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sexta-feira, março 07, 2014

Arouca, sobre as ofensas racistas: "Não quero que minha filha passe por isso no futuro"

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quinta-feira, agosto 08, 2013

Na Ásia, parceiros deixam sua marca (no mesmo dia)

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Torcida pediu essa dupla na Copa de 2010
Em 2009, dois garotos lançados no time profissional do Santos começaram a fazer história: Paulo Henrique Ganso e Neymar. Nos três anos seguintes, seriam tricampeões paulistas, campeões da Copa do Brasil, da Libertadores da América e da Recopa Sul-Americana. O meia e o atacante brilharam juntos principalmente no primeiro semestre de 2010, levando milhões de brasileiros a pedirem suas convocações para a Copa da África do Sul (mas não foram atendidos pelo técnico Dunga). Parceiros dentro e fora de campo, Ganso foi o padrinho do filho de Neymar e este retribuiu sendo padrinho de casamento do amigo. Porém, a vida profissional dos dois bifurcou: depois de uma série de lesões, Ganso não apresenta mais o futebol brilhante de três anos atrás e amarga o banco de reservas no São Paulo; enquanto isso, Neymar acertou transferência para o Barcelona e já dá os primeiros passos no time de Messi. Curiosamente, nesta quarta-feira, 7 de agosto, os dois estavam excursionando pela Ásia com seus clubes - e fizeram gols. Ganso marcou o primeiro do São Paulo na derrota por 3 a 2 para o Kashima Antlers, no Japão, e Neymar abriu o placar para o Barça na goleada por 7 a 1 sobre a Tailândia, em Bangcoc.

Agora, atentem para a coincidência: o primeiro gol de Ganso com a camisa do Santos, em 15 de fevereiro de 2009, saiu de um chute de fora da área, no estádio da Vila Belmiro; ontem, no Kashima Soccer Stadium, apesar de ser no lado oposto do campo, o golaço do meia também foi de longa distância.

1º GOL DE GANSO COM A CAMISA DO SANTOS (15/02/2009):



GOL DE GANSO CONTRA O KASHIMA ANTLERS (07/08/2013):



E lances coincidentes também aconteceram com Neymar: seu primeiro gol pelo Santos, no Pacaembu, em 15 de março de 2009, ocorreu após um toque de primeira na risca da pequena área; ontem, no Estádio Rajamangala, no lado oposto do campo, ele também tocou de primeira - no mesmo local.

1º GOL DE NEYMAR COM A CAMISA DO SANTOS (15/03/2009):



1º GOL DE NEYMAR COM A CAMISA DO BARCELONA (07/08/2013):



Como se vê, assim como Muller e Silas (vejam esse post aqui), os caminhos de Ganso e Neymar parecem destinados a se cruzarem. Que o meia recupere seu futebol e ainda tente uma vaguinha na Copa de 2014. Porque Neymar, tudo indica, estará lá.

segunda-feira, abril 22, 2013

Se passar pelo Penapolense, pega Ponte ou Corinthians

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O time reserva do São Paulo fez mais uma partida horrível, idêntica à do último sábado, contra o XV de Piracicaba, e, não por acaso, perdeu pelo mesmo placar para o Mogi Mirim: 1 x 0 . Com isso, encerrou a participação na (modorrenta) fase de turno do Campeonato Paulista em primeiro lugar e conheceu o adversário da (esdrúxula) partida única nas oitavas-de-final, o Penapolense. Caso consiga avançar, pegará nas quartas o vencedor do forte confronto entre Ponte Preta e Corinthians, que decidirão sua sorte em Campinas. Minha impressão é a de que o destino do São Paulo na Libertadores será reflexo do que acontecer nessa reta final do Paulistão. Se cair em uma competição, cai nas duas. E, se conseguir a façanha de conquistar o estadual, pode surpreender no torneio continental. Foi assim no ano em que conquistou seu último Campeonato Paulista, (no longínquo) 2005. Só nos resta a fé!


sexta-feira, março 29, 2013

O empate do Santos com o Mogi e uma torcida ingrata

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Parte de uma torcida não reconhece talento
Depois de cinco partidas na temporada na Vila Belmiro, todas vencidas pelo Santos, o Alvinegro empatou com o Mogi Mirim em 2 a 2. Claro que não é o resultado dos sonhos de ninguém, mas o adversário tem o melhor ataque do Paulista, com 29 gols, e está à frente de Corinthians e Palmeiras na tabela. Os donos da casa vacilaram em momentos cruciais da partida e tomaram dois gols mesmo tendo o domínio da partida durante a maior parte do tempo.

A torcida, além de “marcar” alguns jogadores, vaiou o time ao fim dos 90 minutos. E alguns deles vaiaram Neymar, algo que toma proporções anormais para parte da mídia esportiva que sempre procura pauta em ovo. O garoto deu assistência, se movimentou, mas não brilhou como costuma. Está há seis jogos sem marcar, e ainda assim foi fundamental para a equipe.

Em outro contexto, mas no mesmo campeonato, vi o Santos perder por 3 a 1 para o Paulista, no Pacaembu. Com Neymar. O gol de honra, dele, veio perto do final e, quando estava 3 a 0, boa parte do estádio cantou, apoiando os jogadores. Falo da diferença entre o comportamento santista ontem e o daquele jogo para falar da necessidade de o Alvinegro mandar mais jogos em São Paulo.

