Destaques

segunda-feira, novembro 27, 2006

Ferroviária de Araraquara fica com o título da Copa FPF e garante vaga na Copa do Brasil

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A Ferroviária conquistou o título da Copa FPF ao empatar com o Bragantino por 1 a 1 no Estádio Marcelo Stefani, em Bragança Paulista, no sábado. No primeiro jogo, em Araraquara, a equipe tinha vencido por 1 a 0. O título dá à Ferroviária uma vaga na Copa do Brasil de 2007. O Bragantino, vice-campeão, vai enfrentar o Guarani de Campinas no Campeonato Brasileiro da Série C.
Apoiado por quase 10 mil torcedores, o time de Bragança abriu o placar aos 37 minutos, num lance duvidoso. Bill tentou por cobertura, o zagueiro Max Carrasco salvou mas a auxiliar Maria Elisa deu o gol, confirmado pelo árbitro Élcio Paschoal Borborema. No segundo tempo, outro lance polêmico: aos 28 minutos, o goleiro Dida, do Bragantino, soltou uma bola na pequena área e o juiz marcou pênalti. A bandeirinha Maria Elisa, porém, indicou a falta no goleiro e o juiz voltou atrás.
Aos 40 minutos, o técnico Edison Só, da Ferroviária, chamou no banco de reservas o atacante Jackson. Em seu primeiro lance, dois minutos depois, o jogador disputou uma bola que resvalou na cabeça do zagueiro Cris, do Bragantino, e entrou no canto esquerdo de Dida. Era a gol do título, muito festejado por cerca de 200 torcedores que se deslocaram de Araraquara até Bragança.

Atlético campeão!

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Na festa que essa época do ano tradicionalmente faz aos campeões, não podemos esquecer de homenagear mais um time que subiu ao lugar mais alto do pódio nesse fim de semana: o Atlético-RO, campeão rondoniense sub-17!

O título veio com uma histórica vitória de 4x0 sobre o Genus. Os heróis da conquista: Romário; Mickey, Rafael, Bruno e Douglas; Jayson, Anderson, Van e Alex (Heric); Heber e Careca.

Romário terminou a competição como o goleiro menos vazado e Careca, o artilheiro.

Fonte: futeboldonorte.com

Mais um morre do coração; tia morre ao saber

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O jogador Alex Sandro de Souza Pereira (foto), ex-Matonense, morreu na tarde de domingo, vítima de uma parada cardiorrespiratória ocorrida durante partida de futebol realizada em Avaré, no interior de São Paulo. Alex, de 29 anos, caiu no gramado durante um jogo amistoso de sua equipe. Seus companheiros tentaram reanimá-lo ainda em campo. Depois, foi colocado em uma ambulância e levado ao hospital, onde morreu. Uma tia de Alex teve um ataque cardíaco quando soube da morte do sobrinho e também morreu. Ela tinha 50 anos.
Esse não foi o primeiro caso registrado no futebol. Em 2003, o volante camaronês Marc-Vivien Foe morreu durante a semifinal da Copa das Confederações, em partida contra a Colômbia. Já em 2004, o futebol brasileiro foi abalado com a morte do zagueiro Serginho, que sofreu uma parada cardiorrespiratória em partida do São Caetano contra o São Paulo. Antes de Serginho, três jogadores tiveram mortes semelhantes em 2004. No dia 25 de janeiro, o atacante húngaro Miklos Fehér, do Benfica, morreu no final da partida contra o Vitória de Guimarães. Dois dias depois, um jogador de 30 anos, identificado apenas como Andreas, sofreu um colapso durante um treino do Kavlinge, da quarta divisão sueca.
Em maio, o futebol português viveu outro drama de perto. O jovem Bruno Baião, 18 anos, teve uma parada cardíaca logo após treinar pela equipe júnior do Benfica. Ele foi levado para um hospital e, após permanecer quatro dias em coma profundo, teve a morte anunciada.
No Brasil, duas mortes em campo aconteceram nos anos 80. O zagueiro Beto, do Moto Clube, morreu de enfarte durante jogo contra o Tocantins, no dia 14 de setembro de 1985, em São Luís. Três anos antes, o lateral-direito Carlos Alberto Barbosa, do Sport, morreu na partida contra o XV de Jaú, pelo mesmo motivo.

Passando a régua

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Enfim, a temporada do futebol brasileiro 2006 acabou. Até mesmo no tom das entrevistas.

