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quinta-feira, setembro 25, 2014

Colaborando no topo e na rabeira da tabela

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Depois de duas derrotas fora de casa (para Coritiba e Corinthians) e mais um empate no Morumbi (contra o Flamengo), o São Paulo fica a nove pontos do Cruzeiro e praticamente dá adeus ao título do Brasileirão. Mas é interessante observar que, tanto nos adversários que brigam no topo da tabela quanto nos que lutam para evitar o rebaixamento, o clube do Morumbi "colabora" com vários de seus ex-atletas e dois ex-treinadores.

Na ponta da tabela:

Cruzeiro - Borges, Dagoberto, Julio Baptista

Internacional - Wellington

Corinthians - Danilo, Fábio Santos, Jadson

Grêmio - Fernandinho, Rhodolfo

Fluminense - Cícero, Jean

Atlético-MG - Diego Tardelli, Josué, Levir Culpi (técnico)

Na parte de baixo:

Bahia - Henrique

Vitória - Richarlyson, Roger Carvalho, Ney Franco (técnico)

Botafogo - Júnior César, Rodrigo Souto, Wallyson

Criciúma - Cléber Santanta, Cortez, Silvinho

Palmeiras - Lúcio

E ainda tem gente no Santos (Arouca, Thiago Ribeiro), Flamengo (Léo Moura) e Figueirense (Marco Antônio). Enfim, resumo de uma diretoria que compra (Cañete, Clemente Rodríguez, Luís Ricardo), troca (Arouca, Jadson, Rhodolfo), vende (Dagoberto, Cícero, Diego Tardelli) e manda embora atletas formados em suas categorias de base (Jean, Henrique, Wellington) sem muito critério. E que, depois, se vê obrigada a emprestar (Wallyson, Cortez) ou se livrar de (Roger Carvalho, Silvinho, Lúcio) apostas furadas.

segunda-feira, dezembro 09, 2013

E o São Paulo salvou Criciúma e Coritiba

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Por incrível que pareça, o São Paulo, que iniciou o 2º turno do Campeonato Brasileiro na 18º colocação, precisando de pelo menos dez vitórias para conseguir escapar da Série B, livrou-se da ameaça com quatro rodadas de antecedência e terminou a competição como uma espécie de "Papai Noel", "presenteando" três pontos tanto para o Criciúma quanto para o Coritiba, o que foi decisivo para se salvarem. O time de Muricy Ramalho perdeu para os dois pelo mesmo placar de 1 x 0 e da mesma forma, sem demonstrar qualquer vontade de reagir. Nas duas ocasiões, depois de tomar o gol logo no início do primeiro tempo, "parou" de jogar, como se os jogadores sãopaulinos dissessem aos adversários: "Já está bom pra vocês? Tudo certinho? Assim resolve? Beleza, então vamos aguardar o apito final". E assim foi feito.

Com isso, caíram dois cariocas. E olha que o São Paulo, depois de livrar-se da Série B, ajudou primeiro o Fluminense, ao colocar um time reserva para o jogar no Maracanã e tomar um gol do zagueiro Gum no fim do segundo tempo. Não adiantou nada: o time de Dorival Júnior perderia para o Santos e empataria com o Atlético-MG nas rodadas seguintes e complicaria de vez suas chances de permanência na Série A. O rebaixamento do campeão brasileiro de 2012 dá ao torcedor sãopaulino a real noção de como o abismo esteve próximo este ano. Escapamos por quatro míseros pontos! A diferença entre São Paulo e Fluminense foi que o (incompetente) Juvenal Juvêncio teve um surto de consciência e trocou de técnico logo após o fim do 1º turno, enquanto a Unimed insistiu mais tempo com Vanderlei Luxemburgo.

