Destaques

segunda-feira, julho 09, 2007

"O Somália é foda, velho..."

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Num posto de gasolina em Barueri (SP), uma televisão 29 polegadas posicionada sobre a porta de entrada do lado externo da loja de conveniência. Sintoniza a partida entre Santos e Cruzeiro, pelo Brasileiro, na Globo.

Abaixo dela, com garrafas de cerveja de 350 ml, estão quatro manguaças. Um é um bloco, grande e gordo, de bone pirata Diesel, outro alto de cabelo militar e dois que se revezam em risadas altas.

— Trabalhava na Bauducco, ganhava 4,80 por hora — explica o de cabelo militar — O Zé também tinha trampado lá, tá ligado, e eu fui indicado dele.

O Zé não está presente. O Zé, parece ter moral. O de boné da Diesel ignora, volta a tirar sarro. Por seu porte, puxa as risadas dos outros dois, ironizando como burrice a posição do interlocutor.

Na TV, Jonas tenta mais uma tabela de efeito para o time da Baixada, erra o passe e arma contra-ataque do Cruzeiro, que pára no meio de campo. Jonas acha que joga mais bola do que joga.

A discussão entre os manguaças no posto chegou naquele pé, como desdobramento do assunto anterior. Seguranças de uma boate de garotas de programa, os quatro calculavam se pagariam ou não o preço cobrado pela que parecia ser a musa da casa. A reminiscência salarial era decorrência de uma diferença nos rendimentos do ex-Bauducco, que ganhava menos por hora do que os colegas com mais tempo de casa e que dizia não poder incoroporar um gasto daqueles. Dizia isso antes mesmo de discutir se valeria ou não à pena o preço, se era ou não justo sobre parâmetros que os outros não apresentavam.

Os outros discordavam. Tinham passado alguns minutos apresentando "lances" de quanto pagariam num leilão sem sentido onde, entre interjeições e valores, nada estava exatamente à venda (pelo menos para aquele público), nem havia capital para pleiteá-lo.

— Ela faz dois sites — lançou um dos risonhos, em referência a páginas de internet que exibem fotografias de garotas de programa com fotos e comentários de clientes.

— A mina sai só de carrão — concordou o outro sobre o público da tal garota que, àquela altura, parecia nem existir.

A disputa de preços entre risadas parou quando o de cabelo militar, que não dava seus preços, começou a se justificar.

Aos 26 minutos da primeira etapa, "tem gol no Pacaembu", avisa o locutor. Somália havia aberto o marcador na partida contra o Corinthians. Acossado, o de cabelo militar, que terminava de justificar seu salário, ainda constrangido, encontra a deixa.

— O Somália é foda, velho...

domingo, julho 08, 2007

De onde vieram os gols?

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O Brasil derrotou o Chile na noite de ontem pelo inacreditável placar de 6 a 1. No melhor estilo três vira seis acaba.Os gols foram marcados por Juan, Julio Baptista, Vágner Love, Josué e Robinho, que fez dois e é o artilheiro isolado da Copa América.

Dessa vez, dá pelo menos para dizer que o futebol em campo. Não que tenha sido uma exibição espetacular, longe disso. O time ainda joga com 4 volantes (embora Julio Baptista tenha atuado um pouco como meia - afe), essa maravilha produzida pelo anão. Diego? Quem é Diego?

É que, dessa vez, o Chile desisitiu de jogar futebol. Desde o começo, diga-se. Se antes era o Brasil que perdia divididas, não conseguia manter a posse da bola e não conseguia dar mais que três passes certos seguidos, tudo isso mudou para o Chile.

Pode ser que a manguaçada e o quebra-quebra promovidos por cinco atletas dois dias antes do jogo tenha influenciado o time chileno. O caso virou um escândalo e deve ter estremecido o clima na equipe.

Claro que não dá para colocar a responsabilidade toda pela goleada no Chile. Se fosse o Brasil das primeiras partidas, 2 a 0 estaria bom.

O problema é que, no fim das contas, essa equação é a pior que poderia acontecer nesse momento. O time brasileiro evoluiu um pouco e pegou uma galinha morta. Saiu uma goleada e isso deve ter convencido o Dunga de que o time está em ponto de bala.

