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Lumumba também fez 29 gols pelo São Paulo |
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Bicampeão brasileiro, Hugo hoje está sem clube |
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Reinaldo, que estava no Inter de Lages |
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Rogério Ceni: mais 7 gols para alcançar Maurinho |
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Rogério Ceni: mais 7 gols para alcançar Maurinho |
Quem disse que a torcida tricolor não lota o Morumbi? |
Outro dia, em comentários de um post, o Glauco concordou comigo que, até certo ponto, o Santos de Muricy Ramalho tem sido dependente de Neymar. Hoje, assistindo a vitória por 2 a 0 do São Paulo sobre o Fluminense, ficou claro que o Tricolor também é, de certa forma, dependente de Lucas (foto). A diferença é que Neymar costuma resolver mais que o sãopaulino, na minha modesta opinião. Basta observar partidas decisivas disputadas por um e outro e contar quantas vezes um ou outro "chama o jogo" pra si. Até hoje, indiscutivelmente, Neymar ganha essa disputa.
No gramado de São Januário, como era de se esperar, o mandante Fluminense partiu pra cima do time paulista. Deco perdeu dois gols, um deles incrível. E os cariocas exploravam sem dó a maior deficiência do São Paulo: as laterais. Juan, definitivamente, não pode ser titular - e, por isso mesmo, a saída e Junior Cesar é inexplicável. Após o "desastre" da eliminação da Copa do Brasil e do circo armado por Rivaldo, Carpegiani e, principalmente, Juvenal Juvêncio, o time sãopaulino parecia apático, inofensivo.
Até que Lucas resolveu acordar. E, por tabela, despertou a equipe. A jogada do primeiro gol começou com ele, passou por bela assistência de Casemiro e terminou com Dagoberto enchendo o pé e estufando a rede. Sua comemoração, aos berros, me pareceu um ato de "exorcismo" dos demônios que assolaram o Morumbi a partir da derrota para o Avaí. E, de fato, acabou a apatia, a sonolência. O time passou a jogar bola, perdeu vários outros gols no primeiro e no segundo tempo, até Lucas (sempre ele) sair driblando toda a defesa adversária para fazer um golaço e fechar o placar.
No final, num gesto de "diplomacia", Carpegiani botou Rivaldo em campo. Pra ele mostrar, novamente, que não tem condições de ser titular e nem de jogar um tempo inteiro. Muito lento e, quando pega a bola, trata de se livrar dela o mais rápido possível. Tudo bem: é uma opção para entrar nos 10 ou 15 minutos finais, quando o time ganha por diferença de dois gols ou mais. De resto, ainda é muito cedo para saber o que esperar de um longo campeonato, onde muita coisa vai mudar. Mas a reação do time, a partir do gol de Dagoberto, deu um certo alívio. Bola pra frente!
Uruca ou previsível?
E, assim como corintiano Adriano, o badalado Luís Fabiano também passou a faca no tendão. Vai demorar muito pra voltar aos campos. Que ele estava bichado, todo mundo sabia. Mas a extensão do problema foi escamoteada ao máximo pela diretoria do São Paulo. Acho impossível que não soubessem que essa cirurgia poderia ser necessária. A diretoria do Sevilla também devia saber, por isso não botou muita dificuldade no negócio. Agora é esperar e, literalmente, PAGAR pra ver. Luís Fabiano é mais velho que Adriano, vai fazer 31 anos, mas não tem o mesmo histórico de "baladeiro" e indisciplinado. Se voltar ainda este ano, continua sendo muito bem vindo. Henrique e William José ganham chance de mostrar serviço.
Jogando pro gasto e economizando forças para o duelo de sábado contra o Santos, o São Paulo venceu o Goiás novamente pelo magro placar de 1 a 0, ontem, no Morumbi, e passou para a próxima fase da Copa do Brasil. O gol, assim como na primeira partida, em Goiânia, foi marcado por Dagoberto. Sempre ele!
Muito criticado em suas primeiras temporadas no clube (apesar de ter sido titular e com participações importantes nos títulos brasileiros de 2007 e 2008), o atacante vive, de longe, sua melhor fase em quatro anos jogando pelo São Paulo. Desde o final do Campeonato Brasileiro do ano passado, tem sido fundamental.