Ali, naquele momento, o Fluminense estava na 15ª posição, com 22 pontos - apenas quatro a mais que o tricolor paulista. A diretoria achou que dava pé mantendo tudo como estava. Depois de uma derrota para o Corinthians, que completou sequência de nove jogos sem vitória, Luxemburgo foi demitido. Com apenas cinco jogos pela frente, Dorival assumiu com duas vitórias e deu esperança à torcida. Talvez, se tivesse assumido o time uns cinco jogos antes, teria tido melhor sorte. Talvez. Assim como o Vasco, que demorou muito para contratar Adilson Baptista - e também caiu. Agora, teremos no Brasileirão de 2014 três clubes de Santa Catarina (Criciúma, Chapecoense e Figueirense) e apenas dois cariocas (Botafogo e Flamengo). Com a queda da Ponte Preta e a volta do Palmeiras, os paulistas permanecerão com cinco times.





domingo, setembro 22, 2013

Com sufoco desnecessário, Santos bate Criciúma e passa a ser o melhor paulista do Brasileirão

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Nos dias que antecederam a partida contra o Criciúma, aventou-se a possibilidade de Claudinei Oliveira, sem poder contar com Alison e Cícero, suspensos, armaria o time com três atacantes. Não foi o que aconteceu, com Renê Júnior e Leandrinho entrando na equipe, e Willian José pondo Gabriel no banco. Em entrevista à rádio Bandeirantes, antes da peleja começar, o treinador justificou dizendo que um dos motivos da entrada de Willian, que marcou o gol de empate contra o Grêmio no meio de semana, também era “manter a altura da equipe”, principalmente nas bolas paradas. Vê-se que o discurso defensivista está presente até quando entra um atacante...

Mas muito mais interessado em não tomar gol era o treinador catarinense Sílvio Criciúma. Tanto que adotou uma formação com três zagueiros e, entre contusões, suspensões e opções táticas, a equipe entrou com cinco alterações em relação à última partida. O Peixe pressionou desde o início, com Montillo mais inspirado e também muito em função de subidas constantes de Cicinho pela direita, tirando a sobra da zaga rival.

Willian José, efetivo quando finaliza (Foto Santos FC)
Não demorou para o Alvinegro abrir o placar, aos 19 minutos, em uma jogada de escanteio muito semelhante à do primeiro tento alvinegro contra o Internacional, só que do lado oposto. Montillo cobrou pelo lado canhoto, Gustavo Henrique deu uma casquinha e Thiago Ribeiro fez, posicionado no segundo pau. Antes, Montillo já havia acertado o travessão catarinense em cobrança de falta.

O segundo tento veio em lance do volante Renê Júnior, que, quando entra, tem tido boas atuações. Ele cruzou do lado esquerdo e Montillo conseguiu dominar, rolando para William José, aos 41, acertar de primeira uma bela finalização.

Para a segunda etapa, o Criciúma desfez o sistema com três zagueiros, com a saída de Matheus Ferraz e a entrada do volante Henik. Os vistantes adiantaram a marcação e passaram a marcar melhor no meio de campo, equilibrando a partida. Chegou a ameaçar duas vezes o gol peixeiro, exigindo uma grande defesa de Aranha em bola que tocou no chão e subiu e em uma saída de bola providencial do goleiro nos pés de Wellington Paulista.

Mas Claudinei “prendeu” Arouca, que ainda não está em condições físicas ideais, mais à frente dos zagueiros e compactou a equipe. Voltando a trocar passes e aproximar mais, os santistas retomaram o domínio e criaram chances, evitando o assédio do adversário. Mas, em lance isolado, uma cobrança de falta aos 34 minutos, o Criciúma marcou. Ironicamente, com uma casquinha do zagueiro Leonardo, marcado por … Willian José, aquele que entrou também com o objetivo de melhorar a marcação nas bolas áreas. 


Àquela altura, o Santos já não tinha Leandrinho, que fez boa partida, mas saiu para dar lugar a Renato Abreu, diminuindo a mobilidade do meio de campo. Observar o meia nas pelejas é um desafio à lógica do mero torcedor. Além da cobrança de faltas e/ou escanteios, ganha um doce ou uma cerveja quem descobrir a função que o meia exerce quando entra. Aos 37, o técnico alvinegro ainda sacou Montillo e Willian José, colocando Pedro Castro e Giva. Este último poderia ter facilitado a vida do já agoniado santista se tivesse aproveitado um lançamento de Thiago Ribeiro em que o jovem fez quase tudo errado: matou mal, contou com a sorte e pegou a bola de novo, quase perdeu, e finalizou pra fora, na cara do goleiro Helton Leite.