Não está. O Uruguai não deverá ser a baba que foi o Chile, a não ser que haja uma noite de esbórnia patrocinada pela confederação chilena. Mas vai convencer o anão.

sexta-feira, julho 06, 2007

Vazou: fotos da Ana Paula Oliveira, a bandeirinha da Playboy

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Vazaram fotos do ensaio da auxiliar de arbitragem Ana Paula Oliveira à Playboy.

Numa daquelas falhas insuspeitas, as imagens da moça que, com ou sem roupa, é motivo de notícias diárias em sites esportivos (e apenas semanais no comedido Futepoca) captadas pelo fotógrafo JR Duran já circulam na internet. Testemunhas disseram que ela estava no Orkut, mas o perfil foi excluído. Existem outras fontes por aí, mas o blogue é de família e não vai ficar divulgando esse tipo de coisa. Quem quiser, que procure nos sites de busca.

As fotos
São conhecidos os rumores sobre a suposta ausência de celulites (segundo a moça, "as fotos que vi nem vão precisar de retoque"). Sabe-se também que ela não vai usar uniforme de ábritra, mas que vai ter uma (e apenas uma) foto polêmica "porque nela", explicou a moça, "eu estou em uma posição bem ousada". Ela diz que os jogadores e os homens (separados por ela em categorias diferentes), vão gostar. E que só aceitou o terceiro convite da revista masculina

Vampeta, o modelo
Em entrevista ao GloboEsporte, Ana Paula. E disse quem são seus modelos: Cristiane Torloni, Hortência e... Vampeta.
"Muitos jogadores fizeram ensaio nu. Olha aí o Vampeta. Ele posou pelado e foi para a Copa, por que eu não posso ir também bandeirar?" Por quê?
Em sua opinião, os atletas só dependem de seu talento, mas ele depende da "boa vontade de outras pessoas", embora uma coisa não tem nada a ver com a outra (é quase literal, juro).

Na Fifa
Para alívio de muito marmanjo, ela garante estar nos quadros da Fifa. "Não fui reprovada, até porque haverá mais dois testes, o que realmente vai valer da Federação, em setembro, e o da CBF agora em agosto", esclareceu, . Ela disse que todo mundo saiu falando que ela estava fora dos quadros da Fifa, mas ninguém a procurou para saber dela o que aconteceu. O Futepoca procurou, mas ainda não obteve a entrevista nem sobre isso, nem sobre outros temas. Sobre a "discrição" recomendada pelos códigos da Federação mundial do esporte bretão, ela disse que vale só o que se passa dentro das quatro linhas, mas não que, "fora dali, cada um, cada um, se Deus quiser, juntamente com os companheiros, vamos conseguir o resultado positivo..."

(Corrigido às 20h04)

Chacrinha ou Paulo Silvino?

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Ronaldo, o fenômeno da obesidade, curte férias e aproveita pra ir a uma festa a fantasia homenageando o Velho Guerreiro. Mas no fim das contas ficou parecendo mais o Paulo Silvino...

A voz do povo: Sandro Goiano é seleção

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A enquete feita pelo Futepoca não deixa dúvidas. O esquema de três, três e meio ou quatro voltantes, de acordo com a visão do freguês, é ótimo, conseguiu uma portentosa vitória contra o sempre perigoso Equador (não tem mais bobo no futebol), mas falta alguma coisa.

Falta Sandro Goiano. Nada mais, nada menos que 70,97% dos votantes da enquete pregaram que o volante - que poderia atuar improvisado como meia-armador - poderia ser um dos homens do nosso ténico anão. Daria mais leveza, graça e suavidade que tem faltado à seleção, embora os resultados tenham sido expressivos na Copa América. Está lançada idéia. Quem for brasileiro, que nos siga!

Uma seleção muito pior do que a do Dunga

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O desafio de mesa de bar, apresentado a sete embriagados era simples. Com duas substituições, transformar a seleção de Dunga num time ofensivo. Poderia tirar a qualquer um dos 11 e escalar jogadores brasileiros, de preferência em atuação, senão, de preferência vivos, senão, ok, mortos.

Tomada com maior ou menor seriedade que o recinto exigia, as respostas formaram um Frankstein medonho.

