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sexta-feira, novembro 28, 2014

Som na caixa, manguaça! - Volume 80

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MIRA IRA (NAÇÃO MEL)
(Lula Barbosa e Vanderlei de Castro)

LULA BARBOSA, MIRIAM MIRAH, TARANCÓN e PLACA LUMINOSA


Mira num olhar
Um riacho, cacho de nuvem
No azul do céu a rolar...

Mira Ira, raça tupi,
Matas, florestas, Brasil

Mira vento, sopra continente
Nossa América servil
Mira vento, sopra continente
Nossa América servil...

Mira num olhar,
Um riacho, cacho de nuvem
No azul do céu a rolar...

Mira ouro, azul ao mar
Fonte, forte esperança
Mira sol, canção, tempestade, ilusão
Mira sol, canção, tempestade,
Ilusão...

Mira num olhar
Verso frágil tecido em fuzil
Mescla morena

Canela, CACHAÇA, bela raça, Brasil

Anana ira,
Mira ira anana tupi
Anana ira, anana ira
Mira Ira

Canela, CACHAÇA, bela
Canela, CACHAÇA, bela
Canela, CACHAÇA, bela raça, Brasil



(Do LP "Festival dos Festivais", Som Livre, 1985)




terça-feira, março 23, 2010

Som na caixa, manguaça! - Volume 51

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CACHAÇA NÃO É ÁGUA NÃO
(Mirabeau Pinheiro/ Lúcio de Castro/ Héber Lobato/ Marinósio Filho)

Colé e Carmen Costa

Você pensa que cachaça é água?
Cachaça não é água não
Cachaça vem do alambique
E água vem do ribeirão

Pode me faltar tudo na vida
Arroz, feijão e pão
Pode me faltar manteiga
E tudo mais não faz falta não

Pode me faltar amor
Disto até acho graça
Só não quero que me falte
A danada da cachaça

(Do 78 R.P.M. "Cachaça"/"O bode tá solto", Copacabana, 1953)

quarta-feira, maio 02, 2007

Som na caixa, manguaça! (Volume 13)

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Bar da Noite

Alcione
Composição: Haroldo Barbosa/ Bidu Reis

Garçom, apague essa luz
Que eu quero ficar sozinha
Garçom, me deixe comigo
Que a mágoa que eu tenho é minha

Quantos estão pela mesa bebendo
Tristeza querendo ocultar
O que se afoga no copo
Renasce na alma, desponta no olhar

Garçom, se o telefone bater
E se for pra mim
Garçom, repita pra ele
Que eu sou mais feliz assim

Você sabe bem que é mentira
Mentira noturna de bar
Bar, tristonho sindicato
De sócios da mesma dor
Bar, que é refúgio barato
Dos fracassados do amor

(Do CD "Alcione ao vivo - Nos bares da vida", Universal Music, 2001)

segunda-feira, novembro 24, 2008

Som na caixa, manguaça! - Volume 28

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EU E MINHA EX
(Júpiter Maçã)

Eu e minha ex, no botequim, falando sobre nossas vidas
As novas amizades, relações, experiências, sacações
Foi quando eu percebi, me incomodava a intimidade da ex
As novas idéias, discos, filmes
Diferentes de quando eu opinava

Eu e minha ex queremos amizade
Mas acho que eu não superei
Talvez ainda goste dela

Eu e minha ex, na tempestade, sob o mesmo guarda-chuva
Pelas alamedas de Porto Alegre, do Mercadão até o Bonfim

Eu e minha ex queremos amizade
Mas acho que eu não superei
Talvez ainda goste dela

Eu e minha ex, talvez um dia sejamos um só outra vez
Em outro planeta, dimensão, circunstância, situação...