Além de marcar um gol atrás do outro, fato incomum em sua passagem pelo Tricolor, ele ainda é um dos que mais dá assistências, que se desloca para puxar a marcação, que se movimenta em campo e que, acima de tudo, mostra aos companheiros que quer a vitória a todo custo. Não enrola, não some, não reclama. O oposto do que era antes.
E por que? Outro dia li, no tablóide Lance!, um texto interessante de Vitor Birner, em defesa do treinador Paulo César Carpegiani. Apesar de não ser nenhum "supertécnico" ou sonho de consumo de qualquer torcida, é inegável que ele mudou o São Paulo da água pro vinho (oba!). Nisso, concordo com Birner.
Dagoberto é um dos melhores exemplos dessa transformação (o surpreendente Carlinhos Paraíba é outro deles). O sãopaulino que assistiu a primeira partida contra o Internacional, em Porto Alegre, pela Libertadores do ano passado, ficou com vontade de surrar o time todo, mas especialmente Dagoberto. Jogou sem nenhuma vontade.
Prova de maturidade
O que ocorreu de lá pra cá? Ricardo Gomes, o homem errado na hora e no lugar errados, caiu. Sérgio Baresi segurou a bomba interinamente e nunca conseguiu ter autoridade sobre o elenco (mas teve o mérito de efetivar garotos como Lucas e Casemiro). Daí chegou Carpegiani. Que encrencou com Dagoberto logo de saída.
Quando o técnico chamou o atacante de "bobalhão" à beira do campo e em seguida disse em coletiva que não ia segurar o jogador se alguém quisesse comprá-lo, imaginei que Dagoberto ia sair no dia seguinte. Ou, então, bater boca com o técnico pela imprensa e ficar exilado no elenco, sem jogar. Mas não.
Ele só pediu perdão e disse que ia se empenhar mais. E fez justamente isso! Incrível como, em meio a tanta imaturidade de marmanjos boleiros, Dagoberto se tocou que sua carreira tinha chegado na bifurcação entre criar confusão e começar o declínio (como Carlos Alberto ou Adriano) e baixar a crista e jogar bola.
Para sorte dos sãopaulinos, de Carpegiani e do próprio Dagoberto, ele baixou a crista e, enfim, decidiu jogar a bola que - com toda a modéstia e limitação - sabe jogar. Esse time ainda não está afinado e, obviamente, bem longe daquele blablabla de "melhor elenco", "sempre forte", "favorito" etc etc.
Mas, perto da sonolência, displiscência, desinteresse e ausência de tudo de 2010, e pelo o que Carpegiani, Dagoberto, Carlinhos Paraíba e Rhodolfo vem fazendo, entre outros, a torcida tem muito o que agradecer. Mesmo se não conquistar troféu algum, a postura já é outra, totalmente diferente. Vai, São Paulo!
Ano passado fiz um post sobre o ex-jogador Washington, o "coração valente", quando ele marcou seu último gol com a camisa do São Paulo, completando 45 pelo clube em duas temporadas. Pois na tarde de hoje Dagoberto (foto: site SPFC) fez mais um, na vitória por 3 a 0 sobre o Santo André, e superou o ex-companheiro. Com 46 gols, o atacante, que está no time desde 2007, igualou-se ao ex-meia Pita - e ambos dividem, agora, o 39º posto entre os maiores artilheiros da história sãopaulina. O maior goleador do clube é Serginho Chulapa, que jogou entre 1973 e 1982 e anotou 243 gols. Depois dele vem outro camisa 9, Gino Orlando, que atuou entre 1953 e 1962 e fez 237. Teixeirinha, ponta-esquerda entre 1939 e 1956, é o 4º no ranking, com 183. A partir daí, entre os maiores artilheiros do clube (contando apenas os jogadores que ainda estão em atividade), temos:
4º - França (atualmente, está sem clube) - 182 gols
11º - Luís Fabiano (voltou ao São Paulo) - 118 gols
17º - Rogério Ceni (São Paulo) - 98 gols*
19º - Dodô (acertou com o Americana-SP) - 94 gols
29º - Borges (Grêmio-RS) - 55 gols
35º - Marcelinho Paraíba (São Paulo) - 51 gols
38º - Kaká (Real Madrid, Espanha) - 48 gols
39º - Dagoberto (São Paulo) - 46 gols
47º - Reinaldo (Figueirense-SC) - 41 gols
51º - Diego Tardelli (Anzhi Makhachkala, Rússia) - 39 gols
- - - - Grafite (Wolfsburg, Alemanha) - 39 gols
54º - Hernanes (Lazio, Itália) - 38 gols**
58º - Danilo (Corinthians) - 36 gols
63º - Souza (Fluminense-RJ) - 35 gols
74º - Hugo (Al Wahda, Emirados Árabes) - 31 gols
* A Fifa não reconhece 2 desses gols, marcados em 1998 e 2000.