Na Vila, mesmo na época de vacas magras, o Santos era soberano. O folclórico Viola dizia que no estádio o adversário era como Miojo, entrava duro e saía mole em função da pressão dos torcedores. Mas os tempos foram mudando e há algum tempo o estádio e seus torcedores não têm cumprido seu papel a contento, o de ser um caldeirão para os rivais. Aquela parte da torcida que em outros clubes se chama de “turma do amendoim” cada vez ganha mais relevo.

Lembro que em 2003, quando Robinho passava por má fase após ser o principal protagonista do título Brasileiro de 2002, tirando o time de uma fila de quase 18 anos, era xingado por torcedores que esqueciam o que havia acontecido três meses antes. Um cara que estava perto de mim em um jogo disse que “Robinho é um enganador, que nem o Gil do Corinthians”. O santista Renato conta outra passagem, de um torcedor que xingou durante boa parte do primeiro tempo o meia Diego. Cada vez que ele pegava na bola, era uma ofensa. O problema é que o xingado era Preto Casagrande e o jovem sequer estava em campo naquele dia. Muitos provavelmente pegaram no pé de Pelé e cia. também.

Saem alambrados, entram camarotes térreos
Esse tipo de torcedor que mais xinga do que apoia e acha ruim até quando o time vai bem sempre existiu na Vila, mas parece, como disse acima, que vem se tornando mais importante, não só pelas mudanças pelas quais o estádio passou, mas pelo fato de, com públicos pequenos, sua voz se sobressair mais. E também se sobressaem aqueles que querem conturbar o ambiente, movimentos interessados em forçar ou criar clima para justificar saída de jogadores cuja parte dos direitos federativos pertencem a empresas ou empresários.

Na peleja contra o Mirassol (alô, Palmeiras), o Santos teve prejuízo e ontem o time, mesmo com a volta de Neymar e Montillo, jogou diante de 6.054 pagantes. Ainda assim, o clube tem a segunda melhor média de público do Paulista, mas certamente não é por causa da Vila e sim pelos dois jogos que mandou na capital, conta o Paulista, no Pacaembu, e contra o Corinthians, no Morumbi, ambos com mais de 18 mil pagantes cada.

O bairrismo já foi arma eleitoral na disputa entre Luís Álvaro e Marcelo Teixeira em2010 e volta à tona impulsionado também pela TV de propriedade da Família Teixeira. Como querela política, impede a discussão sobre o clube ampliar seus horizontes, já que estima-se que a torcida santista seja pelo menos dez vezes maior do que a população da cidade que abriga a equipe.

Para mim, que sou santista de nascimento e vi jogos mais na Vila do que em qualquer outro lugar, ela é insubstituível afetivamente. Mas é impossível fechar os olhos às necessidades que regem um clube grande no futebol de hoje. Para buscar visibilidade e torcedores o Santos precisa sair mais da Vila. E, hoje, faria bem a torcida de Santos refletir mais sobre seu comportamento nas arquibancadas, torcendo mais e chiando menos.

domingo, abril 22, 2012

Santos treina com o Mogi. Ponte surpreende o Corinthians e Palmeiras cai diante do Guarani.

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Diante de um Mogi Mirim que veio para jogar no contra-ataque (fórmula quase nada usada por equipes do Brasil), o modificado Peixe começou sufocando o adversário com a dita marcação pressão no campo rival. Sem Fucile e Henrique, e com Elano e Borges poupados, Maranhão foi o autor do primeiro tento santista aos 22 minutos, depois de um lançamento de Neymar do jeito que Ganso faria.

A vantagem poderia ser maior na primeira etapa, mas o Peixe desperdiçou a (s) chance (s). O Mogi, que quase nada ameaçou, mudou de postura no segundo tempo. Veio marcando mais no campo alvinegro, e o Peixe também veio algo desligado, dada a facilidade que encontrava até então. Mas tinha Neymar em campo. E o garoto estava sendo provocado por Edson Ratinho, que o marcava durante a maior parte da peleja. O jogador poderia até ter sido expulso ainda no primeiro tempo, mas não foi. Tomou dribles de Neymar, fez faltas, permaneceu no gramado. E irritou o atacante peixeiro que, como mostra seu histórico, não se intimidade com tais atitudes.

E a partida, modorrenta, ganhou vida com as quase brigas e veio o segundo gol santista. Neymar pegou a bola pela direita do ataque, avançou em velocidade, na diagonal, e aqui é necessário fazer uma consideração. Há jogadores que ganham a jogada sendo rápidos e fazem grandes gols ao passar por adversários; outros que aliam velocidade e habilidade e também propiciam grandes momentos ao marcarem golaços. Mas tem aqueles que aliam rapidez com habilidade e uma absoluta imprevisibilidade, e é o caso de Neymar. Quem observar o gol, com cuidado, vai ver que ele consegue reduzir a velocidade no lance duas vezes e, como é ambidestro, o marcador não só não sabe pra que lado ele vai como não prevê com qual perna vai tocar a bola e com qual delas vai chutar.

Assim, surge mais um golaço na coleção do atacante, o 99º dele com a camisa do Santos, a apenas dois de Juary, o terceiro no rol de artilheiros peixeiros pós Era Pelé. Também empata com Hernane, do Mogi Mirim, como artilheiro do campeonato paulista. Para uma peleja com jeito de treino, Neymar deu o tom e salvou a tarde do torcedor e daquele que curte bola bem jogada.


