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Eduardo Maretti/Reprodução ESPN BrO atacante Nilmar deu agora há pouco uma coletiva (foto), na qual disse que entrou em acordo com o clube e não vê a hora de jogar. Garantiu que sempre quis permanecer no Corinthians etc. Aquela demagogia de sempre.
Segundo o programa Bate-Bola, da ESPN Brasil, e o site Uol, o jogador teria decidido abrir mão do U$ 1,5 milhão que o clube lhe devia a título de luvas. Mas, morrendo de amores pelo Timão ou não, Nilmar fica no Parque São Jorge até junho, quando se encerra seu contrato. Pelo acordo, ele deve receber R$ 800 mil no período. Provavelmente, passará os próximos meses para entrar em forma e, quando estiver na ponta dos cascos, deve ir para a Europa, embora tenha pronunciado na entrevista um "quem sabe" evasivo à questão de ficar ou não até dezembro. Perguntado se joga quarta-feira contra o São Caetano, Nilmar brincou: "Isso é com o hôme", em referência ao técnico Leão.
Depois de anunciar mais um atacante (Jean, vindo por empréstimo do Saturn, da Rússia), o Timão pode rescindir o contrato de Amoroso, sob a justificativa de diminuir o déficit. Pergunta: mas não se sabia antes que a bagatela de R$ 250 mil que Amoroso recebe por mês sem jogar iria onerar o já combalido caixa do clube?
Reproduzo aqui um post que está no blog Dia de Jogo. Como o texto se refere a temas abordados aqui de forma interdisciplinar e transversal, cabe não apenas a republicação como um desafio aos futepoquenses - em especial o companheiro Marcão - para que continuem com nesta seara em posts subseqüentes que justificam dois terços desse minifúndio internético.
Garrincha não era craque, era gênio. Infelizmente pouco aproveitou da grande genialidade e morreu pobre no Rio de Janeiro. Deixou-se levar pela boemia e acabou de forma até trágica pelo futebol exuberante que tinha. Seus últimos dias no futebol foram tão medíocres que até no Coritiba jogou.
Aqui em Curitiba , ninguém nunca esqueceu da genialidade do atacante Zé Roberto. Seus porres e suas noitadas eram famosas em toda Curitiba. Todos torcedores sabiam das festas no antigo Moon Light. Quantos diretores do Atlético e depois do Coritiba tinham que o buscar na boate para colocar o Zé Roberto em ordem para o jogo? Uma ducha de água fria e algumas horas de um bom sono e o Zé Roberto estava pronto para nos brindar com as suas jogadas extraordinárias.
Pouco tempo depois também nos tempos das vacas magras, magérrimas, todo cuidado era pouco com as contas nos hotéis para um dos diretores do Atlético. Os jogadores eram obrigados a assinar todos os seus pedidos à cozinha ou ao bar do hotel para que o diretor tivesse certeza do que foi consumido e aí efetuasse o pagamento. Mas, um detalhe chamava-lhe a atenção: a quantidade crescente de ovos cozidos que os jogadores consumiam na concentração. E o atacante Liminha era o que mais consumia. Quando a conta de ovos cozidos chegou a um número totalmente absurdo o diretor não teve outra alternativa senão de chamar o Liminha em particular pedindo explicações para 36 ovos em uma única noite. E o garoto com seu jeito simplório não teve como negar que eram "cubas" que o garçom do hotel anotava como se fossem ovos cozidos.
E isto não é só coisa de país do terceiro mundo pois o maior jogador da história do futebol da Irlanda do Norte e grande ídolo do Manchester United nos anos 60 e 70, o ex-atacante George Best foi internado em estado grave num hospital de Londres nestes dias. Alcoólatra desde os tempos de jogador, Best, hoje aos 59 anos, passou por um transplante de fígado em 2000. Na época, o atacante, considerado o melhor da Grã-Bretanha na história, chegou a ganhar comparações com Pelé.
Quem não ouviu historias do que aprontava quase todo o time atleticano de 1997 que tinha como líder o Paulo Miranda? O Lidô e o Metrô que contem as histórias. E foi um time vitorioso...
