Destaques

quinta-feira, maio 31, 2007

Serra cede a pressão de estudantes ou Aperta que ele confessa

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Curiosa essa história do Serra com as universidades. Aqui na frente de casa, no Butantã, vi a passeata que estudantes, funcionários e professores de diversas universidades (vi faixas da USP, Unicamp e Unesp) fizeram até o Palácio dos Bandeirantes.

No mesmo dia, Serra, anunciou uma modificação no texto dos decretos para, segundo ele, deixlos mais claros e eliminar a interpretação, incorreta, de que eles ameaçariam a autonomia universitária. Eu, particularmente, não li os decretos, e não tenho como avaliar as intenções do excelentíssimo governador (frisando que, em geral, discordo dele). Mas achei interessantes as abordagens da imprensa a respeito.

No Uol Educação, eu vi e mostrei para um amigo um texto cujo título era algo como “Após negociar com reitores, Serra 'edita' decreto”. Dessa forma, não seria um recuo de Serra, uma derrota imposta pelas manifestações de estudantes e funcionários, mas uma “edição” no sentido jornalístico de modificação sem alteração de sentido. Deixa claro também que se trata de um acordo com os reitores das universidades, com a intelligentsia, coisa de homens de bem. Não fruto da baderna feita por um bando de “depredadores de prédios públicos”, como denominou a revista Veja, citada pelo Centro de Mídia Independente.

Agora, o Uol Educação tem esse texto no ar, menos desequilibrado, com horário semelhante ao que eu tinha visto antes. O sempre citado Conversa Afiada, de Paulo Henrique Amorim, deu o seguinte título à matéria sobre o recuo de Serra: Estudantes ganham e Serra volta atrás. Eu fico com este.


PS: A matéria da Veja merece uma olhadela. Cito o abre, novamente tirado do CMI, e deixo os comentários para os leitores:


No caminho certo
O governador Serra enfrenta o atraso que ainda reina na USP

Camila Pereira

O obscurantismo abomina o conhecimento. A queima de livros durante a Inquisição, a depredação, no ano passado, de um centro de pesquisas da companhia Aracruz por uma horda de 2 000 militantes teleguiada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Os exemplos atravessam eras e continentes. O obscurantismo pode tornar-se pior quando combinado com a praga do corporativismo. Foi o que ocorreu no último dia 3 na Universidade de São Paulo, a maior instituição de ensino superior e pesquisa do país. Um bando de 300 alunos invadiu o prédio da reitoria, depredou suas dependências e ocupou o gabinete da reitora Suely Vilela. Os manifestantes passaram a usar internet e telefone livremente para divulgar seu protesto, que, na última sexta-feira, já durava uma semana. Qual é a razão para tanto vandalismo? Entre reivindicações oportunistas, como a melhor conservação dos prédios da universidade, os depredadores de prédios públicos querem impedir que o governador José Serra exija mais transparência dos gastos das três universidades estaduais - além da USP, a Unesp e a Unicamp.

E ninguém fala do Flu e Figueira...

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Ainda bem que os blogueiros futepoquenses não são igual à grande mídia paulistana, que só fala do próprio umbigo, né santistas?

Mas vamos lá, vi pedaços do jogo e apenas os gols, então vou fugir dos comentários sobre o jogo e ficar com a constatação do resultado da primeira partida das finais da Copa do Brasil.

Com esse 1 a 1, o próximo jogo, decisivo, será duro de assistir. É que o Renato, técnico tricolor, mesmo precisando marcar gols, deve fazer igual à partida contra o Bahia. Se segura e tenta um contra-ataque qualquer dentro dos 90 minutos.

O Mário Sérgio, que não é muito chegado em atacar, deve armar outra retrancona porque o 0 a 0 o favorece.

Engraçado como dois grandes atacantes se tornaram técnicos retranqueiros (mas alguém já escreveu isso)...

Tudo pode ser diferente, claro, mas a expectativa não é das melhores para quem for assistir à partida.

Independentemente disso, que tá com cara que o Flu vai repetir o vexame na Copa do Brasil contra o Paulista, isso tá.

Grêmio faz tenente tirar mais uma licença médica

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Crônica impagável de Amanda Xamuska, do blog etílico Amanda na Mesa F.C.:

Como todos nós sabemos o coração do Tenente num anda muito bom, mas a situação piorou com a participação do Santos nas últimas fases da Libertadores. Para não repetir o jogo inteiro como fiz no post sobre o jogo contra dos mexicanos irei apenas reproduzir os dois gols gremistas:

1º) Diego Souza gira em cima de Ávalos e cai dentro da grande área. Pênalti duvidoso para os anfitriões.

