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quinta-feira, setembro 22, 2011

O jogo do medo

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Por Moriti Neto

A base foi o medo na noite desta quarta-feira, no Morumbi. São Paulo e Corinthians fizeram uma partida aquém do que se espera de um Majestoso que tinha a liderança, mesmo que provisória, do Campeonato Brasileiro em disputa. O 0 x 0, não somente pelo placar, foi digno de nota das mais baixas. Para os dois times e técnicos.

O jogo

Jogando em casa, o Tricolor até começou pressionando um Corinthians que, claramente, vinha com uma proposta defensiva, quase um ferrolho.  Duas chances seguidas, antes dos 10 minutos de bola rolando, com Dagoberto e Lucas, deram a impressão de que o mandante daria tom ofensivo à metade em três cores do campo.  Não foi o que se viu até o fim da primeira etapa.

Os visitantes congestionaram o meio e só saiam da defesa à base de reza braba. A não ser em raras tentativas de contragolpe, sem sequência é bom ressaltar, o Alvinegro permitiu que Ceni e até mesmo João Felipe e Rhodolfo fossem quase expectadores do fraco “espetáculo”.

No final da etapa inicial, Dagoberto ainda cobrou falta, Casemiro cabeceou na trave esquerda de Júlio César, e Piris, no rebote, chutou fora a melhor chance são-paulina. Foi pouco. Quase nada para quem aguardava um “clássico”.

O segundo tempo chega e já não há esperança de um jogo muito melhor. A  justificativa  se dá ao olhar para os bancos e enxergar Adilson de um lado e Tite de outro.  Retratos de apatia e, pior, covardia. Se o treinador corintiano, desde sempre, apostou na postura defensiva, o são-paulino jamais abdicou dos três volantes, ainda que percebendo (???) o adversário satisfeito com o empate – em tese, o suficiente para adiar a queda do comando técnico. Aliás,  apesar do jogo de baixa qualidade, pelo menos essa boa expectativa os corintianos tinham.  Já aos tricolores, nem isso restava.



Daí até o final, o que se viu foi o São Paulo tendo duas chances criadas pelo volante Wellington, uma em chegada à linha de fundo e outra num bom arremate que pegou no lado de fora da rede,  e um Corinthians com Emerson se matando no ataque, inclusive quase anotando de cabeça.

Encerrada a peleja, vaias dos 44 mil torcedores presentes ao Morumbi a uma das partidas mais fracas vistas num Majestoso nos últimos anos.

Algo muito errado

Rivaldo começou  aquecimento aos 14 minutos da segunda etapa. Entrou aos 30. O medo de Adilson Batista não permitiu que sacasse antes o quase volante Cícero para colocar em campo o meia que poderia ter conferido alguma qualidade ao jogo se tivesse mais tempo.  Erradamente, a aposta foi em Casemiro para armar. Já disse aqui que ele tem alguma qualidade para organizar jogadas, mas pode fazer isso eventualmente, já que não é, de fato, armador. Claro, Lucas prosseguiu isolado, de costas para a defesa adversária ou largado num dos lados do campo.

Dagoberto, para variar, sumiu em jogo importante. Isso já é histórico. As boas fases do camisa 25  sempre foram como coadjuvante. O atacante não pode, jamais, ser o elemento decisivo de uma equipe. Quando se depende dele para resolver, alguma coisa está muito errada.

Em dado momento, me peguei a pedir Marlos. Mais do que nunca, havia algo realmente indo muito mal. No entanto, ao acreditar que o meia/atacante, que, apesar da desinteligência,  pelo menos tem talento para o drible, queria apenas quebrar o marasmo proposto por dois treinadores cagões.

domingo, junho 19, 2011

Recorde do São Paulo e show de Rogério Ceni

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Nunca antes na História desse modelo de Brasileirão disputado por pontos corridos, a partir de 2003, um clube havia ganho os cinco primeiros jogos. Pois esse recorde foi alcançado neste domingo pelo São Paulo, com a vitória por 2 a 0 sobre o Ceará, em Fortaleza, gols de Marlos e Lucas. Com isso, o time chegou a 15 pontos, nove gols feitos e só um sofrido. Mas a primeira derrota esteve perto de acontecer, não fosse o show do goleiro Rogério Ceni, que pegou um pênalti quando o jogo estava zero a zero e fez, pelo menos, mais meia dúzia de defesas muito difíceis nas duas etapas. Uma atuação para comprovar que, além de maior artilheiro entre os goleiros do mundo, é também um dos maiores na função, em todos os tempos.