Agora, o Peixe pega o São Paulo pelas semifinais do Paulista, depois de ir até La Paz, a 3.600 metros de altitude, porque a Rede Globo quis adiantar o jogo do Santos, e não do Corinthians, na Libertadores. O que dará, no fim das contas, uma semana e meia de treino/descanso para a equipe da capital e uma maratona de decisões para o Peixe. É a televisão colaborando para o esporte. 

Soberba corintiana 

Não, não vi o jogo do Corinthians, como o relato acima deixa claro. Mas com o intertítulo não me refiro à torcida ou à atitude dos atletas, e sim ao presidente do clube, Mario Gobbi. Antes da rodada, em entrevista à Rádio Bandeirantes, o cartola se descontrolou com uma pergunta que nem era ofensiva, mas mencionava a palavra “Libertadores”. Daí veio um festival de sandices: “"O Corinthians é um dos maiores clubes do mundo. Do mundo. A Libertadores é só um campeonato, mais nada. Quem nasceu para ser Libertadores não chega a ser Corinthians. Não vivemos de Libertadores. Somos muito maiores que a Libertadores. É só um campeonato". E concluiu, de forma imperial: "Nesse 102 anos, o Corinthians nunca se dedicou à Libertadores".

Comparar o tamanho de clubes com o de campeonatos já é um exercício bizarro e com muito pouco sentido. Óbvio que o Timão é grande, independentemente da Libertadores, assim como é o Fluminense, por exemplo. Mas fazer o jogo de menosprezar a competição sul-americana - que o Corinthians tem muitas chances de conquistar em 2012 – beira o ridículo. Qualquer torcedor tem o direito de dizer que não está nem aí pro torneio, faz parte da “defesa argumentativa de boteco”. Mas quando Gobbi fala isso, parece dizer que seu antecessor/padrinho mentiu ou fez um trabalho muito porco à frente do clube, pelo menos no que diz respeito à Libertadores. Quer dizer que Andres Sanchez e todos os torcedores que se dedicaram a ralar e ir aos estádios para incentivar o Corinthians foram logrados por uma diretoria que “nunca se dedicou à Libertadores”? Depois reclamam porque não se leva o futebol a sério...

Mas, falando da peleja em si, é claro que Júlio César pecou. Assim como no Brasileiro de 2010, contra o Goiás; na final do Paulista de 2011, contra o Santos, e em outras ocasiões em que o erro foi menos grave. É sempre bonito dividir o ônus com os companheiros de time, mas dado o histórico e levando em consideração a música de Jorge Benjor aí abaixo... Sendo eu, procuraria outro arqueiro.



Palmeiras, ah, o Palmeiras...

E o Palmeiras? Foi derrotado por 3 a 2 pelo Guarani, no Brinco de Ouro, e conseguiu ser derrotado duas vezes pela equipe de Campinas na competição. Não era totalmenete inesperado, mas quando acontece, não deixa de ser algo surpreendente, ainda mais com gol olímpico, obra de Fernando Fumagalli. Uma semifinal campineira poucos esperavam.

domingo, abril 15, 2012

O presente do Santos no Centenário, Lusa rebaixada e as quartas do Paulista

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Dando sequência às comemorações pelo centenário do clube, o Santos goleou o já rebaixado Catanduvense por 5 a 0, na Vila Belmiro. O primeiro gol depois do aniversário peixeiro foi uma pintura de Ganso, após passe de cabeça de Neymar. Nada mais simbólico que um belo gol de um jogador que veste a mítica camisa dez.

O meia ainda faria outro gol, sendo o artilheiro do Peixe na partida junto com Borges. Neymar, que foi o garçom da peleja, também fez o dele. O atacante chegou ao seu 97º gol na carreira com a camisa do Santos, empatando com Gradim (1936-1944) e Rui Gomide (1937-1947) na 22ª posição dos maiores artilheiros da história da Vila. E está a quatro de alcançar Juary, terceiro maior goleador pós Era Pelé.
Os lances e gols, que valem a pena ser vistos, estão abaixo. Além desse drible de Neymar que rendeu uma expulsão do rival já no fim da peleja.



Portuguesa rebaixada

E depois da vitoriosa campanha que a levou ao título da Série B no ano passado, a Portuguesa, caiu para a Série A-2 do Campeonato Paulista. Mesmo com a derrota para o Mirassol, a Lusa ainda permanecia na primeira divisão até quase o final do jogo, já que o Botafogo empatava com o Guarani em casa e ia caindo. Mas aos 42 do segundo tempo o time de Ribeirão Preto conseguiu se livrar da degola.

O técnico Jorginho se desculpou com a torcida. “A responsabilidade é minha. Não tem jeito. Ano passado foi de muita alegria, mas este ano foi isso. Peço desculpas.” Dado que o clube perdeu jogadores importantes como Edno e Marco Antônio, além de outros por contusão, como Marcelo Cordeiro, sem a reposição à altura, é o caso de refletir para o Brasileirão. Outros fatores certamente influenciaram na queda lusa, e se a diretoria e a torcida resolverem culpar só o treinador, o caminho do rebaixamento também no Brasileiro já estará bem encaminhado... 

Quartas de final 

Os reservas do Corinthians bateram a Ponte, que também tinha praticamente meio time reserva, e o São Paulo, surpreendentemente, perdeu para o Linense por 2 a 1, deixando a liderança para o rival na última rodada. Já o Palmeiras seguiu na sua fase de baixa, empatando com o rebaixado Comercial, no Pacaembu, poe 2 a 2, mesmo tendo atuado boa parte do segundo tempo com dois jogadores a mais. As quartas, que serão disputadas em jogo único, ficaram assim: 

Corinthians X Ponte Preta 

A Ponte, que perdeu para os reservas do Timão e tomou uma goleada do Santos por 6 a 1 deve ter muitas dificuldades... Pra se generoso. 