** Contando 3 gols marcados em amistosos na Índia, em 2007.
Primeiro: O meia Lucas marcou três gols e deu duas assistências na goleada do Brasil sobre o Uruguai por 6 a 0, ontem, quando conquistamos o título do Sulamericano Sub-20. Resta saber se a promessa vai virar realidade ou se é só fogo de palha.
Segundo: O atacante Dagoberto participou dos três gols na estreia de Rivaldo, quando o time venceu o Linense, depois ficou fora na derrota contra o Botafogo e, hoje, deu passes para dois gols na vitória sobre a Portuguesa. Coincidência?
Bom, como o camarada Moriti está demorando muito pra analisar mais uma derrota do São Paulo e a Thalita nem deve estar muito chateada, pois também torce pra Lusa, vou cumprir aqui o sacrificante papel de sãopaulino de plantão. Não vi o jogo, só o golaço do Marcelinho Paraíba (que aparece com a bola na foto). Reestreou com gol, chegou a 47 com a camisa tricolor. Mas, voltando à partida, fiquei sabendo que o Rogério Ceni perdeu um pênalti e o Washington um gol mais do que feito (pra variar...), depois de uma linha burra bem burra dos defensores lusitanos. E o castigo veio a galope: no segundo tempo, o estabanado Richarlyson fez um pênalti bobo e a Lusa empatou. Logo em seguida, o ex-sãopaulino Marco Antônio virou o placar. Também pra variar, Dagoberto arrumou mais uma expulsão (e a gente ainda fala mal do Domingos, que riu por último). Tranquila, a Portuguesa teve tempo de fechar em 3 a 1 a derrota do Tricolor em pleno Morumbi. Curioso é que no sábado eu fui a uma festa de casamento na Vila Leopoldina em que o noivo era sãopaulino e a família da noiva, toda de portugueses. Foi uma festa "portuguesa com certeza", com banda típica, música, dança, vestes, comida e muito vinho. Devia ter desconfiado de que era prenúncio de alguma coisa: o São Paulo bailou o vira na estreia do Paulistão. Ora pois pois, Ricardo Gomes!
O companheiro Moriti escreve colaboração sobre o glorioso Tricolor paulista, até para esclarecer os futepoquenses são-paulinos que estão fora do Brasil a respeito do seu time. Qualquer são-paulinismo exacerbado não é de responsabilidade de quem publica, hehe...
“Ôooo, o campeão voltou”! Na noite chuvosa da última quinta-feira, esse era o grito entoado pela torcida são-paulina, no Morumbi, durante o jogo em que o tricolor paulista venceu o Grêmio por 2 a 1, com dois gols de Dagoberto. O canto dos torcedores é um exagero. Mas, que o time evoluiu é evidente.
É só observar os últimos quatro jogos. Primeiro, vitória no clássico contra o Santos. Depois, empate contra o Inter, no Beira Rio, após o adversário sair ganhando com dois gols em posição de impedimento. A seguir, o primeiro sucesso fora de casa, contra o bem montado time do Barueri.
Para quem, há quatro rodadas, estava perto da zona de rebaixamento, esse retrospecto é um progresso. Porém, outros aspectos podem ser apontados como positivos: o São Paulo está jogando com a bola no chão, sem tantos chuveirinhos na área e parece menos manjado pelos adversários. Jogadores de boa qualidade técnica como Hernanes, Jorge Wagner e Jean são favorecidos por isso. Não à toa, Dagoberto marcou dois gols com belas assistências dos dois primeiros e o ataque paulista teve diversas oportunidades de ampliar o placar. Até os 30 minutos do segundo tempo, só deu São Paulo e, o melhor, com bom futebol.