Eu e minha ex queremos amizade
Mas acho que eu não superei
Talvez ainda goste dela

(Do CD "A sétima efervescência intergaláctica", Antídoto, 1997)

segunda-feira, setembro 01, 2008

Som na caixa, manguaça! - Volume 23

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TERCEIRO WHISKY
(Frejat/ Guto Goffi/ Cachimbo)

Blues Etílicos

Parei no terceiro whisky
Não lamento a minha desgraça
Porque agora estou partindo
Pra minha quinta cachaça

Eu sou um bom perderdor
Meu lema na vida é o amor

Se alguém pensa que me engana
Antes já se enganou
Meu caráter, bom caráter
É obra do Criador
É obra do Criador

Gosto de toda essa gente
Só porque sou diferente
Não sou bom nem ruim
Não tenho princípio ou fim

Nasço toda manhã
Quando eu saio do meu botequim

(Do CD "Águas barrentas-Ao Vivo", Eldorado, 2001)

sexta-feira, maio 09, 2008

Som na caixa, manguaça! - Volume 20

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FÃ DE ELIANE
(Chico Lopes)

Alô, Eliane, ô me atenda pelo telefone
Quem tá falando é Chico Lopes
O novo astro lá do Mossoró

Sou louco pra te conhecer
Sou apaixonado pela sua voz
Será no seu coração
A vontade que eu tenho pra poder te ver

Se eu chegar num bar pra beber
E não tiver seu LP
Ah, nesse bar eu não beberei

Pois eu sou seu fã
Eu sou seu admirador

(Do CD "Fã de Eliane", gravadora Som Zoom, 1996)

sexta-feira, dezembro 24, 2010

Som na caixa, manguaça! - Volume 64

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MINHA HISTÓRIA (GESUBAMBINO)
(Dalla/ Pallotino - versão: Chico Buarque)

Chico Buarque

Ele vinha sem muita conversa, sem muito explicar
Eu só sei que falava e cheirava e gostava de mar
Sei que tinha tatuagem no braço e dourado no dente
E minha mãe se entregou a esse homem perdidamente, laiá, laiá,laiá, laiá

Ele assim como veio partiu não se sabe prá onde
E deixou minha mãe com o olhar cada dia mais longe
Esperando, parada, pregada na pedra do porto

Com seu único velho vestido, cada dia mais curto, laiá, laiá,laiá, laiá
Quando enfim eu nasci, minha mãe embrulhou-me num manto
Me vestiu como se eu fosse assim uma espécie de santo
Mas por não se lembrar de acalantos, a pobre mulher
Me ninava cantando cantigas de cabaré, laiá, laiá, laiá, laiá
Minha mãe não tardou alertar toda a vizinhança
A mostrar que ali estava bem mais que uma simples criança
E não sei bem se por ironia ou se por amor
Resolveu me chamar com o nome do Nosso Senhor, laiá, laiá, laiá,laiá

Minha história e esse nome que ainda carrego comigo
Quando vou bar em bar, viro a mesa, berro, bebo e brigo
Os ladrões e as amantes, meus colegas de copo e de cruz
Me conhecem só pelo meu nome de menino Jesus, laiá, laiá
Os ladrões e as amantes, meus colegas de copo e de cruz
Me conhecem só pelo meu nome de menino Jesus
Laiá, laiá, laiá,laiá

(Do LP "Construção", Philips, 1971)

terça-feira, setembro 29, 2015

Som na caixa, manguaça! - Volume 87

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O GÁS ACABOU
(Luiz Américo - Braguinha)


LUIZ AMÉRICO


O gás acabou, tem pouca comida,
Acabou meu dinheiro
Pagamento está longe,
Ainda não pintou o décimo terceiro
As pratinhas do Zé
Que ele juntou pra comprar a chuteira
Se o vale gorar
Já dá pra inteirar a despesa da feira

E aqui estou eu
Pedindo carona pra ir trabalhar
Pensando na nega mãe dos meus moleques
Que nunca se queixa
E está sempre a cantar
Seja lá o que Deus quiser

Pobre é esse sofrimento
Recebe só vale no seu pagamento
Pobre é esse sofrimento
Recebe só vale no seu pagamento

O dia de ontem, somado ao de hoje é a mesma rotina
E pra disfarçar minha distração é o boteco da esquina
Conversa fiada, que não leva a nada só pra distrair
E a gente se cansa, depois vai pra casa jantar e dormir

E aqui estou...