São Paulo X Bragantino 

O Tricolor empatou com o Bragantino em 3 a 3 na fase de classificação (valeu pela correção, Moriti e Renato K.). O time do interior concorre com a Ponte pela alcunha de azarão dessa fase. 

Santos X Mogi Mirim 

O time do interior bateu os reservas peixeiros por 3 a 1 na primeira fase do Paulista. Mesmo com os titulares, o Peixe vai enfrentar uma equipe bem postada, que toca bem a bola na frente e chega rápido ao ataque. Não vai ser fácil 

Guarani X Palmeiras 

Na penúltima rodada da fase inicial, o Guarani superou o Palmeiras em uma partida eletrizante. Não se pode esperar nem o Bugre, nem o Verdão, jogando aberto como naquela partida. Mas essa é talvez a partida mais importante dos campineiros na elite do Paulista no século XXI. No Brasileiro de 1978, os bugrinos levaram a melhor, podem repetir o feito?

quinta-feira, fevereiro 09, 2012

Arrogante e preguiçoso, Corinthians joga dois pontos fora em Mogi

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Tá certo, a primeira fase do Paulista vale pouco. Nas últimas 3 edições, o oitavo colocado teve 27 ou 28 pontos, logo faltam uns 16 em 13 jogos pra conseguir uma vaga no mata-mata. Logo, nada grave, do ponto de vista estritamente aritmético, o empate do Corinthians contra o Migi Mirim na noite desta quarta-feira.

Isto posto, vamos falar claramente: foram dois pontos desperdiçados por arrogância, preguiça e outros defeitos de um time que, se tem um pecado, é a falta de ambição dentro de cada partida.

Não foi uma nem duas vezes que a equipe de Tite fez 1 a 0 e tirou o pé do acelerador – e até pisou no freio. Várias e várias emoções desnecessárias passaram os corações alvinegros na temporada passada por esse tipo de comportamento. Mas essa noite foi complicado.

O jogo começou com o Mogi melhor, marcando a saída de bola e complicando a armação alvinegra. O pessoal não chegou a criar grandes chances, mas controlou o jogo até os 12 minutos, quando Paulinho fez uma grande jogada e cruzou para Liedson, que dominou tirando o zagueiro e se enroscou como goleiro. A bola rolava lentamente rumos às redes, mas foi desviada com a mão direita por um atabalhoado Edson Ratinho. Penalti, convertido por Emerson, e expulsão do jogador de Mogi.

Um parênteses: Arnaldo Cesar Coelho concordou com o juiz na hora do lance, mas achou depois um toque de mão de Liedson. Curiosamente, ele afirma que o toque não foi intencional, mas mesmo assim o juiz deveria ter parado o lance, tornando irregular a a marcação do pênalti. Interpretação, digamos, curiosa. Para mim, se teve algo diferente do assinalado pelo árbitro, foi um pênalti em Liedson cometido pelo goleiro , que já caído levanta a perna para impedir a progressão do jogador. Mas vamos em frente.

Quer dizer, com 12 minutos do primeiro tempo, o Corinthians abre 1 a 0 e fica com um jogador a mais. O jogo fica absolutamente sob controle, com toque de bola paciente e boas inversões de Alex e Danilo. Uns cinco minutos após o gol, numa dessas mudanças de lado, Liedson acerta uma cabeçada para defesa espetacular do goleiro Anderson. E parou por aí.

A necessidade de se poupar para o clássico contra o São Paulo e, mais importante, a estréia na Libertadores na quarta explicam a vontade de desacelerar o jogo. Mas com um a mais por tanto tempo – e enfrentando um equipe fraca como se mostrou o Mogi – era só focar um pouquinho para ter resolvido a parada. Não foi feito e, aos 40 minutos, veio o castigo: contra-ataque do Mogi – pelo menos o quarto com chance clara de gol –, Júlio César falha num chute de longe e Hernane, o artilheiro do torneio, mandou pra dentro.

Merecido, se me perguntar. Quem sabe o pessoal não acorda e começa a botar em ponto morto só depois do 3 a 0?

Jogadores

De positivo, Edenilson entrou no lugar de Emerson e foi jogar como meia pela esquerda no 4-2-3-1. Foi muito bem e criou algumas boas situações. É um bom jogador e merece ser observado, até para encontrar sua melhor posição – que eu acho que pode ser meia ou segundo volante, nessa ordem. E o fato de que, quando quis jogar, o time mostrou qualidade, especialmente Danilo, Alex e Paulinho, que controlaram o meio campo. O volante, aliás, vem fazendo jogadas mais agudas – no período em que se importa com o jogo. Parece ter ganho mais confiança, o que pode fazê-lo crescer mais adiante.

Nota negativa para Welder, que foi muito tímido. Fiquei com boa impressão do lateral nas poucas vezes que o vi atuar ano passado e acheiq ue ele aproveitaria a chance para botar pressão em Alessandro. Mas não foi o caso.

