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quinta-feira, março 27, 2014

'É que Narciso acha feio o que não é espelho...'

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Narciso ontem, no Morumbi: histórico
O sentido dos versos de Caetano Veloso que dão título ao post não tem nada a ver com o que vou relatar, mas é irônico que eles estejam numa canção chamada "Sampa", porque citam o nome do grande carrasco do time homônimo na partida disputada ontem à noite no Morumbi. Sim, o ex-jogador Narciso fez história como treinador ao impor um vexame incontestável ao São Paulo, em pleno Morumbi, e sacramentar a maior façanha do Penapolense em toda a sua existência, a classificação para a semifinal do Campeonato Paulista. Mais do que isso: foi uma (justa) vingança.

No dia 25 de janeiro de 2010, no Pacaembu, Santos e São Paulo decidiram a Copa São Paulo de Futebol Júnior. Narciso era o técnico do Peixe. No fim do primeiro tempo, os santistas já venciam por 1 x 0 quando partiram num contra-ataque fulminante, para sacramentar o título. Mas o goleiro Richard, do São Paulo, parou o atacante adversário com uma falta feia. Para perplexidade geral, e principalmente de Narciso, o juiz marcou a falta mas só deu cartão amarelo para o goleiro, que deveria ter sido expulso. O lance foi capital, pois, se ficasse com um a menos, dificilmente o Tricolor reverteria a derrota.

Em 2010, Narciso reclamou e foi expulso na decisão da Copinha
Por isso, depois que os sãopaulinos igualaram o placar no segundo tempo e o juiz apitou o fim do jogo, provocando a disputa de pênaltis, Narciso partiu pra cima da arbitragem, completamente fora de si. Tanto gritou e reclamou sobre a não expulsão de Richard no primeiro tempo que o técnico santista acabou expulso, deixando os garotos sob seu comando visivelmente nervosos. Prova disso é que erraram os três pênaltis que bateram. E o goleiro Richard, o mesmo que foi poupado do cartão vermelho, defendeu as cobranças e foi o herói do título do São Paulo na Copinha.

Richard deveria ter sido expulso
Narciso engoliu aquilo quieto. Ontem, exatamente 50 meses depois daquela injustiça, o técnico estava no comando do Penapolense, como "azarão" ou franco-atirador no confronto das quartas-de-final do Paulistão, em jogo único. De forma brilhante, armou um esquema de marcação que anulou todos os meias e atacantes do São Paulo - e deixou o tempo passar. Depois de "cozinhar" o time de Muricy Ramalho no primeiro tempo, em "banho-maria", Narciso soltou a equipe de Penápolis no contra-ataque na etapa final e por pouco não liquidou a fatura no tempo normal.

Mas a vingança tem requinte de detalhes: a decisão seria, como na decisão da Copinha de 2010, por pênaltis. Dessa vez, mesmo tendo assistido um jogador seu ser supostamente derrubado na área do adversário durante o segundo tempo, num lance em que a arbitragem não marcou pênalti, Narciso, mais maduro e experiente, manteve-se calmo e não reclamou. Provavelmente, deve ter dito ao seu time: "A pressão está em cima deles. A obrigação de se classificar é deles. Vão lá e acertem as cobranças, sem medo. Eles vão se complicar sozinhos". Não sei se foi assim. Mas foi o exatamente o que ocorreu, para glória máxima do treinador.

Narciso consola o derrotado Rogério Ceni: vingança, 4 anos depois
Por fim, outras duas curiosidades. Como técnico, Narciso vai enfrentar, na partida única da semifinal, o Santos, time que o projetou como jogador de futebol, que o amparou completamente quando ele enfrentou um tipo raro de leucemia e que permitiu que ele iniciasse a carreira de treinador em suas categorias de base. E o Penapolense foi o único time que conseguiu golear os santistas neste campeonato (4 a 1) - justo eles, que estão impondo aos adversários seguidas goleadas, como a de ontem (4 x 0), na Ponte Preta. Seja como for, estar na semifinal já é um título para Narciso.

Não, Rodrigo Caio não é o culpado
Sobre o São Paulo, o curioso é que caiu na mesma situação do Corinthians. Não adianta culpar Rodrigo Caio, que desperdiçou sua cobrança de pênalti, pois a eliminação é responsabilidade única e exclusiva do time inteiro, que não jogou absolutamente nada ontem. Assim como os corintianos não podem culpar ninguém, pois a não classificação para a reta final foi resultado daquilo que não jogaram no início da competição. Mas não custa lembrar que, ao sugerir que o São Paulo tinha "entregado o jogo" para o Ituano, para desclassificar o Corinthians, o técnico alvinegro Mano Menezes disse que os deuses do futebol puniriam tal atitude. Que língua! Deus me livre de praga de corintiano! (rsrs) E meu consolo, no momento, é que, jogando mal desse jeito, o São Paulo foi poupado de passar vexame maior ao sofrer uma sonora goleada na Vila Belmiro, como a que o Corinthians sofreu na primeira fase.