1 - Julio Cesar

2 - Cafu
3 - Mineiro (improvisado na zaga)
4 - Zé Elias (improvisado na zaga
6 - Roberto Carlos

5 - Sandro Goiano
8 - Fredison
10 - Anderson Lima (improvisado na meia)
11 - Leto

9 - Ronaldo Gordo Fenômeno
7 - Finazzi

A construção coletiva atingiu um time pior. Mas, é mais ofensivo do que a do Dunga?

P.S.: Note-se que nos marcadores não está incluído o Futebol

quinta-feira, julho 05, 2007

Barueri tem média de público maior do que o campeão paulista

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Eduardo Metroviche
Invicto há oito jogos, o Grêmio Barueri surpreende até sua torcida na Série B do Brasileiro e hoje estaria na Primeira Divisão. Uma curiosidade: o time tem a melhor média de público, como mandante, entre os paulistas da Segundona até o momento: 9.183 (na Arena). O campeão paulista Santos tem média inferior na Série A: apenas 6.532 pagantes por jogo, na Vila Belmiro. Que fase. O Peixe só tem média maior do que o Juventude
Com 19 pontos (um a menos que o líder Criciúma), o Barueri ocupa a vice-liderança. A 10ª rodada se completa nesta sexta-feira, mas só o Coritiba pode alcançar o Barueri, se vencer o CRB em casa.
Em sua Arena, onde manda os jogos desde a terceira rodada, o Grêmio Barueri está invicto. Foram três vitórias (2 a 1 sobre Criciúma e Paulista e 3 a 1 no Vitória) e um empate (1 a 1, com o Santo André).
Além de dominar em seu território, o Barueri tem sido um visitante ingrato. Das cinco partidas fora, perdeu apenas uma, na segunda rodada, para o Santa Cruz (3 a 0); empatou três, com o Avaí (1 a 1) e os “poderosos” Ponte Preta (2 a 2) e São Caetano (1 a 1), e ainda venceu bem o lanterna Ituano, por 3 a 0.
Na próxima terça feira, 10, às 19h30, joga contra o Marília (16º, com 10 pontos), no interior. O destaque é o atacante Pedrão (o camisa 9 da foto), que já marcou seis gols e é um dos seis artilheiros da competição. (reportagem: Leandro Conceição)

Denílson é Seleção, diz... Denílson

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Pois é. O atacante afirmou hoje, ao Terra Esportes TV, que teria condições de ser titular da seleção brasileira. “Acredito no meu potencial e na minha capacidade. O treinador confiar ou não já é outro caso”, disse o ex-sãopaulino, que hoje recupera sua condição física no Palmeiras.

Eu achava que ele não tinha lugar nem em 2002, quando era reserva no time que ganhou a Copa. Também foi quando nosso amado Galvão Bueno passou a gritar “Denílson neles!”, exaltando os dribles para o lado e jogadas sem objetividade do “craque”. Se existisse algo no futebol parecido com os campeonatos de enterradas do basquete, Denílson seria uma lenda. De resto...

Bom, mas com o time de Dunga do jeito que está, será que Denílson ajudava, atrapalhava ou ficava na mesma?

Apito amigo pra seleção

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O que mais me impressionou na partida da noite de quarta-feira, 4, entre Brasil e Equador foi a capacidade do lateral Kleber dominar a bola em uma virada de jogo ou lançamento em profundidade com um toque só.

Já tinha visto ele jogar, já tinha me impressionado, não era novidade. Nas cinco vezes em que ele recebeu a redonda pelo alto, se posicionou, ergueu o pé, e fez a esfera de coro sintético possivelmente manufaturada por adolescentes indonesios se acalmar a sua frente.

Detalhe: ele entrou aos 15 do segundo tempo e não se pode dizer que tenha jogado bem.

Fosse uma pelada de praia e aparecesse um guri com essa habilidade, vá lá. Mas supostamente estava em campo a Seleção Brasileira, que venceu por 1 a 0, com direito a pênalti não marcado para o Equador. Apito amigo.

Vagner Love perdeu dois gols. Robinho sofreu um pênalti e fez seu quarto gol na competição. Em tempo, uma derrota levaria o time à fase seguinte. Os escolhidos de Dunga mostraram que jogam muito melhor do que seus adversários equatorianos.

