Compartilhe no Facebook
Destaques
sexta-feira, março 07, 2014
Arouca, sobre as ofensas racistas: "Não quero que minha filha passe por isso no futuro"
quinta-feira, agosto 08, 2013
Na Ásia, parceiros deixam sua marca (no mesmo dia)
Compartilhe no Facebook
Torcida pediu essa dupla na Copa de 2010 |
segunda-feira, abril 22, 2013
Se passar pelo Penapolense, pega Ponte ou Corinthians
Compartilhe no Facebook
sexta-feira, março 29, 2013
O empate do Santos com o Mogi e uma torcida ingrata
Compartilhe no Facebook
Parte de uma torcida não reconhece talento |
Saem alambrados, entram camarotes térreos |
domingo, abril 22, 2012
Santos treina com o Mogi. Ponte surpreende o Corinthians e Palmeiras cai diante do Guarani.
Compartilhe no Facebook
Palmeiras, ah, o Palmeiras...
E o Palmeiras? Foi derrotado por 3 a 2 pelo Guarani, no Brinco de Ouro, e conseguiu ser derrotado duas vezes pela equipe de Campinas na competição. Não era totalmenete inesperado, mas quando acontece, não deixa de ser algo surpreendente, ainda mais com gol olímpico, obra de Fernando Fumagalli. Uma semifinal campineira poucos esperavam.
domingo, abril 15, 2012
O presente do Santos no Centenário, Lusa rebaixada e as quartas do Paulista
Compartilhe no Facebook
Portuguesa rebaixada
quinta-feira, fevereiro 09, 2012
Arrogante e preguiçoso, Corinthians joga dois pontos fora em Mogi
Compartilhe no Facebook
Tá certo, a primeira fase do Paulista vale pouco. Nas últimas 3 edições, o oitavo colocado teve 27 ou 28 pontos, logo faltam uns 16 em 13 jogos pra conseguir uma vaga no mata-mata. Logo, nada grave, do ponto de vista estritamente aritmético, o empate do Corinthians contra o Migi Mirim na noite desta quarta-feira.
Isto posto, vamos falar claramente: foram dois pontos desperdiçados por arrogância, preguiça e outros defeitos de um time que, se tem um pecado, é a falta de ambição dentro de cada partida.
Não foi uma nem duas vezes que a equipe de Tite fez 1 a 0 e tirou o pé do acelerador – e até pisou no freio. Várias e várias emoções desnecessárias passaram os corações alvinegros na temporada passada por esse tipo de comportamento. Mas essa noite foi complicado.
O jogo começou com o Mogi melhor, marcando a saída de bola e complicando a armação alvinegra. O pessoal não chegou a criar grandes chances, mas controlou o jogo até os 12 minutos, quando Paulinho fez uma grande jogada e cruzou para Liedson, que dominou tirando o zagueiro e se enroscou como goleiro. A bola rolava lentamente rumos às redes, mas foi desviada com a mão direita por um atabalhoado Edson Ratinho. Penalti, convertido por Emerson, e expulsão do jogador de Mogi.
Um parênteses: Arnaldo Cesar Coelho concordou com o juiz na hora do lance, mas achou depois um toque de mão de Liedson. Curiosamente, ele afirma que o toque não foi intencional, mas mesmo assim o juiz deveria ter parado o lance, tornando irregular a a marcação do pênalti. Interpretação, digamos, curiosa. Para mim, se teve algo diferente do assinalado pelo árbitro, foi um pênalti em Liedson cometido pelo goleiro , que já caído levanta a perna para impedir a progressão do jogador. Mas vamos em frente.
Quer dizer, com 12 minutos do primeiro tempo, o Corinthians abre 1 a 0 e fica com um jogador a mais. O jogo fica absolutamente sob controle, com toque de bola paciente e boas inversões de Alex e Danilo. Uns cinco minutos após o gol, numa dessas mudanças de lado, Liedson acerta uma cabeçada para defesa espetacular do goleiro Anderson. E parou por aí.
A necessidade de se poupar para o clássico contra o São Paulo e, mais importante, a estréia na Libertadores na quarta explicam a vontade de desacelerar o jogo. Mas com um a mais por tanto tempo – e enfrentando um equipe fraca como se mostrou o Mogi – era só focar um pouquinho para ter resolvido a parada. Não foi feito e, aos 40 minutos, veio o castigo: contra-ataque do Mogi – pelo menos o quarto com chance clara de gol –, Júlio César falha num chute de longe e Hernane, o artilheiro do torneio, mandou pra dentro.
