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Se alguém gostou do técnico novo, foi o Romarinho |
Se alguém gostou do técnico novo, foi o Romarinho |
Olha o Zizao aí. (Daniel Augusto Jr./Ag.Corinthians) |
Eu ia fazer esse post na linha da "diferença que um meia faz" (ou a falta dele), analisando o desempenho do São Paulo sem Lucas, mas, já que o Anselmo aproveitou o mote para falar do bom retorno de Lincoln no Palmeiras, vou comentar a derrota por 3 a 2 para o Paulista, em Jundiaí, por outro ângulo. Até porque penso que Lucas nem fez tanta falta assim, pois o time criou dezenas de boas jogadas de ataque durante todos os 90 minutos, até mais do que nos jogos anteriores. O problema foi exatamente a impressionante capacidade de perder gols. Fernandinho foi o pior nesse quesito. E, para completar o desastre, teve falhas sucessivas da defesa.
Tomar um gol com menos de dois minutos de jogo acontece. Mas quando esse gol é produto de uma lambança generalizada, preocupa - e prenuncia uma derrota certa. Se prestarmos atenção no lance, o lateral Weldinho pega a bola livre, num buraco da defesa, sofre um combate tardio e inútil do (perdido) volante Casemiro, avança frente a um bolo com três zagueiros sãopaulinos batendo cabeça, chuta forte, Rogério Ceni espalma errado, para o meio da área, e Fabiano mergulha desengonçado para fazer o gol tranquilamente, embolado com um Alex Silva que (mais uma vez) ameaçava fazer pênalti. Sim, o goleiro errou. Mas a falha foi geral.
Ok. O São Paulo assimilou bem o golpe e partiu logo para a pressão no ataque. Perdeu vários gols feitos, dois deles com Fernandinho, inacreditáveis. Dava pra ter virado a partida fácil, fácil. Daí, como "quem não faz, leva", o ataque do Paulista puxa uma bola para a esquerda e toda a defesa do São Paulo acompanha, ingenuamente. A bola é rolada para a direita, onde o destaque Weldinho surge livre para fazer 2 a 0. Nem sinal do lateral-esquerdo Juan, que não marca e nem apoia. Não por acaso, seria substituído por Carpegiani, dando lugar a mais um atacante - mas aí a vaca já tinha ido para o brejo...
O São Paulo iniciou a segunda etapa com o mesmo ritmo, pressionando, criando jogadas, chegando na frente - e, pra variar, perdendo gols incríveis. Ilsinho, que entrou no lugar do (péssimo) Casemiro, era o melhor em campo, chamando a responsabilidade pra si, tabelando, driblando e partindo pra cima, no mesmo estilo de Lucas. Foi assim que cavou um pênalti, cobrado por Rogério Ceni. Do jeito que o time estava jogando, dava para acreditar no empate e até na virada. Mas a defesa bateu cabeça de novo e Vanderlei surgiu completamente livre para encaixar uma bola entre as pernas do goleiro sãopaulino. O Paulista ganhou o jogo nesse lance. E, dois minutos depois, Fabiano ainda perderia um gol feito, na cara de Rogério Ceni.
Fernandinho bem que tentou se redimir, com uma jogada de linha de fundo e uma assistência para o gol de Dagoberto, que fechou o placar. Porém, já era tarde. O time cansou de tanto correr e pressionar, e o Paulista administrou o resultado. Para domingo, no clássico contra o Corinthians, desejo só duas coisas: que o time jogue tão bem quanto jogou contra o Paulista, mas que a defesa não cometa 1% das falhas bisonhas de ontem e que o ataque melhore 100% as finalizações. Caso contrário, o tabu do adversário, de mais de quatro anos sem derrota para nós, tende a aumentar mais ainda...
Contra o Paulista de Jundiaí, o Palmeiras se despediu de forma melancólica do campeonato estadual. Foi uma derrota por 3 a 1, em uma atuação fraca, em que a defesa continua a mostrar fragilidade. O Galo do Japi escapou do rebaixamento com dois gols de Felipe Azevedo e um de Samuel. Lincoln fez o de honra.
