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Quando comecei a escrever, na quarta-feira a noite, me deparei com esta notícia: Corinthians anuncia fim de acordo com consórcio de estádio, aquele que prometia em fevereiro que haveria um projeto pronto em dois meses. O quarto estádio de fumaça. Se a diretoria do Corinthians é boa de factóide, não significa que a do Palmeiras esteja imune a isso. O que eu quero saber é:
Afinal, a Arena Palestra Itália é boa para o torcedor?
Todos os parceiros palmeirenses do Futepoca que se manifestaram a respeito estão a favor.Fotos: Divulgação Palmeiras


Simulação gráfica da bendita Arena
Nas perguntas frequentes da página do clube na internet, a Arena é explicada com laranjas.
As principais vantagens na visão da diretoria são:
a) Investimentos na deficitária área social do clube (vestiários, quadras e escritórios) além de ampliar o Palestra Itália.
b) Redução dos custos de manutenção, especialmente os que o estádio despende, entre R$ 8 milhões e R$ 9 milhões anuais.
c) Gerar uma fonte de receita com o aluguel para shows e eventos. O clube deve gastar R$ 1 milhão anual com aluguel e receber 5% da receita nos primeiros cinco anos com aumento gradativo até os 30 anos. Não é informado o percentual do clube no fim do período.
O cronograma prevê que o estádio seja interditado a partir do início do Brasileirão 2009 e dure 16 meses, quer dizer, só no meio do campeonato nacional de 2010 é que o time vai voltar a mandar jogos na Turiassu. De junho para cá, o trâmite interno do clube foi adiado em relação à previsão inicial, mas o início das obras permanece o mesmo.
Investimento
As cifras são elevadas: R$ 300 milhões para serem recuperados em 30 anos. Recuperados pela WTorre, bem entendido. A reforma da Arena da Baixada, apontada como estádio mais moderno do país, saiu a R$ 30 milhões, sendo que não constam melhorias sociais (que aos torcedores pouco importam) e uma parte continua incompleta – as obras de olho na Copa de 2014 devem começar no início do próximo ano, na área de um terreno vizinho recém-adiquirido.
A WTorre foi uma das quatro parceiras com quem o alvinegro paulistano divulgou que construiria seu estádio. Segundo a construtora, de sua parte, o projeto que deu água pelo enrosco entre Kia e Dualib.
Mas é bom?
Perder dinheiro a WTorre não vai. Exemplo disso é que os bancos Santander e Votorantim se tornaram sócios da construtora há dois meses. É uma turma que não costuma jogar grana no ventilador.
Se a assembléia dos sócios do Palmeiras não aprovar o acordo, a empresa vai construir estádio para outro clube. E vai jogar pesado para ser uma das sedes da Copa (o Morumbi que faça seu contra-lobby).
Buscar parceiros profissionais pode ser uma forma de lidar com o amadorismo das diretorias. Mas é o histórico de amadorismos que deixa o torcedor com um mínimo de pé atrás. Mesmo na Inglaterra, um dos locais onde o futebol é mais rentável (para os donos dos clubes), muitos torcedores reclamam.
Mas há alternativas para reformar um estádio? Se há, os clubes ainda não encontraram. E para mexer na parte social, a que sempre dá prejuízo em todos os clubes do Brasil segundo dirigentes entrevistados pelo Futepoca? Putz, menos ainda.
Então, com as informações disponíveis e com o quilate dos opositores, a minha resposta é:
Parece bom.
Se eu fosse sócio, votaria a favor. Mas quereria ver todos os dados do contrato antes de ele ser assinado para não ser surpreendido.E se a oposição de Mustafá Contoursi barrar a iniciativa, é capaz de levar um projeto prontinho para o rival sem estádio. Vai fazer por merecer uma estátua nos domínios de Parque São Jorge. Será que ele já pensou nisso?
1 comentários:
Anselmo, meu caro, essa imagens aí são do projeto antigo. No 3VV vc encontra várias do projeto atual.
A arena é boa sim.
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