Merecido, se me perguntar. Quem sabe o pessoal não acorda e começa a botar em ponto morto só depois do 3 a 0?
Jogadores
De positivo, Edenilson entrou no lugar de Emerson e foi jogar como meia pela esquerda no 4-2-3-1. Foi muito bem e criou algumas boas situações. É um bom jogador e merece ser observado, até para encontrar sua melhor posição – que eu acho que pode ser meia ou segundo volante, nessa ordem. E o fato de que, quando quis jogar, o time mostrou qualidade, especialmente Danilo, Alex e Paulinho, que controlaram o meio campo. O volante, aliás, vem fazendo jogadas mais agudas – no período em que se importa com o jogo. Parece ter ganho mais confiança, o que pode fazê-lo crescer mais adiante.
Nota negativa para Welder, que foi muito tímido. Fiquei com boa impressão do lateral nas poucas vezes que o vi atuar ano passado e acheiq ue ele aproveitaria a chance para botar pressão em Alessandro. Mas não foi o caso.
Douglas
Um comentário sobre a volta do meia Douglas ao Timão. Fiquei bastante feliz com a contratação. Acho que ele tem certas características – prender a bola, cadenciar o jogo, passar em profundidade – que complementam as melhores virtudes de Alex. Acredito que, com o tempo, Douglas ganha a vaga de Danilo e libera Alex para jogar mais solto, chegando mais para bater pro gol e dar o último passe. Com Liedson e Sheik, acho que pode dar um baita samba.
Além disso, o Corinthians fica com uma das maiores concentrações de meias por metro quadrado, com Vitor Júnior se somando aos três supracitados. Coisa boa num elenco que ano passado tinha grande dificuldade de substituir Danilo.
Adriano
Até aqui, trágica a passagem do Imperador da Manguaça pelo Corinthians. Bom, nem tanto, porque aquele gol contra o Atlético MG valeu muita coisa. Mas a demora do cara para entrar em forma e jogar já deu no saco. Podia até jogar mal, mas pelo menos estaria ali para ser avaliado.
Hoje, depois de tudo, eu que fui defensor do atacante e das chances que lhe foram dadas, já não espero muita coisa. Mesmo assim, e de foram contraditória. inscreveria o cabra na Libertadores. vai que ele se anima...
segunda-feira, janeiro 24, 2011
Precedente complicado
Compartilhe no Facebook
A notícia de que o veterano Rivaldo (foto) já fechou contrato de 1 ano e será apresentado pelo São Paulo é surpreendente, mas nem tanto pela idade do jogador, que fará 39 anos em abril. Zizinho chegou ao clube com 35, Toninho Cerezo com 37 - e ambos tiveram boas passagens. Aliás, eu lamentei que a diretoria do São Paulo não tenha se mexido na época em que Edmundo pendurou as chuteiras. Gostaria de vê-lo encerrando a carreira no Morumbi, mesmo que não rendesse muita coisa. Era um baita jogador, assim como é Rivaldo. Mas o buraco, agora, é bem mais embaixo.
A exemplo dos ex-sãopaulinos Jamelli (foto) e Juninho Paulista, que encerraram suas carreiras de jogadores atuando também como dirigentes (o primeiro no Barueri, em 2008, e o segundo no Ituano, em 2010), Rivaldo é presidente do Mogi Mirim - clube pelo qual disputaria o Paulistão. Só que agora vai atuar por outro time, no mesmo campeonato, e já avisou que não pretende se licenciar da função de dirigente do Mogi. Atitude que, se for confirmada, levantará todo tipo de suspeita quando os dois times se enfrentarem e, bem pior que isso, se um precisar do outro para se classificar ou não cair para a segunda divisão. Isso abriria um precedente complicado no futebol.
Pois é, virou bagunça. Um exemplo é a promoção "Casa cheia", que o Mogi Mirim lançou para seus torcedores: 5 mil carnês com ingressos para os nove jogos do time no Estádio Romildo Ferreira (nome do pai de Rivaldo), ao preço de R$ 135 (inteira) e R$ 90 (meia). O carnê traz uma foto de Rivaldo com a camisa do time e a frase: "Eu voltei. Agora é a sua vez". Mas voltou pra onde? E quem comprou o pacote só pra ver Rivaldo jogando pelo Mogi? O mesmo Rivaldo que, como presidente do clube, negociou o próprio empréstimo para o São Paulo (!). Sim, palhaçada é o termo.