Depois de empatar com Mirassol e com Oeste por 1 a 1 e 0 a 0, foi hora de perder para se despedir e ficar lá na décima-primeira posição. Lá no meião, atrás do Oeste, da Ponte Preta, do São Caetano...
Não tem mais nada pra escrever, só reclamar. Então, deixa pra lá.
O Santos venceu ontem o Paulista por 3x2, no Jaime Cintra, lá em Jundiaí. Não assisti ao jogo. Fiquei na base do rádio, então os comentários que se seguirão sobre a partida têm como principal referência a transmissão da Rádio Bandeirantes, capitaneada por José Maia e Antonio Petrin.
Segundo eles, o que se viu no interior foi uma boa partida. Apesar da péssima campanha que faz, o Paulista foi pra cima do Peixe e buscou sufocar o adversário - o que conseguiu de maneira ainda mais precoce do que o esperado, com um gol logo aos dois minutos. Ainda no primeiro tempo o Santos empatou com Wesley; virou, já na segunda etapa, com Paulo Henrique Ganso, sofreu o empate por intermédio de Julinho e viu Robinho decretar a vitória aos 23 do segundo tempo, com um belo gol.
Já que não posso falar muita coisa sobre o jogo propriamente dito, discorro sobre suas consequências. A primeira é o fato desta ter sido a décima vitória consecutiva do Santos. É um recorde histórico. Mais que isso, só conseguiu o time de Pelé, em 1968, quando ganhou por 12 vezes initerruptas.
Finalmente o volante Eduardo Costa, ex-Grêmio e Espanyol-ESP, entre outros, estreou com a camisa do São Paulo (foto). E teve participação decisiva: aos 36 minutos do segundo tempo, quando o Tricolor segurava o empate em 1 a 1 com o Paulista, em Jundiaí (que seria o placar final), o lateral direito Marcelo Toscano recebeu atrás da zaga e tocou na saída de Rogério Ceni, mas Eduardo Costa salvou na hora H. Naquele momento, o São Paulo, que havia dominado amplamente no primeiro tempo (tendo, inclusive, um gol anulado de forma polêmica), tomava um senhor sufoco do time de Jundiaí. Por esse equilíbrio, cada equipe comandando uma das etapas, o empate pareceu um resultado justo. Rodrigo abriu o placar no início da segunda etapa (o 10º gol dele com a camisa tricolor) e o atacante Zé Carlos igualou na sequência. Mesmo com o empate, o São Paulo manteve a terceira posição, atrás de Palmeiras e Corinthians. Na quarta-feira, encara o Noroeste, em Bauru. Será que Eduardo Costa começa o jogo como titular?
A vitória simples do time reserva do Palmeiras sobre o Paulista de Jundiaí manteve o aproveitamento de 100% do time em jogos oficiais em 2009. Com gol de Evandro, a equipe não teve a mesma vitalidade da partida contra a Ponte Preta, em que venceu por 3 a 2, mas enfrentou um adversário bem mais recuado. Aproveitou uma jogada de velocidade para, com passe de Lenny, definir o placar.
O Galo do Japi foi mais um adversário a mandar bola na trave alviverde. É uma estatística que não se costuma contar, porque envolve muito mais sorte do que qualquer outra coisa. Que continue assim. Na partida o fator foi ainda mais crucial, porque o time não foi bem, sem brilho. Espero que o fato de ser a segunda partida sem uma boa atuação seja uma questão de priorização da Libertadores.
É importante que nesta rodada, independentemente do resultado do clássico de logo mais (se os da pirotecnia ou os do time pequeno), a liderança está assegurada.
A partida teve a estreia de Marcos, o Goleiro, na temporada mesmo gripado. Contundido, ele havia dado lugar a Bruno, que deve voltar ao banco de reservas já na partida de terça-feira, 17, contra a LDU pela Libertadores.
