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segunda-feira, junho 29, 2015

Um gol para cada mês de atraso de grana. Coincidência?

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Leandro Pereira chuta; Souza, Dória e Rogério Ceni 'assistem'; 1 x 0
Opinião de um torcedor do São Paulo: se o time do Palmeiras fosse pouca coisa melhor e não tivesse jogado apenas no contra-ataque, esperando as (quatro) falhas do oponente, o clássico de ontem teria sido um atropelo da magnitude dos 7 a 1 que a Alemanha enfiou no Brasil ano passado. O fraco, inoperante e inofensivo time (time?!?) de Juan Carlos Osorio foi à casa do adversário sem sistema - ou qualquer tipo de planejamento - defensivo. E sem zagueiros, se considerarmos que nem Dória nem Rafael Tolói merecem a alcunha. Pior: o São Paulo jogou - mais uma vez - com um a menos, pois Paulo Henrique Ganso, como diria o Padre Quevedo, "non ecziste" (ou dois a menos, se considerarmos a participação "efetiva" de Luís Fabiano). Repito: se o time do Palmeiras tivesse se empolgado e "partido pra cima", com sua torcida empurrando, teria feito 7 ou 8 gols, fácil fácil.

Victor Ramos sobe sozinho e comemora após testar para a rede: 2 x 0
Mas os sonoros 4 a 0 - que se estendem para 7 a 0 se considerado o Choque-Rei anterior - já servem para a torcida alviverde gargalhar por um bom tempo, e para os ingênuos que ainda bravateiam o tal "forte elenco do São Paulo, um dos melhores do Brasil" pararem de acreditar em Papai Noel, digo, na mídia esportiva (ah, a mídia esportiva!). Nem vou fazer comentários sobre o técnico colombiano, suas (polêmicas) anotações em caderninhos, escalações, substituições ou expulsão no clássico de ontem, pois considero que nem José Mourinho, nem Pepe Guardiola e nem Jesus Cristo conseguiriam transformar esse catado do São Paulo em uma equipe realmente competitiva. Enquanto a diretoria forçar as escalações de Ganso, Luís Fabiano e Pato, sonhando com futuras (e improváveis) transações, a torcida tricolor terá que se conformar com derrotas e vexames.

Rafael Marques faz 3º - no jogo e dele sobre Rogério Ceni neste ano
E não só esses três: quando vi a dupla de zaga ontem, Dória e Tolói, já previ uma tarde de pesadelo. Aliás, eu sempre considerei o (mediano e esforçado) Paulo Miranda melhor do que o (abaixo de mediano e entregador de rapadura) Tolói. Isso se confirmou com a venda do primeiro (que, bem ou mal, tinha alguém interessado nele), enquanto ninguém quer o segundo. Dória é uma enganação, e é melhor que vá embora. O superestimado Souza, idem. Os laterais Bruno e Carlinhos, "reforços" deste ano (ha!ha!ha!, riem os adversários), são ótimos para o banco de reservas - onde já "residem" outros três recém-contratados,Thiago Mendes, Centurión e Johnatan Cafu. E quem sobra? Michel Bastos. Que não é nenhuma Brastemp. E Rogério Ceni, em - triste e constrangedor - fim de carreira. Osorio já deve estar se dando conta da roubada em que se meteu...

Cristaldo cabeceia livre e completa o 'chocolate' do Palmeiras: 4 x 0
E se o time (time?!?!??) do São Paulo oferece "tantas" "opções" e "tantos" "talentos" para o técnico, ou qualquer técnico, seja ele quem for, quem é responsável? A diretoria, lógico. A mesma que, em certos nichos da mídia esportiva (ah, a mídia esportiva...), é elogiada como "moderna", "eficiente". A mesma que alardeou a venda de Rodrigo Caio para o Valencia... SÓ QUE NÃO! (clique aqui para ler sobre o fiasco) A mesma que, nesta segunda-feira de gozação palmeirense e cabeça inchada sãopaulina, nos proporciona mais uma prova de sua "eficiência" e "modernidade": a notícia de que o "São Paulo não vai pagar elenco no dia 10; serão quatro meses de atraso". Não é curioso? QUATRO meses: o mesmo número de gols sofridos ontem no estádio do Palmeiras. Imagine o que teria acontecido no jogo se a diretoria estivesse devendo nove ou dez meses de grana!