quarta-feira, janeiro 19, 2011
Mais do mais do mesmo
Compartilhe no Facebook
Encontro de santos hoje, no Morumbi: São Paulo e São Bernardo. Os dois times venceram na primeira rodada do Paulistão, o primeiro fez 2 a 0 no Mogi Mirim e o segundo, 3 a 1 no Grêmio Prudente. Muito cedo para qualquer diagnóstico, o São Paulo deve sofrer modificações no campeonato, com o retorno de Lucas e Casemiro do Sul Americano Sub-20 de Seleções e de Fernandão do departamento médico, além de alguma contratação discreta, como a do zagueiro uruguaio Coates. No mais, vendo os gols da partida de domingo, me deu uma sensação danada de déjà vu. São Paulo vencendo o Mogi Mirim com um dos gols de Marcelinho Paraíba e tendo Paulo César Carpegiani como técnico? Parece que já vi esse filme antes...
SÃO PAULO 4 x 0 MOGI MIRIM
Campeonato Paulista/ 24 de março de 1999
Estádio: Morumbi
São Paulo - Roger; Edmílson, Nem e Bordon; Jorginho (Belletti), Carabalí (Sídnei), Souza e Marcelinho Paraíba; Warley, França e Dodô. Técnico: Paulo César Carpegiani
Mogi Mirim - Anselmo; Paulão, Ronaldo e Fábio Paulista; Luiz Gustavo (Daniel), Rogerinho, Alexandre, Luiz Mário (Babau) e Misso (Lico); Márcio e Alex. Técnico: José Carlos Serrão
Gols: Bordon (2), Marcelinho Paraíba e Edmílson
Mas o jogo do último domingo foi esse aqui, ó:
quinta-feira, fevereiro 18, 2010
Timão tem vitória tranquila e com dois gols de Souza
Compartilhe no Facebook
A vitória do Corinthians sobre o Mogi Mirim, por 3 a 0, fora de casa, trouxe algumas boas notícias para os torcedores alvinegros, coisa que o empate em 1 a 1 contra a Portuguesa, no último sábado, no Canindé, não parece ter conseguido.
Desde a semana passada Mano Menezes tem afirmado que pretende levar a campo a melhor equipe que conseguir, para começar a dar forma ao time que considera titular. Contra a Lusa, contusões de Dentinho, Danilo, Defederico e a suspensão de Roberto Carlos atrasaram os planos. Nessa quarta, a coisa pareceu começar a ter contornos mais claros. Mesmo assim, foi a nona formação diferente do time na temporada.
A defesa vem bem, mesmo alternando os jogadores, e deve ser, nesse sentido, exemplo do que Mano quer para o resto do time. Ontem, teve Paulo André (seguro) no lugar de William, além da estréia de Moacir pela lateral direita. O rapaz foi bem na defesa, não deu problemas na saída de bola, mas foi afoito nas poucas vezes em que desceu ao ataque, errando dois cruzamentos toscos. Roberto Carlos vem jogando bem defensivamente e ontem fez pelo menos duas boas jogadas de ataque, uma delas resultando no gol de Chicão, o terceiro.
No meio, Ralph voltou ir muito bem na marcação, com velocidade e noção de cobertura. Mas Marcelo Mattos me parece ser um pouco melhor na saída de bola. Elias é absoluto na outra vaga de volante, marcando e articulando com eficiência e regularidade.
Tcheco parece ser o principal nome para a meia, seja centralizado, seja caindo pela direita, como aconteceu ontem. Ao seu lado, um pouco mais livre, Morais fez uma excelente partida, puxando algumas tabelas com Souza e Jorge Henrique.
Os dois atacantes também tiveram boa participação. No caso de Jorge Henrique, autor de belíssimo passe para o segundo gol de Souza, não é novidade. O baixinho tem sido, ao lado de Elias e da dupla de zaga, o motor do time. Mas para o centroavante, dois gols na mesma partida é um feito inédito com a camisa do Timão. Souza fez o pivô como sempre, fez algumas tabelas, se mexeu, apareceu. Mas dessa vez, botou duas pra dentro. Tomara que a zica tenha ficado pra trás.
Defederico entrou bem no segundo tempo, para descansar JH. Saíram boas tabelas com Morais e alguns lances perigosos. Gosto do futebol do argentino. Iarley e Edu também entraram, mas foram discretos.
No geral, atuação bastante segura. Mano parece estar organizando o time num 4-4-2 mais tradicional, com um meia mais organizador, recuado, e outro mais livre. Na vice-liderança (provisória), com 18 pontos e nove formações utilizadas até aqui, o investimento em vários bons atletas parece estar dando resultados.