Ao fim, a marca do pragmatismo da vitória em um lance no qual o Santos ganhou dois minutos com cobranças curtas de escanteio e lateral no campo rival. Como definiu Montillo, o time tomou um “sufoco que a gente não pode tomar”, dado que o rival esteve dominado em parte dos 90 minutos e, mesmo atordoado, o Peixe não levou o Criciúma à lona. Parte pela ansiedade, parte por, talvez, uma preocupação excessiva em defender mesmo quando tem a possibilidade de matar a peleja. Mutia retórica defensivista às vezes causa esse mal, o hábito faz o monge, mas também o treinador e o jeito de jogar do time.

Agora, como melhor paulista do Brasileirão – o que não chega a ser aqueeela vantagem, dada a campanha dos coirmãos bandeirantes, o time tem pela frente o Náutico, em partida atrasada da 11ª rodada, na Vila. Tem a oportunidade de encostar no G-4, caso vença, chegando à 5ª colocação. Se não for vitorioso, já se sabe que o destino será o pelotão intermediário. O torcedor espera que o Santos lute até o fim, das partidas e também da competição.

sexta-feira, setembro 06, 2013

8ª derrota em 18 partidas; Ceni perde 3º pênalti seguido

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Dessa vez, vou cravar a verdade nua e crua: o São Paulo perdeu ontem (a 6ª derrota dentro do Morumbi nesta competição!) pura e simplesmente porque É MAIS FRACO do que o Criciúma. Ponto. Da mesma forma que venceu o Náutico porque, no Brasileirão, o time pernambucano é o ÚNICO inferior à equipe treinada por Paulo Autuori. Pode-se dizer, assim, que Ponte Preta, Portuguesa e Fluminense estão mais ou menos no mesmo nível que o São Paulo. E que Flamengo, Santos, Vitória, Bahia e o já citado Criciúma são ligeiramente superiores. Resultados como a vitória sobre o Fluminense e o empate com o Flamengo foram, portanto, perfeitamente razoáveis. Os pontos fora da  curva foram os empates com Corinthians e Botafogo, que, ao que parece, aconteceram muito mais por partidas ruins de ambos os adversários do que pela realidade do São Paulo.

Por essa ótica, o time do Morumbi ocupa hoje o lugar onde, pela sua qualidade (ou falta de), deveria estar. No máximo, com um pouco de sorte e extrema superação, poderia estar emparelhado com o Flamengo (14º), o que seria um feito heróico - mas possível, dentro dessa análise de que os cariocas estão mais ou menos no mesmo patamar futebolístico. O resumo da ópera de ontem foi o seguinte: o primeiro gol do Criciúma saiu em pênalti ridículo cometido pelo zagueiro improvisado Rodrigo Caio, em jogada que, provavelmente, terminaria em tiro de meta. Lembremos que o mesmo zagueiro perdeu uma bola bisonha no jogo contra o Botafogo, deixando atleta adversário sozinho na cara do gol sãopaulino, que, felizmente, chutou por cima (o que reforça minha tese de que aquele foi um dia atípico para o alvinegro carioca). Portanto, a falha de ontem não surpreende.

Ceni defende cabeçada fulminante: Criciúma é melhor (Eduardo Viana/Lance!Press)
 Segundo gol: bola levantada na área do São Paulo, em cima do zagueiro Rafael Tolói. Com 1,85m, ele não consegue cortar pelo alto e ela cai no pé do atacante, que dispara um petardo fulminante na pequena área, empurrando Rogério Ceni com bola e tudo para a rede. Não é a primeira vez que o goleiro sofre com Tolói; lembremos daquela atrasada horrível que entregou a bola no pé do corintiano Pato (Ceni fez pênalti e o Tricolor perdeu o confronto válido pelo 1º turno do Paulistão), da hesitação na goleada sofrida para o Atlético-MG, na eliminação da Libertadores (que permitiu a chegada de Tardelli e um golaço por cobertura) e nova hesitação ao marcar - marcar?!? - Renato Augusto na primeira partida decisiva da Recopa (outro golaço cobrindo Ceni). Ou seja, Tolói entregando gol também não surpreende. A zaga do São Paulo é HORROROSA. Prova disso é que o Criciúma perdeu chance incrível de fazer 3 x 0 logo nos primeiros segundos da etapa final, numa bola que bateu na trave, e ainda houve uma cabeçada que Ceni segurou em cima da risca.

