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quarta-feira, março 23, 2011

Magoou e fez beicinho

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"Ronaldo tem o privilégio de ser carioca. Se eu fosse carioca, talvez tivesse essa despedida. Estou tranquilo, não me preocupo com isso, outros jogadores que foram muito mais do que eu na Seleção não tiveram despedida.(...) Mas o Ronaldo é carioca, a CBF fica no Rio. (...) É que ele parou agora e já marcaram despedida. Cada um é cada um, eu particularmente não preciso e nem espero essa despedida. (...) Um jogo de despedida pela Seleção não significaria nada."

- Rivaldo, sobre o amistoso de despedida de Ronaldo Nazário que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) marcou para 7 de junho, no Pacaembu, entre a seleção brasileira e a da Romênia. Em abril de 2005, Romário, outro carioca, teve sua despedida pela seleção no mesmo estádio, contra a Guatemala.

sábado, novembro 07, 2009

Didi, um brasileiro

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"Itabira é apenas uma fotografia na parede. Mas como dói!". Os versos de Carlos Drummond de Andrade são apropriados para descrever, hoje, a saudade que um conterrâneo sente a milhares de quilômetros da cidade mineira. Cleidimar Magalhães Silva, 27 anos, tem apelido e profissão bem brasileiros: Didi, jogador de futebol. Mais especificamente atacante, e ainda mais especificamente do CFR Cluj, time da Romênia já destacado aqui neste blog. Mas não se trata apenas de mais um brasileiro perdido nos confins do futebol. Didi é ídolo na cidade de Cluj-Napoca, na Transilvânia, por ter ajudado o clube a vencer o primeiro campeonato nacional de sua história. E disputou a Liga dos Campeões da Europa, contra times como o inglês Chelsea, que era treinado por Luiz Felipe Scolari, e o francês Bordeaux, obtendo a gloriosa façanha de vencer o Roma na Itália, em setembro do ano passado.

Nesta entrevista para o Futepoca, segue mais um pouco da vida desse itabirano simples, filho de um motorista aposentado e uma dona-de-casa (tem quatro irmãos), que deixou o Brasil há sete anos. Em busca de seu sonho.

Futepoca - Em que time você começou e se profissionalizou?
Didi -
No Valeriodoce Esporte Clube, de Itabira, onde comecei na categoria infantil, em 1997. Me profissonalizei em 2002, disputei a segunda divisão do Campeonato Mineiro e depois tive passagens por times da primeira divisão.

Futepoca - Quais times? Jogou sempre como atacante?
Didi -
Sim, sempre atacante. Pelo Uberlândia disputei o Brasileiro da Série C e, no mesmo ano, em 2003, joguei o Campeonato Mineiro pelo Social Futebol Clube, de Coronel Fabriciano. Fui a revelação e artilheiro do interior, voltei ao Valeriodoce e subimos para a primeira divisão. Daí fui emprestado ao Vila Nova de Nova Lima. Muitos times (risos). E depois disso disputei o Mineiro pelo Valeriodoce em 2004 e fui para o Santa Cruz, de Recife, disputar o Brasileiro da Série B.

Futepoca - Você se lembra de jogadores conhecidos com quem jogou nesses times? E técnicos?
Didi -
Joguei no Santa Cruz com o Iranildo, ex-Flamengo, e com o Carlinhos Bala. O treinador era o Péricles Chamusca, que tinha sido vice-campeão da Copa do Brasil com o Brasiliense.

Futepoca - Mas e depois, como é que você foi parar aí na Romênia?
Didi -
Em 2004, fui para Portugal, para um time da segunda divisão, e no ano seguinte fui contratado pelo Paços de Ferreira, time da primeira divisão. Fiquei três anos naquele país, até que surgiu essa aventura na minha vida, que era vir para um país de pouca expressão no futebol mundial, que eu só tinha ouvido falar na
Copa de 94. Mas as condições do contrato eram bem melhores que as de Portugal e resolvi arriscar. Acabou sendo o melhor momento de minha carreira. Cheguei em janeiro de 2007, tive oportunidade de ser campeão nacional e bi da taça romena.
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Campeão na Romênia (à direita), com o CFR Cluj

Futepoca - Você disputou a Liga dos Campeões, um sonho para qualquer jogador. Estava na histórica vitória contra o Roma?
Didi -
Sim, tive oportunidade de jogar a Liga, mas nesse jogo, infelizmente, fiquei no banco os 90 minutos. Mas foi bacana pelo grupo e por ser uma vitória histórica. Joguei contra o Chelsea e Bordeaux.