- Vai toma no cu, seu filho da puta! Tinha que ser um merda de um argentino esse juiz. Passaram a mão de novo no Santos. Num dá para acreditar... maldito! Vai se fudê!

Tcheco bate bem, no canto direito, e abre o marcador. Gooool!- Tá vendo! Vai toma no cu! No cu, vocês estão me ouvindo.O coração do Tenente começa a dar sinais de que vai ter que ser substituído antes dos 90 min.

2º) Carlos Eduardo rouba bola de Adaílton, avança sem marcação e toca rasteiro na saída de Fábio Costa para fazer o segundo.

- Aline! Pega meu remédio, eu tô sem ar! Filho da puta! Tava fazendo o que ai atrás brincando com a bola? O que? O que? Num aguento mais corinthiano no meu time, filho da puta!

Risos ecoam da cozinha.

- E vocês ai parem de rir da minha cara, sou palhaço agora??? Aline! Cadê meu remédio, porra! Corinthiano é tudo desgraçado mesmo, pelo menos aqui em casa num tem São Paulino, num me faltava mais nada.

Após o término do jogo o braço do Tenente começou a doer e fomos obrigados a parar no pronto-socorro. Mais uma vez ele continua vivo, nada grave! Porém, mais uma vez ele está de licença médica por tempo indeterminada por causa de um jogo do Santos.

quarta-feira, maio 30, 2007

Façam suas apostas!

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Me parece que neste primeiro jogo da semifinal brasileira da Libertadores o Santos não teve pegada, demorou um pouco pra se dar conta de que tinha o Grêmio pela frente. Grêmio que joga um futebol mais pra Uruguai do que pra Argentina. Um futebol feio, mas valoroso. Com o perdão dos companheiros são-paulinos do Futepoca, um futebol viril, mas menos violento do que o do São Paulo do primeiro semestre.

Apesar do dito acima, o Santos começou muito bem, tocando a bola com muita categoria, de pé em pé sem parar, e ameaçando muito, com o jogo de certa maneira na mão, mas tomou dois gols bobos em dois minutos. Desconsiderando o primeiro, o segundo gol foi o tipo lamentável de se tomar numa semifinal de Libertadores. Lembrou o gol que o Pereira entregou na Vila Belmiro ao Once Caldas em 2004.

Tem que se registrar que o Santos fez pouquíssimas faltas (só umas três no primeiro tempo, mais ou menos, pelo que lembro -- corrijam, se for o caso). Apesar disso (ironia!), infelizmente o Grêmio fez o primeiro gol num pênalti... que eu não daria: o Diego (se não me engano) agarrou o calção do Ávalos, foi literalmente tombando sobre o zagueiro, que ingenuamente o agarrou, e caíram juntos. O juiz deu o pênalti, mas eu não diria que roubou, porque na posição em que estava deve mesmo ter visto a falta. O Antonio Carlos não teria feito esse pênalti.

O Luxemburgo se precipitou ao colocar o Pedrinho. Cléber Santana, surpresa, deixou a desejar e Moraes demonstrou que merece um lugar no segundo jogo. Vanderlei deve ter se arrependido de jogar com dois zagueiros. Se fosse esse o esquema, teria de ter jogado com um jogador menos pesado do que o Ávalos, o Marcelo. O rápido Carlos Eduardo junto com o lateral esquerdo Lúcio (quem diria!) quase eliminam o Santos.

Mas ainda não eliminaram. Se na volta o Santos fizer 1 a 0 mais ou menos logo, ou ainda no primeiro tempo, a história pode se repetir. Vai ser difícil. Vai vingar o time da virada na Vila ou a raça gaúcha vai prevalecer? Façam suas apostas!

De trajetórias e títulos

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99: Palmeiras bateu grandes times
Escrevo este inspirado pela justificadíssima bronca do Anselmo. Outro dia, um amigo e eu discutíamos sobre isso: não adianta reclamar de tabela e de regulamento. Campeão de Libertadores tem que ganhar de bichos-papões. Também por isso, o duelo de hoje no Olímpico (e da quarta que vem na Vila) tem mais sabor. É Grêmio x Santos! Se um deles for campeão, poderá se orgulhar de ter batido um bicho-papão pra torcedor nenhum botar defeito.

