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quarta-feira, março 11, 2015

Me engana que eu NÃO gosto

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LEIA:

A Democracia Particular de Aécio Neves


sexta-feira, outubro 12, 2012

Outra do Serra: agora a vítima é repórter da TVT

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Depois de chamar um jornalista da Rede Brasil Atual é sem vergonha, agora foi a vez da TVT (TV dos Trabalhadores) ser vítima da intolerância do candidato. A pergunta nem de longe soava ofensiva, mas Serra, como já se sabe, não responde a questões de qualquer veículo que julgue ser antipático a ele (ah, se políticos que são alvo da mídia comercial seguissem essa regra ficariam quase mudos nas coletivas...).




No vídeo acima, vocês podem ver a repórter Michelle Gomes, do Seu Jornal, fazendo a seguinte pergunta: “Esse assunto do mensalão vai ser bastante explorado pelo senhor no segundo turno?”.

Serra olha para o microfone da jornalista e questiona: “O que é TVT?” Michelle repete a questão e explica ao candidato que significa TV dos Trabalhadores. “De onde?”, retruca o tucano. “Sindicato dos Metalúrgicos do ABC”, responde a repórter. E então o candidato dá as costas e vai embora, ignorando de forma pouco educada a jornalista.

A questão que fica é: se Serra trata assim quem pensa de forma diferente dele, é possível crer que possa promover qualquer diálogo sobre questões cruciais para a cidade sem recorrer ao autoritarismo que demonstra a cada entrevista coletiva?

sexta-feira, julho 08, 2011

168 anos, 3 milhões de exemplares e fim

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Por Moriti Neto


Fundado em 1843 e com tiragem de 3 milhões de exemplares, o tabloide dominical britânico News of the World deixará de circular depois do escândalo do monitoramento de quatro mil telefones na Inglaterra, informou nesta quinta, 7, o grupo News Corp International, que o edita. “Decidimos que devemos tomar mais medidas em relação ao jornal. Este domingo (10) será a última edição do News of the World”, diz o comunicado.

James Murdoch, presidente do grupo e filho do magnata Rupert Murdoch, dono do jornal desde 1969, disse que a empresa admite os erros cometidos e prometeu fazer o máximo para consertá-los. Ele também afirmou que o dinheiro da última edição será doado para “boas causas”, numa tentativa de atenuar o que é irreparável.

O caso ganhou repercussão internacional após a revelação de que, em 2002, o jornal acessou ilegalmente a caixa postal do celular da estudante Milly Dowler, que estava desaparecida, em busca de informações para reportagens. Durante as escutas, mensagens foram apagadas, fazendo com que os investigadores e a família acreditassem que a garota – que foi assassinada – ainda estava viva. Familiares das vítimas dos atentados de 7 de julho de 2005, que atingiram estações do metrô londrino, também tiveram os celulares violados.

O limite da crise se deu no início desta semana, quando o ator Hugh Grant revelou que gravou uma conversa tida com um ex-editor do News of The World, em que foram revelados detalhes sobre o monitoramento ilegal feito pelos jornalistas

Na realidade, o estrago ético e moral causado pelo jornal é enorme, equivalente ao número de telefones invadidos. E são muitos. A polícia britânica declarou que analisa 11 mil páginas de material, com quase quatro mil nomes de possíveis vítimas de monitoramento telefônico ilegal feito por jornalistas do tablóide. O comando da polícia inglesa entrará em contato com todos os que tiverem detalhes pessoais encontrados nos documentos.

Jornal não hesitava em invadir o telefone alheio. Foto de http://www.flickr.com/photos/eklektikos/

Além disso, existem sinais de relações escusas com instituições que excedem o circuito midiático. O chefe da força policial de Londres, Paul Stephenson, garante que está determinado a descobrir quaisquer casos de corrupção dentro da própria polícia, após revelações de que o jornal teria pago para obter informações.

Toda a celeuma em torno do caso desperta para dois importantes aspectos que podem ser transportados para a mídia brasileira Os limites da propalada “liberdade de imprensa” e a adoção de mecanismos que regulem a atividade jornalística.

No Brasil, é comum a grita quando algum veículo de comunicação é multado e/ou impedido de publicar algo. Há um inconformismo, uma indignação estridente e irritante de publicações e associações, evocando essa entidade denominada “liberdade de imprensa” como se ela pairasse acima de todos os outros direitos – individuais e coletivos – e concedesse licença para ofender, assim como invadir a privacidade das pessoas, explorando tragédias, sofrimento, tendo por base o mau gosto e a objetivação da venda da notícia a qualquer custo.