Daqueles tempos pra cá quase nada mudou. Sempre vai ter um "pudim de cachaça" no meio de outros atletas. Em 2001 o atacante Alex Mineiro e o Nem eram os que mais fama tinham. Alex Mineiro quando emprestado ao Atlético Mineiro ouviu o Mineirão lotado gritar : Alex Mineiro - 100% cachaceiro. Mas, não podemos esquecer que foi com Nem e Alex Mineiro que o Atlético dos paranaenses conquistou o título de campeão brasileiro em 2001. Até Rogério Correa sofreu perseguição implacável da Tribuna do Paraná (Rodrigo Sell) o indispondo com a torcida pela sua vida noturna.
Quantas histórias de jogadores que pulam muros das concentrações para descarregar o estresse no bar mais próximo? Tem historias até de garotos que recém iniciaram como profissionais. E o Jadson garoto prodígio, dono de um futebol espetacular? Será que tudo o que contam é verdade? Eu acredito que sim.
Interessante é que quando um Romário pula do primeiro andar de um hotel pra fugir no dia anterior de uma decisão de título mundial pela Seleção brasileira isso é motivo de muitas risadas. Ele pode! Se o torcedor encontra o baixinho sábado antes do jogo em uma das boates cariocas ainda vai pedir autografo e quer foto com ele abraçado. Mas, se o torcedor enxergar um Jancarlos (só pra exemplificar) tomando uma cerveja numa noite de segunda feira isto seria motivo para denuncias em rádios, ofensas no estádio...
Mas, o que mudou é que hoje os jogadores tem muito mais consciência de quando eles podem aprontar, tomar um porrete, ou fazer uma "festa". Eles são conscientes que sua vida profissional é extremamente pequena comparada a outras profissões. O Atlético controla seu rendimento e desempenho físico.
Se coloque no lugar deles após uma concentração de 3 dias e um jogo desgastante; Você iria ou não se refazer , tirar todo o estresse , tentar esquecer torcedores que te vaiaram e sair pra relaxar enfim se descontrair ? Um porrete no domingo após um jogo seja com uma vitória ou mesmo numa derrota queiram ou não é um direito do jogador que assim o quiser. Mesmo em dia da semana sair com a amada e tomar umas cervejas não tem nada demais.
A média de idade dos jogadores do Atlético é de 22 anos. Vocês já imaginaram que esses garotos também gostam de dançar? Que eles também precisam conhecer garotas pra não ficar no "5 por 1"?
O jogador de futebol normalmente de idade igual ou menor que a sua, não tem a sexta ou o sábado para ir à baladas. Você leitor tem essa possibilidade. O jogador de futebol não pode numa festa dar um tapa na macaca porque aparece no exame anti-doping. O jogador de futebol não pode dar uma cafungada no baygon porque aparece no exame anti-doping. Eles, jogadores, só tem a possibilidade de descontrair com uma cerveja gelada ou um bom uísque. E quem não gosta? Agora é justo chamar eles de bêbados? E se eles chamassem torcedores de chapados? Por tudo isso acho que qualquer comentário os censurando é hipocrisia. (Grifo meu)
A torcida tem que ficar atenta aos excessos, mas não pode perseguir jogadores como foi feito com Nem, Rogério Correa, Flavio, Ilan, Kleber, e vários outros. Não pode ter excessos nem dos jogadores com seguidas bebedeiras e muito menos dos torcedores desestabilizando e prejudicando o grupo.
Seria passível de punição pela legislação anti-trocadalhos dizer que a Alforria é doce. Também seria um pouco exagerado, porque a Alforria Ouro, que degustei ontem pela milésima oitava vez (segundo o garçom do São Cristovão), não é tão mais doce do que várias outras apaga-tristezas comentadas por aqui.
Fuçando o site Futebol Interior, fiquei sabendo que o esforçado volante Ramalho (foto), que estava no São Paulo e voltou mês passado para o Santo André, foi emprestado agora para o Beitar Jerusalém, de Israel. Além dele, o time conta com Tuto, artilheiro da Ponte Preta no último Brasileiro, com 11 gols, e Schwenck, artilheiro do Figueirense na mesma competição, com 14 gols. A equipe israelense, que ocupa a liderança do campeonato local, é sustentada pelo milionário russo Aikadi Gardamach. Se sair do MSI, Kia Joorabchian já tem para onde mandar currículo...