Tive a curiosidade de pesquisar o percurso dos últimos três brasileiros que foram campeões do torneio continental, Palmeiras (1999), São Paulo (2005) e Inter (2006).
A conclusão fica com leitores e companheiros sobre qual desses campeões precisou de mais gás.
Para mim, a trajetória do Palmeiras de Felipão foi a mais difícil e heróica, já que pegou na seqüência o ótimo Vasco de 1999, o melhor ainda Corinthians daquele ano, o River Plate e o Deportivo Cáli (este serviu para amenizar um pouco as dificuldades).
Mas as campanhas, a partir das oitavas-de-final, foram as seguintes:

Palmeiras campeão de 1999

Oitavas
Palmeiras 1 X 1 Vasco
Vasco 2 X 4 Palmeiras

Quartas
Palmeiras 2 X 0 Corinthians
Corinthians 2 X 0 Palmeiras *
*Palmeiras 4 a 2 nos pênaltis

semifinais
River Plate (ARG) 1 X 0 Palmeiras
Palmeiras 3 X 0 River Plate

Final
Deportivo Cáli 1 x 0 Palmeiras
Palmeiras 2 x 1 Deportivo Cáli*
*Palmeiras 4 x 3 nos pênaltis

São Paulo campeão de 2005

Oitavas
Palmeiras 0 x 1 São Paulo
São Paulo 2 x 0 Palmeiras

Quartas
São Paulo 4 x 0 Tigres (MEX)
Tigres 2 x 1 São Paulo

Semi
São Paulo 2 x 0 River Plate (ARG)
River Plate 2 x 3 São Paulo

Final
Atlético-PR 1 x 1 São Paulo
São Paulo 4 x 0 Atlético-PR

Internacional campeão de 2006

Oitavas
Nacional (URU) 1 x 2 Inter
Inter 0 x 0 Nacional

Quartas
LDU (EQU) 2 x 1 Internacional
Internacional 2 x 0 LDU

Semi
Libertad (PAR) 0 x 0 Internacional
Internacional 2 x 0 Libertad

Final
São Paulo 1 x 2 Internacional
Internacional 2 x 2 São Paulo

O roto falando do esfarrapado

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Parece ciuminho. E é. O ex-Ferrari Eddie Irvine, aquele-que-
poderia-ter-tirado-o-time-da-fila-com-seu-companheiro-
Schumacher-fora-de-combate-mas-não-teve-competência, atacou o atual piloto da equipe. Kimi Raikonnen. O irlandês (sim, o segundo país que mais bebe no mundo, só perdendo pra quase fantasma Luxemburgo) criticou os hábitos etílicos do... hã... "colega".

"Não sei o que está rolando, mas ele precisa começar a fazer o que precisa ou parar de beber, pois se ele não está vencendo, não poderia estar bebendo", cutucou o mangua... quer dizer, festeiro ex-piloto, que se tornou famoso por ter tomado um sopapo do angelical Ayrton Senna. Procurado pela reportagem do Futepoca, o finlandês Kimi Raikonnen não foi achado, nem mesmo no bar do Vavá.

Mas se o cara não tá ganhando, não é um bom motivo pra beber? já pensou aguentar o frio da Finlândia sem um mézis? Seja mais tolerante, Irvine...

PS: o crítico irlandês correu quatro anos pela Ferrari e conseguiu quatro vitórias, menos da metade do ex-companheiro de jordan Rubens Barrichello.

De olho na arbitragem

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A omissão do Futepoca sobre as partidas decisivas na Copa do Brasil (final) e Libertadores (semi-final) é lamentável. O retrospecto recente recomenda observar o trio de arbitragem. Sérgio Pezotta, o argentino que terá o apito em mãos no estádio Olímpico, já esteve com o Grêmio na Libertadores, na partida contra o Cerro Porteño, e errou contra o time gaúcho. Há um ano, em maio de 2006, o cara estava em uma berlinda digna de Ana Paula de Oliveira. O Clarín deu graças aos céus quando a federação argentina o suspendeu. No jogo polêmico, entre Boca Juniors e Vélez que acabou aos 44 do primeiro tempo por falta de segurança, o assitente era Juan Carlos Rebollo, o assistente escalado para a semi-final brazuca da Libertadores, tomou pedrada.


Foto: Divulgação, Ana Paula Oliveira


Ana Paula Oliveira, na geladeira, sempre traz a arbitragem para a pauta.
Ele foi o dono da bandeirinha na partida do Santos contra o Defensor Sporting, em 1º de março, quando o time da Baixada venceu por 1 a 0, ao que consta sem grandes crises no apito (corrijam-me, ó santistas chorões).