Mesmo com o ótimo desempenho do São Paulo, é preciso reforçar que faltam longínquas 33 rodadas e que o time, de elenco sofrível e vários titulares no departamento médico, passará agora por um longo período sem Lucas, que disputará a Copa América pela seleção principal, e Casemiro, William, Bruno Uvini e Henrique, que vão ao Mundial Sub-20. Carpegiani segue sem laterais, pois desconhece a existência de Edson Ramos, trazido por Rivaldo, e mantém o improvisado Jean na direita (que sempre rende mais na função de origem, como volante que sobe ao ataque) e o fraco Jean na esquerda. Xandão dá sustos na zaga e Luís Fabiano, que ainda não estreou, só tem os esforçados e pouco eficientes Henrique e Wiliam como opções. Porque, para mim, Dagoberto e Fernandinho são pontas. E Lucas também cai pelas laterais, assim como o reserva Ilsinho.

O único meia "clássico" do elenco é o velho Rivaldo, que dificilmente será titular. Casemiro pode ser o que o Hernanes foi, um volante clássico que chega à frente e faz gols. Atrás, Wellington faz o mesmo que Josué, marca forte, desarma e faz a ligação com o(s) meia(s). Luiz Eduardo está perfeito como zagueiro e merece ser titular, ao lado de Rhodolfo (Alex Silva saiu, Miranda sai no fim do mês e Xandão é opção de banco ou quando o técnico põe três zagueiros). Carlinhos Paraíba parece ter perdido espaço e, se isso se confirmar, o São Paulo renovará com Rodrigo Souto, que ameaçou pegar o boné. Também tem Zé Vítor pra posição.

Ou seja, não é um elenco forte ou ideal, mas, num campeonato com tantos times sofríveis, dá pra brigar na faixa dos dez primeiros. Acho que está no mesmo nível, em termos de elenco, de Fluminense, Grêmio, Vasco, Flamengo - mas conta com a vantagem de estar revelando vários bons moleques. Palmeiras, Botafogo e Atlético-MG também estão quase nessa faixa. Entre os mais fortes, mesmo enfrentando má fase, Cruzeiro e Internacional têm conjuntos melhores de valores individuais, assim como o Corinthians, que já segue bem. E o Santos, que ninguém se iluda, vai dar trabalho, mesmo se vencer a Libertadores. Afinal, a qualidade de seu time é bem superior a mais de dois terços dos participantes do Brasileirão. Aguardemos, pois.

domingo, junho 12, 2011

Quarta vitória contra adversário 'sem' atacantes

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O técnico do Grêmio, Renato Gaúcho, deve ter se arrependido por dispensar o atacante Borges no mês passado - ou, no mínimo, de não ter feito qualquer esforço para sua permanência. Ontem, no Morumbi, seu time entrou em campo com apenas um atacante de ofício, o inócuo Júnior Viçosa, substituído no segundo tempo pelo também ineficiente Roberson. Resultado: o único gol dos gremistas foi feito por um adversário, Casemiro. E o São Paulo, com outro gol de Casemiro, mais um de Marlos e outro de Jean (impedido), fechou o placar em 3 a 1. Assim, o time de Paulo César Carpegiani chegou à quarta vitória consecutiva e garantiu a liderança isolada, com 12 pontos. E o Grêmio, até ontem, estava em sexto, com duas vitórias e duas derrotas. Enquanto isso, em Minas Gerais, o já citado Borges arrancava um empate com sabor de vitória para o time reserva do Santos, contra os titulares do Cruzeiro, aos 44 minutos do segundo tempo.

Curiosa a trajetória de Borges. Depois de três temporadas no São Paulo (de 2007 a 2009), dois títulos brasileiros e 54 gols em 150 jogos, seu filme queimou justamente numa partida contra o Grêmio, quando foi um dos três expulsos da equipe paulista. Assim, desfalcou o time comandado por Ricardo Gomes nos últimos e decisivos jogos do Brasileirão de 2009. O atacante estava suspenso na derrota para o Goiás, que decretou a perda do título. E, um mês depois, assinava contrato com o mesmo Grêmio contra o qual havia sido expulso. No time gaúcho, fez 30 gols em 55 jogos. Depois de apenas uma temporada e meia, protagonizou dois lances capitais para sua saída. Primeiro, foi expulso em jogo decisivo da Libertadores em pleno Estádio Olímpico. O Grêmio foi eliminado da competição. Depois, Borges ainda perderia um pênalti no clássico que deu o título gaúcho para o rival Internacional.