Futepoca - E como foi essa experiência?
Didi -
Foi sinceramente única, não imaginaria jogar uma Liga dos Campeões depois de sair de uma equipe mediana de Portugal. Assim como não imaginaria chegar na Romênia e fazer história, pois o time tinha 100 anos e nem um título.

Futepoca - Qual era a equipe da segunda divisão de Portugal que te contratou? Eles compraram teu passe do Valeriodoce? Como foi essa transferência?
Didi -
Foi o Futebol Clube do Marco. Fui de passe livre, depois de um empresário ter me visto num jogo do Campeonato Mineiro contra o Cruzeiro, no Mineirão, e gostado do meu futebol. Ele me propôs jogar no Santa Cruz e, de lá, me levou para Portugal. Fui para o Clube do Marco, que estava fazendo um time para subir para a primeira divisão, e consegui fazer 12 gols em 24 jogos. Daí apareceu o Paços de Ferreira.

Futepoca - Você se lembra de alguma grande partida que fez nessa época?
Didi -
Em Portugal minha melhor partida foi contra o Sporting, time do brasileiro naturalizado português Liédson. Ganhamos de 2 a 0, em casa. Foi um grande jogo, pessoal e coletivo. Já aqui na Romênia, o jogo que marcou mesmo foi um que ganhamos de 1 a 0 do Pandurii, gol meu. Faltando 12 minutos para o jogo terminar, tive que ir para o gol, pois nosso goleiro foi expulso e tinham acabado nossas substituições. Tive duas saídas do gol e fiz uma defesa num chute de fora da área, recebi até prêmio a mais (risos).

Futepoca - Você deve ser um grande ídolo deles...
Didi -
O presidente esse dia me tratou como um herói (risos). Aqui sou muito respeitado pelos torcedores, onde vou sou bem recebido. Quando ganhamos o campeonato nacional, a cidade parou. Tinha mais de 15 anos que o título só ficava na capital, Bucareste, com o Steua, o Dínamo e o Rapid. E depois de três dias fomos ser campeões de novo, da copa romena.

Futepoca - E como foi tua adaptação na Romênia? A língua, o clima, a comida? Levou familia?
Didi -
Hoje já domino o idioma muito bem, é uma lingua latina com muitas palavras semelhantes ao português e ao espanhol. Tive a ajuda da minha esposa, Sandra. Estamos juntos desde 2001, e, na Europa, desde 2004. Depois veio o nascimento de minha filha, Giovanna, que vai fazer dois anos. A família se adaptou muito bem aqui. É uma vida tranquila, o país ainda é pobre, tem uma diferença de classe social. A comida já me acustumei, eles comem muito frango, porco. Tem umas comidas típicas deles que também são boas. Bebida, que eu saiba, não tem nada de especial. Eu prefiro uma cervejinha, principalmente no verão deles, que é muito forte e abafado, chega a fazer 40 graus.

Churrasco regado à cerveja mexicana Corona

Futepoca - E a cerveja daí é boa?
Didi -
Tem algumas marcas de cerveja deles, mas não gosto muito, prefiro uma cervejinha importada, como a mexicana Corona e a italiana Peroni. Não se comparam a nossa Skol.

Futepoca - Você falou que a Romênia é um país socialmente atrasado. Você acompanha a política daí? Lê alguma coisa, tem opinião? E sobre o Brasil, acompanha? O que acha do governo Lula?
Didi -
Olha, acompanho sim, alguma coisa. Não tem muitos anos que acabou o comunismo, então o povo ainda está começando a ter a noção da coisas. Sinceramente, de política, não entendo muito não (risos). Mas acho que o presidente terá muito trabalho pra fazer dessa nação um grande país europeu. Sobre o Brasil, tenho visto melhoria com o Lula. É um dos poucos países que não foram muito afetados pela crise mundial.