(Do LP "Cartão vermelho", RCA, 1977) 




sexta-feira, março 05, 2010

Som na caixa, manguaça! - Volume 50

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FALANDO DA VIDA
(Rodger Rogério/ Dedé)

Rodger Rogério

No meio do dia não venha tentar quebrar meu encanto
Não venha chorar, por enquanto
Meus olhos de olhar, de olhar querem ver o que há
Não venha me encher de mistérios
Não vou prometer ficar sério

Não venha, não venha tentar quebrar meu encanto
Não venha chorar, por enquanto
Não venha me encher de mistérios
Não, não vou prometer ficar sério
Não venha estragar meu prazer
Não, não vou prometer
Não venha estragar
Enquanto durar

No meio da noite não posso deixar
Não posso deixar de sair
Se você quiser, pode vir
Não quero mudar minha sorte
No meio da noite não posso deixar
Não posso deixar de sair
Se você quiser, pode vir
Não quero mudar minha sorte

Se a morte, se a morte vier me encontrar
Ela sabe que estou entre amigos
Se a morte, se a morte vier me encontrar
Ela sabe que estou entre amigos
Falando da vida, falando da vida
Falando da vida e bebendo num bar
Falando da vida, falando da vida
Falando da vida e bebendo num bar

(Do LP "Meu corpo, minha bagagem, todo gasto na viagem", Continental, 1973)

quarta-feira, fevereiro 10, 2010

Som na caixa, manguaça! Volume 49

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LENDA DO CARMO
(Composição: Ivan Lins / Vitor Martins)

Ivan Lins

O mestre bandoleiro invade a cidade
Pega da espada e muda o rumo da manhã
E o povo corre pra igreja
Pra se esconder do mal
Os santos milagreiros, mulheres e homens
Bebiam juntos o vinho e repartiam o pão
Era a folia, era o milagre
Do vinagre e sal

O mestre bandoleiro deixando a cidade
Quebra a espada e muda o rumo da manhã
Cinzenta e fatal
Imortal
Os santos e as pessoas invadem a cidade
Tocando sinos, cantando hinos de procissão
Era a folia, era a alegria
Era um Carnaval

Na mesma taça, o sangue e o vinho da igreja
A água benta, a cerveja e o suor
A mesma dança, uma vingança
Um negro ritual
O povo sem cerveja, os santos sem milagres
A igreja só e não muda o rumo da manhã
Virgem Santa! Quanta solidão! Perdição!

(Do LP "Chama acesa", RCA, 1975)

sexta-feira, junho 27, 2008

Som na caixa, manguaça! - Volume 22

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NOTURNO PAULISTANO
(J. Petrolino/ Carlinhos Vergueiro)

Carlinhos Vergueiro

oh! cidade dos cabelos finos de neblina
minha noite paulistana louca e bailarina
faz o striptease, solta o riso e a cidade nua
sai pra rua e se mostra humana
e vai em cana dura e bebe
e perde a compostura

segue a noite um cantor de tango de cantina
mesa em mesa passeia a tristeza e a concertina
morte e vida começa a corrida pela contramão
lei do cão, ou mata ou morre ou corre
ou toma um porre e a noite escorre
igual ao dia a dia em vão

(Do Lp "Contra corrente", Som Livre, 1978)

segunda-feira, fevereiro 02, 2009

Som na caixa, manguaça! - Volume 33

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QUEM HÁ DE DIZER
(Lupicinio Rodrigues/ Alcides Gonçalves)

