com um ou dois jogos a menos que aqueles de cima ou de baixo. Melhor em aproveitamento que Atlético-MG e Fluminense, por exemplo, que estão acima. Mas não consola. Porque o que dói é o tipo de atitude que a equipe tem. Se antes reclamávamos, os santistas, que com Muricy não tínhamos padrão de jogo, hoje temos. Jogamos fora de casa, por exemplo, lá atrás, seja contra o líder Cruzeiro, seja contra o intermediário Bahia.

Difícil, difícil... Quem conseguiu ver o jogo no primeiro tempo provavelmente pensou: “mas não tá passando Sílvio Santos no SBT?”. Cada time com uma superpopulação de volantes e jogadores de marcação e, por isso (mas não só), perdendo bolas no meio de campo, quase sem criar chances de gol e com nenhuma criatividade.

Marcos Assunção em lance... Deixa pra lá
Claudinei Oliveira mudou para essa peleja. Colocou Marcos Assunção e Léo Cittadini, sacando Neílton (que não jogava bem há algum tempo) e colocando Montillo para atuar mais próximo a Willian José. Só com o meia gringo que saía algo que prestasse à frente e os meias pouco chegavam para o apoio. Tanto que a melhor “chance” (sim, entre aspas) do tempo inicial, foi uma bola cruzada rente ao gol que nenhum alvinegro chegou perto para empurrar.

Mas por que nenhum jogador chegou na frente? Acacianamente, respondo: porque nenhum jogador tinha como função chegar ali. E, no segundo tempo, isso piorou. Um time pode jogar recuado conforme o contexto, a fase, a sorte, a partida, a previsão do tempo, a recomendação do médico, ou o que quer que seja. Incrível é que não tenha uma reles jogada de contra-ataque. Sem um jogador de velocidade ou um volante que tenha qualidade para chegar perto da área. Se não há jogadores assim, que se libere os laterais para subir. Não. O Santos consegue a façanha de ter a segunda melhor defesa do Brasileiro. Mas não ganha, não faz gol e, em muitas ocasiões, se acovarda diante do adversário. Seja qual for.

As recordações que a música do início do texto me invocam é de um time apagado na memória santista, do treinador Nicanor de Carvalho, que esteve no Santos no campeonato paulista e em parte do Brasileiro de 1989. O time era meia boca, como muitos montados àquela época, e o comandante achou por bem armar uma equipe retrancada. A equipe ficava muitos jogos sem tomar gols, mas também não marcava. O goleiro se destacava, por sinal, um ex-pontepretano como Aranha, Sérgio Guedes. 


"Melhores momentos." Cuidado: cenas fortes.

Mas aquele Santos não chegou em lugar nenhum. No Brasileiro, por exemplo, mesmo com a vitória valendo dois pontos, os empates quase não foram suficientes para o Alvinegro se livrar do “grupo da morte” (ali, eram dois grupos e os três piores de cada um iam disputar para fugir do rebaixamento, outra das regras esdrúxulas desses campeonatos brasileiros). Para a segunda fase, Nicanor caiu e foi substituído por Pepe. Claudinei, cujo nome defendi como o melhor no momento, por conhecer e saber lidar com garotos, não tem colocado muitos meninos para jogar e tem mostrado medo, principalmente após a goleada para o Barcelona. O cargo interino virou prioridade. Com Thiago Ribeiro melhorando a forma física, Arouca retornando e uma ou outra contratação chegando, o cenário pode melhorar. Mas a postura incomoda. E traz as piores lembranças para o torcedor.

sábado, junho 11, 2011

Cruzeiro 1 X 1 Santos - Borges, três gols em duas partidas, salva

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Com as atenções voltadas para a primeira partida da final da Libertadores, na quarta, contra o Peñarol em Montevidéu, o Santos mais uma vez entrou em campo com o time reserva. A exceção era Borges, autor de dois tentos contra o Avaí, mas que não pode atuar pela Libertadores. Com uma equipe com média de idade de 24 anos, jogando contra o Cruzeiro, tido como time sensação do país há pouco tempo, não era de se esperar muita coisa do Peixe.

E boa parte da primeira etapa contribuiu para essa sensação. O clube mineiro, jogando com uma camisa verde inspirada na mesma usada em 1926, ano do primeiro título do então Palestra Itália, dominou as ações. No papel, o Santos tinha três atacantes, Rychely e Thiago Alves pelas pontas e Borges pelo meio, mas os dois primeiros voltavam para compor o meio de campo. Roger Gaúcho era o principal responsável pela armação daquelas que deveriam ser as jogadas de contra-ataque, mas pouco fez enquanto esteve em campo para acionar os velozes ponteiros alvinegros.

O Cruzeiro se impunha. O bom atacante Wallyson teve chances, Anselmo Ramon e Montillo também chegaram bem, mas Aranha foi quase perfeito e os cruzeirenses não primaram pela pontaria.