Na frente, por mais que o time crie chances de gol, não consegue finalizar. Que o diga Luís Fabiano, que nem de longe lembra aquele que comandou a seleção brasileira nas eliminatórias da Copa da África do Sul. Negueba nada produziu de muito útil, assim como seu substituto, Osvaldo. Jadson não jogou nada, assim como seu substituto, Ganso. Fabrício sumiu, assim como seu substituto, Evangelista. O péssimo Douglas saiu (graças a Deus!) e seu substituto, Paulo Miranda, jogou muito mal. Por tudo isso, afirmo categoricamente: o elenco do São Paulo é fraco. No momento, mais fraco que Criciúma, Vitória e Bahia (perdeu para os três). O Rogério Ceni perder o terceiro pênalti seguido também não surpreende. Má fase destrói confiança e puxa erros. O que surpreende foi ele ter ido fazer a cobrança, sendo que Aloísio, que sofreu a falta, já estava com a bola nas mãos.

Após a partida, o "Boi Bandido" se atrapalhou com as palavras e respondeu a um repórter: "Só bate pênalti quem erra." Mesmo corrigindo o batido chavão logo em seguida ("Só perde quem bate"), ele acabou atestando, no engano, uma verdade: só bate pênalti no time do São Paulo quem erra - o Rogério Ceni, que errou contra o Bayern, a Portuguesa e o Criciúma, e o Jadson, que desperdiçou contra o Flamengo. Triste fase. E agora o time enfrenta o forte Coritiba, fora de casa, domingo. OREMOS AO SENHOR!


segunda-feira, novembro 24, 2008

A volta bugrina e uma Série C mais "digna"

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Ontem o Guarani venceu o Águia-PA por 2x1, em casa, e assim garantiu o segundo lugar no Campeonato Brasileiro da Série C e o consequente acesso à segunda divisão nacional. O Bugre voltará a disputar a Série B depois de dois anos consecutivos na Terceirona. Além do clube de Campinas, subiram ontem o Duque de Caxias-RJ e o Campinense-PB. O Atlético-GO, campeão por antecipação, já estava promovido. Quem se deu mal no octogonal foram Brasil-RS, Rio Branco-AC, Confiança-SE e o já citado Águia, que terão que encarar a Terceirona novamente no ano que vem.

O acesso do Bugre é algo a ser celebrado. Num futebol cada vez mais organizado como o nosso (e falo isso sem ironias, é óbvio que ainda está ruim, mas já esteve bem pior), que a partir do ano que vem terá três divisões com regulamento e participantes bem definidos, o Guarani merece estar entre os 40 participantes dos dois melhores níveis. A grandeza do clube e sua torcida justificam isso.

E há outro ponto para reflexão. Em 2006, o Guarani foi rebaixado no Brasileiro (da Série B para a C) e no Paulista (da A1 para a A2). Não foram poucos que chegaram a decretar a "morte" do Burge. A avaliação à época era que a queda à Série C era um abismo muito grande para ser superado. Além da humilhação óbvia de jogar a terceira divisão, o que se dizia era que o formato da Série C, com seus participantes definidos em cima da hora e com um regulamento que favorece a imprevisibilidade, dificultaria o ressurgimento de qualquer equipe.

Pois bem, ainda em 2006 o Brasil viu uma mostra de que a queda à Série C é algo reversível. Naquele ano, Vitória e Criciúma, times que haviam jogado a Série A dois anos antes, conseguiram avançar da Terceira para a Segunda divisão. No ano seguinte, foi a vez do Bahia subir. Agora, quem avança é o Guarani.

Acredito que o que fica dessas histórias é justamente a referência de que os rebaixamentos devem, sim, ser respeitados, e que a queda não é algo que represente necessariamente o término do "passado de glórias" de alguma equipe. Cair não é bom, claro que não, mas com um bom trabalho é possível se recuperar e reverter o quadro.

sexta-feira, novembro 07, 2008

"Estrelas alternativas", ou "A arte da auto-depreciação"

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Li no UOL Esporte que o São Caetano, para comemorar seus 20 anos, anunciou mudanças em seu distintivo e mascote. Sai o simpático Azulão e entra um pássaro metido a briguento. Até aí tudo bem. A principal alteração está no distintivo: agora, acima do já tradicional escudo do clube do ABC, estarão três estrelas prateadas. Uma, a maior, simbolizará o título paulista de 2004, enquanto as menores servirão para a conquista do Paulista da A2 de 2000 e para os títulos da A3 de 1991 e 1998 (uma para as duas taças).