PS.: E o técnico do Palmeiras nos 4 x 0 era Marcelo Oliveira. AQUELE MESMO.


terça-feira, novembro 25, 2014

Nos últimos 50 confrontos contra rivais, São Paulo perde para Corinthians e Santos e só supera Palmeiras

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Terminado o último clássico paulista do ano, entre Santos e São Paulo, decidi fazer um levantamento sobre os 50 últimos jogos do Tricolor contra seus três maiores rivais. Com base nos dados do site ogol.com.br, segue aqui o levantamento:

São Paulo x Corinthians - Últimos 50 jogos
15 Vitórias / 17 Empates / 18 Derrotas

Duas coisas me faziam pensar que a diferença de vitórias favorável ao Corinthians fosse muito maior: o fato de nas últimas 26 partidas o São Paulo só ter vencido 4 vezes (!) e a série interminável de eliminações para o rival em competições "mata-mata". No período analisado, de junho de 2000 para cá, o Alvinegro despachou o Tricolor nada menos que cinco vezes: na semifinal da Copa do Brasil de 2002, na decisão do Torneio Rio-São Paulo de 2002, na decisão do Paulistão de 2003, na semifinal do Paulistão de 2009 e na decisão da Recopa Sul-Americana de 2013. Por outro lado, o primeiro jogo desta série de 50 foi justamente o da volta na semifinal do Paulistão de 2000, quando o São Paulo eliminou o rival pela última vez num "mata-mata". Mas o que diminuiu a vantagem do Corinthians nesta série recente foi o período de quase quatro anos sem vencer o Tricolor, entre 2003 e 2007. Depois disso houve um "massacre" corintiano, fechando a conta com os 3 x 2 no primeiro "Majestoso" disputado no Itaquerão.

São Paulo x Palmeiras - Últimos 50 jogos
23 Vitórias / 16 Empates / 11 Derrotas

A série dos últimos 50 confrontos contra o Palmeiras começa em maio de 1999, época em que a parceria do rival com a Parmalat atingiu a glória máxima com a conquista da Libertadores. Porém, quando a multinacional abandonou o Alviverde, no ano seguinte, o clássico "Choque-Rei" desequilibrou em favor do São Paulo. Tudo bem que, no período, o Palmeiras ainda eliminou o Tricolor nas oitavas-de-final da Copa João Havelange (Brasileirão) de 2000 e na semifinal do Paulistão de 2008. Mas o São Paulo deu o troco nas quartas-de-final da Copa do Brasil de 2000, nas semifinais do Torneio Rio-São Paulo de 2002 e, principalmente, nas oitavas-de-final das Copas Libertadores de 2005 e de 2006. Porém, a fragilidade do Palmeiras nestes últimos 14 anos, desde a saída da Parmalat, é evidente. No período, o Alviverde foi rebaixado duas vezes no Brasileiro, em 2002 e 2012 (e ainda segue ameaçado na competição de 2014), e amarga desvantagem de apenas 11 vitórias contra 23 do São Paulo nos últimos 50 duelos entre os dois.

São Paulo x Santos - Últimos 50 jogos
18 Vitórias / 10 Empates / 22 Derrotas

O histórico dos últimos 50 clássicos "San-São" tem um "turn point" muito nítido, ou, como cantaria Beth Carvalho, uma "hora da virada" - e talvez não só em relação a este confronto, mas na própria história do Peixe. Foram as oitavas-de-final do Brasileirão de 2002, quando o Santos, classificado em 8º lugar, eliminou o favorito São Paulo, 1º na disputa do turno único, com duas vitórias inapeláveis. Ali, o Alvinegro Praiano mudava de foco, priorizando a "molecada" e passando a dominar o futebol paulista (ganhou 5 Paulistas, 2 Brasileiros e 1 Libertadores de lá pra cá). Muito diferente do time recheado de "medalhões" (Carlos Germano, Rincón, Dodô) que perdeu a decisão do Paulistão de 2000 para o São Paulo, no início destes últimos 50 clássicos entre os dois times. Além de eliminar o Tricolor no Brasileirão de 2002 e na Sul-Americana de 2004, o Santos ainda despacharia o rival por três anos consecutivos na semifinal do Paulistão (2010 a 2012), quando sagrou-se tricampeão. Frutos diretos das gerações Diego-Robinho e Ganso-Neymar.