Surpresas, destaques e decepções, como sempre. Os destaques são vários. Muricy Ramalho conquistou um lugar no Olimpo, mostrando personalidade e a competência até então discutível, porque não havia ainda sido campeão nacional. E foi.

Me surpreenderam sobretudo o Grêmio de Mano Menezes e o Vasco da Gama de Renato Gaúcho. O Paraná de Caio Júnior, com um futebol sem brilho mas pragmático, fez uma campanha impressionante, e depende de si para ir à Libertadores, graças ao sortilégio que permeia a história de Vasco e Santos, que sempre protagonizam jogos históricos (ainda escrevo sobre isso).

O Santos, apesar de sua torcida nunca satisfeita, cumpriu o que o clube se comprometeu a fazer em 2006: levantar o Paulista e ir à Libertadores. A torcida do Santos não pode se esquecer que o clube vem disputando a ponta das tabelas há cinco anos: 2002, 2003, 2004, 2005 e 2006. Não é pouco.

Palmeiras e Corinthians, que terminam o ano afogados em dívidas e com o futuro incerto, simbolizaram um futebol paulista ainda arrogante, mas decadente. Decadência muito bem exemplificada pela queda de Ponte Preta e Guarani, respectivamente para a segunda e terceira divisões; pela impotência do Paulista, que não conseguiu subir; pelo drama da Portuguesa, pela qual tantos torcemos e, evoé, continuou na segundona!

O futebol carioca não foi mal, com exceção do Fluminense. Pena que o Flamengo, agora que parecia reencontrar uma história perdida, quando ia conseguindo se reerguer misturando moleques e Obinas, resolveu se envolver com os mercenários da MSI. O Botafogo manteve uma toada, sem grandes pretensões ou riscos, mas muito mais seguro do que nos anos passados.

Entre os mineiros, a euforia dos atleticanos contrasta (a favor dos alvinegros) com a pífia temporada do Cruzeiro, que deixou a briga por qualquer lugar honroso faz tempo. Os torcedores do Galo têm duplamente o que comemorar.

Os nordestinos perderam Fortaleza e Santa Cruz, que caíram para a série B, mas levaram à série A o Sport, o Náutico e o América-RN.

E o São Paulo foi o campeão indiscutível, independentemente do péssimo nível do campeonato. Os concorrentes mais diretos do Tricolor (Inter, Santos e Grêmio) se conformaram cedo demais com o possível ou o aceitável.

domingo, novembro 26, 2006

A manguaça nos grandes esquadrões

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Folheando uma das edições que a Placar lançou em 2005, em comemoração aos seus 35 anos (intitulada "Os grandes esquadrões"), vi alguns depoimentos curiosos - e reveladores - de atletas que fizeram parte de timaços das últimas décadas. Por exemplo:

Cervejas
"Nosso técnico, o Paraguaio, era uma figura ótima. Boêmio, dava liberdade para todos. Eu, naquela época, não bebia e não fumava; então, veja como são as coisas: eu cuidava dos mais velhos, como Brito, Carlos Alberto Torres, que de vez em quando tomavam suas cervejas. Mas eles podiam, porque jogavam demais."
Paulo César Caju (foto), sobre o Botafogo-RJ de 1970-72

Atletas de Cristo
"Quando a gente fazia uma churrascada, o pessoal começava a chegar por volta do meio-dia. Quando era 3, 4 horas, os atletas de Cristo queriam ir embora e então o Cilinho, eu e mais alguns colocávamos os carros atravessados no portão para impedir a saída deles. Aí todo mundo ia embora às 8h, 8h30."
Careca, sobre o São Paulo de 1985-87

Churrascadas
"O Felipão sempre procurava reunir aquele grupo para churrascadas. O clima era tão bom que a gente brincava com ele, dizendo que a carne estava ruim. O Felipão, que era auxiliado pelo Murtosa, ficava muito bravo. Acho que este exemplo mostra muito bem o que era aquele time."
Galeano, sobre o Palmeiras de 1999