Confesso que fico impressionado com a queda fulminante de alguns clubes. O Guarani de Campinas, por exemplo: pela série A-2 do Paulista, empatou no fim de semana com o fraco Bandeirante de Birigüi, em casa, e permanece na zona de rebaixamento, rumo à terceira divisão. No Brinco de Ouro, diante de sua torcida, já perdeu para o raquítico Oeste de Itápolis e depois empatou com o também fraco Taquaritinga. Completando a horripilante campanha de 2 pontos em 4 jogos, foi derrotado pela decadente Portuguesa na capital.
Como o nível do futebol não anda lá essas coisas mesmo na primeira divisão, assistir a jogos da segunda do Paulista vale mais para rever alguns jogadores que tiveram sorte melhor no passado do que exatamente para tentar garimpar algum novo talento. Obviamente, de acordo com a partida, são também jogos emocionantes, com chances desperdiçadas de cada um dos lados e até um lampejo ou outro de boa jogada.
Nesse domingo, Portuguesa de Deportos e Portuguesa Santista disputaram um jogo em horário de Desafio ao Galo, às dez da manhã, no Canindé. Terminou em 1 a 1, e foi interessante por poder lembrar de alguns quase ex-jogadores e de outros que ainda almejam algo no futebol. Creio que, nesse último caso, está o volante Marcos Paulo, de 29 anos, que está na Lusa da capital. Com passagens por Guarani, Cruzeiro e até seleção brasileira, após uma temporada na Ucrânia e ainda atuando bem, usa a equipe para alcançar sorte melhor em breve.
Por outro lado, a mais Briosa de Ulrico Mursa, vulgo Portuguesa Santista, tinha Axel. Aquele mesmo, revelado pela própria equipe lusa e com passagens por Santos e São Paulo. Nesses times grandes, era um bom volante, sabia chegar bem no ataque e chegou a jogar na zaga. Mas, adquiriu um duvidoso gosto pela violência e passou a sofrer com a arbitragem. Vagou e voltou ao seu time de origem. Não aguentou o ritmo de jogo e foi substituído no intervalo.
No entanto, o que mais me trouxe lembranças foi o capitão da Lusa Praiana. O meia Marcelo Passos, agora com 36 anos, estreou no Santos como uma grande promessa, fez três gols em sua estréia na equipe profissional, ams nunca engrenou de fato. Jogou ótimas partidas, mas sua irregularidade fez com que fosse emprestado. Depois, retornou à Vila e teve, na campanha da equipe no Brasileiro polêmico de 1995, um papel fundamental.
Naquele ano, no último jogo do segundo turno, o Santos precisava vencer o Guarani para garantir uma vaga nas semifinais do campeonato. O único que pdoeria tirar o lugar do time da Vila era o Atlético Mineiro, que enfrentava o Vitória da Bahia no Mineirão. Para "estimular" o Guarani, além da tradicional denúncia de mala preta, mal disfarçada pela esquadra campineira, até mesmo uma rede de eletro-eletrônicos ofereceu televisões 29 polegadas - à época muito caras - para o Guarani empatar com o Santos.
O Bugre jogou todo atrás. Com uma garra incomum pra campanha medíocre que tinha feito. Aguentou, aguentou, até que, aos 39 do segundo tempo, Marcelo Passos recebeu em um local do campo que ele conhecia bem: o lado direito antes da entrada da grande área. Tanto em bolas paradas como com ela em movimento, acertava tiros certeiros daquele lugar. E assim foi. Acertou um belo chute no ângulo do goleiro bugrino. Giovanni marcaria mais um nos acréscimos. Já na final, na segunda partida, também anotaria o gol de empate do Santos contra o Botafogo. E cobrou a falta para o gol legítimo de Camanducaia que Márcio Rezende de Freitas anulou. Ali, jogava com a cinco, já que entrara no lugar do volante Gallo, suspenso, e o Santos, além de jogar com dois pontas, não contava com um primeiro volante de ofício naquela partida. Sem dúvida, uma ousadia do treinador Cabralzinho.