segunda-feira, fevereiro 28, 2011

Breves comentários sobre um clássico 'alagado'

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1 - O empate em 1 a 1 entre São Paulo e Palmeiras, para mim, foi muito justo. Sim, o tricolor poderia ter segurado a vitória, mas jogou 35 minutos com um a menos. Não fosse Rogério Ceni, teria perdido. O São Paulo mandou no primeiro tempo e o Palmeiras apertou após a metade da segunda etapa. Resultado merecido por ambos.

2 - Se o Felipão tivesse entrado com Adriano já no início da partida, a situação poderia ter sido um pouco melhor para o Palmeiras. Ele faz exatamente o que Fernandinho vinha fazendo pelo adversário. Não por acaso, foram eles os autores dos dois únicos gols do clássico. E Valdívia até que mostrou bom futebol.

3 - A expulsão de Alex Silva foi corretíssima. Já faz algum tempo que ele se acha acima do bem e do mal. E ainda teve o desplante de dizer, após o jogo: "Se eu soubesse que ia me expulsar, tinha dado uma cacetada para valer". Merece punição. Ainda sobre a arbitragem, só pra registrar: Valdívia deu uma cabeçada em Miranda e pisou no Carlinhos Paraíba e nem levou cartão.

4 - Mesmo jogando com dez, o São Paulo esteve muito mais perto do segundo gol do que de levar o empate. Isso enquanto Dagoberto, Fernandinho e Lucas ficaram em campo. Dois minutos após a entrada de Xandão e Rivaldo, o Palmeiras fez o seu gol. Ficou nítido que era preciso de qualidade para segurar a bola no ataque.

5 - As arquibancadas do Morumbi estão, de fato, mais para parque aquático do que para acomodar torcedores com conforto. Mas o gramado, temos que reconhecer, possui um sistema de drenagem impressionante. Pensei, com toda certeza, que o jogo seria adiado. É preciso checar, porém, o que aconteceu no apagão dos refletores.

sábado, fevereiro 26, 2011

Dois reis novamente em choque

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Como diria nosso amigo Paulo Silva Júnior, que atualmente passa um tempo na Irlanda, "há domingos de Choque-Rei". E amanhã será mais um deles. Se considerarmos o histórico de confrontos a partir de 1936, quando os dois times se enfrentaram pela primeira vez depois da refundação do São Paulo, tivemos até agora 282 jogos, com 100 vitórias do tricolor, 92 do Palmeiras e 90 empates (379 gols sãopaulinos e 366 palmeirenses). A primeira partida, válida pelo Campeonato Paulista, foi vencida pelo então Palestra Itália por 3 a 0, em 25 de outubro de 1936, no Parque Antarctica. Mathias abriu o placar e Rolando marcou mais duas vezes. A última, valendo pelo Campeonato Brasileiro, ocorreu em 19 de setembro de 2010, no Pacaembu, e teve o São Paulo como vencedor, por 2 a 0, gols de Lucas e Fernandão.

Há quem some a esses confrontos, porém, os 14 jogos do período entre 1930 e 1935, durante a - curta - existência do primeiro São Paulo. Foram 6 empates, 5 vitórias palestrinas e 3 sãopaulinas. Isso deixaria os números gerais com 296 partidas, 103 vitórias do São Paulo, 97 do Palmeiras e 96 empates (402 gols tricolores e 389 alviverdes). Neste caso, o primeiro jogo teria ocorrido em 30 de março de 1930, um empate por 2 a 2 no antigo campo da Floresta, pelo Campeonato Paulista - gols de Friedenreich e Zuanella para o São Paulo, e Serafim e Heitor para o Palmeiras. No entanto, como a história do primeiro São Paulo não é agregada oficialmente nem pela diretoria do clube atual, fica ao gosto do freguês a opção por uma das contas.