Exemplo disso é a proposta – feita pela Fenaj, durante a primeira gestão Lula – da criação do Conselho Nacional de Jornalismo. Alguns argumentos tresloucados, sem nenhum embasamento, chegaram a comparar a ideia com censura ditatorial. Não se pode falar de regulação da mídia por aqui e, quando o assunto entra na pauta, é lugar comum apelar para “países avançados”, “realmente democráticos”, como... A Inglaterra.

Pois está posto mais um elemento para o debate sobre “liberdade de imprensa”. Os “democratas” ingleses tiveram espaço para pressionar pelo fechamento de um jornal que caminhava para completar dois séculos e veiculava milhões de exemplares a cada edição. No Brasil, continuamos na luta incipiente para explicar a quem não entende – e para vencer os discursos de má fé – da necessidade de regulamentar as atividades da mídia.

quinta-feira, outubro 28, 2010

Liberdade de imprensa no dos outros é refresco

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Liberdade de imprensa e de expressão é um dos temas frequentemente discutidos e reportados aqui no Futepoca, até porque somos nove profissionais da comunicação e o próprio blogue é mais um espaço a defender a pluralidade de informações e opiniões. Recentemente, o governo Lula vem sendo atacado por supostamente querer "controlar" ou, mais explicitamente, "amordaçar" a mídia. Mentira - e ninguém melhor para botar os pingos nos is do que o próprio presidente: "Muitas vezes, uma crítica que você recebe é tida como democrática, e uma crítica que você faz é tida como anti-democrática. Como se determinados setores da imprensa fossem acima de Deus e que ninguém (deles) pudesse ser criticado. (...) No Brasil, a imprensa deveria assumir categoricamente que ela tem um candidato e que tem um partido. E que falasse. Seria mais simples, mais fácil. O que não dá é para as pessoas ficarem vendendo uma neutralidade disfarçada", disse Lula, para o site Terra.

"Mas eles preferem fingir que não têm lado e fazem crítica à todas as pessoas que criticam determinados comportamentos e determinadas matérias. (...) Quando nós tomamos a decisão de fazermos a Conferência da Comunicação, determinados setores da imprensa não quiseram participar e acharam que aquilo era anti-democrático. Eu não sei qual é a preocupação que as pessoas têm de a sociedade discutir comunicação. Mas o Brasil vai ter que estabelecer um novo marco regulatório de telecomunicações", acrescentou (veja a ÍNTEGRA AQUI).
Lula cutucou onde a ferida mais incomoda os donos do meio de comunicação: a apregoada liberdade de imprensa defendida por eles é totalmente relativa, pois o foco depende do lado político que eles defendem ou atacam. Mais precisamente sobre o candidato José Serra, do PSDB, conhecido pela hipocrisia com que defende a tal liberdade da imprensa ao mesmo tempo que não dialoga e chega mesmo a calar jornalistas que não o agradam.

Em 27 de setembro, a então candidata à presidente Marina Silva, do PV, já advertia: "Tenho ouvido reclamações nos últimos dias que o ex-governador José Serra tem ficado nervoso quando fazem perguntas que ele não gosta. Ouço também relatos de que há uma tentativa de intimidação dele aos jornalistas. Existem duas formas de tentar intimidar a imprensa. Uma é aquela que vem a público e coloca de forma infeliz uma série de críticas. Outra é aquela que, de forma velada, tenta agredir jornalistas, pedir cabeça de jornalista, o que dá na mesma coisa, porque o respeito pela democracia e pela liberdade de imprensa é permitir que a informação circule. Serra constrange e tenta intimidar jornalistas". Não por acaso, Marina usa hoje seu blogue para criticar o "vale-tudo" de Serra nessa campanha eleitoral.