Nelson Gonçalves

Quem há de dizer
Que quem vocês estão vendo
Naquela mesa bebendo
É o meu querido amor

Reparem bem que toda vez que ela fala
Ilumina mais a sala do que a luz do refletor
O cabaré se inflama quando ela dança
E com a mesma esperança tudo ficou no olhar
E eu, tonto aqui no meu abandono
Espero morto de sono
O cabaré terminar

"-Rapaz, leva essa mulher contigo!"
Disse-me um dia um amigo
Quando nos viu conversar
"-Vocês se amam, o amor deve ser sagrado
o resto deixa de lado, vai construir o teu lar"

Palavra, quase aceitei o conselho
O mundo, esse grande espelho
Foi o que me fez pensar assim:
Ela nasceu com o destino da lua
Pra todos que andam na rua
Não vai viver só pra mim

(Do LP "Nelson de todos os tempos", RCA Victor, 1975)

quarta-feira, fevereiro 25, 2015

Som na caixa, manguaça! - Volume 82

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O ÚLTIMO TRAGO
(Marciano/Darci Rossi)


Pedro & Paulo


Às vezes um homem precisa beber
Por causa de alguém que não pode esquecer
Sozinho na casa onde já viveu bem
Não come, não dorme, não é mais ninguém

A casa vazia parece assombrada
Enxerga nas coisas a imagem de alguém

Por isto o que houve quando ela partiu
Perdi a cabeça em um mundo vulgar
De tanto sofrer, com fé aprendi
Que os pecados dela não devo pagar

Depois de algum tempo de dar cabeçada
O homem aprende a escolher sua estrada
Encontra outro alguém, recomeça a amar
Percebe que o amor é possível trocar

Reúne os boêmios no último trago
Explica a vitória e despede do bar

Por isto o que houve quando ela partiu
Perdi a cabeça em um mundo vulgar
De tanto sofrer, com fé aprendi
Que os pecados dela não devo pagar


(Do LP "Pedro e Paulo - Volume 03", Veleiros/CBS, 1981)



terça-feira, agosto 03, 2010

Som na caixa, manguaça! - Volume 57

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VIVA O CHOPP ESCURO
(Ronnie Von)

Ronnie Von

Eu não quero saber quem sou
Enquanto o mundo gira eu vou
Não me importa saber da dor
Por onde ando vejo amor

Eu grito hey, hey, hey
Eu grito hey, hey, hey
Eu grito hey, hey, hey

Viva o sol e o mar, eu digo
Viva o azul e o verde, eu penso
Viva o chopp escuro no calor!

Vamos todos viver a vida
Pois ela acaba na avenida
A verdade está no céu aberto
E a felicidade tão perto

Eu grito hey, hey, hey
Eu grito hey, hey, hey
Eu grito hey, hey, hey

Viva o sol e o mar, eu digo
Viva o azul e o verde, eu penso
Viva o chopp escuro no calor!

Eu não quero saber quem sou
Enquanto o mundo gira eu vou
Não me importa saber da dor
Por onde ando vejo amor

(Do LP "A máquina voadora", Polydor, 1970)

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

Som na caixa, manguaça! (Volume 7)

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Mulher, patrão e cachaça


Adoniran Barbosa
(Composição: Osvaldo Moles – Adoniran Barbosa)

Num barracão da favela do Vergueiro
Onde se guarda instrumento
Ali, nóis morava em três
Meu violão da silveira e seu criado
Ela, cuíca de souza
E o cavaquinho de oliveira penteado

Quando o cavaco centrava
E a cuíca soluçava
Eu entrava de baixaria
E a ximantada sambava
Bebia, saculejava
Dia e noite, noite e dia

No barracão, quando a gente batucava
Essa cuíca marvada, chorava como ela só
Pois ela gostava demais do meu líti
Que bem baixinho gemia
Gemia assim, como quem tem algum dodói
Tudo aquilo era pra mim
Gemia e me olhava assim
Como quem diz "-Alô, my boy"