Por conta do vice-campeonato, não entrou para a história do Santos como um ídolo. Mas sempre tive por ele simpatia pela sua trajetória no time. Aliás, em tempo. O gol de empate da Briosa saiu de uma cobrança de escanteio pela esquerda, no primeiro pau, perfeita para o cabeceio e o gol. Quem cobrou foi Marcelo Passos.
Apesar de o Futepoca ter bem definida a temática em suas sílabas, peço licença para falar de algo que lhe foge um pouco.
O suíço Roger Federer chega a mais uma final de Grand Slam. E sem deixar nenhuma margem a dúvidas: destruiu, por três sets a zero, o freguês norte-americano Andy Roddick, com parciais de 6-4, 6-0 e 6-2 em uma hora e 23 minutos. Roddick que não é nenhum bobo na quadra, diga-se. Em semifinais de torneios de grande importância, como o Aberto da Austrália (um dos quatro mais importantes do mundo), um jogo de semifinal de 83 minutos, como Federer x Roddick, é incomum. Os frios números do placar não revelam, claro, o arsenal de jogadas maravilhosas que resumem talvez o repertório mais completo já visto no tênis. A pergunta que não quer calar é: até onde chegará Roger Federer?
O atual líder do ranking da ATP vai enfrentar na final (06:30 de domingo) o chileno Fernando González, que não deverá ser páreo para o atual número um do mundo. Façamos uma ressalva: no tênis, como no futebol, nem sempre ganha o melhor. No caso de Federer, porém, cabe uma ressalva da ressalva: quase sempre ganha o melhor.
Mitos
As marcas de Federer impressionam. Sua última derrota em Grand Slam foi para Rafael Nadal, em maio de 2005, em Roland Garros (Paris). A final em Melbourne é sua sétima consecutiva. Com apenas 24 anos, ele tem dez títulos de Grand Slam e está a apenas quatro de Pete Sampras (14), o recordista. (Há uma curiosa coincidência, até aqui, entre ambas as carreiras: é que nenhum dos dois conseguiu vencer no saibro de Roland Garros, onde Gustavo Kuerten foi tricampeão – tarefa ainda ao alcance do suíço, mas não mais do norte-americano).
Federer tem 45 títulos no circuito profissional. Sampras encerrou a carreira (em 2002) com 64. Infelizmente, Sampras já parou e só houve um duelo entre esses dois formidáveis tenistas. Mas, felizmente, eu tive o privilégio de assistir a esse embate memorável. Foi em 2001, na grama de Wimbledon, considerado um templo sagrado do esporte. Na ocasião, o então novato Roger Federer, com 19 anos, eliminou o mito Pete Sampras por 3 sets a 2, com parciais de 7-6, 5-7, 6-4, 6-7, 7-5. Terminou o jogo às lágrimas. Começava, então, a nascer um novo mito.
Editoriais do Estadão depois dos casos do "túnel da Marta" e do "buraco do Metrô". Os comentários ficam para os companheiros.
PRESSA E INÉPCIA SE UNIRAM PARA TORNAR PRECÁRIO O TÚNEL REBOUÇAS (15/01/05)
Quem errou vai pagar, avisou o prefeito José Serra durante visita, na semana passada, ao Túnel Jornalista Fernando Vieira de Mello, na Avenida Rebouças, construído às pressas pela administração Marta Suplicy para ser inaugurado às vésperas das eleições. Na primeira chuva intensa de novembro, a passagem foi invadida pelas águas e se transformou num piscinão. De lá para cá, a cada precipitação forte, o acesso ao túnel – construído para dar maior fluidez ao tráfego no cruzamento com a Avenida Faria Lima, ao custo de R$ 97,4 milhões – é fechado e o trânsito se torna pior do que antes da obra.