Douglas

Um comentário sobre a volta do meia Douglas ao Timão. Fiquei bastante feliz com a contratação. Acho que ele tem certas características – prender a bola, cadenciar o jogo, passar em profundidade – que complementam as melhores virtudes de Alex. Acredito que, com o tempo, Douglas ganha a vaga de Danilo e libera Alex para jogar mais solto, chegando mais para bater pro gol e dar o último passe. Com Liedson e Sheik, acho que pode dar um baita samba.

Além disso, o Corinthians fica com uma das maiores concentrações de meias por metro quadrado, com Vitor Júnior se somando aos três supracitados. Coisa boa num elenco que ano passado tinha grande dificuldade de substituir Danilo.

Adriano

Até aqui, trágica a passagem do Imperador da Manguaça pelo Corinthians. Bom, nem tanto, porque aquele gol contra o Atlético MG valeu muita coisa. Mas a demora do cara para entrar em forma e jogar já deu no saco. Podia até jogar mal, mas pelo menos estaria ali para ser avaliado.

Hoje, depois de tudo, eu que fui defensor do atacante e das chances que lhe foram dadas, já não espero muita coisa. Mesmo assim, e de foram contraditória. inscreveria o cabra na Libertadores. vai que ele se anima...

segunda-feira, janeiro 24, 2011

Precedente complicado

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A notícia de que o veterano Rivaldo (foto) já fechou contrato de 1 ano e será apresentado pelo São Paulo é surpreendente, mas nem tanto pela idade do jogador, que fará 39 anos em abril. Zizinho chegou ao clube com 35, Toninho Cerezo com 37 - e ambos tiveram boas passagens. Aliás, eu lamentei que a diretoria do São Paulo não tenha se mexido na época em que Edmundo pendurou as chuteiras. Gostaria de vê-lo encerrando a carreira no Morumbi, mesmo que não rendesse muita coisa. Era um baita jogador, assim como é Rivaldo. Mas o buraco, agora, é bem mais embaixo.

A exemplo dos ex-sãopaulinos Jamelli (foto) e Juninho Paulista, que encerraram suas carreiras de jogadores atuando também como dirigentes (o primeiro no Barueri, em 2008, e o segundo no Ituano, em 2010), Rivaldo é presidente do Mogi Mirim - clube pelo qual disputaria o Paulistão. Só que agora vai atuar por outro time, no mesmo campeonato, e já avisou que não pretende se licenciar da função de dirigente do Mogi. Atitude que, se for confirmada, levantará todo tipo de suspeita quando os dois times se enfrentarem e, bem pior que isso, se um precisar do outro para se classificar ou não cair para a segunda divisão. Isso abriria um precedente complicado no futebol.

Pois é, virou bagunça. Um exemplo é a promoção "Casa cheia", que o Mogi Mirim lançou para seus torcedores: 5 mil carnês com ingressos para os nove jogos do time no Estádio Romildo Ferreira (nome do pai de Rivaldo), ao preço de R$ 135 (inteira) e R$ 90 (meia). O carnê traz uma foto de Rivaldo com a camisa do time e a frase: "Eu voltei. Agora é a sua vez". Mas voltou pra onde? E quem comprou o pacote só pra ver Rivaldo jogando pelo Mogi? O mesmo Rivaldo que, como presidente do clube, negociou o próprio empréstimo para o São Paulo (!). Sim, palhaçada é o termo.

quarta-feira, janeiro 19, 2011

Mais do mais do mesmo

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Encontro de santos hoje, no Morumbi: São Paulo e São Bernardo. Os dois times venceram na primeira rodada do Paulistão, o primeiro fez 2 a 0 no Mogi Mirim e o segundo, 3 a 1 no Grêmio Prudente. Muito cedo para qualquer diagnóstico, o São Paulo deve sofrer modificações no campeonato, com o retorno de Lucas e Casemiro do Sul Americano Sub-20 de Seleções e de Fernandão do departamento médico, além de alguma contratação discreta, como a do zagueiro uruguaio Coates. No mais, vendo os gols da partida de domingo, me deu uma sensação danada de déjà vu. São Paulo vencendo o Mogi Mirim com um dos gols de Marcelinho Paraíba e tendo Paulo César Carpegiani como técnico? Parece que já vi esse filme antes...

SÃO PAULO 4 x 0 MOGI MIRIM
Campeonato Paulista/ 24 de março de 1999
Estádio: Morumbi
São Paulo - Roger; Edmílson, Nem e Bordon; Jorginho (Belletti), Carabalí (Sídnei), Souza e Marcelinho Paraíba; Warley, França e Dodô. Técnico: Paulo César Carpegiani
Mogi Mirim - Anselmo; Paulão, Ronaldo e Fábio Paulista; Luiz Gustavo (Daniel), Rogerinho, Alexandre, Luiz Mário (Babau) e Misso (Lico); Márcio e Alex. Técnico: José Carlos Serrão
Gols: Bordon (2), Marcelinho Paraíba e Edmílson

Mas o jogo do último domingo foi esse aqui, ó:

quinta-feira, fevereiro 18, 2010

Timão tem vitória tranquila e com dois gols de Souza

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A vitória do Corinthians sobre o Mogi Mirim, por 3 a 0, fora de casa, trouxe algumas boas notícias para os torcedores alvinegros, coisa que o empate em 1 a 1 contra a Portuguesa, no último sábado, no Canindé, não parece ter conseguido.

Desde a semana passada Mano Menezes tem afirmado que pretende levar a campo a melhor equipe que conseguir, para começar a dar forma ao time que considera titular. Contra a Lusa, contusões de Dentinho, Danilo, Defederico e a suspensão de Roberto Carlos atrasaram os planos. Nessa quarta, a coisa pareceu começar a ter contornos mais claros. Mesmo assim, foi a nona formação diferente do time na temporada.



