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sexta-feira, janeiro 26, 2007

Peço licença para perguntar: qual o limite de Roger Federer?

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Apesar de o Futepoca ter bem definida a temática em suas sílabas, peço licença para falar de algo que lhe foge um pouco.

O suíço Roger Federer chega a mais uma final de Grand Slam. E sem deixar nenhuma margem a dúvidas: destruiu, por três sets a zero, o freguês norte-americano Andy Roddick, com parciais de 6-4, 6-0 e 6-2 em uma hora e 23 minutos. Roddick que não é nenhum bobo na quadra, diga-se. Em semifinais de torneios de grande importância, como o Aberto da Austrália (um dos quatro mais importantes do mundo), um jogo de semifinal de 83 minutos, como Federer x Roddick, é incomum. Os frios números do placar não revelam, claro, o arsenal de jogadas maravilhosas que resumem talvez o repertório mais completo já visto no tênis. A pergunta que não quer calar é: até onde chegará Roger Federer?

O atual líder do ranking da ATP vai enfrentar na final (06:30 de domingo) o chileno Fernando González, que não deverá ser páreo para o atual número um do mundo. Façamos uma ressalva: no tênis, como no futebol, nem sempre ganha o melhor. No caso de Federer, porém, cabe uma ressalva da ressalva: quase sempre ganha o melhor.

Mitos
As marcas de Federer impressionam. Sua última derrota em Grand Slam foi para Rafael Nadal, em maio de 2005, em Roland Garros (Paris). A final em Melbourne é sua sétima consecutiva. Com apenas 24 anos, ele tem dez títulos de Grand Slam e está a apenas quatro de Pete Sampras (14), o recordista. (Há uma curiosa coincidência, até aqui, entre ambas as carreiras: é que nenhum dos dois conseguiu vencer no saibro de Roland Garros, onde Gustavo Kuerten foi tricampeão – tarefa ainda ao alcance do suíço, mas não mais do norte-americano).

Federer tem 45 títulos no circuito profissional. Sampras encerrou a carreira (em 2002) com 64. Infelizmente, Sampras já parou e só houve um duelo entre esses dois formidáveis tenistas. Mas, felizmente, eu tive o privilégio de assistir a esse embate memorável. Foi em 2001, na grama de Wimbledon, considerado um templo sagrado do esporte. Na ocasião, o então novato Roger Federer, com 19 anos, eliminou o mito Pete Sampras por 3 sets a 2, com parciais de 7-6, 5-7, 6-4, 6-7, 7-5. Terminou o jogo às lágrimas. Começava, então, a nascer um novo mito.

8 comentários:

Glauco disse...

Só uma correção, Edu. O Federer foi derrotado sim pelo Nadal em 2005, em uma semifinal de Roland Garros, mas foi derrotado novamente pelo mesmo Nadal em 11 de junho de 2006, na final de Roland Garros, quando o espanhol chegou a impressionante marca de 60 vitórias consecutivas no saibro (a maior de todos os tempos nesse tipo de piso).
Federer pode - e deve - bater uma série de recordes sim, até porque é fantástico. Mas, como admirador de outra modalidade, fica uma questão. Por que, quando se fala nos inúmeros recordes de Schumacher na Fórmula 1 - esse um esportista imbatível na quase totalidade dos quesitos que interessam - alguns dizem que ele "não teve grandes adversários" e, quando se trata do Federer, por exemplo, não se faz o mesmo tipo de comparação?

Edu Maretti disse...

É verdade, Glauco, brigado pela correção. Quando eu disse que "A final em Melbourne é sua (de Federer) sétima consecutiva", viajei que era a sétima VITÓRIA consecutiva, e não a sétima FINAL consecutiva. Deve-se, aliás, registrar que no "head to head", Nadal leva uma vantagem sobre Federer de 6 a 3.
Quanto à questão Schumacher x Federer, acho que é forçar a barra. O tênis é um esporte individual: é o cara, sua raquete, seu talento, seu momento e muito sua mente no momento do jogo.
Na Fórmula 1, como se diz, há um “conjunto”, que ultrapassa o ser humano: carro, motor, patrocinador, pneu, política etc. Por isso há quem ache, como Juca Kfouri, que a F1 nem esporte é. Eu discordo, acho que é esporte. Mas, na Europa (como me diz um amigo aficcionado pela F1), não tem essa de se torcer para piloto "brasileiro", alemão", "italiano"... Lá se torce para a McLaren, para a Ferrari, para a Williams. O tênis é um esporte individual, a F1 não é. Por isso, acho que o mérito de Federer é muito maior do que o de Schumacher, por exemplo.

Anônimo disse...

Olá, não encontrei um endereço de e-mail para entrar em contato com os autores deste blog. Estou fazendo um trabalho de pós-graduação e gostaria de ter algumas informações sobre os autores, tais como profissão (o link de perfil não trás informações), e pedir como a audiência pode interagir com vcs, apenas pelos comentários? Achei o blog bem interessante.

Glauco disse...

Não quis comparar as modalidades e sim a apreciação dos respectivos atletas como excepcionais. Muitos acham que Schumacher não tem muito mérito (sic) porque não teria adversários como teria Senna, por exemplo. Deixo claro que não concordo com tal argumento, mas, se formos aplicar o mesmo raciocínio em relação ao Federer, não seria plausível?

Edu Maretti disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Edu Maretti disse...

Seria, Glauco, mas reafirmo: acho difícil comparar um atleta cuja performance depende só dele com um outro que depende da conjunção de fatores tecnológicos complexíssimos.
Considerando só o raciocínio da comparação puro e simples, ainda assim discordo: na minha opinião, a hegemonia de Schumacher se deve à falta de nível de seus competidores (uma hegemonia negativa, digamos) e ao fato de ele ter competido durante vários anos de sua hegeminia no melbor carro indiscutivelmente; no caso de Federer, acho que, ao contrário, me parece que ele está de fato acima do nível dos outros. O cara que está mais próximo dele, Nadal, está a 3.500 pontos abaixo, no ranking. Sua vitória contra o grande Sampras (vide post) aos 19 anos, em Wimbledon, onde o americano era fudido, é uma prova disso...

Edu Maretti disse...

Rafael, clicando no meu nome, aparece o link e-mail, em azul, à esquerda. De qualquer maneira, meu e-mail é edumaretti@hotmail.com.

Ahmed Hamdy disse...

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