Mas vale resgatar, aqui, alguns desses confrontos históricos válidos especificamente pelo Paulistão. Clássicos que foram batizados de "Choque-rei" pelo jornalista Tomaz Mazoni, da extinta A Gazeta Esportiva:

São Paulo 6 x 0 Palestra Itália (26/03/1939) - A maior goleada do clássico, em partida válida pelo Paulistão de 1938, que foi disputado até abril do ano seguinte e teve o Corinthians campeão; São Paulo vice. Disputado num obscuro estádio Antônio Alonso, um dos muitos locais por onde o time sãopaulino perambulava antes de comprar o Canindé e, posteriormente, construir o Morumbi, o jogo (foto à direita) teve como artilheiros Armandinho (3), Elyseo, Paulo e Araken. O São Paulo tinha virado time forte poucos meses antes, após uma fusão com o Estudantes, da Mooca. Antes disso, entre 1936 e 1938, em 8 jogos contra o Palmeiras, tinha sido derrotado 7 vezes e empatado uma vez, sem uma vitória sequer.

Palmeiras 3 x 1 São Paulo (20/09/1942) - O famoso jogo em que o Palmeiras entrou pela primeira vez em campo com este nome (foto à esquerda), em vez de Palestra Itália, que foi trocado pelo fato de os italianos serem inimigos do Brasil na Segunda Guerra Mundial (dizem que a diretoria do São Paulo estava entre os que pressionaram a mudança, o que acirrou a rivalidade). Mas a partida ficou marcada, principalmente, pela fuga do São Paulo, que abandonou o gramado do Pacaembu aos 19 minutos do segundo tenmpo, por não aceitar as marcações da arbitragem. Consta que, na súmula, alguém escreveu sobre o time sãopaulino, à guisa de explicação: "Fugiu!". Palmeirenses marcaram com Cláudio, Echevarrieta e Virgílio (contra), e Waldemar descontou para o São Paulo. Com a vitória, o Palmeiras sagrou-se campeão paulista.

São Paulo 1 x 0 Palmeiras (10/11/1946) - Jogo que deu o único título invicto de campeão paulista para o time sãopaulino. E contou com um final emocionante: contundido após dividida mais forte com um palmeirense, o zagueiro Renganeschi passou a "fazer número" na ponta, como se dizia na época, pois substuições durante a partida eram proibidas. Ou seja, na prática, o São Paulo jogava com dez no Pacaembu. Mas, aos 38 minutos do segundo tempo, o mítico goleiro Oberdan Catani espalmou uma bola no travessão e ela pingou na pequena área do Palmeiras; Renganeschi, que vinha mancando e se arrastando justamente por ali, empurrou para o gol (foto à direita). Dos 11 títulos paulistas disputados entre 1940 e 1950, São Paulo e Palmeiras ganharam cinco cada um (a exceção foi o Corinthians, em 1941).

Palmeiras 1 x 1 São Paulo (28/01/1951) - Confronto que ficou conhecido como o "jogo da lama" e que decidiu o Campeonato Paulista de 1950 para o Palmeiras. O São Paulo precisava de uma vitória simples para faturar aquele que seria o primeiro tricampeonato de sua história. E abriu o placar no Pacaembu com o ponta Teixeirinha, logo aos 3 minutos de jogo. Porém, no início do segundo tempo, o Palmeiras empatou com Aquiles - e ficou com o título. Sãopaulinos reclamaram que o palmeirense estava em total impedimento, não marcado pelo juiz inglês Alwin Bradley (que os maldosos apelidaram de Bradelli). A marca do jogo foi a raça dos jogadores palmeirenses, no campo encharcado e enlameado. No intervalo, Jair Rosa Pinto cobrou aos berros (foto) uma reação para obter o empate. Foi dele o passe para o gol de Aquiles.

São Paulo 1 x 0 Palmeiras (27/06/1971) - Famosa partida que decidiu o título paulista de 1971, no Morumbi, com um gol de Toninho Guerreiro para o São Paulo. O lance capital do jogo ocorreu no segundo tempo, quando o atacante Leivinha cabeceou para empatar aquele confronto decisivo. Isso daria novo ânimo para o Palmeiras, que precisava da vitória para conquistar o campeonato. Mas o polêmico juiz Armando Marques anulou o gol, alegando que Leivinha tinha marcado com um - imaginário - toque de mão. Nota-se, na foto à direita, que Leivinha ainda teve a camisa puxada no lance. Revoltados, os jogadores do Palmeiras não tiveram mais a calma necessária para buscar a virada no placar. E o São Paulo sagrou-se bicampeão paulista.