Futepoca - Pra encerrar, quais são os seus planos para o futuro? Fica na Romênia até quando? Gostaria de voltar a jogar no Brasil? Por qual time?
Didi -
Tenho contrato até 2010 aqui, mas tudo na vida tem momentos. Sou agradecido por tudo que fizeram por mim, mas acho que posso sair nesse fim de ano. Minha vontade e dos meus representantes é dar um pulinho no Oriente ou na Ásia. Tenho imensa vontade de voltar ao Brasil pra jogar, mas sei da dificuldade que é arumar um grande clube aí, por estar jogando num país não muito forte no futebol. Como sou mineiro, gostaria de ir para um time de Belo Horizonte.

Futepoca - Vai entregar? Galo ou raposa?
Didi -
Hahahahaha. Posso não, uai!

Futepoca - Então só me diz se teu time está com grande chance de ser campeão brasileiro...
Didi -
Hehehe. Está entre os candidatos. Mas tomara que o título possa ir pra Minas Gerais, o que só enriquece mais o meu estado.

quarta-feira, junho 18, 2008

Euro - prognósticos do Além-Mar

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Atendendo à sugestão do Fredi, vai aqui como post o comentário do assíduo leitor lusitano Ricardo sobre os prognósticos para a próxima fase da Euro (ainda sem a definição do segundo colocado do grupo 4).

Portugal X Alemanha
Um 4-4-2 clássico alemão contra um 4-3-3 orgânico português. A Alemanha, ao contrário de outras Alemanhas do passado, é deficiente em termos defensivos. Tem um excelente lateral (Lahm) que ataca como poucos, mas que abre muitas vezes o jogo atrás; do outro lado, Friedrich, é um jogador regular mas sem capacidade para enfrentar um Ronaldo numa tarde de inspiração. Os centrais, Metzelder e Mertesacker, são razoáveis. Depois uma linha de 4: Frings atrás, Fritz à direita e Schweinsteiger à esquerda; no centro, pensador de jogo, capitão e jogador de transições, Ballack. Na frente, um ataque poderoso: Podolski e Klose. É uma equipe que procura explorar os espaços adversários entre a linha de defesa e a linha dos médios, procura servir rapidamente ou o ala ou os avançados e é forte nas segundas bolas - com Ballack, vindo de trás, em plano de evidência.

Portugal joga com um quarteto defensivo de qualidade: um lateral mais ofensivo, Bosingwa, um mais de equilíbrios, Paulo Ferreira, e dois grandes centrais: Pepe e Ricardo Carvalho. No miolo, Petit assegura a primeira fase de construção e procura sempre bloquear o médio mais ofensivo adversário; como médio de transição, Moutinho, jogador de alta rotação, defende e ataca sempre com uma qualidade de passe e visão de jogo muito fortes; Deco é o pensador, um jogador que descobre espaços onde eles parecem não existir, com uma capacidade de guardar a bola, decidir os vários momentos do jogo e muito forte no último passe. Nas alas, Simão de um lado, mais vertical, dá mais consistência ao meio-campo no processo defensivo e, ofensivamente, é forte nos cruzamentos e remates, e Ronaldo, do outro, melhor jogador do mundo, desequilibrador, forte, veloz, bom cabeceador, bom rematador, capaz de decidir um jogo de um momento para o outro (por vezes desequilibra a equipe nas transições defensivas; é preciso algum cuidado por parte de Moutinho). Na frente, o elo mais fraco: Nuno Gomes, um avançado que faz mais assistências do que marca, posiciona-se bem, sabe tabelar com qualidade com os companheiros mas falta-lhe explosão e repentismo na hora de atirar para gol - no entanto, tem feito um bom Euro e deverá ser opção a titular.

Este jogo, na minha opinião, está mais dependente de... Scolari do que de outra coisa qualquer: espero que o seleccionador brasileiro não queira adaptar o nosso jogo ao dos alemães, mudando um elemento (Petit ou Moutinho) por Meira, um trinco (volante) mais defensivo que procurará colar-se a um dos avançados alemães para a Alemanha não aparecer na frente com igualdade numérica. Esta opção é errada, quanto a mim. Primeiro, porque faz abdicar a rotina excelente que o nosso meio-campo tem, partindo as duas linhas (defensiva e de meio) e a forma apoiada como sabemos jogar e é a nossa gênese e depois porque isso, mentalmente, daria aos alemães a ideia de que nos sujeitamos ao seu jogo, o que, olhando para a qualidade de uma e de outra equipe, é um erro crasso. Portugal é melhor, tem melhores jogadores e deve impor o seu jogo. Se o fizer, estará muito mais perto de estar nas meias-finais.
Prognóstico: Portugal ganha :)