domingo, abril 28, 2013

São Paulo toma sufoco e só vence com (suado) gol contra

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"Tudo eu?!", lamenta Osvaldo, que classificou o Tricolor ao lado de Ceni
A cor vermelha das camisas do São Paulo no jogo deste domingo, contra o Penapolense, referência às novas cadeiras do estádio do Morumbi, foi propagandeada pelo clube como "a cor da raça". Mas, depois do jogo, ficou claro que vermelha, mesmo, deveria ter ficado a cara de cada um dos sãopaulinos que entraram em campo. O time passou vergonha, tomou sufoco quase todo o segundo tempo, venceu com um gol contra (bem suado) em jogada individual de Osvaldo e, não fosse Rogério Ceni e suas três ou quatro defesas milagrosas, o Penapolense teria eliminado o Tricolor do Paulistão no tempo normal da partida. A defesa mais inacreditável ocorreu a poucos minutos do apito final, quando Ceni espalmou um petardo à queima-roupa, dentro da pequena área, desferido pelo (ex-sãopaulino) Sérgio Mota. Ficou para todos a forte impressão de resultado injusto, e de que, no mínimo, a decisão deveria ter ido aos pênaltis.

É difícil explicar o São Paulo. Fez uma partida irretocável contra o (forte) Atlético-MG e, hoje, uma atuação horrível contra o (fraco) Penapolense. O mais correto seria avaliar que o clube tem elenco, mas não tem time. Ou seja: não tem esquema tático definido, padrão de jogo, posicionamento compacto. Cada jogo é uma história e vitórias ou derrotas dependem mais de "sorte" ou "azar" do que de outras coisas. Os volantes voltaram a jogar muito mal. Os laterais são sofríveis. A zaga é inconstante e bate muito (Rafael Tolói deveria ter sido expulso hoje). Jadson e Ganso juntos não produzem nada de útil. Luís Fabiano é lento e não chama o jogo pra si, como se espera de um centroavante matador. Pra (não) variar, sobra para Osvaldo tentar resolver o jogo sozinho. Hoje deu certo, mas duvido que, contra o rolo compressor do Corinthians, que atropelou a Ponte Preta por 4 a 0, esse esquema de "joga lá no Osvaldo" seja suficiente.

Prenúncio de (mais uma) "morte" em fase mata-mata. Seja o que Deus quiser...



segunda-feira, abril 22, 2013

PSDB já estuda impedir o São Paulo de jogar de vermelho

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Inconformados com a notícia de que o São Paulo jogará com camisas vermelhas contra o Penapolense no próximo domingo, os dirigentes do PSDB já estudam entrar com uma representação contra o clube - a exemplo do que fizeram quando a presidente Dilma Rousseff apareceu trajando roupa de cor semelhante em pronunciamento oficial na TV, em janeiro deste ano. O "surto comunista" do time, com a desculpa de que vai homenagear o estádio do Morumbi com "a cor da raça", surpreendeu gregos e troianos (ou melhor, petistas e tucanos). Afinal, o clube sempre demonstrou maior apreço pelo lado azul e amarelo da força: recentemente, convidou peessedebistas de alta plumagem para camarotes vips em shows de rock e teve seu maior ídolo, o goleiro (narigudo como o bicão de um tucano) Rogério Ceni, declarando voto em José Serra, entre outros episódios de menor repercussão. Ceni, aliás, jogou com camisa azul contra o Atlético-MG e não deve  ter gostado nem um pouco desse uniforme "pró-PT" que o time usará nas quartas-de-final do Paulistão. Falando em PT, militantes ironizam a sanha anti-vermelho dos adversários e observam, por exemplo, que o jogo da TV, às 16 horas de domingo, será o da Ponte Preta contra o Corinthians - e o time de Parque São Jorge ostenta no peito o azul e amarelo da Caixa Econômica Federal (e do PSDB). Antes que (mais) alguém comece a pensar (mais) besteira, a diretoria do Palmeiras já adiantou que não tem qualquer relação com o PV.