Sendo assim, por estarmos a poucos dias do segundo turno da eleição presidencial, penso ser interessante apontar esse jogo sujo (mais um) da chamada "grande mídia" brasileira, que tenta construir um Lula "ditador" e "censor" contra o verdadeiro merecedor desses adjetivos, o candidato tão protegido e blindado pelos próprios meios de comunicação. Reproduzo abaixo uma reveladora sequência de eventos que mostram o quão defensor da liberdade de imprensa José Serra é (e que poderia ser ainda pior, se investido do poder de presidente da República), a partir de uma lista feita pelo jornalista Antônio Biondi para o blogue O Escrevinhador. Vale a pena ler até o final. A arrogância e tirania impressionam pela constância e pelo descontrole emocional:

29 de maio de 2009
Vítima: Estadão/ repórter Sandro Villar. Escreveu o Estadão: "A entrevista coletiva foi tumultuada. A segurança reprimiu os jornalistas com certa dose de truculência. O governador fugiu das perguntas políticas. Ao ser perguntado pelo repórter do Estado se faria dobradinha com Aécio Neves na eleição para a presidência, Serra se irritou. "Pensei que você veio para perguntar sobre o hospital", respondeu (em referência a uma pauta publicada). Um segurança agarrou o repórter na frente do governador, que condenou a atitude do jornalista (!) e soltou um sonoro palavrão impublicável. Villar declarou, em correspondência a Luis Carlos Azenha: "Não faz muito tempo surgiram informações de que o Serra foi submetido a um cateterismo realizado secretamente na calada da noite. Eu queria perguntar isso ao governador para ele desmentir ou não. Mas, pela segunda vez, fui agredido pela segurança de Sua Excelência. Protestei e disse que nem na época da ditadura militar fui tratado com tanta truculência".

10 de maio de 2010
Vítima: Rádio CBN/ comentarista Miriam Leitão. Em entrevista pela manhã, Miriam perguntou se o presidenciável respeitaria a autonomia do Banco Central ou se presidiria também a instituição, caso vencesse a eleição. Serra primeiro respondeu que a suposição da jornalista era "brincadeira". Em seguida, disse, ríspido: "Você acha isso, sinceramente, que o Banco Central nunca erra? Tenha paciência!". Questionado se interviria na instituição ao se deparar com um erro, Serra interrompeu Miriam: "O que você está dizendo, vai me perdoar, é uma grande bobagem".

10 de maio de 2010
Vítima: Rádio Nacional. Relato da Folha de S. Paulo: "Um repórter da Rádio Nacional, emissora estatal, perguntou se o tucano acabaria com o Bolsa Família. Serra reagiu de forma ríspida. 'Por que a pergunta? Porque disseram para você que eu vou acabar? Então eu gostaria de saber a fonte. Isso é uma mentira total', afirmou. Em outro momento de irritação, Serra não quis detalhar sua posição referente à divisão dos royalties do pré-sal. 'Não vou ficar repetindo.' Assessores de Serra procuraram repórteres para pedir desculpas pelo tom do tucano, que chegou ao evento com 40 minutos de atraso".

22 de junho de 2010
Vítima: TV Cultura/ mediador Heródoto Barbeiro. "Como o estado poderia prestar serviço não cobrando pedágios tão caros como são cobrados no estado de São Paulo? A gente viaja por aí e as pessoas reclamam que para ir de uma localidade à outra custa R$ 8,80″, questionou o jornalista. "Você tá transmitindo o que o PT vive dizendo", acusou Serra. O candidato afirmou que o modelo de privatização de rodovias de São Paulo passou por mudanças em seu governo. "Nós mudamos o modelo de concessões e os pedágios baixaram em relação aos elementos anteriores". Ao final da discussão, Serra classificou as indagações do jornalista de "trololó petista" e condenou Barbeiro por não apresentar resultados do governo tucano em São Paulo. "Essas perguntas têm sempre de vir acompanhadas de resultados", exigiu o tucano. Logo depois, Barbeiro deixou a bancada do programa, dando lugar a Marília Gabriela.

Julho de 2010
Vítima: Rádio Mirante AM, do Maranhão/ repórter Mário Carvalho. Serra irritou-se quando foi perguntado sobre o que faria para diminuir sua rejeição no Nordeste. Respondeu: "Onde você viu essa informação? Você está fazendo campanha para Dilma". "No Ibope e no Datafolha", disse Carvalho. "De qual emissora você é?", inquiriu Serra. "Da Mirante AM". "Não é rádio do Sarney? Eu não sei aonde você viu isso. Vamos fazer uma coisa, você quer fazer propaganda pra Dilma? Eu acho legítimo que sua rádio e você faça campanha para Dilma. Não tenho nada a me opor. Agora não venha falar mentira. Tudo bem, faz a campanha direto", despejou, gritando, o candidato do PSDB.