Croácia X Turquia
Um jogo entre uma equipe muito bem orientada pelo mais novo treinador do Euro (Slaven Bilic, atenção a ele, muito promissor este homem), com jogadores com qualidade técnica acima da média. Na linha da frente, Modric, mas também Srna, Rakitic e Kranjcar, jovens e com muita vontade de vencer, contra outra que dá tudo em campo, menos virtuosa, mas muito agressiva na forma como encara os jogos. Parece-me que a capacidade desequilibradora dos croatas, aproveitando as debilidades dos turcos nas transições defensivas, poderá fazer a diferença.
Prognóstico: Croácia ganha.


Espanha X Itália
A Espanha, ao contrário da opinião generalizada, não me tem agradado. Funciona com um meio-campo preso de movimentos e algo descompensado - Senna no meio, Iniesta, mais interior, na direita, Silva, mais vertical, na esquerda, e Xavi procurando servir os dois grandes avançados: David Villa e Fernando Toores. O poder ofensivo destes dois é inquestionável, mas pergunto-me se o meio-campo espanhol saberá ter capacidade de movimentações para a teia que o meio-campo italiano geralmente monta. Duvido muito. A juntar isto, está uma defesa muito débil - na esquerda, o melhor até agora, Capdevila, na direita, um central que passou para defesa-direito, Ramos, e centrais que não se completam bem, Marchena e Puyol.

Na equipe italiana, haverá uma baixa de peso (Gattuso, responsável pela luta a meio-campo) e uma baixa FUNDAMENTAL (Andrea Pirlo, o cérebro da equipa), os dois suspensos para este jogo. Têm um dos melhores guarda-redes do mundo, se não é mesmo o melhor, Buffon; uma defesa experiente: na esquerda, Grosso, à direita, Zambrotta, um central veterano (Panucci) e Chiellini, mais novo e de qualidade. No meio, talvez Ambrosini substitua Gattuso, como médio de combate, e De Rossi apareça com Aquilani, compondo o trio de meio-campo. Depois, mais à frente, Perrota (ou Camoranesi) e Cassano no apoio ao avançado Luca Toni. É uma equipe experiente e vem de uma qualificação muito difícil. A Itália é a Itália e quando chega a esta fase eliminatória é uma equipe que sabe gerir muito bem os vários momentos do jogo e pode aproveitar, de forma eficaz, o fraco posicionamento defensivo da equipa espanhola.
Prognóstico: Itália ganha.


Holanda X Rússia ou Suécia
Como não se sabe qual das duas será a equipe que defrontará a Holanda, é melhor não fazer grandes análises. A Rússia precisa ganhar; a Suécia está confortavelmente a precisar de apenas um empate. Como se viu no jogo contra Espanha, a Suécia não tem problemas em entregar o jogo aos adversários e esperar por eles, para depois aproveitar alguns espaços. Nesse jogo, estiveram mal os suecos e mereceram perder no último minuto, mas é uma equipe difícil de bater. Se a Rússia aproveitar a qualidade dos seus jogadores e tiver paciência, poderá ganhar o jogo. Aposto na Rússia. E, caso passem, aposto na Holanda para ir às meias-finais.

terça-feira, junho 17, 2008

Euro - atualização

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E hoje se definiu o destino do grupo da morte da Eurocopa. A Holanda, que já estava garantida como primeira do grupo, não teve dó e mesmo com os reservas, sapecou 2 a 0 na Romênia. Já no embate que valia, entre França e Itália, não houve revanche da final da Copa do Mundo. A Itália venceu - dessa vez sem pênaltis - e eliminou os azuis.

Agora, a Itália pega a Espanha, já definida como 1º lugar do grupo D, nas quartas. Já a Holanda espera de camarote o vencedor do jogo entre Rússia e Suécia. Aposto na Suécia. E depois na Holanda, claro.

Os outros confrontos das quartas-de-final já estão definidos. Portugal pega a Alemanha e a surpreendente Turquia (que eliminou a República Checa numa virada que valia um post se eu não estivesse no plantão) pega a Croácia.

Palpites para a próxima fase?