Se é o estilo de Ricardo Gomes aparecendo, com mais toque de bola, é cedo para dizer. Simplesmente, pode ser que alguns jogadores insatisfeitos com Muricy tenham resolvido começar a jogar. No domingo, a parada é dura, contra o Vitória (que foi goleado pelo Avaí por 4 a 0, também na quinta). A partida é na casa do adversário e há desfalques dos dois lados. O São Paulo não terá Miranda e Washington. Já o time baiano não contará com a zaga titular. Se o tricolor vencer, dá para gritar que o campeão voltou? Não. Mas, será possível pensar seriamente em Libertadores.
Ah, sim. Ponto positivo para Ricardo Gomes, que, em entrevista coletiva, disse não ter como comparar o trabalho dele com o de Muricy, que fez história no São Paulo, sendo tricampeão brasileiro. E, apesar dos dois gols, ponto negativo para Dagoberto, que criticou o ex-técnico tricolor. Se havia ambiente ruim no clube, ao menos Washington e Borges tiveram a coragem de manifestar insatisfação antes da mudança de treinador .
O São Paulo continua jogando de forma apática e sonâmbula, mas, mesmo assim, conseguiu virar o placar ontem à noite, em pleno Morumbi, e derrotou o América de Cali por 2 a 1, classificando-se em primeiro lugar no seu grupo da Copa Libertadores. A surpresa foi Dagoberto (foto), que engatou a quinta marcha no início do segundo tempo e perdeu vários gols antes de fazer os dois da vitória. Muito aquém daquilo que a imprensa dizia quando o Tricolor o contratou, o atacante até que teve boa participação nos títulos brasileiros de 2007 e principalmente de 2008, mas nunca justificou sua fama. Nos dois anos de São Paulo, Dagoberto fez apenas 17 gols (o mesmo tanto que o manguaça Adriano fez em seis meses de clube, em 2008). Jogou a maior parte do tempo na reserva e longe de empolgar a torcida. Até ontem.
Com os dois gols, sendo o primeiro a conclusão de uma jogada individual do volante Jean e o segundo de bunda (isso mesmo, de bunda) após uma rebatida bizarra do goleiro colombiano Mesa, o atacante foi ovacionado pelos 23 mil sãopaulinos no estádio, que haviam gasto a maior parte do jogo vaiando merecidamente a equipe. A atuação de Dagoberto tem a ver com uma nova aposta de Muricy Ramalho. Sem Zé Luís e Arouca, o técnico escalou o atacante ali, como uma espécie de meia direita - mais ou menos o que Jorge Wagner faz pela esquerda, só que este tem Júnior César, um lateral de ofício, para cobrir a retaguarda - e Dagoberto não tem ninguém. Não por outro motivo, Parra abriu o placar para o América justamente pelo setor direito, o mesmo pelo qual o Tricolor vem sofrendo os gols mais previsíveis das últimas temporadas. No segundo jogo da seminfinal do Paulistão, contra o Corinthians, Ronaldo arrancou livre justamente por ali, contra um Rodrigo com freio de mão puxado. Aliás, a zaga bateu cabeça novamente ontem, comprovando que, por mais esforçado que seja, André Dias faz muita falta.
A aposta em Dagoberto pela direita ainda é um enigma, mas pode ser interessante caso Zé Luís volte ao time como lateral recuado e Muricy retome o esquema com dois zagueiros. Assim, teríamos uma espécie de 2-4-2-2, com Miranda (ou Rodrigo) e André Dias na zaga, Zé Luís, Jean, Hernanes e Júnior César na linha central, Dagoberto e Jorge Wagner no meio, caindo pelos flancos, e Borges e Washington na frente - apesar da temporária má fase dos dois. É um padrão tático estranho e arriscado, mas pode funcionar caso os laterais protejam bem a zaga e Jorge Wagner tome a mesma iniciativa que Dagoberto tomou ontem. Porém, penso que dois titulares correm sério risco de perder a posição: Bosco, que parece estar meio sem ritmo de jogo, e Hernanes, para quem a seleção brasileira e as propostas européias fizeram muito mal. O grandalhão Fabiano, que já fez uma (ótima) partida no gol do São Paulo, contra o Fluminense, no Maracanã, e o volante de origem Arouca são opções interessantes para essas posições. Só que o mais importante é que Muricy terá uma boa folga para treinar jogadas e recuperar os contundidos.