Só eu ou a vocês também causa uma baita estranheza ver um time que passou muito, muito perto de vencer a Libertadores e o Brasileirão ficar colocando estrelinha de divisão inferior na camisa? Me parece um belo tiro no pé, um desmerecimento das próprias possibilidades do clube. Um time que se orgulha de ganhar uma terceira divisão estadual não parece estar tão digno de bater de frente com outros que jamais colocaram os pés nessa competição.

Eu reconheço que os títulos devem ter suas histórias. Lembro de ter acompanhado a trajetória caetanense de 2000, quando o matador do clube era ninguém menos que Túlio Maravilha (ele mesmo). Mas o que acredito é que o São Caetano, se fosse para homenagear aquelas conquistas, deveria tê-lo feito quando ainda era um time pequeno (não que hoje seja "grande", mas é no mínimo médio).

O curioso é ver que o expediente não é único. Há dois outros exemplos de times brasileiros que têm façanhas maiores nos seus currículos mas 'poluem' seus uniformes com estrelas de títulos inferiores.

Um deles é o Atlético-PR. Em 2001, o Furacão foi campeão brasileiro, sendo o segundo clube do seu estado a levantar a taça nacional. Os atleticanos sonhavam com a conquista, entre outras coisas, para poder rivalizar com a estrelinha dourada que os coxa-brancas ostentavam desde 1985.

Levantada a taça, o que a diretoria atleticana decide? Que, além de uma estrelinha dourada, o Atlético traria outra em seu uniforme: uma prateada, simbolizando o título da Série B de 1995. Ou seja: quando o time dá o maior passo de sua história, se insere definitivamente nacional, prepara-se para vôos internacionais, opta por materializar um tempo em que disputava com alguma frequência a Segundona.

E o outro exemplo também é do sul do país. Trata-se do Criciúma. Quem vê o uniforme do clube hoje nota três estrelinhas sobre o distintivo, as três desenhadas da mesma maneira, sem que haja hierarquia sobre elas. Três títulos iguais? Não, de maneira alguma. Uma estrela é para a Copa do Brasil de 1991, outra para o Brasileiro da Série B de 2002 e a terceira para a Série C de 2006.

Pela camisa, sugere-se que o clube dá o mesmo peso de um título nacional, que poucos clubes detêm (vale lembrar que gigantes como Santos, São Paulo, Atlético-MG e Botafogo jamais conquistaram a Copa do Brasil) a uma taça de Série B e, pior, a outra de terceira divisão (!).

Repito que o mais gritante das três histórias é o fato das estrelinhas "menores" terem aparecido nos uniformes após a conquista dos títulos mais importantes. Um clube pequeno, que ostenta uma estrelinha de um título inferior em sua camisa, e que depois ganha um título mais importante, mas opta por homenagear seu passado mantendo a estrelinha inicial, é algo compreensível; agora, um que desmerece seu uniforme adicionando estrelas após ter alcançado vôos maiores, é algo que não consigo entender.

domingo, maio 18, 2008

Corinthians é o único 100% na Série B

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Douglas, novo camisa 10 do Timão (Agência Lance)


E a segunda rodada da Série B consagrou o Corinthians como o único time 100%. A vitória por 3 a 1 contra o Gama, na Boca do Jacaré, confirmou o favoritismo do time paulista, visivelmente mais forte em relação aos demais e que ainda conta com uma tabela favorável para disparar na ponta, como já comentado aqui. Mas a superioridade alvinegra é inegável. Por outro lado, o fato de nenhuma outra equipe ter obtido duas vitórias pode significar que a briga pelas outras três vaga para a Série A vai ser bem disputada.

Em comparação com o ano passado, nas três primeiras rodadas já não havia nenhuma equipe 100%. As únicas invictas, que lideravam o campeonato, eram o Marília e o tradicional cavalo paraguaio Ponte Preta, ambos com sete pontos. Nenhum dos dois conseguiu o acesso, ficando, respectivamente, em sexto e décimo-primeiro lugares. Mas é bom lembrar que o time de Osmar Santos perdeu seis pontos no STJD, de forma justa, diga-se.