Enquanto isso, no Maracanã, o paulista Wilson Luiz Seneme é o homem de preto. O quarto árbitro é o carioca Antônio Frederico de Carvalho, o que é grave. Do quadro da Fifa, Seneme é da nova geração de São Paulo, e apitou a decisão dos paulistas de 2005, 2006 e 2007. Ele foi o juizão da primeira partida entre Figueirense e Botafogo na semi-final. Os assistentes Edmilson Corona e Walter José dos Reis também são paulistas e estão no planteo da Fifa. Garantia de nada.

Olho neles.

"Não se caga não, garoto!"

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Venho de uma entrevista, há pouco, com o volante de origem/ lateral improvisado Dionísio, revelação do Santos FC. Ele é de Santo André, mas nasceu em São Bernardo. Vamos publicar uma matéria no ABCD Maior, mas seleciono aqui, de antemão, um trechinho da conversa para o Futepoca. Perguntei a ele como foi estrear como profissional, aos 19 anos, em um Santos x Corinthians na Vila Belmiro - em 29 de março deste ano, pelo Campeonato Paulista, 2 a 1 para o Peixe (na foto, Dionísio em lance desse jogo). Só para a gente imaginar como deve ter sido essa estréia para ele, cometo uma inconfidência: o atleta não admite, mas me entregaram que é santista de infância. Segue o papo:

Dionísio - Quando eu fui relacionado pro banco, já tava alegre (risos). Já tava feliz pra caramba. Até quando eu vi que o Tonhão (Antônio Carlos) machucou, só tinha eu de volante no banco, o resto era tudo meia-atacante. O professor (Vanderlei Luxemburgo) me chamou e só falou pra eu jogar tranqüilo, do jeito que eu vinha treinando. O professor Vanderlei falou pra mim não se cagá (sic): "-Não se caga não, garoto!" (risos). Eu entrei, joguei, fui bem graças a Deus. A Vila tava toda lotada. No começo, quando entra, dá um frio na barriga, mas depois passa. No futebol, você esquece tudo que tá de fora.

E foi assim, no susto. Dionísio entrou depois dos 30 do segundo tempo e ainda teve tempo de levar uma entrada do zagueiro corintiano Gustavo, que foi expulso no lance. Depois desse batismo de fogo, a maior sinuca de bico para o garoto foi a atuação improvisada como lateral-direito contra o Caracas, na Venezuela, pela Libertadores. Num choque casual, o adversário caiu gritando e o juiz puxou o amarelo. Como já tinha levado um no jogo, foi pro chuveiro mais cedo. "O Luxemburgo viu que não foi falta e não me deu bronca. Ele até brincou, mais tarde, que fui eu quem dei moral pro time ser campeão paulista alguns dias depois, porque, jogando com um a menos numa oitava-de-final da Libertadores, fora da Vila, e o time quase conseguiu ganhar, isso deu muita força", diverte-se o "motivador" Dionísio.

Os futepoquenses, Vavá e Mauro Beting numa noite fria

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Na foto abaixo, Vavá (o anfitrião de todas as vavazadas) e o personagem da noite de 25 de maio, o Mauro Beting, no encontro noturno. Olavo, com olhar perdido, degusta a cerveja (fotos de Carmem Machado).


Marcão, Vavá, Mauro e Olavo (sentido horário), em momento de descontração, como aliás foi a tônica do encontro.


Nicolau e senhora, que chegaram um pouco mais tarde, segundo as informações, porque haviam ido ao "fora Dualib", o que Nicolau não confirmou (foto de Olavo Soares)


Anselmo, a quem Mauro Beting, por motivos óbvios, caracterizou como "o braço armado palestrino", medita.


Glauco (esquerda) e Frédi. No primeiro plano, uma garrafa de vinho apresentada pelo própprio Frédi, dando um toque um pouco mais sofisticado à vavazada


A futepoquense Thalita (esquerda) e Mauro Beting se divertem (no detalhe -- foto de Olavo -- o Alemão)


Eu (de perfil), Olavo e Mauro


Os presentes ao evento vavaziano (menos a eminência parda Carmem, autora das fotos)

A explicação

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Saiu hoje na coluna Em off, assinada por Luiz Antônio Prósperi e Cosme Rímoli, no Jornal da Tarde:

"Só crescem os comentários no futebol brasileiro que um zagueiro saiu com a mulher de um atacante do mesmo time. Desde então, acabou a união entre os jogadores desse clube que perdeu o rumo e passou a jogar muito mal"
Se eles não estão falando do São Paulo, não sei mais de que clube é. Não gosto dessa procura por bode expiatório, mas a nota é interessante. Primeiro que é fofoca da boa! Quem serão os protagonistas do imbróglio?
Depois que as declaração do Aloísio pregando que a união do elenco do São Paulo é maior que tudo levam a crer que na verdade não é nada disso, corroborando a tese da nota.