Ensaboada
"Como a maioria do time era solteiro, alguns estavam caindo na noite, enchendo a cara. Oito até correm por dois, mas quando cinco ou seis ficam parados não tem jeito. Vanderlei (Luxemburgo) inventou uma 'intertemporada' em Foz do Iguaçu, deu uma ensaboada geral e entramos nos eixos de novo."
Alex, sobre o Cruzeiro de 2003

sábado, novembro 25, 2006

Termina a Série B

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Mesmo com três equipes com acesso garantido para a Série A, a última rodada da segunda divisão do Brasileiro reservou fortes emoções, tanto para definir a última vaga no acesso como para saber quem seriam os quatro rebaixados ao limbo da Terceirona.
Durante boa parte da rodada final, o Paulista de Jundiaí esteve na Série A. A equipe paulista derrotou o Brasiliense fora de casa por 4 a 3, mas não foi suficiente. Era necessário , para a classificação do time, a derrota do América (RN) no Mineirão para o já campeão Atlético, o que ocorria até os 18 minutos do segundo tempo, quando a equipe da casa estava à frente por 2 a 0. Mas os nordestinos chegaram ao empate e deixaram pra trás os paulistas.
Já na luta contra o rebaixamento, o Guarani goleou o já rebaixado Vila Nova por 5 a 1, mas não adiantou. CRB e Portuguesa - esta com uma virada heróica sobre o Sport, em Recife -, venceram e permaneceram na Segundona. O próprio Vila Nova, o Paysandu e o São Raimundo (AM) farão companhia ao Bugre.
De curioso, no final da rodada, ficou a frase do técnico Levir Culpi. "Espero que o Atlético nunca mais comemore esse título". Taí, agonia e êxtase.

Sobre manchetes de jornal

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Dêem uma lida no trecho da entrevista dada pelo presidnete interino do PT, Marco Aurélio Garcia, ao jornal Folha de São Paulo de hoje (25/11):

FOLHA - Durante a campanha se falou que quatro anos não eram suficientes para o PT mudar o país. Quanto é preciso?

GARCIA - Uma mudança não se faz em oito anos, ou quatro. País com um passivo social como o nosso precisa de uma geração para encontrar a embocadura do ciclo prolongado de crescimento.

FOLHA - O sr. está repetindo o [ex-ministro das Comunicações] Sergio Motta, que queria o PSDB 20 anos no poder?

GARCIA - Não estou dizendo que o PT deva ficar [no poder]. Estou dizendo que precisamos do movimento de uma geração para transformar o país, e gostaria que o PT tivesse papel protagônico. Quem decide é a sociedade.

Tudo muito claro, não? O fantástico é que, a partir desse trecho, o editor conseguiu extrair uma manchete que seria fantástica, se não fosse uma monumental forçada de barra: “Garcia defende PT no poder por uma geração”. É dose...

Briga pelo Paullistão pode ir pra Justiça

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Ao que tudo indica, as pretensões da Record para transmitir o campeonato paulista de futebol de 2008 a 2010 são mesmo sérias. O presidente da Record, Alexandre Raposo, já estuda possíveis medidas judiciais, entre elas acionar o Ministério Público, para barrar um acordo que estaria praticamente selado entre a Globo e a Federação Paulista de Futebol (FPF). Os dirigentes estariam dispostos a fechar com a emissora carioca mesmo ela tendo apresentado a proposta menos vantajosa financeiramente.

O leilão começou quando a Globo ofereceu à FPF R$ 40 milhões, incluindo os direitos para TV paga, por ano. O canal paulista rebateu com uma proposta de R$ 70 milhões, forçando sua rival a contra-atacar com R$ 60 milhões em dinheiro mais R$ 10 milhões em espaço publicitário na última semana. Ainda assim, a Record manteve a oferta de R$ 70 milhões e acrescentou R$ 10 milhões em espaço publicitário, cobrindo a oferta da concorrente.

Extra-oficialmente, a FPF já teria informado à Record que não vai discutir sua nova proposta pelo Paulista-2008. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, executivos da Globo ligaram para dirigentes de clubes para pressioná-los a assinar o contrato do Paulista, sendo que alguns dizem temer a emissora. Coincidentemente ou não, o "Globo Esporte" de ontem repercutiu denúncias contra o presidente corintiano Alberto Dualib.