Se passar pelo Penapolense, pega Ponte ou Corinthians

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O time reserva do São Paulo fez mais uma partida horrível, idêntica à do último sábado, contra o XV de Piracicaba, e, não por acaso, perdeu pelo mesmo placar para o Mogi Mirim: 1 x 0 . Com isso, encerrou a participação na (modorrenta) fase de turno do Campeonato Paulista em primeiro lugar e conheceu o adversário da (esdrúxula) partida única nas oitavas-de-final, o Penapolense. Caso consiga avançar, pegará nas quartas o vencedor do forte confronto entre Ponte Preta e Corinthians, que decidirão sua sorte em Campinas. Minha impressão é a de que o destino do São Paulo na Libertadores será reflexo do que acontecer nessa reta final do Paulistão. Se cair em uma competição, cai nas duas. E, se conseguir a façanha de conquistar o estadual, pode surpreender no torneio continental. Foi assim no ano em que conquistou seu último Campeonato Paulista, (no longínquo) 2005. Só nos resta a fé!


domingo, abril 21, 2013

Santos vence Penapolense e espera o Palmeiras nas quartas do Paulista

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André: bem de amigo (Ricardo Saibun/ Santosfc.com.br)
Um passe de calcanhar errado que aparentava mais displicência do que técnica. Uma bola mal dominada, outro passe errado, um carrinho à toa que o torcedor prevê que vai acontecer quando o jogador começa a correr. Cartão amarelo. Tudo indicava que a escolha de Muricy em colocar André ao lado de Neymar era um erro.

Só que Neymar é amigo de André. E deu um presente ao parceiro, uma assistência precisa para o avante que, mesmo caindo, finalizou em frente ao goleiro Marcelo, aos 25. Prometeu retribuir o passe para o companheiro, que está esperando até agora. Neymar, em 14 jogos pelo Paulista, marcou doze gols e fez seis assistências.

Àquela altura, a partida estava movimentada, com domínio peixeiro, e o time da Vila não sofria pressão do rival, que precisava ganhar para assegurar seu alugar no G-8 sem depender de ninguém. Tal vantagem técnica foi consolidada com o segundo tento alvinegro, do vice-artilheiro da equipe Cícero, em posição pra lá de irregular, três minutos após o primeiro gol.

Mas, pra variar, o que se vislumbrava como um jogo fácil, ficou menos simples. O Penapolense voltou para a segunda etapa explorando os lados do campo. Galhardo, que já havia sofrido com Silvinho e Rodrigo Biro caindo do seu lado, ficou mais preso atrás, com Arouca fazendo as vezes do lado direito do ataque. A mudança só evidenciou como o Santos acaba jogando com seus atletas estáticos durante boa parte do tempo: quem ataca, ataca; quem defende, defende; cada um confinado no seu setor. Acontece com muitas equipes no Brasil, mas tem acontecido demais com o Santos.

E Galhardo, o Nelinho por cinco segundos, acabou desviando uma bola que ia para fora e marcou o gol que foi atribuído a Guaru. Os visitantes ainda buscaram a vitória e se arriscaram nos contra-ataques que o Santos não converteu em gol, com Neymar errando bastante. Perto do fim, o gol do Mirassol contra o Linense aliviou a equipe de Pintado, que pega o São Paulo nas quartas de final. Já o Peixe enfrenta o Palmeiras, no dito “clássico da saudade”.


segunda-feira, março 04, 2013

Reservas e arbitragem dão vitória ao São Paulo

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Mais uma vez, para poupar os titulares, Ney Frnaco escalou o "Expressinho" contra o sofrível Penapolense, fora de casa, e obteve sucesso. O zagueiro Rhodolfo abriu o placar logo no início do jogo e Ademílson fechou o 2 a 0 na metade da segunda etapa. Cabe ressaltar, como no título do post, que a equipe do interior foi garfada dentro de sua própria casa pela arbitragem. No primeiro tempo, o (horroroso) zagueiro e dublê de lateral-direito João Filipe fez duas faltas importantes que não foram marcadas: uma foi pênalti e outra renderia o segundo cartão amarelo - o que deixaria o São Paulo com dez em campo. Fora isso, Maicon, que também já tinha cartão, empurrou um adversário e, no mesmo lance, usou a outra mão para mandar a bola na trave do Penapolense. O juiz só marcou impedimento. Para completar, na segunda etapa, o lateral-direito Lucas Farias cometeu outro pênalti. Para variar, não marcado.

Além de ser muito feio vencer dessa forma, essa ajuda da arbitragem desmonta o bla-bla-blá da imprensa esportiva sobre a eficiência dos reservas do São Paulo, pela invencibilidade de quatro jogos e coisa e tal. Conversa mole. A única apresentação convincente desse time foi contra o Corinthians, no fim do Brasileirão do ano passado. No mais, só pegou adversários fracos, como o Atlético de Sorocaba, Guarani e, ontem, o Penapolense. Mas, para não dizer que não houve destaques, aponto os volantes Maicon e Fabrício como possíveis alternativas para o time titular, no futuro próximo, bem como o lateral-direito Lucas Farias (que não pode ser pior que Paulo Miranda ou, principalmente, Douglas). Se Cortez continuar jogando mal, Carleto também se habilita a conquistar a lateral-esquerda. E Wallyson mostrou que, quando estiver recuperado, tem velocidade, inteligência e poder de finalização para disputar a lateral-direita. Quanto ao Ganso... Bem, deixa pra lá.