Momento do mé: Feitiço Mineiro

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Desde março que eu não provava uma caninha diferente para registrar, o que explica a completa ausência do assunto aqui. Quem me presenteou com uma garrafa de Feitiço Mineiro, na versão ouro, amarelada, foi o Maretti, em setembro. Como o pessoal é criativo (presente de manguaça é cachaça, difícil ou fácil?), foram umas três marcas diferentes (1 e 2).

A Feitiço Mineiro, da Engarrafadora Sul Mineira, de Arceburgo, é estandardizada, quer dizer, é alambicada por vários produtores diferentes, mas quem dá o padrão, engarrafa, rotula e vende é uma empresa só. Isso não é demérito, só barateia a que passarinho não bebe na prateleira.

É relativamente leve (43º G.L) e desce bem. Na página, eles falam que o goró é envelhecido em tonéis de carvalho ou amendoim. Eu, que não sou nenhum especilista, embora não possa negar ser um cachaceiro – o que bebe, não o que produz – só percebi o gosto característico das que dormem em recipientes de carvalho. Segundo consta, os tonéis de amendoim interferem pouco no sabor, mas eu precisaria investigar mais, no bar. Consta na embalagem, razoavelmente sem graça para os padrões das januárias artesanais, a bidestilação e a tripla filtragem.

O mais curioso foi descobrir na página da fazenda uma enquete sobre o melhor da chambira deles. Entre as opções, além de paladar suave, embalagem, envelhecimento, bidestilação, está lá: o dia seguinte.

Fico com a última.

terça-feira, maio 29, 2007

Em busca de grandes vilões

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O blog do Rovai citou, no dia 26, um texto da Zero Hora denominado "Para o seu filho ler". A obra em questão tenta explicar de maneira didática aos fedelhos a situação dos impostos no Brasil. Sugere que "o papai poderia comprar mais roupas, comida e dinheiro" se não precisasse destinar grande parte do seu tutu ao vilão chamado governo.

O Rovai critica a apologia ao estado mínimo que o texto sugere. Mas eu vou além e vejo outro demérito dos mais sérios no publicado. Acho bem, bem perigosa essa tendência que os brasileiros cada vez mais gostam de mostrar nos últimos anos - a escolha por vilões grandes e impessoais como os causadores dos males da sociedade.

E lá vai a criança influenciada pelo texto passar a criticar os anônimos "impostos" - da mesma forma como ela já vomita chavões contra os também inomináveis "políticos", "marginais" e se proclama um também sem-rosto "cidadão de bem". Segue assim a situação.

Mauro Beting cai na área do Futepoca

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Depois de ser citado de maneira não muito elogiosa, para dizer o mínimo, em postdo Futepoca que analisava narradores e comentaristas da TV, Mauro Beting ficou sabendo e não só veio para o pau nos comentários como entrou em contato marcando dia e horário para o duelo final, uma bebedeira no bar do Vavá, sede mundial do movimento Futepoquense.

Para céticos como eu que não acreditavam que apareceria, a surpresa aconteceu na última sexta-feira, em assembléia alcoólica dos membros do blogue. De cara, foi dizendo: “chegou o pernóstico” e avisando que não bebe álcool, mas acabou entornando algumas taças de vinho português que apareceu por milagre na mesa.

Simpático e rindo muito, Beting foi logo lembrando os adjetivos usados contra ele no post, em que um dos mais leves era de nepotismo. Sua carreira se deveria ao pai famoso. É bom lembrar que Marcão e Edu Maretti, os dois principais detratores, “amenizaram” as críticas.

A explicação de como chegou ao Futepoca e participou do debate foi boa. Há um fã que pesquisa tudo que sai com o nome dele na internet e envia para seu e-mail. Mauro diz que adora entrar nessas discussões quando há conteúdo, principalmente quando mexem com o nome do pai. Daí, “vai para o pau”.

Nas histórias sobre futebol, assunto sobre o qual fala o tempo todo, entregou todo mundo. Sobrou para Milton Neves, um de seus amigos indefensáveis, um verdadeiro “monstro” da comunicação, mas que dorme no estúdio, acorda e começa a falar como se tivesse visto o jogo todo.