Agora, atendendo a pedido do prefeito, engenheiros do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), da Escola Politécnica da USP, do Instituto de Engenharia e da Secretaria de Infra-Estrutura e Obras apresentaram relatório sobre os problemas de execução do túnel. O secretário municipal de Infra-Estrutura e Obras, Antônio Arnaldo de Queiroz e Silva, afirmou que a pressa foi inimiga da qualidade. A galeria de águas pluviais, construída ao lado da passagem subterrânea, foi feita com tubos de PVC e areia em vez de concreto, material muito mais resistente.
A análise dos técnicos do IPT aponta para deformações, rachaduras, remendos, assoreamento e infiltrações na galeria. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o vice-presidente da Construcap, contratada pela empreiteira Queiroz Galvão para executar as obras, admitiu que “a técnica construtiva foi escolhida por causa da exigüidade do prazo imposto pela Queiroz Galvão”. Segundo ele, tudo foi feito em menos de 40 dias, com os operários trabalhando de madrugada para não atrapalhar o tráfego. Capobianco lembra que a Emurb autorizou o uso do material.
Identificadas as falhas de execução, o prefeito José Serra quer agora que os responsáveis pela obra realizem as reformas imediatamente, sem que a administração municipal desembolse um único centavo.
O contrato firmado entre a Prefeitura e a construtora Queiroz Galvão, em 2003, estabelecia o prazo de 18 meses para a entrega do túnel. No primeiro semestre de 2004, o governo petista alterou os planos para inaugurar a obra em novembro. Alegando dificuldades técnicas, mudou o padrão de construção. A decisão elevou em 47% o preço da obra, cujo ritmo foi acelerado, permitindo que fosse inaugurada em setembro.
Tanta correria numa construção complexa, a poucos metros do Rio Pinheiros, não poderia ter outro resultado. Há décadas, nas ocorrências de chuvas fortes, as ruas próximas do túnel apresentam alagamentos por causa das galerias subdimensionadas e da impermeabilização do solo, que leva as enxurradas em grande velocidade em direção ao Rio Pinheiros, onde não conseguem desaguar e há o refluxo pelas bocas-de-lobo.
O prefeito acerta ao cobrar o trabalho bem-feito dos responsáveis pela obra. Além dos riscos trazidos pela inundação do túnel, as falhas na execução da obra comprometem a segurança do corredor de ônibus. Segundo o secretário de Infra-Estrutura e Obras, Antônio Arnaldo de Queiroz Filho, a deformação excessiva da tubulação pode provocar o solapamento do piso do corredor.
A administração Marta Suplicy prometeu fazer da Rebouças uma avenida-modelo, com o corredor do Passa-Rápido, um belo projeto paisagístico e a passagem subterrânea, que acabaria com um dos principais gargalos do trânsito na região.
Ocorreu, de fato, grande mudança na avenida que, atualmente, parece um cenário de guerra. Um dos mais nobres corredores da cidade está sem calçadas e tomado por entulhos. O projeto paisagístico se perdeu, com as plantas emaranhadas, sem os cuidados necessários, e o trânsito continua complicado. E assim ficará por bom tempo. Afinal, as reformas do que foi feito às pressas vão ser iniciadas, haverá bloqueio de duas faixas da Rebouças e carros e ônibus terão de se espremer em apenas 5,7 metros de via. O fechamento das pistas permitirá que 3,5 mil veículos trafeguem por hora na Rebouças, quando o movimento normal é de 4,5 mil.
Por conta dos caprichos e da irresponsabilidade da administração passada, os moradores de São Paulo voltarão a enfrentar transtornos ainda maiores no trânsito.
O que importa é amparo às famílias das vítimas e indenizar os danos
(16/01/2007)
Os prejuízos causados pela abertura de enorme cratera provocada pelo deslizamento de terra nas obras da Estação Pinheiros do Metrô às famílias que residiam em ruas próximas e o drama vivido pelos parentes das vítimas fatais justificam as reações emocionadas registradas pela imprensa e exigem providências urgentes no sentido de reduzir o sofrimento dessas pessoas e, nos casos em que isso for necessário, reparar os danos materiais que elas sofreram.
As imagens do acidente não deixam dúvidas quanto a sua gravidade. Diante delas, é natural que cresça o clamor popular pela apuração das causas e das responsabilidades pelo acidente. Mas, dadas as características do deslizamento, não será fácil determinar suas causas e, em seguida,
identificar possíveis responsáveis. Caberá ao Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) conduzir as investigações que serão comandadas pelo presidente do órgão, engenheiro civil Vahan Agopyan.