Palmeiras 0 x 0 São Paulo (03/09/1972) - Disputado por pontos corridos, o Paulistão de 72 foi decidido apenas na última rodada, num Choque-Rei que lotou o Pacaembu, como nos velhos tempos. Para o Palmeiras, bastava o empate para ser campeão. Mas o cruel da história é que os dois times estavam invictos, então o São Paulo tornou-se um curioso vice-campeão que não perdeu uma partida sequer na competição. Além disso, o Palmeiras impediu mais uma vez que o rival conseguisse obter seu primeiro tricampeonato. E, mesmo que indiretamente, sem disputar a decisão com o São Paulo, ainda seria campeão em 1993, abortando mais uma vez a sequência de três títulos, depois de os sãopaulinos terem ganho o Paulista em 1991 e 1992.

São Paulo 1 x 0 Palmeiras (17/06/1979) - O confuso Campeonato Paulista de 1978 só seria definido na metade do ano seguinte, com os "meninos da Vila" (Nilton Batata, Pita, Juari) levantando o caneco pelo Santos. A final foi disputada com o São Paulo, que conquistou a vaga de forma inacreditável. Milhares de palmeirenses já cantavam "Tá chegando a hora" no Morumbi, no final da prorrogação, pois o empate garantia o alviverde na decisão. A torcida sãopaulina, em minoria, começava a abandonar o estádio. Foi então que o lateral Getúlio cruzou uma bola na área e Serginho Chulapa (à direita) cabeceou para cima; a bola descreveu um arco improvável e, mais improvável ainda, caiu dentro do gol. São Paulo classificado, palmeirenses perplexos.

Palmeiras 4 x 4 São Paulo (18/04/1999) - Há quase 12 anos, um Palmeiras comandado por Luiz Felipe Scolari (à esquerda) e um São Paulo por Paulo César Carpegiani se enfrentaram pela primeira fase do Paulistão, no Morumbi. Parece dèjá vu, e tomara que seja, pois o resultado naquela ocasião foi uma chuva de gols. Dodô (2), Serginho e Rogério Ceni marcaram para o tricolor e Galeano (2) e Evair (2) fizeram os gols da igualdade em 4 a 4 num inesquecível Choque-Rei. Naquele ano, o Paulistão ficou com o Corinthians, mas o Palmeiras levantaria a Copa Libertadores. Já o São Paulo, nessa primeira passagem de Carpegiani, passou o ano em brancas nuvens.

São Paulo 2 x 1 Palmeiras (13/04/2008) - A polêmica mais recente entre os dois rivais, no Campeonato Paulista, ocorreu na edição de 2008. Os times se enfrentaram pelas semifinais e, logo na primeira partida, já teve confusão. Naquele semestre, o São Paulo contava com os gols do conturbado "imperador" Adriano. No clássico de ida pelas semifinais, no Morumbi, ele abriu o placar com um gol de mão (foto à direita), que foi validado pelo juiz Paulo César de Oliveira. No segundo tempo, ele ainda faria mais um e, de pênalti, Alex Mineiro diminuiu para o Palmeiras. Mas a partida de volta teria o "troco" dos alviverdes.

Palmeiras 2 x 0 São Paulo (20/04/2008) - Esse foi o "jogo do gás". Num episódio até hoje muito mal explicado, os jogadores do São Paulo ameaçaram não voltar para o segundo tempo da partida, pois um spray de gás pimenta teria sido atirado dentro de seu vestiário. Naquela altura, o time perdia por 1 a 0, gol de Léo Lima em falha bisonha do goleiro Rogério Ceni. Na etapa final, Valdívia marcou o seu e fechou o caixão sãopaulino, com direito a fazer o gesto de "fica quieto" (foto) para Ceni, que havia empurrado seu rosto em um lance de discussão. O Palmeiras, treinado na época por Vanderlei Luxemburgo, conquistaria o Paulistão de 2008, seu título mais recente.