Sábado tem o Rio Branco no Pacaembu e quarta estréia na Libertadores, contra o Racing Club, do Uruguai, também no estádio municipal. Parece que Ronaldo, o Gordo, deve jogar pelo menos um tempo contra o time do interior, pra pegar algum ritmo para o torneio continental. Boa notícia.
terça-feira, dezembro 22, 2009
PQFMTMNETA 9 - O dia em que um Preá virou herói (2008)
Compartilhe no Facebook
PQFMTMNETA é abreviação para "Parece que faz muito tempo, mas nem é tanto assim". Série que iniciei no Futepoca em novembro de 2008 e que, por esquecimento, permaneceu sem atualizações desde abril deste 2009 que está acabando. A ideia é Nesse espaço mostrare eventos do futebol acontecidos há, no máximo, cinco anos, que causaram polêmica na sua época, e que depois caíram no esquecimento. Agradeço sugestões!
Palmeiras e Portuguesa se enfrentavam no Parque Antarctica pela 17ª rodada da primeira fase do Campeonato Paulista de 2008. Depois de uns tropeços iniciais (com direito a uma derrota por 3x0 para o Guaratinguetá), o Alviverde se aprumava e dava mostras de ser o melhor time da competição. O grupo comandado por Vanderlei Luxemburgo ostentava uma invencibilidade de oito jogos e uma sequência de cinco vitórias consecutivas - duas delas nos clássicos contra Corinthians e São Paulo.
A classificação para as semifinais parecia de certo modo garantida, mas não convinha vacilar.
Do outro lado, a Portuguesa fazia uma campanha intermediária mas ainda almejava a classificação para as semifinais. Vencendo no Parque Antarctica e triunfando também nas duas partidas que restavam - e com alguns tropeços dos concorrentes - a Lusa ainda poderia beliscar uma posição entre os quatro melhores do torneio.
Mas o jogo passou e o Palmeiras não conseguia furar o bloqueio luso. A Portuguesa atacava vez ou outra, mas o que mais se via no Palestra Itália era um Palmeiras que detinha a posse de bola mas que não transformava isso em chances claras de gol.
Um gol histórico, emocionante, que marcou a campanha do Palmeiras naquele campeonato - que, como se sabe, culminaria no título paulista, obtido após uma fácil final contra a Ponte Preta e uma gaseificada semifinal contra o São Paulo.
Jorge Preá comemorou a conquista e colocou a faixa de campeão paulista no peito. Mas não teve vida longa no Parque Antarctica. Poucos meses depois de ser herói foi emprestado ao Atlético-PR, como contrapeso na transação que levou o zagueiro Danilo ao Verdão. Também não se destacou no Furacão, e pouco depois estava no Bragantino. Mais insucesso: sua passagem na terra da linguiça não foi das mais memoráveis, e a partir do Paulistão de 2010 Jorge Preá tentará a vida no Mogi Mirim, onde terá como companheiro o volante Baraka.
Seu retorno ao Parque Antarctica poderá acontecer logo na primeira rodada do Paulistão 2010 - Palmeiras x Mogi é um dos jogos que abre o certame. Resta saber como a torcida alviverde recepcionará Jorge Preá que, em 26 de março de 2010, foi o maior herói da história do Palmeiras, ao menos naquele dia.
segunda-feira, março 09, 2009
Jogou a toalha
Compartilhe no Facebook
Leio agora pela manhã que o São Paulo foi derrotado por 2 a 0 pelo Mogi Mirim, time que, até outro dia, segurava a lanterna do Campeonato Paulista. Os dois gols foram de um tal Marcelo Régis e a maioria das reportagens diz que o clube paulistano jogou de forma totalmente apática (aliás, com André Lima e Dagoberto no ataque, não espanta que não tenha feito um gol sequer). Depois de perder o clássico para o Santos com o time titular, Muricy Ramalho perdeu o pudor no estadual. Ontem, jogaram garotos da divisão de base como Henrique e Wellington. Tudo bem que Libertadores é prioridade, mas é bom lembrar que, em 2005, foi a conquista do Paulistão que embalou o time rumo aos títulos continental e mundial. Nos anos seguintes, com Muricy, o estadual foi menosprezado. E o São Paulo não venceu outra Libertadores.
quinta-feira, fevereiro 12, 2009
Delay ao contrário
Compartilhe no Facebook
Ontem presenciei um fenômeno muito estranho (não, não era o Ronaldo Gordo). Quando fui me deitar, perto de meia-noite, ouvi o barulho da torcida no Pacaembu e lembrei que, naquele momento, ainda rolava a rodada do Paulistão. Explico: moro num prédio em que a janela do meu quarto está de frente para a Avenida Angélica, a um quilômetro (ou menos) do estádio municipal. Por isso, ao ouvir o barulho, liguei o radinho de pilha para saber o que estava acontecendo. O jogo que estava sendo transmitido era exatamente o do Pacaembu, onde o Corinthians empatava por zero a zero com o Mogi Mirim, aos 35 do segundo tempo.