Já a parte de baixo da tabela, hoje ocupada por América (RN), Santo André, Gama e Paraná, se for levado em conta o retrospecto de 2008, deve fazer esses times colocarem as barbas de molho. O clube do ABC, na terceira rodada de 2007, tinha obtido apenas uma vitória e penou quase até o fim para se safar do rebaixamento à Série C. As duas derrotas de 2008 são mais que um sinal amarelo. O Ituano, àquela altura, tinha perdido todas e o Paulista conseguira apenas um empate. Terminaram rebaixados.

Na terceira rodada, dois confrontos com equipes que disputam a ponta. Em Natal, ABC (4) e Corinthians (6) e, em Barueri, a equipe da casa (4) pega o Avaí (4). Empates nesses confrontos podem dar chance de liderança ao Fortaleza, que enfrenta o Gama no temível gramado do Castelão, e também para o Brasiliense (4), do artilheiro Dimba (4 gols), que joga com o América-RN (0) em casa. Quem também pode chegar à ponta é o São Caetano (4), no confronto contra o Criciúma (3), fora, e o Bahia (4), que enfrenta o Santo André (0) no ABC.

E Túlio (sim, ele mesmo) marcou no sábado seu segundo gol pelo Vila Nova, dando a vitória para o seu time por 1 a 0 contra o Ceará. Será que vai disputar a artilharia da Segundona?

domingo, maio 04, 2008

Os campeões do domingo

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Globo Esporte.com


Carioca

O Flamengo superou o Botafogo por 3 a 1 e igualou o Fluminense como maior detentor de títulos do Carioca, 30. De novo, apareceu o dedo do agora ex-treinador do Rubro-Negro Joel Santana, que colocou Obina, autor do gol de empate e também do terceiro. O técnico também promoveu a entrada do renegado Diego Tardelli (na foto, com Obina), que já havia decidido na final da Taça Guanabara e marcou de novo, o segundo que praticamente decidiu a partida e o título. O Botafogo, mais uma vez, ficou no quase... Mas resta a Copa do Brasil.

Mineiro

O estadual mais decidido entre os que ainda não tinham campeão terminou com mais uma vitória do Cruzeiro. O time de azul podia perder por 5 gols de diferença, mas derrotou o Atlético (MG) por 1 a 0. Sem surpresas, Marcelo Moreno marcou e confirmou o que já se sabia.

Gaúcho

Um sonoro atropelo. Foi isso que o Internacional fez contra o Juventude, em um Beira-Rio totalmente colorado, assegurando seu trigésimo oitavo título estadual, três a mais que o rival Grêmio. Se os gaúchos já tinham mostrado poder de reação quando desclassificaram o Paraná na Copa do Brasil (derrota de 2 a 0 na primeira partida e vitória por 5 a 1 na segunda), agora sobraram contra time de Caxias, um 8 a 1 inapelável como diriam os antigos narradores de rádio. E teve até gol de pênalti do arqueiro Clemer. Com Fernandão e um Nilmar que vem se recuperando, o Inter pode formar a dupla de atacantes mais temida em terras tupiniquins.

Paranaense

O Atlético (PR) tentou, fez 2 a 0, mas tomou o gol aos 19 minutos do segundo tempo, cabeçada de Henrique Dias. Fim do sonho do Furacão e o Coxa amplia a vantagem que tinha como maior campeão do estado, agora com 12 títulos a mais que o rival, 32 troféus no total.

Baiano

No quadrangular final, o Vitória da Conquista precisava derrotar o Bahia para ser campeão. Mas perdeu, e por goleada. Já o Tricolor precisava vencer por dois gols a mais do que o Vitória da capital, e os torcedores roeram as unhas até o final, acompanhando o próprio jogo e o adversário. Deu Vitória, 5 a 1 no Itabuna, com o mesmo saldo, mas tendo marcado mais tentos que o Bahia, que derrotou o Vitória da Conquista por 5 a 0. De tirar o fôlego. Festa de Rámon (aquele mesmo) e de Rodrigão (sim, também é aquele), que marcou duas vezes na partida decisiva.