Da preferência da mídia que adora falar bem do São Paulo. E sobre o Corinthians, que tem emissora que por ela colocaria o escudo lá parado, porque acha que só o alvinegro dá audiência.

Sobre seu parmera, diz que não aceita título ganho por “fax”, complementando que lá no Parque Antártica as coisas são tão modernas que nem chegam por e-mail. “Se bem que na época do Mustafá nem fax tinha”.

Outra boa foi seu asco a jornalistas (ou a um em específico) que são são-paulinos e ficam inventando que torcem para outros times.

É isso que me lembro. Os outros futepoquenses presentes ao encontro que complementem...


Ficha técnica
FUTEPOCA x MAURO BETING
Competição: Amistoso
Data: 25/ maio/ 2007
Local: Bar do Vavá (São Paulo-SP)
Árbitro: Washington Cardoso Salvador, “Vavá”
Público: 14 (contando o Vavá e o João)
Renda (para o Bar): R$ 165,00 (total de cerveja e conhaque - a batata frita foi cortesia da casa e o vinho foi pago com uma dose pro Vavá)
Escalação da foto acima: Em pé – Thalita, Glauco, Mauro Beting e Olavo; Agachados: Anselmo, Marcão, Fredi e Edu (no detalhe, Nicolau). Técnica: Carminha. Banco: Alemão e Débora.

Na contramão do Manguaça Cidadão

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Não contente em desprezar olimpicamente o clamor social pelo Manguaça Cidadão (bandeira erguida pelo Futepoca em favor de um programa de segurança etílica nos moldes do Fome Zero), o governo federal ainda tem a pachorra de nos afrontar lançando a tal "Política nacional sobre o álcool". É uma iniciativa conjunta dos ministérios da Saúde, Cidades, Educação e Justiça, mais o Conselho Nacional Antidrogas. O foco é a diminuição do consumo de álcool entre os jovens. Ou seja: estão querendo atacar nossa base militante! Tudo bem que, entre as medidas, esteja a regulamentação das propagandas - afinal, não existe tortura maior para um assalariado do que assistir diariamente o Zeca Pagodinho cercado de loirudas seminuas (inacessíveis para a maioria dos pobre mortais), enchendo a lata à vontade e nem um pouco preocupado com trabalho, patrão ou carteira vazia. Mas a tal política nacional querer diminuir os postos de venda de bebidas, aí já é demais! O companheiro Lula, fiel seguidor de nossa causa (como comprova a foto), demonstra com essa medida uma preocupante similaridade à atitude repressiva de Hugo Chávez contra os manguaças venezuelanos. E aí, a gente não vai protestar? Eu vou: garçom, traz mais uma! E manda a conta pra ex-mulher do Renan Calheiros!

Evo Morales contra a Fifa

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Quem achou que países como Bolívia e Equador fossem assistir de camarote à proibição da Fifa em realizar partidas internacionais em altitudes acima de 2500 metros, como relatado em post do Futepoca, se enganou e muito. As reações começaram e não é impossível que a entidade máxima do futebol reveja sua decisão.

O presidente boliviano Evo Morales (foto) já invocou a união dos países prejudicados pela medida (Colômbia, Equador e Peru). “Vamos consultar os países e cidades afetadas pela resolução da Fifa para assumir uma posição, possivelmente convocando uma reunião aqui, em La Paz”, revelou Morales, segundo relato da Gazeta Esportiva, após reunião de emergência com autoridades esportivas de seu país.

O diário La Razón não hesita em apontar o culpado pela decisão da Fifa: o Brasil. Segundo o jornal, "o grande pecado" da Bolívia foi ter vencido o Brasil em 1993 nas eliminatórias para a Copa do Mundo, primeira derrota verde-amarela no torneio. Isso teria motivado uma decisão similar à de agora em 1997, revertida por conta, segundo o veículo, de um lobby comandado pelo presidente francês Jacques Chirac. Já na decisão atual, as queixas do Flamengo foram citadas como determinantes para a resolução.

Já o jornal equatoriano Hoy destaca que, de acordo com o presidente da Federação Colombiana de Futebol, Luís Bedoya, caso a Confederação Sulamericana de Futebol (Conmebol) queira solicitar uma revisão à Fifa, a entidade pode voltar atrás. A decisão da confederação só seria tomada em 15 de junho, em uma reunião com os presidentes de todas as federações do continente.