Finalmente, comprei um par de pilhas e consegui ouvir uma partida do meu time pela rádio Jovem Pan. O adversário era tão fraco que quase emprestei o título de um texto do Glauco e escrevi "São Paulo empurra bêbado ladeira abaixo". Porém, como considero uma maldade fazer uma coisa dessas com qualquer pessoa, não só com os embriagados, resolvi destacar uma frase do técnico Muricy Ramalho logo após a goleada por 5 a 0 sobre o Mirassol, ontem à noite, no Morumbi. "Todo jogador bom tem lugar no time, mesmo se os dois têm a mesma característica", disse o treinador, em coletiva, referindo-se ao sucesso da dupla de ataque Borges e Washington (foto), que, teoricamente, têm o mesmo estilo e atuam mais próximos à grande área - e, por isso, não poderiam atuar juntos. Essa é uma questão que causou muita polêmica na Copa de 1970, quando diziam que Pelé e Tostão não poderiam ser titulares ao mesmo tempo, por terem o mesmo estilo e posicionamento - o que provou ser uma grande besteira. Ontem, Borges e Washington foram responsáveis por quatro dos cinco gols (o segundo fez três). Uma das apostas de Muricy, antes de efetivar a dupla atual, foi a manutenção de Dagoberto como titular, no lugar de Borges, caindo pelas pontas e jogando mais fora da área. No entanto, essa dupla com Washington, que fez sucesso no Atlético-PR, foi um fiasco logo na primeira tentativa: derrota por 2 a 0 para o Santo André, em pleno Morumbi.
Teimoso, Muricy resolveu rever seus conceitos. "A diferença é que no ano passado nós tínhamos apenas um pra botar a bola pra dentro, o Borges. Agora temos dois", comentou o técnico, após a vitória contra o Mirassol. "Mas, com essa dupla de atacantes parecidos, somos obrigados a fazer reajustes. No meio de campo, Hernanes e Jorge Wagner têm de encostar mais na frente e entrar com frequência na grande área, pois Borges e Washington não recuam tanto quanto Dagoberto. Pedi para eles fazerem isso no intervalo e, no início da segunda etapa, Jorge Wagner marcou de cabeça", completou Muricy. Para um time que vinha de duas derrotas, para o Santos e o Mogi Mirim, a goleada foi providencial para injetar ânimo (afinal, vai até o Uruguai encarar o Defensor, no meio da semana, pela Libertadores). Mas é bom ressaltar que, além da fragilidade, o Mirassol ainda teve um jogador expulso. De positivo, ficou a boa atuação de Júnior César na lateral esquerda, liberando Jorge Wagner - o nome do jogo - para o meio. O time começa a ganhar uma "cara" mais interessante. Resta saber o que esperar dessa temporada.
Leio agora pela manhã que o São Paulo foi derrotado por 2 a 0 pelo Mogi Mirim, time que, até outro dia, segurava a lanterna do Campeonato Paulista. Os dois gols foram de um tal Marcelo Régis e a maioria das reportagens diz que o clube paulistano jogou de forma totalmente apática (aliás, com André Lima e Dagoberto no ataque, não espanta que não tenha feito um gol sequer). Depois de perder o clássico para o Santos com o time titular, Muricy Ramalho perdeu o pudor no estadual. Ontem, jogaram garotos da divisão de base como Henrique e Wellington. Tudo bem que Libertadores é prioridade, mas é bom lembrar que, em 2005, foi a conquista do Paulistão que embalou o time rumo aos títulos continental e mundial. Nos anos seguintes, com Muricy, o estadual foi menosprezado. E o São Paulo não venceu outra Libertadores.