Goiano

E a derrota para o Corinthians na Copa do Brasil abalou o Goiás. Sorte do Itumbiara, de Paulo César Gusmão, que conquistou seu primeiro título no estado, vencendo o clube esmeraldino por 3 a 0. Dois dos gols foram marcados por Basílio, o “Basigol”, como alguns santistas o apelidaram em sua passagem pela Vila Belmiro. E Caio Júnior balança...

Catarinense

No tempo normal, 3 a 1 para o Criciúma no Heriberto Hulse. Com a vitória do Figueirense no primeiro jogo por 1 a 0 (aqui o saldo nas partidas finais não valia), prorrogação. Tomando pressão, o Fiqueira aproveitou um contra-ataque rápido e marcou aos 4 da segunda etapa do tempo extra. E a equipe de Alexandre Gallo assegurou o título. Novamente, o Criciúma perde uma final em casa. No ano passado, também viu o Chapecoense fazer a festa em seu estádio.

segunda-feira, abril 28, 2008

Rápidas dos estaduais

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Fabio Motta/AE


Rio de Janeiro

O garoto botafoguense Eduardo, zagueiro, 19 anos, fez bela jogada, deixou Léo Moura pra trás, invadiu a área e... acertou a trave. Havia dois companheiros entrando no meio da área, mas ele preferiu arriscar um chute que caprichosamente não entrou. Quase foi herói.

Mas, sete minutos depois, o mesmo Eduardo perdeu uma bola no ataque. Diego Tardelli foi lançado e passou para Obina, que definiu em favor do Flamengo. Embora não se possa dizer que ele é culpado pela derrota, não há dúvidas de que o jovem, revelação do Bahia, foi um dos personagens principais na equilibrada partida do Maracanã. Agora o Mengão tem a vantagem do empate. Quarta, o rubro-negro vai com moral pegar o América no México. E o Alvinegro tem uma semana para se preparar.

Foi de se estranhar também o Botafogo entrando de camisa branca, sem qualquer necessidade. O Victor do Blá Blá Gol comentou a respeito.

Mineiro

O resultado da primeira partida da decisão do Mineiro já foi comentada aqui. Vi poucas vezes o Cruzeiro jogar, mas impressiona a velocidade com que faz a transição da defesa para o ataque.

E não é a primeira vez que Geninho toma um “sacode” à frente do Galo, fazendo história de forma negativa. Em 2002, nas quartas-de-final do Brasileiro, ele tomou um 6 a 2 do Corinthians em pleno Mineirão. Mesmo assim foi “prestigiado” pela diretoria atleticana. Porém, no começo do ano seguinte, se transferiu justamente para o Corinthians. Lá, foi campeão paulista mas pediu demissão no Brasileiro, após ver sua equipe ser derrotada por 6 a 1 pelo Juventude.

Gaúcho

O Juventude, do técnico Zetti, venceu por 1 a 0 o Inter, com um gol aos 47 do segundo tempo. Foi a terceira vitória da equipe contra o Colorado. Antes, já desclassificou o Grêmio em pleno Olímpico nas quartas do Gauchão. No Beira-Rio, conseguirá suportar a pressão?

A propósito do futebol gaúcho, o Internacional, que completa cem anos em 2009, vai dar ao seu torcedor a oportunidade de escrever sobre sua paixão pela equipe. Os melhores serão publicados em livro comemorativo. E o parceiro Gerson Sicca, do Limpo no Lance, escreveu um belo texto a respeito. Para ler e votar, clique aqui e digite 358 (o número do texto) no campo “busca”. Vale a pena.

Paraná

Já em Curitiba, o Coxa, de Dorival Júnior, fez dois a zero em cima do Atlético. O Furacão tem que devolver o mesmo placar para forçar uma prorrogação na Arena da Baixada. Se persistir o empate, o campeão será conhecido nos pênaltis.

A nota negativa ficou na arquibancada. Houve invasão de um torcedor do Coritiba no gramado, no intervalo do jogo, e os atleticanos tentaram derrubar o alambrado que dá acesso ao campo.

Catarinense

No Catarinense, o Criciúma tem que devolver a derrota sofrida ontem por 1 a 0, diante do Figueirense do técnico Alexandre Gallo, para levar o confronto à prorrogação. Aqui, tanto faz o saldo de gols das finais. O Castiel, em seu blogue, comenta o primeiro jogo da final.