A defesa vem bem, mesmo alternando os jogadores, e deve ser, nesse sentido, exemplo do que Mano quer para o resto do time. Ontem, teve Paulo André (seguro) no lugar de William, além da estréia de Moacir pela lateral direita. O rapaz foi bem na defesa, não deu problemas na saída de bola, mas foi afoito nas poucas vezes em que desceu ao ataque, errando dois cruzamentos toscos. Roberto Carlos vem jogando bem defensivamente e ontem fez pelo menos duas boas jogadas de ataque, uma delas resultando no gol de Chicão, o terceiro.

No meio, Ralph voltou ir muito bem na marcação, com velocidade e noção de cobertura. Mas Marcelo Mattos me parece ser um pouco melhor na saída de bola. Elias é absoluto na outra vaga de volante, marcando e articulando com eficiência e regularidade.

Tcheco parece ser o principal nome para a meia, seja centralizado, seja caindo pela direita, como aconteceu ontem. Ao seu lado, um pouco mais livre, Morais fez uma excelente partida, puxando algumas tabelas com Souza e Jorge Henrique.

Os dois atacantes também tiveram boa participação. No caso de Jorge Henrique, autor de belíssimo passe para o segundo gol de Souza, não é novidade. O baixinho tem sido, ao lado de Elias e da dupla de zaga, o motor do time. Mas para o centroavante, dois gols na mesma partida é um feito inédito com a camisa do Timão. Souza fez o pivô como sempre, fez algumas tabelas, se mexeu, apareceu. Mas dessa vez, botou duas pra dentro. Tomara que a zica tenha ficado pra trás.

Defederico entrou bem no segundo tempo, para descansar JH. Saíram boas tabelas com Morais e alguns lances perigosos. Gosto do futebol do argentino. Iarley e Edu também entraram, mas foram discretos.

No geral, atuação bastante segura. Mano parece estar organizando o time num 4-4-2 mais tradicional, com um meia mais organizador, recuado, e outro mais livre. Na vice-liderança (provisória), com 18 pontos e nove formações utilizadas até aqui, o investimento em vários bons atletas parece estar dando resultados.

Sábado tem o Rio Branco no Pacaembu e quarta estréia na Libertadores, contra o Racing Club, do Uruguai, também no estádio municipal. Parece que Ronaldo, o Gordo, deve jogar pelo menos um tempo contra o time do interior, pra pegar algum ritmo para o torneio continental. Boa notícia.

terça-feira, dezembro 22, 2009

PQFMTMNETA 9 - O dia em que um Preá virou herói (2008)

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PQFMTMNETA é abreviação para "Parece que faz muito tempo, mas nem é tanto assim". Série que iniciei no Futepoca em novembro de 2008 e que, por esquecimento, permaneceu sem atualizações desde abril deste 2009 que está acabando. A ideia é Nesse espaço mostrare eventos do futebol acontecidos há, no máximo, cinco anos, que causaram polêmica na sua época, e que depois caíram no esquecimento. Agradeço sugestões!


PQFMTMNETA 9 - O dia em que um Preá virou herói (2008)

Palmeiras e Portuguesa se enfrentavam no Parque Antarctica pela 17ª rodada da primeira fase do Campeonato Paulista de 2008. Depois de uns tropeços iniciais (com direito a uma derrota por 3x0 para o Guaratinguetá), o Alviverde se aprumava e dava mostras de ser o melhor time da competição. O grupo comandado por Vanderlei Luxemburgo ostentava uma invencibilidade de oito jogos e uma sequência de cinco vitórias consecutivas - duas delas nos clássicos contra Corinthians e São Paulo.

A classificação para as semifinais parecia de certo modo garantida, mas não convinha vacilar.

Do outro lado, a Portuguesa fazia uma campanha intermediária mas ainda almejava a classificação para as semifinais. Vencendo no Parque Antarctica e triunfando também nas duas partidas que restavam - e com alguns tropeços dos concorrentes - a Lusa ainda poderia beliscar uma posição entre os quatro melhores do torneio.

Mas o jogo passou e o Palmeiras não conseguia furar o bloqueio luso. A Portuguesa atacava vez ou outra, mas o que mais se via no Palestra Itália era um Palmeiras que detinha a posse de bola mas que não transformava isso em chances claras de gol.

Até que aos 48 do segundo tempo a bola foi alçada na área lusitana. E, segundo aquele roteiro típico da dramaticidade que só o futebol pode proporcionar, pipocou por entre pés, mãos e cabeças até alcançar a chuteira de Jorge Preá, que a estufou para as redes.

Um gol histórico, emocionante, que marcou a campanha do Palmeiras naquele campeonato - que, como se sabe, culminaria no título paulista, obtido após uma fácil final contra a Ponte Preta e uma gaseificada semifinal contra o São Paulo.

Jorge Preá comemorou a conquista e colocou a faixa de campeão paulista no peito. Mas não teve vida longa no Parque Antarctica. Poucos meses depois de ser herói foi emprestado ao Atlético-PR, como contrapeso na transação que levou o zagueiro Danilo ao Verdão. Também não se destacou no Furacão, e pouco depois estava no Bragantino. Mais insucesso: sua passagem na terra da linguiça não foi das mais memoráveis, e a partir do Paulistão de 2010 Jorge Preá tentará a vida no Mogi Mirim, onde terá como companheiro o volante Baraka.