Deu sono. E foi assustador perceber que o time é absolutamente incapaz de tocar a bola. Se na equipe comandada pelo Carlos Alberto Parreira a queixa era de que, caso as laterais fossem marcadas, tudo dependia de uma jogada abrilhantada dos meias, agora nem as laterais salvam. Sem padrão tático, sem técnica, sem esquema de jogo.

O Juca Kfouri, em seu blog, eleva o sarcasmo à enésima potencia, incluindo o "elogio" explícito ao "quarteto mágico"de Gilberto Silva, Mineiro, Josué e Julio Baptista. Vale a leitura. Sem ironia: nenhum dos quatro volantes chega aos pés de Dunga no final de sua carreira como jogador.

Enquanto técnico, é difícil pensar num que tenha colocado em campo um time tão desorganizado e sem capacidade. Ofensiva e defensiva.

O Celso Roth, que seria minha primeira resposta de "pior técnico em clube de 'elite'", comanda o Vasco que faz uma campanha péssima, mas venceu o Santos por 4 a 0 ontem.

Por favor, não peçam Roth na seleção.

Fora Dunga!

Os 25 anos do desastre do Sarriá

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Era um dia 5 de julho e o palco o estádio do Sarriá, na Espanha, que hoje não existe mais. Um embalado Brasil pegava uma confusa Itália, que sequer falava com a imprensa e tinha amargado três empates na primeira fase com Camarões, Polônia e Peru.
Tinha sete anos na ocasião e foi a primeira vez que chorei por causa de futebol. O clima era de otimismo geral, a seleção parecia já campeã antes do tempo, bastava um empate para ir à semifinal. Um simples empate.
A verdade, vista de longe, é que o Brasil penou pra ganhar seu primeiro jogo da União Soviética. E só o fez com a ajuda da arbitragem, sempre companheira da seleção em Copas do Mundo, que não marcou um pênalti escandoloso de Luisinho quando os soviéticos ganhavam por 1 a 0.
Nas partidas seguintes, duas goleadas: 4 a 1 na Escócia e 4 a 0 na Nova Zelândia. A primeira seleção, habitual saco de pancadas em Copas; a segunda dá graças a Deus quando chega a uma, algo que não ocorre há muito tempo.
Tirando a vitória com apito amigo e as duas surras em bêbado ladeira abaixo, sobra a partida com a Argentina, uma vitória por 3 a 1. E o jogo com a Itália.
De fato, vendo os melhores momentos do time na Copa, gols bonitos. Vários de fora da área, outros com jogadas bem trabalhadas por talentos como Sócrates e Zico. Mas rever os lances da partida contra a Itália (no vídeo acima), dá para ver que uma equipe que deixa um atacante sozinho como em dois dos três gols de Paolo Rossi, não merece vencer.
Falhas individuais? No gol que Cerezo entrega, sim. E os outros dois? Falta de treino? Deixar um atacante sozinho em um escanteio é algo crível para um time que quer ser campeão? Ou que já se acha campeão.
Fala-se muito da declaração de Zagallo na Copa de 1974 de que iria "espremer a Laranja Mecânica". Mas o técnico de 1982, Telê Santana, também tinha como referência aquela seleção holandesa. "Nossa maneira de jogar está parecida com a Holanda em 74, com a diferença que contamos com jogadores mais habilidosos e não perdemos tantos gols", assegurava Telê após o fim da primeira fase da Copa.
Isso significava salto alto?
Para o técnico italiano, Enzo Bearzot, sim. "Acredito que os jogadores brasileiros tiveram a presunção de que poderiam ganhar da Itália até com alguma facilidade, o que talvez tenha sido um erro tremendo. O time do Brasil deixou a impressão de certa inocência em alguns momentos, ao contrário de nossos jogadores, que têm experiência", disse depois do jogo.
Daí entra a discussão sobre a responsabilidade de um técnico na condução de um time. Se é verdade o que alguns aqui acreditam, que "não se faz limão sem limonada", Telê teve os melhores que se poderia obter em um espaço de 37 anos no futebol brasileiro. Venceu? Não. Culpa da "ofensividade"? Vejam a disposição dos atletas nos gols da Itália, não é uma equipe desvairada que vai pra frente e não fica ninguém atrás. Errou naquela partida, não conseguiu segurar o "já ganhou"? O mais provável, mas admitir isso seria quase uma heresia contra o saudoso "mestre".
Custo a entender porque alguns são intocáveis.

