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Foto: Reprodução

O levantamento é do biólogo evolucionista e mexicano Randy Thornhill (o da foto). A conclusão do moço é que que "quem vem de famílias amorosas e estáveis, tenderá a ser conservador e tradicionalista; quem encontrou instabilidade na infância estará mais aberto a mudanças". Como bom evolucionista, a questão estaria em genes ativados perante uma infância conturbada que empurrariam a indefesa criancinha no espectro ideológico para o lado do pulso que carrega o relógio.
Embora nessa parte Dória admita controvérsias, ele garante que uma conclusão é praticamente irretorquível: "à esquerda, aceita-se mais as diferenças", o que explica por que "homens de esquerda têm mais parceiras sexuais. (O inverso também vale para as mulheres)".
A interpretação do estudo é claramente conservadora e moralista. Do contrário, haveria mais cuidado no emprego do gênero para identificar parceiros ou parceiras, em respeito à diversidade sexual. Mas isso é notoriamente secundário na discussão.
O estudo tende a agradar parte dos conservadores, que adoram discursos moralistas – ainda que não o sigam necessariamente, segundo fontes – assim como parte dos esquerdinhas, que vão adorar se passar por liberais em termos de costumes e, por que não, comedores, embora muito machismo e sexismo haja nas hostes de esquerda.
Um dos outros lados: manguaça nega
Como não posso desmentir meu lado esquerdinha, resta-me negar, veementemente, as conclusões do estudo. Nego tanto a infância traumática quanto a lascividade nas relações. Ou sou uma exceção, ou o biólogo me persegue pelo que represento para a esquerda.
Terei coro entre os ébrios autores do Futepoca?
4 comentários:
Concordo com o Anselmo no que concerne à negação das qualificações do dito biólogo. Repilo.
Anselmo, vc é de esquerda e finge não ser lascivo ou não é lascivo e finge ser de esquerda?
Não precisa responder...
Mas que estudinho bobo, não tem nada melhor para a Economist publicar?
a publicação que concebeu o índice Big Mac , o mais conceituado, embora bem humorado, indicador comparativo de valorização ou depreciação monetária, não pode ser levada tão a sério. O termo burgernomics criado para explicar o motivo de tanto esforço pra "cotar" o big mac em 120 países é digno de cartão vermelho no ato.
sobre o dilema tostines, insisto no desmentido da leviana pesquisa. Se isso for insustentável, não terei grandes problemas para me reconhecer como um reacionário, daqueles conservadores da pior estirpe.
e existe conservador de outra estirpe?
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