sexta-feira, novembro 24, 2006

Fifa propõe regras para liberação de atletas

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Preocupada com a incessante briga entre clubes e seleções, a Fifa resolveu criar um grupo de trabalho para elaborar um protocolo sobre a liberação de jogadores para defender os seus países em competições e amistosos. A força-tarefa, que se reuniu hoje, é encabeçada pelo espanhol Joan Laporta, presidente do Barcelona.
O grupo, que é formado por membros de confederações, associações, ligas, times e jogadores, também está preocupado com a integridade física dos atletas, tanto que sugeriu a criação de um seguro caso o jogador se machuque enquanto estiver defendendo o selecionado de sua nação em amistosos ou jogos oficiais.
Esse é um dos pontos que mais geram atritos entre clubes e federações. Exemplo mais recente aconteceu com os brasileiros Ronaldo e Edmílson, que se machucaram durante a Copa do Mundo da Alemanha. O atacante teve que passar por uma operação no joelho direito após o Mundial, enquanto o volante se lesionou durante as preparações para o torneio e também sofreu uma cirurgia.
Além disso, o órgão aproveitou para colocar em pauta a necessidade de profissionalizar a carreira dos árbitros, além de melhorar suas condições físicas e habilidades técnicas. "Estamos também propondo um limite de idade de 45 anos para os árbitros. Mas eles continuarão nos ajudando a melhorar a arbitragem através de treinamentos e cursos", disse o delegado da Fifa Jerome Champagne.
Também foi proposto que partidas internacionais de ida e volta sejam mudadas de sábado e terça para sábados e quartas, a fim de dar mais tempo aos jogadores de se recuperarem quando retornarem a seus clubes. "A idéia inicial era de partidas às sextas e terças, mas a Fifa considera que sábado é um dia familiar de se assistir ao futebol", disse Champagne, que reiterou que na América Latina essa idéia pode sofrer ajustes.
A próxima reunião do grupo de trabalho será em janeiro de 2007, oportunidade na qual serão concretizadas estas propostas para serem transferidas e submetidas à votação no Congresso que a Fifa realizará em maio.

Abelão eterno

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O Inter será, na pior das hipóteses, o terceiro colocado no Brasileirão de 2006. O que pode não representar muita coisa, já que o que vale é o título, e o Colorado já tem assegurada uma vaga na Libertadores.

Mas é justamente por esse detalhe - a Libertadores - que o time de Abel Braga merece parabéns pela campanha desenvolvida nesse Brasileirão. Com o vice ou o terceiro lugar, o Internacional será o melhor "campeão da Libertadores" na história do Brasileirão.

Fazendo um paralelo com os outros times nessa situação: o Cruzeiro foi o vigésimo nos dois anos que foi o campeão da América, em 76 e 97; o São Paulo, sexto em 92, quarto em 93 e décimo-primeiro no ano passado; Vasco e Palmeiras foram os décimos em 98 e 99, respectivamente; o Flamengo de 81 foi o sexto colocado, e o Grêmio de 83, apenas o décimo-quarto.

Se considerarmos que atualmente o Brasileirão é disputado, em algumas rodadas, simultaneamente à Libertadores, o feito do Inter e de Abel Braga é mais relevante ainda.

Até porque o elenco do Internacional, no papel, não chega a ser a oitava maravilha do mundo. Caro leitor, diga com sinceridade: Clemer, Hidalgo, Wellington Monteiro e Ceará figuram entre os jogadores que você sonha em ver no seu time?

Méritos para Abel Braga, disparadamente o melhor técnico do Brasil em 2006 - e bisonhamente excluído da lista dos melhores do Brasileirão, que traz Muricy Ramalho, Mano Menezes e Renato Gaúcho. Não que esses três não sejam dignos de aplausos, mas Abel está acima, justamente por esses fatos que destaquei no início do texto.

Abel se consagra como a personalidade esportiva de 2006 ainda mais se levarmos em conta seus dois anos anteriores. Em 2004 e 2005 conseguiu a "façanha" de perder duas finais de Copa do Brasil para times pequenos em pleno Rio de Janeiro. Estava marcado como perdedor, técnico de time pequeno, "bom para sair do rebaixamento".

Mas não, ele é o grande campeão do ano - independentemente do desempenho do Inter no Mundial de Clubes. Informações quentes dão conta de que, finda a temporada, ele deve ir para a França, país em que já trabalhou como técnico. Se for, boa sorte. Se não for, o Internacional se consolida ainda mais como um dos principais favoritos para a Libertadores de 2007.

Figuraça: morre ex-técnico João Avelino

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Morreu hoje o folclórico ex-técnico de futebol João Avelino (foto), vítima de complicações do mal de Alzheimer, doença que o vitimava há quatro anos. Nascido na cidade mineira de Diamantina, estava com 77 anos. Figuraça, Avelino teve passagem como treinador por Corinthians, Palmeiras, Paysandu, Nacional da Comendador Souza e América de São José do Rio Preto, entre outras dezenas de clubes. Seu último trabalho, antes de ter a doença diagnosticada, foi em um projeto da Prefeitura de São Paulo para crianças carentes, no centro olímpico do Ibirapuera.