E eu, como bom violão
Carregava no bordão caprichado sol maior
Mas um dia, patrão, que horror
Foi o rádio que anúnciou com o fundo musical
Dona cuíca de souza
Com cavaco de oliveira penteado se casou

E deu uma coisa na claquete
Eu ia pegá o cavaco
E o pandeiro me falou:
"-Não seja bobo, não se escracha
Mulher, patrão e cachaça
Em qualquer canto se acha"

"-Não seja bobo, não se escracha
Mulher, patrão e cachaça
Em qualquer canto se acha"
(Do LP "Adoniran Barbosa", Odeon, 1975)

sexta-feira, julho 03, 2009

Som na caixa manguaça - Volume 40

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SOBRE MULHERES BONITAS E CERVEJA GELADA
(Composição: Replace

REPLACE

Todos pensanvam que estava de bobeira
Mas não estava não
Eu estava olhando aquela menina perfeita
No calçadão
De rosa, toda perigosa
Só esperando a minha pesoa lhe convidar
Pra parar naquele bar
Sem comprisso eu não sei o que é isso
Me encantou com o seu feitiço
E se tornou o meu vicio
E eu já não sei o que fazer

Não quero só um beijo
Eu quero me casar com você
Se não for seu desejo
Eu posso te convencer

Se te digo, não ligo
Eu não sei se consigo te convencer
Mas confesso e te peço
Quanto é o ingresso pra entrar no seu coração?
Se vier com ilusão, te menosprezo na cara
Isso tarda, mas não falha
Pode me chamar de canalha, eu sou assim

(Do CD "Vida de Papel", 2009)

quarta-feira, novembro 19, 2014

Som na caixa, manguaça! - Volume 79

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A MARIA COMEÇA A BEBER

(Folclore/ Adaptação: Maria Aparecida Martins)


CLEMENTINA DE JESUS


A Maria começa a beber
No domingo de manhã
A Maria começa a beber
E vai até o anoitecer

A Maria começa a beber
No domingo de manhã
A Maria começa a beber
E vai até o anoitecer

A Maria começa a beber
E vai até o anoitecer

A Maria começa a beber
E vai até o amanhecer


(Do LP "Clementina, cadê você?" - Museu da Imagem e do Som, 1970)


quarta-feira, janeiro 30, 2013

Mapa de Minas e outros 26 estados produtores de cachaças

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Quando alguém gosta de cachaça, e gosta de gostar da bebida, começa a querer saber o local onde a chambirra é plantada, colhida, prensada, fervida, fermentada e destilada. Torna-se curiosidade tão importante quanto conhecer a madeira que compõe os tonéis onde o precioso líquido descansa. Mesmo que, eventualmente, a "madeira seja aço-inox" (isso é detalhe).

O Mapa da Cachaça é uma plataforma colaborativa no ar desde 2011. Mas só descobri essa mídia social pouco socializante no fim do ano passado. Criada pela Paralelo Multimídia, a plataforma faz constar no mapa alambiques, destilarias e fábricas de cachaça industriais e artesanais – categoria sacramentada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para salvaguardar as marvadas produzidas em escalas menores do que as industriais (as que verdadeiramente mataram o guarda, o padre e até passarinho que se aventurou a beber a água que aves não beberiam).

Falta muito para alcançarem cada rincão cachaceiro (refiro-me aos produtores, não me entendam mal) do país, mas é um grande começo e uma necessidade para o diagnóstico pré-implementação do Manguaça Cidadão.

Foto: Reprodução
Mapa com um tanto de produtores espalhados. Falta muito para alcançar todos os
rincões cachaceiros. Mas os alfinetes vermelhos marcam as que, modestamente, já tive
oportunidade de conhecer a fundo. Por sorte, o copo não era tão fundo...