Meninos, eu vi

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Tive acesso ontem ao acervo iconográfico da família Cardoso Salvador, nobre mantenedora do Gardenburguer Rest. Lanch., ou, para os mais assíduos, "bar do Vavá". Para quem chega agora, Vavá foi tema do post 1.000 deste blog, pois une futebol (foi jogador, técnico e árbitro), política (militou no PMDB e no finado PFL) e cachaça (óbvio: além de beber, comanda o tradicional boteco há 51 anos, um número cabalístico). Pois ontem à noite o Fábio, sobrinho do Vavá, apareceu com quatro álbuns de fotografias, muitas delas históricas. Um programa muito mais interessante do que o jogo de várzea que passava na TV do bar naquele momento, entre brasil (com b minúsculo, mesmo) e Equador (acho).
Estavam lá nas fotos o João e o Wilson (irmãos do Vavá) jogando bola no bairro Butantã, em São Paulo, nos anos 50. O Vavá no campo do Ypiranga, na mesma época. O Fradique Futebol Clube perfilado antes de enfrentar o Brasil de Caieiras (com Vavá e João no time). Um recorte de jornal falando sobre o João como nova descoberta do técnico Oswaldo Brandão, outro de um lance de treino do São Paulo, com o Wilson perseguindo Canhoteiro. Uma foto do Wilson no Botafogo de Ribeirão Preto, outra do Vavá dando entrevista com a camisa vermelha do Fradique F.C. E imagens impagáveis do FHC no balcão do Gardenburguer. Imperdível.
Mais do que nunca, preciso tirar da gaveta o projeto de escrever um livro sobre o boteco - e, por tabela, a saga dos irmãos Cardoso Salvador. Mas tenho que escanear as fotos antes que se percam. Depois socializo.

quarta-feira, julho 04, 2007

Pílula

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"O Brasil tinha mais volante do que a polícia que caçava Lampião." (Antero Greco, no programa Linha de Passe da ESPN/BR, depois do emocionante Brasil 1 x 0 Equador).

De fato: Mineiro, Gilberto Silva, Josué e Júlio Baptista é pra retranqueiro nenhum botar defeito.

Fora Luxemburgo

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Pois é, o pessoal da redação aqui do jornal me diz que o Luxemburgo não tem culpa pela campanha grotesca do Santos e pela goleada diante do péssimo time do Vasco por 4 a 0. “O que ele vai fazer sem time?”, questionou o repórter Leandro.
Ora, o manager não sabia há muito tempo que o time ia perder Zé Roberto, que Cléber Santana (ligado ao Iraty, diga-se) ia ser “vendido” (ou melhor, já estava “vendido” sabe-se lá há quantos meses) e jogou jogos e jogos a fio de chinelinhos, como diz o Glauco, que o Kléber ia pra seleção etc? Que diabo de manager é esse? Aliás, quando o grande meio-campista Renato negociava sua ida ao Sevilla, em 2004, mesmo ele podendo atuar, o Luxemburgo disse à época que em time dele jogador que negociava com outros clubes não jogam. Faltou a ressalva: desde que ele, Luxemburgo, não tenha intere$$e$...

E isso é que é custo-benefício. R$ 500 mil por mês ao Luxemburgo, mais não sei quantas centenas de milhares de reais à comissão técnica, um elenco de R$ 3 milhões (pelo que ouço). Tudo isso pra ganhar o Paulista. (Só observo que eu sou dos que dá a maior importância ao estadual, vibrei, me emocionei e achei sensacional, principalmente pelo fato de ter sido bi, mas é muito pouco para um time milionário.)

OK, concordo em parte com os críticos que dizem que o Brasil tem uma cultura sacana, que sempre coloca o técnico como bode expiatório. Mas isso é uma verdade relativa. Primeiro, porque é também fato que os técnicos não são santos e trocam de clube como de camisa. Vejam o exemplo do Gallo. E depois porque se uma crise se desencadeia a partir mesmo do comando, tem que mudar o comando.