Menos um invicto
O Barueri perdeu para o Mirassol na Arena Barueri. A primeira derrota do quinto colocado foi de virada. Só Palmeiras e Corinthians seguem invictos no campeonato.
Pacaembu
Distante do Palestra Itália por causa da eleição do Conselho Deliberativo, o Palmeiras teve 7 mil pessoas de público, um pouco menos do que nos 3 a 0 contra o Marília e um terço do clássico contra o Santos. Não fez muita diferença para a torcida, que não encarou a chuva e a perspectiva de assistir aos reservas. Quando começar a reforma no estádio da Turiassu, provavelmente o estádio público municipal vai ser uma das opções, mas é cedo para saber se vai ser melhor ou pior em termos de arrecadação.
O Corinthians foi ontem a Jundiaí e bateu o Paulista, por 3 a 2, em mais um jogo difícil de assistir. Os primeiros minutos do Timão foram mais interessantes, com bola na trave e corta-luz de Lulinha, que resultou no gol de Elias.
Depois disso, o time sofreu o gol num bate-cabeça da defesa (William esteve em noite muito ruim) e acabou se desesperando. Ainda no primeiro tempo, levou a virada: Alessandro deu “belo” passe para Zé Carlos chutar no canto direito de Felipe, em bola defensável que o goleiro aceitou (imagens mostram que o pé esquerdo dele escorregou na hora de pular).
No segundo tempo, a boa notícia do jogo: a boa estréia do garoto Boquita, recentemente campeão da Copa São Paulo. Ele entrou no lugar de Fabinho – que, voltando de contusão, sentiu muito a falta de ritmo e não ganhou uma bola – e deu criatividade ao meio campo. Elias voltou para a posição em que rende mais, de segundo volante, ao lado de Túlio – que parece ter mais fé em seu futebol do que a realidade recomendaria.
O garoto deu o passe para que Souza sofresse o pênalti que determinou o empate, cobrado por Chicão com categoria. E foi ele também que deu o passe para Otacílio Neto no lance em que ele sofreu a falta que gerou o gol da virada, também cobrada por Chicão. Essa é outra boa notícia: o zagueiro está jogando bem e cobrando as faltas com muita confiança. Temos um cobrador, enfim.
Uma das várias más notícias é o desempenho de André Santos. Não vem jogando bem e está ficando muito fominha. A saber se é mascar mesmo ou se o cara está se sentindo pressionado para mostrar o bom futebol do ano passado. De qualquer forma, alguém precisa conversar com o rapaz e colocar a cabeça dele no lugar.
Retornos - A diretoria conseguiu converter o restante da pena de Morais em cestas-básicas e o meia volta a campo já no clássico contra a Portuguesa, no sábado. Além dele, Jorge Henrique já está recuperado de lesão e à disposição do treinador. O efeito das bruxas está começando a sumir e a qualidade do jogo do Timão deve começar a melhorar. Pelo menos, é o que eu espero.
Falha nossa -Não falei sobre o jogo de sábado, contra o Oeste de Itápolis por dois motivos: não consegui assistir o jogo e nem tive como postar no fim de semana. Mas, segundo relatos como o do Ricardo do Retrospecto, o jogo foi fácil e dava para a goleada ter sido maior.
Calma - Falando no jogo contra o Oeste, um dos fatos mais comentados foram os inúmeros gols perdidos por Souza. Um monte de corintianos estão sentindo saudades de Herrera e reclamando da contratação do centroavante. Acho que convém lembrar do início do argentino no Corinthians, no Paulistão do ano passado, que foi simplesmente sofrível. Não sei se foi uma boa trocar Herrera por Souza, mas entendo porque isso aconteceu. E agora não adianta chorar: deixa o Souza lá fazendo seu pivô, deslocando a marcação, que isso ele parece que sabe fazer, e dêem um tempo pro cara calibrar o pé. Se o nível não subir em mais alguns jogos, eu entro no coro: banco nele.