Pois então, Valdívia e Rogério Ceni se reencontram amanhã. E mais um capítulo desse clássico será escrito no Paulistão. Com muitas emoções, esperamos nós.

domingo, setembro 19, 2010

Lucas garante o 2 a 0 sobre o Palmeiras no Choque-Rei

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O Palmeiras perdeu para o São Paulo por 2 a 0 no Pacaembu neste domingo, 19. Jogou pior do que o adversário no Choque-Rei e foi derrotado. Para deixar o torcedor mais preocupado, tomou outro gol depois de um balão do goleiro adversário. O mesmo havia ocorrido na semana retrasada, contra o Vitória.

O primeiro tempo foi péssimo, daqueles que explicam porque os dois times estão lá no meião da tabela. O desfecho no segundo tempo mostrou por que o lado verde não vai subir mais do que isso na classificação. A não ser que melhore muito.

O Palmeiras poderia ter deixado o domingo melhor se, depois de sofrer o revés, dos pés de Lucas (ex-Marcelinho) aos 10 do segundo tempo, tivesse colocado alguma bola para dentro. Mas Rogério Ceni evitou três chances mais ou menos boas. Mais chato do que não marcar é ter que reconhecer o trabalho do 1 do São Paulo...

Defesa desarticulada, meio inexistente. Ou quase. O Palmeiras não conseguiu criar de fato, mesmo com o recuo tricolor.

Ainda deu tempo para, com tranquilidade, o time de Sérgio Baresi fazer o segundo com Fernandão. Recuado e esperando o contra-ataque, ficou fácil com a falta de capacidade ofensiva dos adversários.

Lucas foi o nome do jogo, ou do segundo tempo, que foi quando se jogou algum futebol – aquele esporte em que 22 jogadores, metade de cada lado, disputando o esférico e tentando fazer a bola passar pela meta do adversário.

Sem Kléber, o Palmeiras não tem um nome para ser do jogo, porque Valdívia não resolveu nada até agora, desde sua volta.

Luiz Felipe Scolari pula, grita, xinga... Se eu reclamo daqui, imagino que do banco de reservas eu também reclamaria. O problema é que ele foi expulso novamente. E não resolveu o time.

Que os são-paulinos me contradigam (ou façam a troça).

quinta-feira, maio 27, 2010

Palmeiras perde pênalti, clássico e Cleiton Xavier

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Foi 1 a 0 para o São Paulo o clássico contra o Palmeiras no Morumbi. A primeira vitória tricolor contra times grandes paulistas em sete meses, com gol de Fernandão e pênalti defendido por Rogério Ceni.

Não foi o melhor dos Choques-Rei, mas também não foi domingo.


O Palmeiras foi pior no jogo, especialmente até sair o único gol do jogo. Depois, sem Cleiton Xavier e dependendo totalmente de Lincoln para criar jogadas, teve de enfrentar um adversário recuado e compacto, só esperando para ir na boa, no contra-ataque.

Não empatou pela defesa de Rogério Ceni da penalidade batida por Ewerthon, mas também porque teve muita dificuldade para criar lances de gol.



O São Paulo começou melhor e mais ofensivo, apostando na velocidade. Criou pelo menos três chances boas de gol. Depois que o 10 palmeirense saiu, com torsão no joelho, para entrada do volante Souza, o time da casa avançou mais, até sair o gol.

Jogada de Fernandinho para Fernandão, o gol da vitória. Do jogador que, sozinho, resolveu o time inteiro.

O Palmeiras conseguiu melhorar só no fim. Esboçou pressão no fim, mas só conseguiu mesmo um pênalti de Cicinho sobre Ivo. O lateral se choca com o braço direito aberto contra o meia alviverde dentro da área. O Ceni achou que não foi, mas foi. A polêmica inexiste de fato porque o 1 do São Paulo foi buscar a bola no canto.

A empolgação pós-vitóia sobre o Grêmio cede espaço à resignação sobre as limitações. Quatro desfalques fizeram o time entrar torcendo para empatar. Precisava mais do que torcida para alcançar resultado.