Entre os 'causos' que o tornaram famoso no futebol, contam que, para empatar jogo, já mandou martelar as traves, para o gol ficar menor, e até soltar uma mula brava no gramado do Canindé, para esburacar o campo. No Clube Atlético Taquaritinga, onde disputou a 1ª divisão do Paulista (e caiu) em 1984, consta que mandou colocar uma estátua de Nossa Senhora no vestiário e, quando os jogadores iam se trocar, ele virava a santa de costas, "pra não ver homem pelado".

Cheguei a entrevistar João Avelino há dez anos, em Piracicaba, depois de um amistoso na fábrica da Pirelli do qual participou o Mazola, ex-palmeirense que iniciou a Copa de 58 como titular, no lugar de Pelé. Na entrevista com Avelino, ele me disse que o celular (novidade na época) ia acabar com muitos jogadores, pois "as moças não vão dar sossego pra esses vagabundos".

Profissional é outra coisa

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Uma e meia da tarde (meio-dia e meia, se desconsiderarmos o horário de verão), sol forte, trinta e poucos graus e um puta calor abafado. Entro no botequinho com os únicos - e últimos - 7 reais para encarar o almoço na promoção. Lá dentro, o forno: mais de 20 pessoas se espremem em meia dúzia de mesinhas, num espaço de 2m x 5m. Sem janelas. A chapa funcionando a todo vapor, a sensação térmica subindo mais uns 5 graus.
Cheiros diversos: alho, gordura, óleo vencido, suor, fumaça e feijão queimado. Pego o único lugar existente, numa mesinha ao lado da entrada do banheiro (banheiro?), com umas caixas de cerveja empilhadas. Faço o pedido e, em seguida, chega para sentar na mesma mesa um tiozão engravatado, crachá no pescoço, uniforme de porteiro e bigodinho anos 50. Chega e já grita: "-Dá uma costela. E uma branquinha pra abrir o apetite".
Depois de derrubar um pouco pro santo, o figura entorna o conteúdo de uma só golada e estala os beiços. "-Tá calor, hoje", comenta, como se só agora, naquela fornalha, ele tivesse se tocado disso. Chega o pedido do cidadão, uma das costelas mais gordurosas que já tive a oportunidade de presenciar, e ele forra o prato com metade do vidro de pimenta. Despeja a travessa de feijão inteira por cima e começa a pescar os pedações de gordura da outra tigela. Sem pestanejar, ordena: "-Traz um Cynar. Dose dupla!". Vem um copão americano quase transbordando.
Por trás do meu comportado bife com fritas, com um inocente guaraná, observo o homem devorar a pantagruélica refeição, sorvendo aos poucos aquela densa beberagem, num calor dos infernos. Lembrando das sábias palavras do companheiro Glauco, penso comigo: "-É nessas horas que se diferenciam os homens dos meninos!!!".

Stálin, Lênin, Trotski, Virgílio, Sarney e Lula

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Nota da coluna da Mônica Bergamo de hoje:

ORADOR
Na viagem do presidente Lula com os senadores José Sarney (PMDB-AP) e Arthur Virgílio (PSDB-AM), parte da conversa girou em torno dos russos Stálin, Lênin e Trotski. Sarney, que está lendo a biografia de Stálin, afirmou que ele era muito frágil fisicamente mas que "falava direitinho e escrevia maravilhosamente bem". Virgílio está lendo a biografia de Lênin e observou que ele era "medíocre como orador". O presidente Lula não está lendo biografia alguma. Mas observou que "orador mesmo, dentre eles, era o Trotski".

Brasil tem mais manguaça que fumante careta e maluco, mostra pesquisa

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Deu na Agência Brasil. A liberdade de interpretação do título é por conta da casa. Mas a pesquisa é séria, apesar de não dizer respeito a nenhum dos colaboradores do Futepoca, ao contrário do que dizem as más línguas.