Concordo com Olavo, que me disse: “nós poderíamos ter ganhado a Libertadores, perdemos (pro Grêmio, não sei como seria contra o Boca) por questões do futebol. O problema é ver o clima péssimo que tá agora, o Santos é um puta balaio de gatos, totalmente perdido”. O xis da questão é esta última frase, e volto ao início. O manager, o gênio, não previu que o time viraria um balaio de gatos perdidos? Ou previu e era isso mesmo que queria?

Deixo os comentários sobre o presidente do Santos aos companheiros. E chega. Fora Luxemburgo.

Esta é nova: a mídia quer me derrubar

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E quem diria, Renan Calheiros quer abrigo sob asas de Lula.

A Agência Brasil publica: "O que está acontecendo agora é uma covardia de setores da mídia que tentaram derrubar o presidente Lula e não conseguiram. Perderam no primeiro e segundo turnos [das eleições] e agora querem com o presidente do Senado uma espécie de terceiro turno”.

Perseguem-no pelo que ele representa para a governabilidade no Senado?

Outra possibilidade, cogita o presidente do Congresso: "É porque eu tive um filho fora do casamento? Já me penitenciei, pedi perdão, fui perdoado por quem devia?"

Outra idéia criativa seria ele dizer que querem derrubá-lo por aquilo que ele representa para a esquerda, ou para a governabilidade no Senado...

Hoje é dia de agonia

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Inspirado no Parreira de 1994, Dunga deve escalar o meio de campo hoje com Gilberto Silva, Mineiro, Josué e Júlio Baptista. Juro que pensei nunca escrever isso na minha vida, mas acho que ainda teremos saudades do Zinho "enceradeira".

A tática de hoje vai ser a de sempre, todos nas defesa e tomando sufoco do grande Equador (afinal não tem bobo no futebol de hoje, além de nós, torcedores) e dando chutão para o ataque. Ou então manda a bola para o Robinho que ele resolve, afinal temos o "talento do jogador brasileiro". Pergunta: para isso precisamos de técnico? Acho que não... Para marcar posição, fora Dunga!

Mas para que tenha algum sentido escrever tantas obviedades, vai uma idéia. Não seria bom que técnicos brasileiros, mesmo tendo sido jogadores, passassem por cursos em que aprendessem aspectos físicos, psicológicos, técnicos e táticos. Que a CBF ou quem quer que seja criasse uma escola usando a experiência de profissionais como Evaristo Macedo, Rubens Minelli, Parreira (argh), Zagallo, Felipão, Luxemburgo etc.

E que trouxesse treinadores italianos para ensinar táticas defensivas, argentinos para ensinar fundamentos como troca de passes etc. Podem me esculachar, mas essa postura de que sabemos tudo de futebol e que somos a melhor escola do mundo não nos levará a nenhuma evolução.

Aqui cabe um paralelo, que pode até ser sem sentido. Quando todos os times criaram a função de treinador de goleiros houve grande evolução nos jogadores que trabalham ali onde não nasce grama. Será que uma escola de formação de técnicos não ajudaria a elevar esse nível à la Dunga?

Acredito que só ser jogador (grande, médio ou pereba) não credencia ninguém a saber o que fazer fora de campo.

Desespero

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A informação de que o senador Renan Calheiros (PMDB) pagava R$ 12 mil de pensão à jornalista Mônica Veloso - R$ 3 mil como desconto oficial e mais R$ 9 mil "por fora" - ouriçou algumas pessoas País afora:

terça-feira, julho 03, 2007

Fisioterapia

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Descobri uma fisioterapia-manguaça muito interessante. Como alguns sabem eu quebrei o dedo. Já tirei a tala, e agora preciso fazer fisioterapia na articulação (vulgarmente chamada "junta") do dedo médio da mão direita.
Como prescreve a ortopedia, um dos pilares da fisioterapia é o gelo. Nesse caso, pega-se um copo de cerveja bem gelada, um copo de preferência de espessura fina, e segura-se o copo gelado com a articulação onde se deve aplicar gelo. Pronto. Bebe-se a cerveja aos poucos, e a fisioterapia se realiza.

Por que o Corinthians perdeu

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A derrota vexatória do Corinthians diante do arqui-rival Palmeiras no domingo é desvendada pelo Futepoca. A culpa foi a presença de ativistas do movimento "Fora Dualib!".