Embora não seja possível minimizar a gravidade do acidente, é preciso observar que, apesar de sua complexidade, que envolve muitos riscos, as obras do Metrô paulista têm um histórico de segurança. Em mais de três décadas, este é o primeiro acidente de maior gravidade. As empresas que compõem o Consórcio Linha Amarela, responsável pelas obras da Linha 4, na qual ocorreu o deslizamento na semana passada, têm uma folha de serviços prestados no País e no exterior que não deixa dúvidas quanto a seu preparo técnico para o trabalho.
Foi simplista, é verdade, sua primeira tentativa de explicação do acidente, atribuindo-o ao excesso de chuvas. A ocorrência de intempéries deve ser levada em conta em qualquer obra, com mais razão nas mais complexas e extensas, como são as do Metrô – e com certeza foi prevista também neste caso.
Também não parecem ter sido suficientes as providências que adotaram desde a véspera do deslizamento, quando operários detectaram um pequeno afundamento na laje superior da estrutura, que formaria o teto da estação. Os responsáveis pela construção não consideraram necessário suspender a obra.
Quando a situação chegou a um ponto crítico, tiveram tempo de evacuar o local, o que evitou o soterramento de operários da obra. As vítimas até agora registradas eram pessoas que passavam pela rua ao lado do poço do Metrô.
São precipitadas as afirmações de que o acidente teria sido resultado da pressa com que, por razões políticas, as obras estariam sendo executadas. Do ponto de vista político, só interessaria ao governo uma aceleração da obra se sua conclusão pudesse influir em decisão do eleitorado. Não é, evidentemente, o caso das obras da Estação Pinheiros.
Além disso, é preciso desde já desarmar qualquer tentativa de buscar razões ideológicas como já se ensaiou em um espetáculo constrangedor na televisão e no rádio. Dirigentes da entidade sindical dos metroviários – que se opõe ferrenhamente à transferência das operações da Linha 4 para grupos privados, pois isso implicará o questionamento de muitos privilégios de que gozam os funcionários da Companhia do Metrô – não hesitaram em dizer que o deslizamento é conseqüência do açodamento com que o governo do Estado quer privatizar a nova linha.
Para os familiares das vítimas, o trabalho dos bombeiros de resgate dos corpos dos mortos na tragédia do Metrô parece angustiantemente lento. Entende-se seu sofrimento, mas esta é uma operação que precisa ser feita com cuidado, para que novos deslizamentos não ocorram. É certo que o acidente de sexta-feira passada prejudicará o cronograma de obras da Linha 4.
Mas ele não deve servir de argumento para mais atrasos nessas obras, das quais a cidade necessita urgentemente, nem, muito menos, para colocar em questão a qualidade desse serviço, no qual a população paulistana deposita tanta confiança. O que se espera é que se tomem as providências necessárias para que a inadiável expansão da ainda modesta malha metroviária se faça com a maior rapidez e, como sempre, até este acidente, com a maior segurança.
Do blog do Dirceu: "Não entendi bem o minueto dançado, apesar do frio e da neve, pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, e pelo presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, sob a batuta do presidente Lula. A quem querem enganar?"
Ele se refere à uma entrevista à imprensa concedida pelos dois, um ao lado do outro, em Davos, na Suíça. Realmente foi patética.
Depois, critica a direção do BC que privilegia aos rentistas e ao sistema financeiro, escreve: "Se a maioria da diretoria do BC não concorda com o PAC, então estamos diante de uma nova falsa polêmica. Será que estou completamente errado, e Meirelles é quem está certo? Salvem o Brasil."
O goleiro Cassio, da seleção sub-20, embora esteja longe de ser uma unanimidade (falhou no jogo contra a Argentina, foi "cazar mariposas" em um dos gols, segundo um jornal portenho), vem ganhando destaque graças a suas atuações no Sul-americano da modalidade. Defesas dificílimas à queima-roupa e até mesmo pênalti defendido, além da saraivada de finalizações que recebe a cada partida graças à péssima defesa brasileira, colocaram o jovem arqueiro em evidência e tem lhe garantido elogios de alguns famosos.