O número de brasileiros com idades entre 12 e 56 anos dependentes de bebidas alcoólicas é maior do que de tabaco e maconha, de acordo com o 2º Levantamento Domiciliar sobre Uso de Drogas Psicotrópicas no Brasil, realizado pela Secretaria Nacional Antidrogas (Senad), em 2005. Os manguaças na fase 3 são 12,3%, enquanto os fumantes são 10,1%. Ambos os índices apresentam elevação de 1,1 ponto percentual em relação à primeira edição do estudo, realizada em 2001.

Em termos de uso frequente de maconha, também houve evolução. Era 1% dos brasileiros e agora 1,4% consomem o psicotrópico. Mesmo somados, os fumantes caretas e malucos ainda seriam em número inferior aos manguaças. A conta não é precisa, porque parte dos meliantes consome tabaco e maconha.

A coisa tá feia, a coisa tá preta...

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Em rota de colisão com a parceira MSI, o Corinthians solicitou à Federação Paulista de Futebol (FPF) um empréstimo de R$ 5 milhões para pagar dívidas - o débito deverá ser quitado com receitas provenientes do Campeonato Paulista de 2007. A informação é do jornal Folha de S.Paulo. Por sua vez, o MSI, que firmou acordo milionário com o clube, promete processar a empresa SMA, de Carla Dualib, neta do presidente corintiano Alberto Dualib, por suposto ganho indevido com ações de marketing envolvendo o clube. Segundo o acordo firmado, as receitas com marketing pertenceriam ao MSI.
A SMA, de acordo com o diário, recebeu R$ 866 mil em comissões por acordos do Corinthians com a Nike e a Abril. A empresa não tem contrato com o Corinthians. Segundo o jornal Diário de S.Paulo, o ex-vice-presidente de finanças do clube Carlos Roberto de Mello também lucrou com o clube, recebendo R$ 195 mil somente em 2004 por serviços prestados pela sua empresa, a Goodwill. Quanto à ação judicial contra a neta de Dualib, a assessoria de imprensa do fundo disse que "qualquer empresa que faça uso ou intermediação da marca corintiana sem a permissão do MSI o está fazendo ilegalmente (...). Desse modo, o MSI buscará na Justiça preservar os seus direitos contra aqueles que não respeitarem o contrato de parceria".
Em relação à situação financeira do clube, o vice-presidente de finanças, Emerson Piovesan, confirmou o empréstimo mas negou-se a confirmar o valor. Ele admitiu que o Corinthians passa por "problemas de caixa" e usará o dinheiro para quitar débitos não relacionados ao departamento de futebol. Representantes do MSI e do Corinthians, no entanto, negaram à reportagem que o clube esteja com contas em atraso. (Do site Terra)

Flamengo se livra de Luizão

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Sacanagem: foi só o Futepoca ecoar a crítica do "custo-benefício" do atacante Luizão pro Flamengo - levou R$ 1,4 milhão no ano, o que dá R$ 143 mil por gol marcado - que o clube deu um pé na bunda do cara. No mesmo dia em que o técnico Ney Franco garantiu a permanência do jogador para 2007, Luizão esteve no clube e acertou a sua rescisão contratual. De acordo com o vice de futebol, Kléber Leite, o atacante desejava conversar logo sobre a sua renovação, mas o dirigente afirmou que não poderia passar por cima de um "planejamento já traçado". Fica no ar uma pergunta muito preocupante para torcedores de alguns clubes decadentes: onde Luizão vai jogar na próxima temporada?

Governador eleito nomeia derrotado como secretário no Rio

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Deu no Rio2007:

Depois de ser derrotado nas eleições ao governo do Estado do Rio de Janeiro, o deputado federal Eduardo Paes (PSDB, foto esq.) foi indicado como secretário de Esportes e Turismo. O candidato vitorioso, Sérgio Cabral (PMDB, foto dir.), firmou uma aliança com os tucanos para administrar o Rio. O PT também está na base governista. Paes terá de trabalhar em conjunto com seu desafeto político, o prefeito da capital César Maia (PFL).

Atualmente, há duas secretarias para o assunto. A fusão não foi a única, já que o Meio Ambiente, Ação Social e Direitos Humanos virou tudo uma argamassa só. O ex-ministro do Trabalho, Antonio Magri, já dizia que seu cachorro era um ser humano como qualquer outro, mas acho que não era essa a idéia.

O cargo dos esportes seria secundário não fosse o Pan-americano. É um agrado e tanto, mas com data de validade. O "poder" extraordinário de Paes termina ao fim dos jogos, e os acordos terão de ser redefinidos. Até lá, tudo azul para o governador. Tirando o prefeito do Rio.