Além dos países atingidos pela decisão, Carlos Chávez, presidente da Federação Boliviana de Futebol, assegura que Chile e Uruguai também são contra a decisão da Fifa que prejudicaria a "universalidade" almejada pelos senhores de Zurique. Embora haja clara diferença entre jogar a nível do mar e na altitude, os dirigentes afirmam que outros fatores, como calor excessivo em determinados locais, seriam mais determinantes. Além disso, a falta de transparência da Fifa em explicar o que dizem os tais "relatos médicos" também colocam em xeque a proibição.

segunda-feira, maio 28, 2007

Dunga só irrita

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Foi-se o tempo em que o torcedor de clube ficava orgulhoso por ter um atleta do seu time convocado pra seleção brasileira. Hoje, quando o técnico canarinho escala um jogador, a grita é geral. Se é time europeu, pede liberação, alegando que gasta muito pra manter o jogador e exige sua presença até em amistosos (que lhe dão retorno financeiro). Já no infindável calendário do futebol brasileiro, qualquer convocação atrapalha uma equipe que, qualquer que seja, em boa parte do ano, deve estar disputando dois campeonatos diferentes.

Como torcedor, não gostei quando vi Zé Roberto e Kléber na tal lista - ou melhor, pré-lista - para a Copa América. Acho também que a maioria dos sãopaulinos não gostou de ver o Pirulito (opa) e o Josué na relação. Talvez a convocação do goleiro Diego, do Atlético-MG (convocado bem no momento em que estaria sendo negociado com a Lazio... oportuno, não?); o zagueiro Thiago Silva, do Fluminense e o meia-atacante Carlos Eduardo, revelação do Grêmio, tenham servido para fazer troça sobre os rivais locais, mas ainda assim não é nada que empolgue, já que amanhã todos podem estar fora de seus times.

Então, pra que seleção? Enquanto procuramos respostas, segue abaixo a lista do treinador:

Goleiros

Diego (Atlético-MG)
Doni (Roma-ITA)
Helton (Porto-POR)

Defensores

Alex Silva (São Paulo)
Alex (PSV-HOL)
Cicinho (Real Madrid-ESP)
Daniel Alves (Sevilla-ESP)
Edmílson (Barcelona-ESP)
Edu Dracena (Fenerbahce-TUR)
Gilberto (Hertha Berlin-ALE)
Juan (Bayer Leverkusen-ALE)
Kleber (Santos)
Maicon (Inter de Milão-ITA)
Marcelo (Real Madrid-ESP)
Naldo (Werder Bremen-ALE)
Tiago Silva (Fluminense)

Meio-campistas

Anderson (Porto-POR)
Diego (Werder Bremen-ALE)
Elano (Shakhtar Donetsk-UCR)
Fernando (Bordeaux-FRA)
Gilberto Silva (Arsenal-ING)
Josué (São Paulo)
Julio Baptista (Arsenal-ING)
Lincoln (Schalke 04-ALE)
Mineiro (Hertha Berlin-ALE)
Morais (Vasco da Gama)
Zé Roberto (Santos)

Atacantes

Afonso (Heerenveen-HOL)
Carlos Eduardo (Grêmio)
Fred (Lyon-FRA)
Jô (CSKA Moscou-RUS)
Rafael Sobis (Real Betis-ESP)
Robinho (Real Madrid-ESP)
Vagner Love (CSKA Moscou-RUS)

Um sábio na política

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O comentarista (José Ferreria) Neto, ex-jogador do Corinthians, parece que vai se filiar ao PTB, o “partido do Roberto Jefferson, do Collor”.
A coluna da Mônica Bergamo de hoje publicou uma pequena entrevista com ele (não sei por que, mas não está na web, só na versão impressa). Na entrevista, o ex-jogador dá uma mostra de sua sabedoria política e de seu preparo para atuar na área. Dêem uma olhada nos dois trechos abaixo:

Folha – Vai se candidatar a vereador pelo PTB?
Neto – PTB? De quem que é isso aí? Do Aldo Rebelo? (sic).

..........................

Folha – Votou nos candidatos do PTB em 2006?
Neto -
Quais foram os candidatos, você sabe?

Folha – Para deputado lançaram o Frank Aguiar, o próprio Campos Machado...
Neto -
Votei no Campos Machado. E no Serra para governador. Não, para o Alckmin, né? Não, o Serra para governador e o Alckmin para presidente. E na Soninha (PT-SP) para deputada, só que ela não ganhou. Infelizmente.

domingo, maio 27, 2007

O pior jogo do campeonato

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Pior do que explicação de manguaça ressaqueado para ter chegado tarde no dia anterior: todos os jogadores reclamaram do estado do gramado do estádio do Morumbi. Toda a imprensa concordou que a arbitragem foi péssima. Ah, a bola também não ajudou. Estava frio e, o mais grave, o futebol não entrou em campo. O segundo zero a zero da rodada parece ter sido pior do que o primeiro.

