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Eleições são sempre polêmicas. Ainda mais aquelas em que a maior parte dos interessados é sumariamente excluída. No caso das realizadas pela Fifa, em função de tocar em assunto tão caro à boa parte dos seres humanos, a situação agrava-se ainda mais. E dessa vez mexeram com a posição mais delicada de qualquer time de futebol.
Ontem, a entidade máxima do ludopédio divulgou o resultado da escolha dos melhores goleiros de 2006. Especialistas (seja lá o que isso signifique) de 89 países diferentes de todos os continentes puderam participar do pleito. Eleito pela terceira vez – já havia ganho em 2003 e 2004 – o eleito foi Gianluigi Buffon, com 295 pontos. Como titular da seleção campeã do mundo, a Itália, já era de se esperar a escolha.
Mas, na minha modesta opinião, o melhor ficou
O melhor não-europeu da lista foi Rogério Ceni, que ficou em sexto lugar com 39 pontos, um a mais que Ricardo, titular de Portugal na Copa, e cinco a mais que Dida, do Milan, que em 2005 alcançou o segundo posto. Curioso é ver na lista dos 20 maiores goleiros, alguns que não contam com a fama de grandes “pegadores” como o francês Fabien Barthez, que hoje está sem clube (quem se habilita?) e outros não amplamente conhecidos, como Oswaldo Sánchez, titular do México e que, na lista oficial, ainda consta como goleiro do Chivas Guadalajara, embora tenha se transferido no final de 2006 para o Santos Laguna. Para o dileto futepoquense, quem faltou na lista?
9 comentários:
Acho Buffon indiscutivelmente o melhor.
Mas esse papo de goleiro é difícil. Um grande amigo meu, o Marco, um artista plástico amante do futebol, dizia sobre Rodolfo Rodrigues: "um frangueiro". Vai entender.
proponho a eleição do pior goleiro do mundo promovida pelo Futepoca. É mais divertido.
Maretti, na mesma linha tem o pai de um amigo meu, santista: pra ele, Gilmar dos Santos Neves era um goleirinho ridículo. E ele também disse que o Tapia seria o novo Cejas.
Esse goleirinho da seleção sub-20 é forte candidato na eleição proposta pelo Anselmo. Assisti Brasil x Argentina e dava pra notar o medo que os zagueiros tinham de recuar a bola pra ele. Nas cobranças de escanteio, então, o técnico brasileiro só faltava fazer o nome do pai. Aliás, foi num lance desses, ridículo, que os gringos viraram o jogo. O argentino teve tempo de se abaixar para cabecear, nas barbas do goleiro...
Olavo, outro dia vi os gols das finais Santos x Cruzeiro em 1966... Se o Gilmar era um frangueiro eu não sei, mas aqueles gols do titulo cruzeirense reforçam minha impressão de que o velho Gilmar era um goleirinho comum que acabou fazendo fama no melhor time do mundo...e se tornou um mito de papel.
Um puta goleiro que ficou pra escanteio na história é o Manga, ex-Botafogo e Internacional. Me parece que, hoje, mora na Venezuela. Uma vez a Cultura reprisou a final do Brasileiro de 75, entre Inter e Cruzeiro, e acho que foi uma das maiores atuações de um goleiro que já vi na vida (além do Marcos na Libertadores, contra o Corinthians, do Zetti também na Libertadores, contra o Palmeiras e do Rogério Ceni contra o Liverpool). O Cruzeiro era um timaço e poderia ter massacrado o Inter em pleno Beira Rio. Mas o Manga, mesmo com um dedo fraturado, operou cada milagre que, mesmo vendo o replay, fica difícil de acreditar. Goleiraço.
Pelamordedeus, julgar um jogador de futebol pelo que ele fez em UMA partida e aos 36 anos de idade não dá. O Gilmar foi a três Copas do Mundo, sendo campeão em duas; foi campeão mundial mais duas vezes pelo Santos. Mas, como em geral damos créditos pra gringos, um outro goleiro afirmou uma vez sobre ele: "Gilmar dos Santos Neves é o maior goleiro do mundo". O autor de tal frase é Lev Iasshin, considerado o maior na posição em todos os tempos.
Não o julguei apenas por essa partida, mas ela vale ser citada, pois é antológica. E, se ele tinha 36 anos na época, méritos a mais. O problema é que o Manga foi titular na pífia campanha do Brasil na Copa de 66 e ficou marcado. Mas era um craque. Quanto ao Gilmar dos Santos Neves, eu, particularmente, o considero o melhor de todos os tempos. De cada 10 pessoas que eu conheço que o viram jogar, 10 têm a mesma opinião. Em 58 e 62, ele cansou de salvar o Brasil em partidas complicadas.
Não falei do Manga, falei do Gilmar e da partida contra o Cruzeiro em 1966.
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