No segundo tempo, o zagueiro Vinícius Simon tomou o segundo amarelo e foi expulso aos 4 minutos. O Santos, que quase chegou a equilibrar o jogo nos dez minutos finais da etapa inicial, com um a menos via suas chances se esvairem. O Cruzeiro fez um gol cinco minutos depois, com Montillo cobrando um pênalti cometido pelo defensor Wallace, jovem que entrou no lugar de Tiago Alves, em Anselmo Ramon. 


A partir daí, era de se esperar uma goleada cruzeirense sobre o Alvinegro desentrosado e inferior numericamente. O domínio azul (ou verde?) aumentou, mas não se traduziu em gols. O Santos marcou com Borges, mas o auxiliar Roberto Braatz anotou, de forma equivocada, impedimento. E, aos 44, novo lance de falta, cobrada por Felipe Anderson, aliás, bem mais útil que Roger Gaúcho na partida. Pela terceira vez em duas partidas, Borges marcou e salvou o Alvinegro da derrota.

Um empate redentor para o Peixe, que só volta a jogar pelo Brasileirão daqui a duas semanas. Já a batata do técnico Cuca, que não conseguiu vencer no campeonato ainda, começa a exalar um leve odor de queimado.

domingo, maio 22, 2011

Santos 1 X 1 Internacional - empate dentro de casa é vitória

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Desde o dia 20 de abril, quando bateu o Deportivo Táchira no Pacaembu e garantiu a vaga na fase de mata-mata da Libertadores, o Santos tem jogado uma decisão atrás da outra. Pelo Paulista, pegou Ponte Preta, São Paulo e duas vezes o Corinthians; e na competição continental foram mais duas partidas com o América-MEX e dois confrontos contra o Once Caldas. Ontem, na estreia do Campeonato Brasileiro contra o Internacional, foi a hora do descanso para os titulares, um pequeno respiro no calendário. Nem o técnico santista, gripado, comandou os reservas na Vila Belmiro.

Retrato do jogo: atletas não se entendem com a bola (Divulgação)
A partida foi realizada no novo horário de jogos do Brasileirão: 21h do sábado. A tabela do campeonato prevê 14 pelejas disputadas nesse questionável horário e o próximo é São Paulo e Figueirense, no dia 28. Mesmo sem jogadores importantes como D'Alessandro e Rafael Sóbis, o Colorado tinha a oportunidade de quebrar uma longa escrita: desde 1959, na primeira Taça Brasil, quando superou o Grêmio por 4 a 1, com dois gols de Jair Rosa Pinto, um de Coutinho e outro de Urubatão, o Santos não perde para um time gaúcho na Vila famosa.

Desde o início da partida o Inter tentava comandar as ações contra um Alvinegro que entrou não só com uma equipe “alternativa”, como dizem os comentaristas (tucanaram o time B), como também um sistema de jogo alternativo, com três zagueiros. Sem criatividade, a maior parte dos ataques gaúchos redundava em nada, e o desentrosado dono da casa tampouco conseguia articular jogadas ofensivas. O zero no placar só saiu por conta de uma jogada individual. O “menino da Vila” Thiago Alves, 17 anos, recebeu pela esquerda, a zona de Neymar, e partiu para o drible dentro da área em cima de Daniel, que se precipitou e fez o pênalti. Keirrison cobrou e fez o que Zé Eduardo não faz há 14 partidas, aos 28 minutos: um gol.

Seis minutos depois, Oscar fez boa jogada na esquerda do ataque e e conseguiu um cruzamento para Zé Roberto chutar, sozinho na área. A finalização, aparentemente mal feita, chegou até o ângulo esquerdo de Aranha. Indefensável. O empate poderia prenunciar alguma esperança de bom futebol no segundo tempo, mas não foi o que aconteceu.



Na segunda etapa, com a partida um pouco mais equilibrada, o atacante Richely, contratado junto ao Santo André, estreou pelo Alvinegro. Participou de um dos principais lances ofensivos do time em um cruzamento pela esquerda que Keirrison quase alcançou. Foi do 9 santista outra oportunidade, quando passou pelo arqueiro Renan, mas não conseguiu concluir. O Colorado teria sua chance de ouro quando já não conseguia mais ir ao ataque, aos 46, mas Leandro Damião – que, aliás, foi afoito e pouco técnico em alguns lances, não justificando nesses 90 minutos sua convocação para a seleção – não conseguiu marcar em bela jogada de Tinga.

Dadas as circunstâncias, um empate com sabor de vitória para o time B do Santos. O Alvinegro continua sem estrear com três pontos pelo Brasileirão desde 2005, mas conseguiu ganhar um e tirar dois do Colorado, que pode ser um adversário pelo título do campeonato mais à frente. É aguardar os titulares contra o Cerro Porteño, na quarta-feira no Pacaembu, e provavelmente os reservas de novo no sábado, no Engenhão, contra o Botafogo.