(leia na G1 e no Último Segundo).

quinta-feira, novembro 23, 2006

Ponte admite mala-preta para o Santa Cruz

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A diretoria da Ponte Preta admitiu enviar um "incentivo financeiro para o Santa Cruz, adversário do Fluminense no domingo. O time pernambucano já está rebaixado, enquanto o campineiro e o carioca brigam para escapar. Sebastião Arcanjo, diretor de futebol da Ponte declarou ao Estadão: "Vamos fazer o que for possível para ajudar a equipe. Nossos adversários estão se mexendo e não podemos ficar apenas olhando. Nossa obrigação é trabalhar nos bastidores."

A parte a insinuação de que o Fluminense teria adotado medida semelhante, a admissão da mala-preta é, no mínimo, incomum no futebol, embora os rumores a seu respeito sejam frequentes.

No Flu, segundo a Gazeta Esportiva, a diretoria acha normal. "Eu não tenho nada contra. O Campeonato Brasileiro é uma batalha e isso não está fora da legalidade', disse Alcides Antunes, diretor de futebol. Nas Laranjeiras, o eufemismo em vigor é "doping financeiro". O curioso é que a expressão que tenta amenizar as coisas cita uma irregularidade na prática esportiva – uso de drogas e estimulantes. Preocupante.

O técnico Paulo César Gusmão não gostou da história, negou-se a comentá-la junto à imprensa, mas teria dito a amigos que "a diretoria da Macaca deveria ter se preocupado em premiar seus próprios atletas ao longo da competição", segundo o jornal de esportes.

Enquanto isso, no Santa Cruz, o meio campista Júnior Maranhão garantiu que a história do incentivo é apenas especulação, pois os jogadores ainda não receberam dinheiro do time campineiro. "Essa informação chegou para gente através da imprensa local. É lógico que se houver a 'mala preta' será muito bem-vinda, até porque estamos com os salários atrasados", disse Junior à Rádio Brasil. A informação está no UOL Esporte.

Deu no UOL

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Nos perdoem os coleguinhas. Sabemos do inferno das redações, da pressão etc. Mas merece destaque o final do texto publicado no UOL Esporte hoje, em texto com o título "Palmeiras se prepara para viver desmanche em 2007".

No último parágrafo, foi publicado, ao se referirem a Juninho Paulista: "O grande problema no caso do meia é seu salário, um dos maiores do elenco. Em crise financeira, os dirigentes palmeirenses planejam diminuir de forma acintosa a folga de pagamento para a próxima temporada.

Entende-se o "pastel" de folga em lugar de folha de pagamento. Mas que raios é "diminuir de forma acintosa". Parece que a cobertura feita pela imprensa ao Clube também está prestes a cair para a segunda divisão.

burrice não se aprende

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O Corinthians está prestes a ficar sem nenhum jogador da MSI (conseqüentemente sem time para o ano que vem), sem dinheiro, mas com direito a multa maior que sua torcida.

O inquérito feito pela Polícia Federal e o Banco Central sobre as transações irregulares de jogadores podem custar de R$ 80 a 100 milhões para os cofres alvinegros: explica-se, todas as transações são registradas no nome do clube. Portanto...

Se a crônica era anunciada, resta para os corinthianos o consolo que burrice é transmissível.

O Flamengo pretende fazer negócio com os mesmos investidores para que eles levem jogadores para "formar um time forte para a Libertadores". Alega que será diferente, já que apenas pagará os salários, sem parcerias etc.

Cabe a pergunta: e se existirem novamente transações suspeitas e novas multas por causa da contratação irregular de jogadores e lavagem de dinheiro, quem vai pagar?

Ganha uma estátua de Urubu quem responder.

De resto, na melhor das hipóteses, o clube que mais deve no Brasil pagará salários milionários a jogadores como o "craque" Gustavo Nery, Sebá, Roger, Carlos Alberto e outros que quase levaram o time do Parque São Jorge ao rebaixamento neste ano.

No mínimo terá uma folha mensal de milhões de reais, não pagará salários, aumentará a dívida. Filme já visto várias vezes na Gávea.

Justo no ano em que o Flamengo contratou um técnico competente, fez um time modesto, mas que ganhou a Copa do Brasil, não correu risco de rebaixamento.

Parece que gosta de viver perigosa e irresponsavelmente.

E depois dizem que o Cléber Leite é flamenguista.