Chega logo, Copa!

terça-feira, outubro 14, 2008

Expectativa para mais um Choque Rei decisivo

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Domingo será dia de mais um clássico decisivo entre Palmeiras e São Paulo, que ainda brigam pelo título do Campeonato Brasileiro. Será o quinto confronto entre os dois clubes neste ano. Até aqui, houve equilíbrio. O Alviverde venceu duas vezes nos Campeonato Paulista: uma goleada de 4 a 1, em Ribeirão Preto (SP), e um 2 a 0 no Palestra Itália (palco do jogo do próximo domingo), quando despachou o rival nas semifinais e abriu caminho para quebrar um tabu de 12 anos sem título estadual, contra a Ponte Preta. Já o Tricolor venceu a primeira partida semifinal do Paulistão por 2 a 1 (com um polêmico gol de mão do "turista" Adriano) e garantiu o mesmo placar na partida do primeiro turno deste Brasileirão.

O chamado Choque Rei é um dos confrontos mais equilibrados do futebol mundial. De 1936 para cá, Palmeiras e São Paulo se enfrentaram 276 vezes, com 92 vitórias do Alviverde (363 gols), 87 empates e 97 vitórias do Tricolor (372 gols). Em decisões, o duelo também é parelho: os palmeirenses levaram a melhor nos Paulistas de 1942, 1950 e 1972 e no Brasileiro de 1973. Os são-paulinos deram o troco nos estaduais de 1946, 1971 e 1992. Nos últimos anos, mais jogos decisivos acirraram a rivalidade. O São Paulo eliminou o rival em duas edições da Libertadores, de 2005 e 2006. Depois, como lembramos acima, o Palmeiras tirou o Tricolor do Paulistão deste ano. No momento, por estar dois pontos a frente e ter a vantagem de jogar em casa, o Alviverde surge como favorito, como alguns de seus próprios atletas admitem. Para o Tricolor, será a última chance de tentar alguma coisa nesta temporada. Por isso, a expectativa é de mais um grande jogo.

sexta-feira, abril 18, 2008

Há domingos de Choque-Rei

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Domingo Palmeiras x São Paulo farão um jogão que vai parar o estado. Para os santistas, como eu, e os corintianos, nada resta a não ser acompanhar a boa decisão que está se travando - e com todos os climas que um jogo desse porte merece.

E a expectativa para a partida cresce quando lemos textos como esse, do amigo palmeirense Paulo Júnior, da comunidade Futebol (não) Alternativo do Orkut:

Há domingos de Choque-Rei

Há domingos.

Aqueles que acordo e leio umas três críticas em jornal
impresso, as últimas na internet, o rádio ligado desde a
macarronada.

Estatísticas, tabus, ídolos, heróis, vilões.

Lembram da obra prima de Alex, da confusão generalizada no Pacaembu, da arracanda do Sampaio, do foguete de Cicinho, de casos que pularam o muro, de uma decisão de casa cheia ou de um jogo de garoa em dia útil no interior.

De São Bernardo à Barra Funda tomo um ônibus e um metrô. Na ida, histórias anônimas de quem esteve numa quarta-feira de Ademir ou num sábado de Rogério Ceni. Os irmãos que viram o gol de letra do Raí ou Vagner Love e as pipocas rosas.

A minhoca de metal respira verde. Desde novembro de 2003 a esperança de dias melhores, na elite. O time de Estevan, de Thiago Gentil, eliminado pelo Paulista de Jundiaí e classificado à Libertadores de forma heróica. O de Leão, e Washington, que caiu para o São Paulo na Liberadores, mas buscou, com Gioino, a nova vaga. O de Tite, tão regular, mas que caiu pelas tabelas com seus Marcinhos, Pedrinhos e Juninhos. Ou o de Caio Junior, tão passivo, que viu os
mineiros de Ipatinga e Atlético afundarem o clube em pleno Jardim Suspenso do Palestra Itália.

Mas, metros ao lado, a história era outra. O gol do atacante comprovadamente dopado, do Once Caldas, colocaria um ponto final nas seguidas frustrações. Cuca, Rojas e Paulo Autuori levaram a América (que jogo no Monumental!) e o mundo, de Mineiro e Danilo, mas de Amoroso. Muricy parou no Colorado, mas levou o Brasil aos pés de Rogério Ceni. Depois, parou no Grêmio, mas o Brasil seguiu tricolor. O pós-Telê foi lapidado em uma década, mas que diamante valioso que se deu.