16 de julho
Vítima: TV Globo/ Fábio Turci. Segundo Mino Carta, o repórter dirigiu à Serra uma pergunta sobre juros. O perguntado não escondeu sua irritação, e indagou com a devida veemência: "De onde você é?". Turci esclarece ser da Globo. E Serra, de pronto: "Ah, então desculpe".

7 de agosto de 2010
Vítima: TV Cultura/ Gabriel Priolli. No final da tarde, Fernando Vieira de Mello, vice-presidente de conteúdo, chamou Priolli à sua sala para comunicá-lo de seu afastamento da direção de jornalismo da emissora. O episódio aconteceu apenas 5 dias depois de Priolli assumir o cargo. Ele havia encomendado uma reportagem sobre pedágios no estado de São Paulo. A Folha escreveu sobre o episódio: "Nos corredores da emissora e na blogosfera, circula a informação de que, por trás da saída de Priolli, está uma reportagem sobre problemas e aumento nos pedágios. A reportagem teria sido 'derrubada' – jargão para o que não é veiculado – por Mello. 'A reportagem não foi ao ar na quarta-feira por uma razão simples: não estava pronta', diz Mello. 'Eram ouvidos só [Geraldo] Alckmin e [Aloísio] Mercadante. Em período eleitoral, somos obrigados a ouvir todos os candidatos. Foi isso que fizemos', acrescenta." Escreveu o Observatório da Imprensa: "Explicações complicadas terão que ser dadas pelo candidato à presidência José Serra – acusado de ter pedido a cabeça dos jornalistas."

23 de agosto de 2010
Vítima: TV Brasil. O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, se irritou com uma pergunta de uma jornalista da TV Brasil, emissora estatal, sobre o fato de a propaganda na TV completar uma semana hoje e a expectativa
do tucano de conseguir reagir nas pesquisas. "Pergunta lá pro seu pessoal na TV Brasil. Eles têm uma opinião", disse Serra.

15 de setembro de 2010
Vítima: CNT/Gazeta/ entrevistadores Márcia Peltier e Alon Feurwerker. Serra irritou-se durante gravação e ameaçou deixar o programa "Jogo do Poder", da CNT, comandado por Márcia Peltier e Alon Feurwerker. Ele não gostou de perguntas feitas e depois de dizer que estavam "perdendo tempo" com aqueles assuntos, passou a discutir com Márcia. Disse que, em vez de tratarem do programa de governo, estavam repetindo "os argumentos do PT". Em seguida, levantou-se para deixar o estúdio. "Não vou dar essa entrevista, você me desculpa. Faz de conta que não vim", disse Serra, reclamando que a entrevista não era um "troço sério". Logo depois, pediu que os equipamentos fossem desligados e disparou: "Isso aqui está um programa montado." A apresentadora negou com firmeza a acusação e teve uma conversa reservada com Serra. Só então o candidato aceitou voltar ao estúdio.

28 de setembro de 2010
Vítima: Folha de S.Paulo/ repórter Breno Costa. Em Salvador, diálogo entre o repórter Breno Costa, da Folha, e o candidato do PSDB. "Candidato, nesses últimos dias de campanha, qual deve ser a [sua] estratégia?". Resposta de Serra: "Certamente não é perder tempo com matéria mentirosa como a que você fez". Sobre a matéria, explicação da Folha: "Serra referia-se à reportagem que mostrou ressalvas feitas por técnicos do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo no ano de 2009, quando ele era governador. As objeções técnicas do TCE-SP, que aprovou suas contas, referiam-se a ações que, hoje, fazem parte da lista de promessas do tucano".

13 de outubro de 2010
Vítima: Valor Econômico/ repórter Sérgio Bueno. O repórter fez pergunta sobre Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto. E ouviu do candidato: "Seu jornal faz manchete para o PT colocar no horário eleitoral. Eu sei que, no caso, vocês não têm interesse na Casa Civil, naquilo que foi desviado. Seu jornal, pelo menos, não tem. Agora, no nosso caso, nós temos". Horas depois, a diretora de redação do Valor, Vera Brandimarte, ensinou: "O jornalista [Sérgio Bueno] só estava fazendo o trabalho dele, que é perguntar. Todos os candidatos devem estar dispostos a responder questões, mesmo sobre temas que não lhes agradem".

Que esses fatos lamentáveis ajudem os eleitores a pensar muito bem até o próximo dia 31.