Bahia

A decisão do campeonato baiano ocorre em um quadrangular e nesse domingo houve mais um Ba-Vi. Ao contrário das três partidas anteriores contra o Tricolor, em que foi derrotado, o Vitória de Vagner Mancini venceu o Bahia por 3 a 0 e assumiu a liderança com a mesma pontuação de seu maior rival, mas com vantagem no número de gols marcados

Goiano

O Itumbiara, de Paulo César Gusmão, venceu o Goiás, de Caio Júnior, por um a zero em casa. O tento saiu dos pés de dois ex-santistas: Caíco lançou para Basílio, que acertou um belo sem-pulo. Devolvendo a derrota no Serra Dourada, o time esmeraldino assegura o título.

segunda-feira, agosto 13, 2007

Viva a Segundona!

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Esse negócio de Primeira Divisão anda meio por baixo. Os santistas que o digam. Tomar de 3 a 0 do Fluminense não é fácil.

A Segundona está mais interessante.

A Portuguesa, por exemplo, não muda. É pura emoção. Quando a gente pensa que vai, não vai. Se tivesse vencido o Brasiliense no Canindé, estaria em quarto lugar, com 30 pontos, já no G4 e na frente do próprio Brasiliense, que com o empate manteve a 4ª posição, com 29. A Lusa, mesmo assim, mantém um promissor 5° lugar, com 28 pontos. Mas, em se tratando de Portuguesa, o que é promissor pode ser apenas uma ilusão.

Quem se deu bem na 18ª rodada do Brasileiro Série B foi o Coritiba, que bateu o forte e ainda vice-líder Marília no interior paulista e está em 3° lugar. Ambos os times têm agora o mesmo número de pontos (32), mas o MAC tem mais vitórias (12 a 10).

Pra não esquecer, o líder ainda é o Criciúma, com 34 pontos, mas depois de duas derrotas seguidas (1 x 3 pro Paulista e 1 x 2 pro Santa Cruz), a liderança dos “catarina” já não é mais incontestável.

E viva a Segundona!

domingo, maio 27, 2007

Barueri vence na primeira partida da Arena

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Site oficial do Grêmio Barueri

Na primeira partida do ultra-moderno e pretenso estádio candidato a ser uma das sedes da também pretensa Copa do Mundo de 2014 por aqui, o Barueri ganhou de virada do Criciúma por 2 a 1. O Tigre catarinense bem que tentou estragar a festa preparada pelo prefeito Rubens Furlan (PMDB) para as mais de 12 mil pessoas presentes na partida com Sílvio Criciúma (ex-Portuguesa e Portuguesa Santista) aos 13 do primeiro tempo, mas Pedrão (sempre ele) empatou aos 27. Na segunda etapa, a vitória veio aos 18 com Assis, de pênalti.

O Arena Barueri (que mania de chamar qualquer estádio novo de "arena") já foi motivo de post nesse blog. Hoje, o local tem capacidade para abrigar 20 mil pessoas, mas, quando estiver totalmente concluído em 2008, poderá receber 40 mil. A intenção dos beneméritos construtores do Arena é que até 2010 o estacionamento e o acesso também estejam finalizados. O custo total da obra, feita pela OAS, será de R$ 70 milhões bancados pela administração municipal.

Como várias outras cidades, o município da região oeste da grande São Paulo usa o ISS no valor mínimo para atrair empresas, algumas reais outras nem tanto, e com isso consegue uma boa arrecadação, ainda mais se comparada às vizinhas Carapicuíba e Itapevi, por exemplo. A oposição acusa o prefeito de querer fazer uso político do dito estádio e também do time, que está no futebol profissional há apenas seis anos. Difícil não acreditar que tenham sua dose de razão.

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Na ponta, dois paulistas. A Ponte venceu o Fortaleza em Campinas por 2 a 0 e o Marília fez a lição de casa ao superar o Avaí por 4 a 3. Os dois têm sete pontos e são os únicos invictos. Já na parte de baixo, três bandeirantes estão em situação complicada. O Ituano ainda não marcou pontos, o Paulista conseguiu somente um empate e o Santo André tem uma vitória e ocupa a antepenúltima colocação. De um jeito ou de outro, pode ser que haja menos times do estado na Série B de 2008.