O ex-goleiro do Flamengo e da seleção argentina Ubaldo Fillol, segundo informações do site Terra, considera o goleiro gremista o melhor da competição. Ganha ainda mais destaque se considerarmos seus companheiros de equipe, que tem jogado muito pouco em todo o torneio. A sorte - algo que não falta a esse time - é que os adversários estão em um nível ainda mais sofrível.
No entanto, o interessante da história de Cássio é como ele chegou a ser titular da seleção. Ele não estava presente na convocação inicial do treinador Nelson Rodrigues, e foi convocado graças ao corte de Felipe, do Santos, pego no exame antidoping. Já na seleção, juntamente com Edgar, foi o único que não sofreu com um surto de gastroenterite que atacou os atletas da seleção brasileira. O goleiro Muriel, do rival Inter, foi um dos que sofreu mais com tal doença, tendo cedido o lugar antes para Cássio, por conta de dores musculares.
Seu companheiro de Grêmio, Marcelo Grohe, titular do time em boa parte do ano passado, vinha sendo convocado seguidas vezes e tinha lugar certo na seleção. Porém, se contundiu no fim de 2006 e não pôde ir até o Paraguai. Na pré-temporada do time gaúcho, ainda sofreu nova contusão, dessa vez um entorse no tornozelo. Curioso é que Grohe também assumiu a condição de titular do Grêmio graças à contusão de Galatto. Com tantos acasos a seu favor, se é verdade a máxima de que goleiro bom tem que ter sorte, Cássio logo, logo será titular da seleção principal.
A seleção brasileira de juniores garantiu ontem a classificação para o Mundial do Canadá, em julho deste ano. Na partida dramática partida contra os fracos donos da casa, Danilinho, do Atlético Mineiro, fez o gol da vitória, num chute desviado, aos 43 do segundo tempo, garantindo a vitória simples. O Paraguai, com apoio de uma pequena e desmotivada torcida, está eliminado, assim como a Colômbia, próximo adversário da seleção canarinho.
O resultado trouxe também a liderança isolada da competição. Empates do Uruguai com Chile (1 a 1) e da Argentina com a Colômbia (oxo, como diria meu avô) abriram caminho. Agora, o título sul-americano e a classificação antecipada para os Jogos de Pequim só dependem dos esforços brasileiros.
Alexandre Pato, a promessa do Inter de Porto Alegre, louvado por locutores e comentaristas a cada vez em que chega perto da bola, tomou o segundo cartão amarelo e está suspenso da última partida. A dupla de zaga composta por Eliezio (segundo amarelo) e David (expulso) tampouco estará em campo.
O jogo foi mais ou menos. O goleiro Cássio, do Grêmio, fez grandes defesas e evitou um vexme. O meia William jogou bem e Pato ficou apagado, embora até tenha procurado a bola. Depois de tomar o cartão, ficou visivelmente irritado com a punição. Diga-se que ela foi bem questionável, já que a advertência foi dada pelo árbitro depois de duas faltas duvidosas, mas que já mostravam um "excesso de vontade" do jovem-boleiro. Por isso, aparentemente, o técnico Nelson Rodrigues sacou o atleta. Deu sorte de Danilinho ter marcado e livrado-lhe a cara.
O time continua não sendo grandes coisas, mas tá mais difícil perder do que levar a taça para casa. Mas se o pessoal se esforçar...
Curiosa retranquinha do Lance! diz que o atacante Leandro (foto), do São Paulo, vai jogar pendurado hoje, contra o Paulista de Jundiaí, porque tomou cartão amarelo nos dois primeiros jogos do Paulistão. Até aí, nada de mais. Só que o jornal prossegue: "Leandro (...) não será advertido pelo treinador por causa dos dois cartões. Ao contrário. Como no atual esquema tático o jogador tem uma importante função na marcação, Muricy não se importa em vê-lo fazendo faltas. (...) 'Não farei nenhum pedido ao Leandro', completou o técnico tricolor". Tradução livre: "-Pode bater à vontade! Desce o sarrafo, Leandro!".