Desço e já vejo as chaminés dos Matarazzo. São quinze minutos de caminhada, o bastante para lembrar da época em que meu pai me levava, de mãos dadas, pelas ruas movimentadas. O eco bate no
peito, a torcida chega, grita. O avô, o pai e o filho vestem o mesmo manto, a camisa dez. Senhores de calça social debatem a baliza: Oberdan ou Marcos? A Turiassu é o encontro daqueles religiosos, onde a missa começa pontualmente às 16h.

O gramado está metros acima. Passam os adversários, os inimigos
dessa guerra. São onze em cada trincheira, eles em três cores, nós de esperança. O coração pulsa sob os pés, os trinta mil alviverdes soam feito um batalhão orquestrado.

Há domingos.

E há domingos de Choque-Rei.

terça-feira, outubro 02, 2007

Equilíbrio: sete décadas de SP x Palmeiras

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Leivinha, Chicão, César Maluco, Ademir da Guia, Piau e Pedro Rocha na decisão do Brasileiro de 1973: zero a zero e Palmeiras campeão (Morumbi, 20/02/1974)

Outro dia postei um histórico do confronto entre São Paulo e Santos e não me toquei de que o tricolor também não enfrentaria mais, neste ano, o Palmeiras. Por isso, faço o balanço agora e, depois do fim de semana (e de mais um "majestoso"), será a vez do "raio-x" contra o Corinthians.

Buenas: de 1936 a 2007, Palmeiras e São Paulo se enfrentaram 272 vezes, com 90 vitórias do alviverde (355 gols), 87 empates e 95 vitórias do tricolor (368 gols) - 0 que demonstra equilíbrio, no geral. O mesmo não acontece, no entanto, em duas competições distintas.

No Campeonato Brasileiro, o Palmeiras reina absoluto: 42 jogos, 16 vitórias, 20 empates e só 6 derrotas. Fez 57 gols e levou 44. Já no Campeonato Paulista, a situação é inversa: em 148 partidas, o São Paulo venceu 63, com 42 empates e 43 derrotas. Marcou 224 gols, contra 179 dos palmeirenses.

Pelo Rio-São Paulo, também dá Palmeiras: 24 jogos, 10 vitórias, 7 empates e 7 derrotas (45 gols pro, 34 contra). Já pela Libertadores da América, dá São Paulo: 8 confrontos, 6 vitórias, 2 empates e nenhuma derrota (12 gols pro e 4 contra). Em torneios nacionais, os dois clubes se enfrentaram 28 vezes, com 12 vitórias para o Palmeiras (37 gols), 12 empates e 4 vitórias do São Paulo (20 gols).

O verdão também foi melhor nos amistosos: 12 partidas, 6 vitórias, 1 empate e 5 derrotas (fez 19 gols e levou 20). Em torneios internacionais, venceu os únicos dois jogos, fazendo 4 gols e levando só 1. Pelo Roberto Gomes Pedrosa, em 4 jogos, foram uma vitória para cada lado e dois empates (5 gols do Palmeiras e 4 do São Paulo).

O tricolor dá o troco na Copa do Brasil, onde venceu os dois únicos confrontos, fez 5 gols e levou 3. Por fim, no portentoso Supercampeonato Paulista, um empate e uma vitória são paulina, com 2 gols dos palmeirenses e 4 do adversário.

Quanto aos dois estádios onde mais se enfrentaram, o Palmeiras leva vantagem no Pacaembu: 120 jogos, 43 vitórias, 39 empates e 38 derrotas (180 gols pro e 168 contra). E o São Paulo é superior no Morumbi: 105 partidas, 42 vitórias, 38 empates e 25 derrotas (151 gols pro e 115 contra).

Em finais, também há equilíbrio. O Palmeiras levou a melhor nas decisões dos Paulistas de 1942, 1950 e 1972 e do Brasileiro de 1973, enquanto são-paulinos venceram os Paulistas de 1946, 1971 e 1992.