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quarta-feira, abril 09, 2008

Repeat after me: "ka-SHA-sa"; "kye-peer-EEN-yah"

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Tá no New York Times desta quarta-feira, 9, mas a indicação é da eminência ruiva do Futepoca, Brunna. As cachaças que se espalham e tomam conta dos Estados Unidos ganharam destaque. As marcas envelhecidas em tonéis de alumínio Pitu e 51 são as primeiras do mercado. De baixa qualidade, diz o jornal, são vendidas a preços cinco vezes mais caros. E eles ensinam o novaiorquino moderninho a pronunciar o nome da bebida e o do drink mais famoso preparado com a marvada: "ka-SHA-sa" e "kye-peer-EEN-yah"

A terceira no ranking estadunidense é a Leblon, uma chambirra for export lançada em 2005 que tem, em seu site, uma foto de origem incerta de um canavial às margens da baía da Guanabara. Ainda na animação de abertura, há fotos de moças de biquini e barbados de calção florido. Só abriu aqui o site em inglês, enquanto o endereço brasileiro estava fora do ar.

Reprodução

Canavial a beira-mar?

O crescimento do mercado gringo parte de 100 mil litros em 1998 para 647 mil em 2007. O repórter ouviu um degustador a categoria da "ka-sha-sa" está em sua "infância" diante do potencial que os 20 tipos de madeiras para envelhecimento (sem contar cascas e sementes) propiciam ao espírito do destilado. O tal do Mr. Belic veio ao Brasil e provou, segundo suas próprias estimativas, 800 marcas diferentes. A gente chega lá?

Em "O fascínio da cachaça se espalha pelos EUA a partir do Brasil", Seth Kugel escreve de Barra Mansa, interior do Rio de Janeiro, onde ele conheceu os alambiques e tonéis de madeira da Rochinha, onde entrevistou Antonio Rocha.

Reprodução

Na foto, Antonio Rocha, de Barra Mansa, na página do NYT

Por anos a produção das terras da família Rocha foi engarrafada por outras marcas. "Até 1990, cachaça não tinha valor. As que vendiam eram as que anunciavam; as de qualidade não anunciavam. Era só no boca-a-boca", conta. A precisão das datas não vem ao caso, mas foi nessa época que o seu Rocha resolveu começar a envelhecer sua produção por cinco a doze anos.

E Kugel fecha a nota mostrando o seu Rocha como homem do campo, que, quando criança, preferia "brincar" no trator a jogar videogame e assistir à televisão.

Os links em inglês, parte 1 e parte 2

5 comentários:

Glauco disse...

Esse Mr. Belic de ve ter saído tortinho do Brasil, 800 marcas de cachaça não é para amadores...

Nicolau disse...

Em quanto tempo o moço fez esse tour etílico? E porque ninguém paga nóis pra fazer essa degustação?

maurício disse...

por que, de nivaldo, falta organização pra pedir uma bolsa fapesp num projeto de pesquisa para o desenvolvimento de critérios científicos de degustação hedonística de cachaça.

Marcão disse...

Good news about the brazilian water that american bird don´t drink.

Anselmo disse...

eu gostei do canavial a beira mar...