O pior foi ouvir três jogadores do Palmeiras dizendo que "empate fora de casa" não é tão ruim. Por mais que o estádio seja do São Paulo, acho que o pessoal poderia se esforçar mais para jogar bola do que para arrumar desculpa.

Luxemburgo leu o Futepoca

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Independentemente de qualquer coisa, é lógico que Vanderlei Luxemburgo entende de futebol. Obviamente que, como bom entendedor, é assíduo leitor do Futepoca, um dos únicos espaços plurais da imprensa, pseudo-imprensa e proto-imprensa latino-americana na área esportiva. Assim, lendo post em que sua opção em usar o time B pra C era algo equivocado, resolveu dar o braço a torcer.

Claro que ele não vai admitir isso e nem nós ficaremos chateados. Mas Luxemburgo, ao contrário dos outros dois primeiros jogos do Santos em que usou jogadores que nem no banco sentam, entrou com alguns titulares. E, como falado, aqui, usou a espinha dorsal do time. No primeiro tempo contra o Furacão na Arena, anulou o ataque paranaense, surpreendendo a equipe de Vadão e fazendo a marcação no campo adversário. Eram praticamente três atacantes, Marcos Aurélio e Jonas pelas pontas, com Rodrigo Tabata vindo de trás, fazendo a dupla função de marcação no meio quando o time era acuado e de ponta de lança quando o Peixe ia para o ataque.

Assim, o Santos meteu duas bolas na trave e fez seu gol. O Atlético pouco chegava e, apesar do relativo domínio na posse de bola, não criava oportunidades reais. Na segunda etapa, Luxemburgo optou pelo famoso "cozinhar o galo", recuando mais a equipe e esperando o contra-ataque. Tomou pressão, mas soube segurar o resultado. Três pontos importantes, ainda mais sabendo que serão poucos aqueles que vão tirar pontos do time paranaense na Arena.

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Marcos Aurélio foi sacado no intervalo da partida, perdeu dois gols feitos e estava claramente nervoso com a torcida o vaiando o tempo todo, por conta de sua saída conturbada do Atlético. Vaiar ex-jogadores é algo normal, embora alguns sejam reconhecidos mesmo quando atuam em outros times, como ocorreu com Edmundo, quando jogava no Figueirense, no Parque Antarctica, e com Marcelinho Carioca, do Brasiliense, no Pacaembu.

Mas é curioso ver que as vaias contra um atleta, como foi o caso de Marcos Aurélio, servem não para “apoiar” a equipe, mas acobertam trapalhadas – ou coisa pior - de uma diretoria que só pensa em sugar e ganhar em cima de alguém. No clube paranaense, por que a torcida não cobra a eminência parda Mário Celso Petraglia, aquele mesmo envolvido no escândalo Ivens Mendes (1997) - como Alberto, o capo, Dualib – que, se fosse em qualquer outro país do mundo (tá bom, tá bom, qualquer país razoavelmente sério), estariam não somente fora do esporte bretão como teriam levado suas equipes à segunda divisão. Não é por acaso que o furacão perdeu também Aloísio e Dagoberto. Culpa dos “mercenários” que entram em campo ou dos “beneméritos” que dirigem os clubes?

Adiós La Paz

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Eu não sabia nem que ia ter o 57º Congresso da Fifa. Quando vi, já tinha acabado. Também não pensava que de um evento desse sairia alguma decisão importante, mas aconteceu.

A FIFA decidiu que estão proibidos jogos internacionais em altitudes acima de 2,5 mil metros de altitude. O texto menciona um "no futuro", ou seja, não há precisão de quando isso começa a valer. Segue o texto original:


"Por razones médicas y para proteger la salud de los jugadores, el Ejecutivo resolvió que, en el futuro, no se deberá disputar partidos internacionales a una altura superior a los 2,500 m.s.n.m"

Time de La Paz e Quito vão ficar injuriados. Será que agora times da Bolívia e do Equador continuarão a ter chances na Libertadores? E as seleções, vão evitar vexames em Eliminatórias? E o Flamengo, vai parar de reclamar?

O documento cita ainda a confiança absoluta da FIFA em relação aos dirigentes da África do Sul no que toca à Copa de 2010. Então tá!

O link para o texto completo está aqui.