Seu retorno ao Parque Antarctica poderá acontecer logo na primeira rodada do Paulistão 2010 - Palmeiras x Mogi é um dos jogos que abre o certame. Resta saber como a torcida alviverde recepcionará Jorge Preá que, em 26 de março de 2010, foi o maior herói da história do Palmeiras, ao menos naquele dia.

segunda-feira, março 09, 2009

Jogou a toalha

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Leio agora pela manhã que o São Paulo foi derrotado por 2 a 0 pelo Mogi Mirim, time que, até outro dia, segurava a lanterna do Campeonato Paulista. Os dois gols foram de um tal Marcelo Régis e a maioria das reportagens diz que o clube paulistano jogou de forma totalmente apática (aliás, com André Lima e Dagoberto no ataque, não espanta que não tenha feito um gol sequer). Depois de perder o clássico para o Santos com o time titular, Muricy Ramalho perdeu o pudor no estadual. Ontem, jogaram garotos da divisão de base como Henrique e Wellington. Tudo bem que Libertadores é prioridade, mas é bom lembrar que, em 2005, foi a conquista do Paulistão que embalou o time rumo aos títulos continental e mundial. Nos anos seguintes, com Muricy, o estadual foi menosprezado. E o São Paulo não venceu outra Libertadores.

quinta-feira, fevereiro 12, 2009

Delay ao contrário

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Ontem presenciei um fenômeno muito estranho (não, não era o Ronaldo Gordo). Quando fui me deitar, perto de meia-noite, ouvi o barulho da torcida no Pacaembu e lembrei que, naquele momento, ainda rolava a rodada do Paulistão. Explico: moro num prédio em que a janela do meu quarto está de frente para a Avenida Angélica, a um quilômetro (ou menos) do estádio municipal. Por isso, ao ouvir o barulho, liguei o radinho de pilha para saber o que estava acontecendo. O jogo que estava sendo transmitido era exatamente o do Pacaembu, onde o Corinthians empatava por zero a zero com o Mogi Mirim, aos 35 do segundo tempo.

Logo em seguida, porém, o alvinegro abriu o placar, com Boquita (leia post do Nicolau abaixo). O esquisito foi que ouvi a torcida gritando, pelo rádio, e só dois ou três segundos depois a gritaria in loco chegou até a minha janela. Fiquei confuso. Geralmente, quando a gente está assistindo um jogo pela TV e acompanhando ao mesmo tempo pelo rádio, notamos o chamado delay - ou seja, a gente ouve primeiro pelo rádio o que a TV mostra com alguns segundos de atraso. Mas o que eu percebi ontem era que o rádio também adiantava o som da torcida que estava a algumas quadras da minha casa.

Pensei que tinha me enganado, mas tirei a prova dos nove quando, no final do jogo, Chicão cobrou o pênalti e fez 2 a 0. Mais uma vez, ouvi a torcida explodindo pelo rádio e, dois ou três segundos depois, chegou o barulho que vinha diretamente das arquibancadas do Pacaembu até o meu prédio. Alguém pode me explicar o que acontece? Observação: eu não estava bêbado.

Corinthians vence Mogi Mirim e segue na vice-liderança

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O Corinthians venceu o Mogi Mirim por 2 a 0, em mais um joguinho maleta de assistir. Dessa vez menos pelo time da capital e mais pela postura absolutamente defensiva do visitante. O jogo foi na prática um treino de ataque contra defesa.

Mano Menezes entrou com André Santos (que jogou melhor) de meia aberto na esquerda, fazendo dupla com o estreante Escudero – que me deu a impressão de ser meio cavalo, mas tocou bem a bola e não comprometeu. Creio que a idéia do treinador era que Morais ficasse mais pelo meio e Jorge Henrique pela direita, com o auxílio de Elias e Diogo. Mas como o Mogi desencanou de atacar, o esquema ficou tão aberto que se tornou comum ver Chicão chegando para armar o jogo.

Mesmo assim, o Timão colaborou com a falta de emoções pela falta de competência em furar o bloqueio do adversário. O primeiro gol saiu aos 40 minutos do segundo tempo: após um cruzamento na área, a bola sobrou para Morais, que deu um passe rápido para Lulinha que evitou a saída e conseguiu cruzar rasteiro. Elias desviou de calcanhar e o garoto Boquita fez seu primeiro gol no time principal. O segundo saiu de pênalti, quatro minutos depois. Lulinha foi derrubado e Chicão, sempre ele, botou pra dentro.

No segundo tempo, Mano Menezes realizou o sonho de boa parte da torcida e sacou Souza do time. Entrou Otacílio Neto, deixando o ataque mais rápido e móvel, mas sem referência na área. Não fez grande diferença, pra falar a verdade: o time continuou pressionando e não conseguindo criar oportunidades agudas de gol.

Banco nele?


Tenho defendido que a torcida tenha paciência com Souza, mas talvez o técnico esteja esgotando a dele. O problema é que não tem mais ninguém no elenco corintiano que cumpra o papel de pivô – o que Souza tem feito até que bem, convenhamos –, que Mano Menezes considera importante no seu esquema de jogo. Lembremos que Souza é um mezzo reserva: foi contratado para dar uma opção de bom nível (sic) para quando Ronaldo não puder jogar.