Logo em seguida, porém, o alvinegro abriu o placar, com Boquita (leia post do Nicolau abaixo). O esquisito foi que ouvi a torcida gritando, pelo rádio, e só dois ou três segundos depois a gritaria in loco chegou até a minha janela. Fiquei confuso. Geralmente, quando a gente está assistindo um jogo pela TV e acompanhando ao mesmo tempo pelo rádio, notamos o chamado delay - ou seja, a gente ouve primeiro pelo rádio o que a TV mostra com alguns segundos de atraso. Mas o que eu percebi ontem era que o rádio também adiantava o som da torcida que estava a algumas quadras da minha casa.
Pensei que tinha me enganado, mas tirei a prova dos nove quando, no final do jogo, Chicão cobrou o pênalti e fez 2 a 0. Mais uma vez, ouvi a torcida explodindo pelo rádio e, dois ou três segundos depois, chegou o barulho que vinha diretamente das arquibancadas do Pacaembu até o meu prédio. Alguém pode me explicar o que acontece? Observação: eu não estava bêbado.
Corinthians vence Mogi Mirim e segue na vice-liderança
Compartilhe no Facebook
O Corinthians venceu o Mogi Mirim por 2 a 0, em mais um joguinho maleta de assistir. Dessa vez menos pelo time da capital e mais pela postura absolutamente defensiva do visitante. O jogo foi na prática um treino de ataque contra defesa.
Mano Menezes entrou com André Santos (que jogou melhor) de meia aberto na esquerda, fazendo dupla com o estreante Escudero – que me deu a impressão de ser meio cavalo, mas tocou bem a bola e não comprometeu. Creio que a idéia do treinador era que Morais ficasse mais pelo meio e Jorge Henrique pela direita, com o auxílio de Elias e Diogo. Mas como o Mogi desencanou de atacar, o esquema ficou tão aberto que se tornou comum ver Chicão chegando para armar o jogo.
Mesmo assim, o Timão colaborou com a falta de emoções pela falta de competência em furar o bloqueio do adversário. O primeiro gol saiu aos 40 minutos do segundo tempo: após um cruzamento na área, a bola sobrou para Morais, que deu um passe rápido para Lulinha que evitou a saída e conseguiu cruzar rasteiro. Elias desviou de calcanhar e o garoto Boquita fez seu primeiro gol no time principal. O segundo saiu de pênalti, quatro minutos depois. Lulinha foi derrubado e Chicão, sempre ele, botou pra dentro.
No segundo tempo, Mano Menezes realizou o sonho de boa parte da torcida e sacou Souza do time. Entrou Otacílio Neto, deixando o ataque mais rápido e móvel, mas sem referência na área. Não fez grande diferença, pra falar a verdade: o time continuou pressionando e não conseguindo criar oportunidades agudas de gol.
Banco nele?
Tenho defendido que a torcida tenha paciência com Souza, mas talvez o técnico esteja esgotando a dele. O problema é que não tem mais ninguém no elenco corintiano que cumpra o papel de pivô – o que Souza tem feito até que bem, convenhamos –, que Mano Menezes considera importante no seu esquema de jogo. Lembremos que Souza é um mezzo reserva: foi contratado para dar uma opção de bom nível (sic) para quando Ronaldo não puder jogar.
É possível imaginar um time com Otacílio Neto e Jorge Henrique no ataque, Morais e Douglas como meias, mas o conjunto tem características bem diferentes, mais rápido e móvel. Se Ronaldo entra nessa, como se adapta? Quem sai? Um amigo do trabalho vislumbra jogar com três atacantes, colocando os dois mais rápidos como pontas e Souza no meio. Mas fatalmente seria sacrificado um dos meias, provavelmente Morais. Não sei qual a melhor opção. É hora de Mano Menezes mostrar a que veio.
