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Existem times mais gabaritados (vide Lusa paulistana), mas o Parmera vem mostrando que a experiência de descenço para a Série B do Brasileirão em 2002 ensinou muita coisa a diretores. Como poucos, aprenderam a receita para cair. E foram agéis para explicar para os jogadores. Como observador, anotei alguns:
1) Troque de técnicos sempre que conseguir
1.1) Arrume um medalhão pra treinador. Tire todo o seu espaço, deixe que ele dispense atletas, chame outros e faça de tudo para acabar com o clima dele no clube. Tolerância zero com falhas ou declarações infelizes
2) Contrate aleatoriamente. Só jogadores consagrados há mais de cinco anos em fim de carreira. A alternativa são contratações em grande número e pouca qualidade. Apostar em atletas das categorias de base nem pensar. O mais importante é não se incomodar em contratar em posições e características repetidas. É bobagem que zagueiros lentos não podem jogar juntos em linha.
3) Promova cismas entre atletas e treinadores. Nada de amizade nem cumplicidade. A relação é de intrigas. Se o elo estiver bom, intervenha.4) Ponha os diretores para palpitar. Faça corar a humilde "turma do amendoim" que atazanava Luís Felipe Scolari (isso valeria um post).
5) Alie-se aos torcedores para apoiar o time. Bom exemplo foi a invasão do Parque Antártica nesta terça-feira, dia 7.
6) Insista no discurso do "ainda dá". Sempre que perguntado se o time vai para a Série B no ano seguinte, responda que ainda é cedo, que há tempo, que é possível, que, fazendo as contas, a gente consegue. Mesmo quando o time, por descuido, abrir seis pontos de folga.
7) (só falta essa pra chegar lá) Acumule resultados ruins a ponto de precisar de milagre na reta final (vitórias fora de casa, aproveitamento de 100%, vencer o líder do campeonato etc.) .
Só falta um passo da receita. Ainda dá!