É possível imaginar um time com Otacílio Neto e Jorge Henrique no ataque, Morais e Douglas como meias, mas o conjunto tem características bem diferentes, mais rápido e móvel. Se Ronaldo entra nessa, como se adapta? Quem sai? Um amigo do trabalho vislumbra jogar com três atacantes, colocando os dois mais rápidos como pontas e Souza no meio. Mas fatalmente seria sacrificado um dos meias, provavelmente Morais. Não sei qual a melhor opção. É hora de Mano Menezes mostrar a que veio.

Cartão amarelo

Para não perder a mania, relato trocadilho cometido pela equipe de transmissão do PFC. O jogador Vela realizou a façanha de ficar apenas dez minutos em campo: entrou durante o segundo tempo, fez duas faltas violentas e foi expulso. A palhaçada levou o comentarista (acho que é Maurício Noriega o nome da fera) a soltar: "Esse Vela tem pavio curto". Sem se abalar, o narrador (cujo nome eu não sei mesmo) completou: "Queimou rapidinho!"

Começa o campeonato

Depois de Palmeiras e Santos, é a vez de São Paulo e Corinthians esquentarem o Paulistão com o que todo mundo está esperando: os clássicos. As diretorias trataram de apimentar o clima com a desavença pública a respeito do número de ingressos disponibilizados para a Fiel. Os sãopaulinos decidiram reservar só 10% dos ingressos para os corintianos, que declararam que a atitude é de time pequeno. O São Paulo está na sua de fazer o que bem entende com seu mando e jogo , segundo o Paulo Vinícius Coelho, tem motivos claros para isso: vendeu boa parte do Morumbi em parecerias com empresas, pelas quais já teria recebido R$ 12 milhões. Mas mesmo assim deixou a polêmica crescer, em vez de acalmar os ânimos. Enfim, faz parte.

O fato mesmo é que será o primeiro teste de verdade para o time do Corinthians em 2009. No Brasileirão e na Copa do Brasil enfretaremos times bem mais fortes do que Oeste e Mogi Mirim. Até agora,o Timão ganhou sem encantar em jogos contra times fracos. Vamos ver se tem bala para desafios maiores.

quarta-feira, janeiro 21, 2009

Ah, o Paulistão...

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E nesse exato momento, às 16h30, começou o Paulistão. Sempre quese iniciam os estaduais, volta a discussão a respeito da sua importância, quase que progressivamente reduzida desde sua origem até a “nacionalização” do ludopédio nas bandas de cá. Até mesmo o velho argumento dos defensores dos estaduais, que o torneio é bom porque permite que se veja times de tradição do interior, caiu por terra com o advento de clubes de empresários e outros bancados por prefeituras, que pouco ou nada dizem – e nem dirão – em termos de torcida e história.

Além do reduzido significado, com o andamento da Libertadores e da Copa do Brasil, provavelmente assistiremos a jogos em que os grandes lançarão mão de seus reservas, o que desvaloriza ainda mais a competição. Alguns dados curiosos também fazem com que o torcedor se interesse pouco ou até mesmo torça para que seu time não seja campeão paulista.

Pelo retrospecto dos últimos anos, vencer o título do Paulistão significa não ganhar o Brasileiro. A última equipe que conseguiu ser campeã em São Paulo e conquistar o Brasileiro no mesmo ano foi o Corinthians, em 1999. Outro dado é que a última final que envolveu dois times grandes foi em 2003, São Paulo e Corinthians. Nas outras quatro finais (2005 e 2006 houve a esdrúxula fórmula de pontos corridos em um único turno), nada de clássicos.

O que resta, pois, é ver qual ou quais pequenos vão surpreender e os veteranos e jovens talentos que atuam neles. A maior surpresa de 2007, o Guaratinguetá , que projetou o bom meia Michael e o atacante Dinei, tem apenas um titular que fez parte da melhor campanha do turno de classificação em 2008. Para este ano, aposta no doce treinador Argel Fucks, ex-zagueiro de Santos e Palmeiras, além de Douglas (campeão brasileiro pelo Santos em 2002, os santistas lembram?), Rodrigão e o rodadíssimo Wellinton Amorim.

A atual vice-campeã Ponte Preta manteve o goleiro Aranha e o meia Renato, mas trocou de Sérgio no comando: saiu o Guedes e entrou o Soares, ex-Santo André, clube dirigido hoje pelo Guedes, aquele. O time do ABC tem Marcelinho como astro, além do zagueiro Dininho, a volta de Elvis - autor do gol do Ramalhão na final da Copa do Brasil de 2004 -, e do atacante Pablo Escobar, ex-Ipatinga.

Outra atração curiosa deve ser o trio de treinadores do Barueri, atual campeão do Interior : Luis Carlos Goiano, Diego Cerri e Toninho Moura. A equipe também conta com o artilheiro Pedrão, o meia Xuxa (ex-Mirassol) e figuras carimbadas como Basílio, o “Basigol”, Márcio Careca e Val Baiano. Recém-promovido à série A do Brasileirão junto com Santo André e Corinthians, é candidato a “furar a bolacha” do quarteto grande.

E dois craques em fim de carreira também poderão salvar a pátria da competição. O Mogi Mirim, dos diretores Cléber e César Sampaio e com Rivaldo na presidência, terá Giovanni , enquanto o Guarani vai contar com o retorno de Amoroso.

Em resumo, grandes ensaiam para vôos mais importantes, pequenos tentam surpreender e a gente consegue se livrar dessa abstinência de futebol brasileiro que perturba desde o fim do ano passado. E viva o Paulista. Viva?