Ok, foi um magro 1 a 0 marcado aos 46 do primeiro tempo num jogo que só não foi comparável ao Palmeiras e São Paulo, porque saiu gol.

Mas a derrota do Timão mostra que o movimento que quer a queda deste herói (para os adversários) é composto por um monte de pé-frio junto. A prova está na página oficial do movimento.

Fica Dualib!

O cúmulo da falta de assunto OU Ana Paula se vê sem roupa

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Depois de uma greve de quase uma semana, Ana Paula Oliveira volta às manchetes do Futepoca. A notícia capaz de quebrar o jejum é que a Playboy com a auxiliar de arbitragem mais falada e comentada pela mídia sem assunto chega às bancas no dia 10 de julho.

A redação não será contemplada com edição de cortesia.

O orgulho de apontar os seis dias de jejum de Ana Paula não pode ser ostentado por concorrentes (presunção pouca é bobagem). O Globo Esporte dá notícias da moça todos os dias sob os mais diferentes pretextos.

O último subterfúgio foi apelar para outro campeão de apelação dos que carecem de assunto: o baixinho Romário.

Em homenagem no Jockey Clube do Rio de Janeiro, o artilheiro dos mil gols disse que admira a bandeirinha, que não vai comprar a revista, mas vai pedir a algum amigo. O motivo: economia de alguns trocados para manter a fama de pão-duro desconhecida deste ébrio até há pouco. Ele acha que a moça é competente, mas está afastada por errar, o que todo mundo faz.

Foto: Alf Vicente
A foto
Ana Paula já foi conferir as fotos de JR Duran e diz que gostou. Na página da revista masculina, a moça aparece vendo suas próprias poses sem roupa.

Ainda bem que o Futepoca não cede às pressões mercadológicas de recorrer a qualquer desculpa para estampar imagens da Ana Paula Oliveira no ar.

Argentina, quase sem surpresas

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Assisti ontem Argentina 4 x Colômbia 2, pela gloriosas, salve, salve, Copa América. Jogo animado, no mínimo. A Colômbia saiu na frente, numa jogada de falta que o Neto falou que foi ensaiada. A Argentina empatou num pênalti meio inventado pelo nosso caríssimo Carlos Eugênio Simon. Depois, virou e revirou em dois gols de Riquelme, um de cabeça e um de falta, magistralmente batida.

Os argentinos davam o tempo todo a entender que tinham o controle do jogo. Ficaram tocando bola de lado, cozinhando o galo quase o segundo tempo todo. Bem, nem tanto. No final, tomaram um belo calor da Colômbia, que pecava por enfeitar demais as jogadas. O quarto gol, de Diego Milito (inoperante o resto do tempo) sacramentou a vitória só aos 46 minutos.

Como a Colômbia perdeu seus dois jogos, não interessa falar deles. Vamos ao time de Riquelme. Sim, ele é a principal referência do time. A maioria das jogadas passa por seus pés e ele vai ditando o ritmo, cadenciando, tocando, envolvendo. Da gosto de ver o cara em campo. Não sofre pra jogar bola. Citando um excelente filme dos vizinhos, O Filho da Noiva, é como ver Fred Astaire: parece tão fácil...

Mas se Riquelme organiza, dá previsibilidade, Lionel Messi cria sem limites. Dribla verticalmente, sempre em direção ao gol, dá passes precisos. Se movimenta por todo o meio e ataque e é quase tão acionado quanto Roman.

De resto, o time é bom, mas nada de anormal. O tal Diego Milito, que entrou no lugar de Crespo, machucado, é medíocre, pra dizer muito. Zanetti, Verón e Cambiaso são conhecidos nosso, sem surpresas. Mesmo assim, é impressionante como o time todo erra poucos passes. Em determinado momento do jogo, ficaram uns bons 5 minutos sem perder a bola, só tocando de um lado para o outro.

Enfim, vale a pena assistir jogos dos hermanos. Para os que, novas versões da Velhinha e Taubaté, ainda acreditam na seleção, a comparao: se nós temos Robinho inspirado, eles têm Roman, Messi e um conjunto mais organizado. Estamos em desvantagem. Mas no futebol isso muitas vezes não quer dizer muita coisa.