Cartão amareloPara não perder a mania, relato trocadilho cometido pela equipe de transmissão do PFC. O jogador Vela realizou a façanha de ficar apenas dez minutos em campo: entrou durante o segundo tempo, fez duas faltas violentas e foi expulso. A palhaçada levou o comentarista (acho que é Maurício Noriega o nome da fera) a soltar: "Esse Vela tem pavio curto". Sem se abalar, o narrador (cujo nome eu não sei mesmo) completou: "Queimou rapidinho!"
Começa o campeonato
Depois de Palmeiras e Santos, é a vez de São Paulo e Corinthians esquentarem o Paulistão com o que todo mundo está esperando: os clássicos. As diretorias trataram de apimentar o clima com a desavença pública a respeito do número de ingressos disponibilizados para a Fiel. Os sãopaulinos decidiram reservar só 10% dos ingressos para os corintianos, que declararam que a atitude é de time pequeno. O São Paulo está na sua de fazer o que bem entende com seu mando e jogo , segundo o Paulo Vinícius Coelho, tem motivos claros para isso: vendeu boa parte do Morumbi em parecerias com empresas, pelas quais já teria recebido R$ 12 milhões. Mas mesmo assim deixou a polêmica crescer, em vez de acalmar os ânimos. Enfim, faz parte.
O fato mesmo é que será o primeiro teste de verdade para o time do Corinthians em 2009. No Brasileirão e na Copa do Brasil enfretaremos times bem mais fortes do que Oeste e Mogi Mirim. Até agora,o Timão ganhou sem encantar em jogos contra times fracos. Vamos ver se tem bala para desafios maiores.quarta-feira, janeiro 21, 2009
Ah, o Paulistão...
Compartilhe no Facebook
Além do reduzido significado, com o andamento da Libertadores e da Copa do Brasil, provavelmente assistiremos a jogos em que os grandes lançarão mão de seus reservas, o que desvaloriza ainda mais a competição. Alguns dados curiosos também fazem com que o torcedor se interesse pouco ou até mesmo torça para que seu time não seja campeão paulista.
Pelo retrospecto dos últimos anos, vencer o título do Paulistão significa não ganhar o Brasileiro. A última equipe que conseguiu ser campeã em São Paulo e conquistar o Brasileiro no mesmo ano foi o Corinthians, em 1999. Outro dado é que a última final que envolveu dois times grandes foi em 2003, São Paulo e Corinthians. Nas outras quatro finais (2005 e 2006 houve a esdrúxula fórmula de pontos corridos em um único turno), nada de clássicos.
O que resta, pois, é ver qual ou quais pequenos vão surpreender e os veteranos e jovens talentos que atuam neles. A maior surpresa de 2007, o Guaratinguetá , que projetou o bom meia Michael e o atacante Dinei, tem apenas um titular que fez parte da melhor campanha do turno de classificação em 2008. Para este ano, aposta no doce treinador Argel Fucks, ex-zagueiro de Santos e Palmeiras, além de Douglas (campeão brasileiro pelo Santos em 2002, os santistas lembram?), Rodrigão e o rodadíssimo Wellinton Amorim.
A atual vice-campeã Ponte Preta manteve o goleiro Aranha e o meia Renato, mas trocou de Sérgio no comando: saiu o Guedes e entrou o Soares, ex-Santo André, clube dirigido hoje pelo Guedes, aquele. O time do ABC tem Marcelinho como astro, além do zagueiro Dininho, a volta de Elvis - autor do gol do Ramalhão na final da Copa do Brasil de 2004 -, e do atacante Pablo Escobar, ex-Ipatinga.
Outra atração curiosa deve ser o trio de treinadores do Barueri, atual campeão do Interior : Luis Carlos Goiano, Diego Cerri e Toninho Moura. A equipe também conta com o artilheiro Pedrão, o meia Xuxa (ex-Mirassol) e figuras carimbadas como Basílio, o “Basigol”, Márcio Careca e Val Baiano. Recém-promovido à série A do Brasileirão junto com Santo André e Corinthians, é candidato a “furar a bolacha” do quarteto grande.
E dois craques em fim de carreira também poderão salvar a pátria da competição. O Mogi Mirim, dos diretores Cléber e César Sampaio e com Rivaldo na presidência, terá Giovanni , enquanto o Guarani vai contar com o retorno de Amoroso.
Em resumo, grandes ensaiam para vôos mais importantes, pequenos tentam surpreender e a gente consegue se livrar dessa abstinência de futebol brasileiro que perturba desde o fim do ano passado. E viva o Paulista. Viva?