Porque estive lá

Curioso, fui tentar cadastrar minha modesta adega (que está mais para despensa). Das seis que ainda não estão vazias, quatro já estavam devidamente mapeadas, com muito mais informações do que eu tinha sobre as danadas.

Registrei, então, duas molha-goela, singelas contribuições que permaneciam de fora do recenseamento. A Caranguejo (à esquerda), de Campina Grande (PB) e a Cachaça de Pirenópolis (GO), cidade histórica próxima ao Distrito Federal (abaixo, à direita). Antes de serem publicadas, as informações passam por moderação dos editores. Afinal, informação de bêbado não tem dono.

Além de diferenciações importantes e instrutivas (cachaça é diferente de aguardente composta, aquelas temperadas com canela, cravo, mel, cascas e sementes), há espaço para apontar madeira de descanso ou envelhecimento (uma coisa é uma coisa) e até cadastrar o fabricante e seu endereço.

É a partir desse endereço que se consegue, além de pesquisar por nomes, viajar por mapas do Brasil. Se você der sorte (ou azar) de pegar algum soluço do site e desembocar num Erro 404, vai receber, na testa, um: "Não aguenta bebe leite!"

Em clima de quem interage em mídias sociais e acha bonito, saí marcando "Já bebi" em todas as preferidas que encontrei. Ainda marquei muitas que nem sequer almejam o posto de mais queridas... E, no final, estava admitindo até as que despertam nenhum orgulho da experiência da degustação. Tem toda a gama de qualidades cadastrada por lá.

Modéstia às favas, em 20 minutos alcancei a primeira dezena de quatro estados. Em mais 10, passando por algumas das 42 páginas de listas das marvadas de Minas Gerais, foi fácil passar da segunda dezena. Nesse inteirim, conheci a Poesia, a Atrás do Saco, a Peladinha, Perseguida Ouro... Além de conhecer uma coleção de rótulos e músicas que não chegam aos pés do Som na Caixa Manguaça.

Vale o passeio. Mas dá uma sede danada.

sexta-feira, março 27, 2015

Som na caixa, manguaça! - Volume 84

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 PRECISO DE ALGUÉM

 (Composição: Evaldo Gouveia e Fagner)


FAGNER


Quando fiquei só
Tudo ao meu redor
Foi perdendo a graça pra mim
Claro que sofri
Quase enlouqueci
Nunca me senti assim

Mas depois passou, tudo se acalmou
Foi só um momento ruim
Essas fases más, de falta de paz
De insônia e de botequim
Mas cansei de vagar, fiquei farto de bar
De perfume vulgar, cigarro e gin


Eu não tenho ninguém, mas preciso de alguém
Pra evitar o meu fim
Eu não posso ocultar o que o amor me fez
Eu não quero passar por tudo outra vez
Pra sofrer e chorar mais uma ilusão
Eu me ajeito com a solidão

Mas cansei de ficar completamente só
Essa falta de amar também já sei de cór
Só me resta esperar que a chama da paixão
Volte ao meu coração


(Do CD "Fortaleza", Som Livre, 2007)


segunda-feira, abril 29, 2013

Som na caixa, manguaça! Volume 69

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RONDA
(Paulo Vanzolini)

De noite eu rondo a cidade
A te procurar
Sem encontrar
No meio de olhares espio
Em todos os bares
Você não está

Volto pra casa abatida
Desencantada da vida
O sonho alegria me dá
Nele você está

Ah, se eu tivesse quem bem me quisesse
Esse alguém me diria
Desiste, esta busca é inútil
Eu não desistia

Porém, com perfeita paciência
Volto a te buscar
Hei de encontrar

Bebendo com outras mulheres
Rolando um dadinho
Jogando bilhar

E neste dia então
Vai dar na primeira edição:
"Cena de sangue num bar da Avenida São João"

(Do LP "Ronda", da cantora Marcia, EMI, 1977)