Um jogo marcado pela violência e pela baixa qualidade, eu queimei a língua quando manifestei em comentário minha esperança de que os clássicos seriam bons. Não vi Santos e Palmeiras, mas este foi senão sofrível pelo menos muito pouco interessante. O São Paulo apresentou um evidente maior volume de jogo e chegou mais vezes próximo ao gol, muito em virtude de uma postura defensiva de Mano Menezes (que é extremamente perigosa e já custou ao Corinthians pelo menos o título da última Copa do Brasil) do que de uma real superioridade técnica. E a impressão ao acabar o jogo é que estava todo mundo aliviado de ter terminado empatado.
O que valeu a pena? Os gols, lindos, tanto o ágil e criativo toque de bola que envolveu Hernanes, Dagoberto e Borges quanto a genial assistência de Boquita para André Santos e sua certeira conclusão. O pior? A meu ver, o nível técnico do jogo, seguido pela arbitragem de José Henrique de Carvalho. Não deu pra engolir a expulsão do Túlio, não mesmo. Depois do lance em que ele perde a bola, o André Dias passa meio atropelando o Túlio, que sente a provocação e dá um tapinha, o outro se joga no chão tendo convulsões dignas de um parto. As versões de ambos mostram como a encenação superou em muito o atrito. E ainda não entendi por que o Dagoberto não tomou nem um amarelo (merecia vermelho) pela acintosa pernada que deu, esquecendo de longe a bola, derrubando o jogador corintiano, lá pelos 40 minutos do primeiro tempo. E foi na cara do juiz. Na hora não foi falta porque houve vantagem, mas não vejo como não expulsá-lo ao final da jogada.
De resto, sobrou pernada pra todo lado. Os outros cartões foram justos (três vermelhos e 13 amarelos, ao todo). Esperemos que os próximos clássicos sejam melhores.
O São Paulo venceu o Guarani por 2 a 0, em Campinas, mas a dupla Washington e Borges não marcou. Por isso, na próxima partida, domingo, contra o Santo André, o técnico Muricy Ramalho vai testar a terceira dupla de ataque diferente neste ano. E a opção será exatamente a que o Atlético-PR usou em 2004 para liderar o Brasileirão até a penúltima rodada: Washington e Dagoberto. Curioso é que o time paranaense perdeu a liderança para o Santos - que seria o campeão - justamente quando Dagoberto se machucou, dando lugar a Dênis Marques. A contusão foi tão grave que ele só voltaria a jogar em julho de 2005. Sem Dagoberto, Washington viu sua equipe ser derrotada por 1 a 0 pelo Vasco.
O Santos, que estava dois pontos atrás, venceu o São Caetano por 3 a 0 e assumiu a ponta (interessante é que Muricy Ramalho tinha treinado o Azulão até o fim do primeiro turno). Na última rodada, o mesmo Vasco perdeu por 2 a 1 para a equipe santista e o Atlético-PR, do técnico Levir Culpi, deu adeus a um título que, pouco antes, era quase uma certeza. Como consolo, Washington terminou a competição como artilheiro, com 34 gols - a maior soma na história da competição até hoje, superando os 31 marcados por Dimba em 2003, pelo Goiás. Será que o centroavante se entrosará com o ex-parceiro Dagoberto novamente?
(Post totalmente editado após o comentário do Marçal, do Furacão.com. Valeu, Marçal!)
A mais impressionante marca do futebol brasileiro atual é do Atlético-PR. O time conseguiu 12 vitórias consecutivas no Campeonato Paranaense e assim superou recorde histórico obtido em 1949, quando, por isso, o rubro-negro foi apelidado de Furacão. Parabéns à equipe comandada por Ney Franco!
Para falar sobre a histórica sequência de vitórias do Atlético-PR, acessei o site do clube atrás de mais informações. Qual não foi minha surpresa ao deparar com o seguinte banner:
A princípio, achei que o atleta da foto fosse o Dagoberto, atualmente no São Paulo. O atleticano Marçal alertou que não se trata do atacante, mas sim de um modelo contratado pela agência de publicidade responsável pela campanha.
OK, impressão corrigida. Mas ainda assim insisto: o cara parece demais com o Dagoberto, não? E faz sentido um time aprovar um modelo que é a cara de um ex-jogador que teve saída das mais traumáticas do clube? Sei lá.