(Ou O mito da cachaça Havana - parte 2...)
Conversando com um amigo que já trabalhou na divulgação de bebidas internacionais (uísques e vodcas da gringolândia), ouvi reclamações contra a Havana, a xambirra mais cara e famosa, que fez de Salinas, em Minas Gerais, a terra da caninha.
O argumento do fi3gura, que vive do marketing, era seu desgosto de pagar por uma bebida embalada numa garrafa cor de caramelo, típica de cervejas, que tem o mesmo rótulo há 40 anos valor igual ou superior ao gasto num exemplar de uma marca que investe milhões em publicidade pelo mundo.
Cada um valoriza seu ganha-pão. Mas como defensor do melhor destilado do mundo – a que matou o guarda – fiquei tentando convencer o cara de que o preço tinha razão de ser. Confesso que o objetivo inicial era, de repente, ganhar uma garrafa de presente, mas terminei com uma certa repulsa para comigo mesmo. Ou pelo menos para uma das minhas personalidades manguaças.
Anísio Santiago virou mito junto de sua bebida. Suas histórias se confundem. Os métodos novos criados pelo cachaceiro -- que só produzia, porque beber que é bom, era só cerveja -- não durariam 60 anos sem estrutura de segredos industriais.
Isso quer dizer que pode até haver produtores que façam garapa-doida com o mesmo procedimento ou com qualidade semelhante. Mas ninguém consegue vender tão caro por alguns motivos.
Trabalhar com uma produção pequena ajuda. A escassez de oferta com excesso de procura eleva preços.
Mas Anísio Santiago, segundo o livro de Roberto Santiago, sobrinho do mestre alambiqueiro, contou com uma ajuda a mais. A restrição de acesso ao alambique e o pagamento do salário dos funcionários em garrafas promoveu a melhor rede de distribuição e comercialização.
Os principais interessados em convencer a Deus e ao mundo das qualidades do mé que tinham em mãos, era cada um dos funcionários manguaças. Quanto mais valiosa cada garrafa, maior o ordenado mensal.
Quando terminei a explicação, fiquei com medo de que ele começasse a traçar paralelos, que estendesse minha teoria mirabolante para empresas "mudernas". Fiquei com medo de que ele dissesse que um bom produto precisaria ter funcionários que vestissem a camisa até na divulgação fora do trabalho...
Ao vislumbrar tudo isso, senti um arrepio de nojo de mim mesmo. Mudei de assunto e passei a reclamar da temperatura da cerveja que estavam servindo. Credo.
Eleições são sempre polêmicas. Ainda mais aquelas em que a maior parte dos interessados é sumariamente excluída. No caso das realizadas pela Fifa, em função de tocar em assunto tão caro à boa parte dos seres humanos, a situação agrava-se ainda mais. E dessa vez mexeram com a posição mais delicada de qualquer time de futebol.
Ontem, a entidade máxima do ludopédio divulgou o resultado da escolha dos melhores goleiros de 2006. Especialistas (seja lá o que isso signifique) de 89 países diferentes de todos os continentes puderam participar do pleito. Eleito pela terceira vez – já havia ganho em 2003 e 2004 – o eleito foi Gianluigi Buffon, com 295 pontos. Como titular da seleção campeã do mundo, a Itália, já era de se esperar a escolha.
Mas, na minha modesta opinião, o melhor ficou
O melhor não-europeu da lista foi Rogério Ceni, que ficou em sexto lugar com 39 pontos, um a mais que Ricardo, titular de Portugal na Copa, e cinco a mais que Dida, do Milan, que em 2005 alcançou o segundo posto. Curioso é ver na lista dos 20 maiores goleiros, alguns que não contam com a fama de grandes “pegadores” como o francês Fabien Barthez, que hoje está sem clube (quem se habilita?) e outros não amplamente conhecidos, como Oswaldo Sánchez, titular do México e que, na lista oficial, ainda consta como goleiro do Chivas Guadalajara, embora tenha se transferido no final de 2006 para o Santos Laguna. Para o dileto futepoquense, quem faltou na lista?