Porém, ele faz falta no Grêmio e isso ficou claro ontem. Não havia quem finalizasse as poucas chances criadas. Do outro lado, a surpreendente escalação de Marlos no lugar de Carlinhos Paraíba deu mais velocidade à equipe sãopaulina e propiciou vários lances de perigo. Logo no início, Marlos rolou para Casemiro encher o pé; a bola desviou em Fábio Rochemback e entrou. Lucas e Dagoberto perderam outros gols feitos e, na segunda etapa, depois de Casemiro empatar o jogo com um gol contra, o São Paulo aproveitou um erro de passe bisonho de Douglas (muito semelhante à burrada que fez pela seleção brasileira, no lance em que Messi anotou o gol da vitória argentina) e Lucas deu passe preciso para o inspirado Marlos fazer 2 a 1. No final, em lance de impedimento claro, que o bandeira não marcou, o volante/lateral Jean fez o terceiro e fechou a fatura.

Sobre o Grêmio, uma constatação óbvia, a de que falta atacante. Sobre o São Paulo, outra obviedade que venho repetindo há tempos: faltam laterais. O lance de bola parada que originou o gol do Grêmio surgiu numa falta feita onde Jean, que não é lateral de ofício, deveria estar. Por isso, encerro com a advertência (também óbvia) do goleiro Rogério Ceni: "Que a torcida não se iluda com essas quatro vitórias". É fato. Muita coisa ainda vai mudar nesse campeonato - e principalmente no São Paulo, que perde Lucas para a Copa América, despede-se de Miranda (e provavelmente de Rodrigo Souto) e que também pode perder, na sequência, Casemiro, Wellington, Bruno Uvini, William José e Henrique para a seleção Sub-20.

quinta-feira, abril 07, 2011

Cenas da Arena Barueri

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Por Moriti Neto


Se não foi um show de técnica e habilidade, a partida de ontem entre São Paulo e Santa Cruz, pela Copa do Brasil, na Arena Barueri, foi rica em elementos dramáticos. O Tricolor Paulista só eliminou o valente time pernambucano depois de muita correria e já no fim da segunda etapa.

O São Paulo começou bem. Como era de se esperar, tomou o controle do jogo, apostando na movimentação de Dagoberto, Fernandinho e Lucas. Os três deslocavam-se constantemente e buscavam aproximação para tabelas rápidas, o que incomodava a defesa do Santa.

Contudo, não foram a velocidade e o toque de bola que abriram o placar, inaugurado quando Dagoberto, aos 8 minutos, bateu falta e o zagueiro Rhodolfo, bem colocado, desviou de cabeça, colocando longe do alcance do bom goleiro Tiago Cardoso.

Pouco tempo depois, Fernandinho levou uma pancada na perna direita e a equipe perdeu as saídas ofensivas pela esquerda. Marlos entrou. E, claro, o índice de produtividade do ataque caiu. Atabalhoado, o jogador erra quase tudo que tenta, porque tenta sempre o mais difícil. Fora isso, ainda atrapalhou Lucas, pois passou a atuar pelo mesmo lado que o camisa 7, que acabou por mudar de posicionamento.

Assim, o time passou a ter problemas para ligar meio e ataque, forçava os chutões e abusava dos passes errados. Porém, o zagueiro pernambucano André Oliveira, autor da falta que originou o tento são-paulino, fez pênalti infantil ao esticar o braço para derrubar Dagoberto e foi corretamente expulso, pois já tinha amarelo.



Era a chance de ir para o intervalo mais tranqüilo. Rogério Ceni cobrou a penalidade, mas inventou de bater “a Djalminha”, diversamente do que está acostumado, e o arqueiro rival teve condições de praticar a intervenção. Para mim, o goleiro/artilheiro/capitão/mito foi arrogante ao tentar, num momento decisivo, um artifício que não lhe é comum.

O segundo tempo começou e, o já antes recuado Santa Cruz, com um a menos, montou um ferrolho. Até o bom atacante Gilberto pouco passava do meio de campo. O São Paulo era detentor quase absoluto da posse de bola, mas a efetividade era mínima (não esqueçamos, Marlos estava em campo). Quando Carpegiani viu o problema, substituiu Casemiro por Ilsinho e Alex Silva por William José, coisa que deveria ter feito na volta dos vestiários. Considerando que o adversário estava com 10 atletas e se daria por satisfeito com a ida aos pênaltis, não havia necessidade de subir para a etapa final com três zagueiros e dois volantes.

Como era óbvio, Ilsinho passou a ser opção pela direita, procurando abrir o jogo, e William começou a puxar marcadores para fora da área pernambucana. Dessa forma, os dois conseguiram uma tabelinha em belo passe do atacante, finalizado com um disparo do ala/meia para as redes e selaram o 2 x 0 que garantiu a classificação.

