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segunda-feira, julho 06, 2009

Vitória magra para tirar a zica

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O horário (sábado às 18h30), o time e a torcida em si não contribuíram, então não foi surpresa ver a Vila Belmiro recebendo um público inferior a 7 mil pessoas no sábado para a partida entre Santos e Sport. Surpreendente, sim, foram duas coisas: a manifestação de opositores ao presidente santista Marcelo Teixeira, que corajosamente distribuíram a quem se dirigia às arquibancadas dos sócios uma cópia do infeliz comunicado do superintendente peixeiro José Carlos Peres parabenizando o título corintiano na Copa do Brasil, e um bandeirão da torcida que trazia a figura de Michael Jackson mesclado com o distintivo do Santos - que eu, infelizmente, não pude registrar, já que estava sem uma câmera nas mãos.

Falando especificamente do jogo: o Santos entrou em campo com sua formação já clássica, mas com a curiosa presença de Róbson na equipe titular. Ele marcou o gol peixeiro no empate contra o Palmeiras e isso o fez titular da equipe, superando o garoto Neymar e o meia Molina, que era quem habitualmente brigava pela posição com o menino. Há jogadores que só rendem quando entram no segundo tempo, e talvez Róbson seja um deles: não jogou praticamente nada. Claro que não foi só ele. A dupla Roberto Brum - Rodrigo Souto vai se consolidando como um dos maiores problemas do Santos atual (não marca, não cria, não dá opção), os laterais não têm se apresentado bem e o centroavante Kléber Pereira vive uma má fase de impressionar.



Veio o segundo tempo e Róbson nem voltou - Neymar ocupou o seu lugar. O que não chegou a representar uma grande transformação. O Santos continuou apático e, por pouco, não viu o Sport chegar às redes, num incrível lance desperdiçado por Fabiano, aquele mesmo, ex-São Paulo, Atlético-MG e que jogou no próprio Peixe.

A (justa) expulsão de Weldon - também ex-Santos - facilitou as coisas para o Alvinegro, e a redenção veio aos 43 do segundo tempo, com um gol irregular de Paulo Henrique. Se o Santos não merecia ganhar, tampouco o Sport; o 0x0, talvez, seria o placar mais justo e o que "premiaria" as equipes pelas péssimas atuações.


Como torcedor, celebro a vitória e os três pontos que o Santos põe na conta. Subjetivamente, acredito também que esse triunfo pode quebrar um pouco da "zica" que paira na Vila Belmiro. Mas não me iludo com o time, que repete más atuações. E lamento o declínio de nomes como Léo e Madson.

Tem muita coisa para ser corrigida no Santos.

4 comentários:

Glauco disse...

Tem sim, Olavo. E é tanta que não dá nem pra começar a listar. Se mudasse o presidente e a diretoria já seria um bom começo...

Fernando Bueno disse...

TExto que escrevi no meu blog e gostaria de comentários do Futepoca.
Sei que ainda é cedo, mas se o campeonato terminasse hoje teríamos rebaixados Náutico, Atlético-PR, Botafogo e Avaí. E subiriam: Guarani, Brasiliense, Ponte Preta e Atlético-GO (que poderia ser a Portuguesa que tem a mesma pontuação). Ou seja a chance de subir três times paulistas, como aconteceu ano passado, é muito grande. Assim teríamos 10 (!) times paulista num campeonato de 20 clubes, 50%!!! Sei que isso é resultado de trabalho e os times paulista tem estrutura maior. Mas fico me perguntando se isso não causaria uma problema ao futebol brasileiro?

Glauco disse...

Problema grande não digo, até porque a chance de um ou mais paulistas descerem não é pequena. E o Vasco não está entre os ascendentes, coisa que aposto com qualquer um que vai ocorrer até o fim da Segundona.

Mas também não gosto da ideia de tantos paulistas na Série A. Nesse sentido, a Série B é mais democrática, tem times de mais estados que a primeira divisão.

Leandro disse...

Até eu que sou corinthiano estranhei essa manifestação do dirigente do Santos FC.
Curioso é que na semana que antecedeu a decisão entre Inter e Corinthians vi pela TV, inclusive pela TV fechada, algumas manifestações, sinceras ou não, de regionalismo explícito por parte de alguns torcedores do Grêmio que se diziam solidários ao conterrâneo colorado. E em contrapartida, alguns colorados, poucos, mas eu vi, falavam em vitória na quarta contra os paulistas do mal e na quinta contra os mineiros, também do mal. Sem contar que na final do ano passado cheguei a ver/ouvir coisa parecida entre os pernambucanos, em grau um pouco menor.
De qualquer modo, acho que aqui no Estado de São Paulo isso não cola. Tem time e rivalidade demais. São quatro grandes com uma rivalidade tão grande quanto, e ainda temos os do interior que são encardidos e não irrelevantes como os de destes outros lugares em regra são. E nem estou contando aqui o Guarani e a Ponte, times que chegaram a figurar entre os grandes do país não faz muito tempo.
Se isso rola de forma sistemática em outros Estados não sei. Gostaria de saber.
Então, se puderem, com a palavra o mineiro Fredi e o paulista Marcão, que morou algum tempo no glorioso Estado do Ceará.