A partir dali, iniciou-se a série chiliques. Renatinho, do Santa Cruz, numa jogada que não levava perigo, deu uma pancada em Ilsinho e foi expulso. Everton Sena, competente carrapato de Lucas nos dois jogos, tomou o vermelho. Só que o camisa 7 são-paulino também foi para o chuveiro. No momento, parecia não ter feito nada que justificasse a expulsão, mas a cena que protagonizou ao sair de campo, chorando pela exclusão que achou injusta, foi de lascar. A verdade é que os dois jogadores passaram a partida se provocando e trocando empurrões e, ao que tudo indica, o árbitro se encheu.

Agora vem o Goiás, que eliminou a Ponte Preta. O São Paulo tem muito a melhorar para enfrentar adversários de melhor nível que o Santa Cruz. Provavelmente, contará com Luis Fabiano, mas não terá o quase imprescindível Lucas que, aliás, para continuar com esse status, deve se adaptar a marcações cerradas de jogadores e árbitros, já que se tornou uma grande atração.


Moriti Neto é torcedor do São Paulo e escreve sobre o Tricolor Paulista no Futepoca. Qualquer são-paulinismo exacerbado não é de responsabilidade de quem publica, hehe...

quinta-feira, janeiro 20, 2011

Fominhas 3 x São Bernardo 0

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Por Moriti Neto

Sem centroavante e com um ataque, a princípio, individualista. Foi assim que o São Paulo venceu o São Bernardo, por 3 x 0, na noite desta quarta-feira, no Morumbi, pela segunda rodada do Campeonato Paulista. De inusitado, ao menos para este escriba, a boa atuação do caçula do time vindo da cidade que forjou o maior político da história deste país e os autores dos gols da vitória são-paulina: Dagoberto, Marlos e Fernandinho. São jogadores velozes, com boa dose de habilidade, mas que carregam demais a bola e dificilmente sabem o momento certo para definir um lance.

O jogo

Com as ausências dos cinco garotos que estão na seleção brasileira sub-20, que disputa o sul-americano da categoria, principalmente Casemiro e Lucas, e poupando Fernandão, Paulo César Carpegiani escalou um time pouco marcador. Na defesa, Alex Silva e Miranda protegiam a meta de Rogério Ceni. Pelos lados, apareciam a dupla Jean e Juan (não, não é sugestão de trocadilho inspirado na música sertaneja). Rodrigo Souto fazia a cobertura da esquerda, Cléber Santana da direita, Ilsinho e Carlinhos Paraíba eram responsáveis pela criação nos lados do campo e Marlos ficava na frente, junto com Dagoberto.

No bom primeiro tempo, logo aos 4 minutos, Dagoberto, completando jogada de Marlos, anotou de canela: 1 x 0. A equipe tocava bem a bola, fazia tabelinhas, jogava pelos lados e arriscava vários chutes de fora da área. Controlando o ritmo da partida, o São Paulo ampliou com Marlos, aos 41, depois de cruzamento feito por Ilsinho, e fez jus ao resultado parcial de 2×0. Dagoberto ainda quase marcou um golaço ao arrancar no ataque e tocar por cobertura. A bola raspou a trave.

Começou a segunda etapa e a peleja ganhou ritmo diferente. O São Bernardo foi para cima, jogando um futebol vistoso. O mandante só não tomou o gol graças ao trabalho de Ceni, Alex Silva e Miranda. Assim, Carpegiani começou a mexer na equipe e colocou Fernandinho no lugar de Ilsinho. E o atacante, aos 31, foi autor do terceiro gol, numa bela jogada dentro da área. Depois, entraram Xandão e Fernandão, nos lugares de Cléber Santana – que saiu muito vaiado – e Dagoberto.

Decidido o resultado, o São Paulo voltou a dominar a partida, mas não teve o mesmo ímpeto em atacar de forma aguda como mostrado na etapa inicial. O Tricolor jogou muito bem o primeiro tempo e emperrou um pouco no segundo. Parece que vai pegando ritmo, mas, sinceramente, não consigo me empolgar com o meio de campo lento formado por Rodrigo Souto e Cléber Santana.


Apesar da goleada, o São Bernardo surpreendeu e mostrou qualidades. Pode despontar entre os pequenos neste estadual. Contudo, surpresa mesmo foi ver os três tentos da partida marcados por caras que, costumeiramente, carregam tanto a bola que dão impressão de quem vai exceder os limites das quatro linhas com a redonda. Ontem, só deu fominha balançando as redes.