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Saiu hoje o resultado do PIB brasileiro no primeiro trimestre de 2007, calculado pelo IBGE. Em relaçaõ ao mesmo período do ano passado, alta de 4,3%. Com parado com o último trimestre de 2006, o crescimento é de 0,8%. É o primeiro resultado depois da mudança de metodologia feita pelo IBGE em março, que, ao dar a cada setor a importância devida, revelou uma economia maior do que se imaginava.
Os resultados aumentaram o otimismo de economistas, porta-vozes do companheiro Mercado, o que não aparece pra beber. A meta de crescimetno de 4,5% neste ano, prevista no PAC, pode se tornar realidade.
O que puxou o PIB foram o consumo das famílias, que aumentou junto com a renda, os investimentos privados (destaque para aumento de 7,2% no item Formação Bruta de Capital Fixo, que indica investimento das empresas em máquinas e construção, ou seja, preparação para produzir mais), e a recuperação do setor agrícola (mesmo baleado com a queda do dólar).
O crescimento é boa notícia, gera empregos e aumenta a renda. Aliás, resgato no Terra Magazine outra boa nova, que deixamos escapar em abril: na próxima divulgação dos números do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) pela ONU, o Brasil deverá figurar orgulhoso entre o grupo de países com “alto desenvolvimento humano”.
O principal responsável pela mudança, segundo o site, ocorrida em 2005, foi a mudança no cálculo do PIB, que levou o IBGE a “descobrir” 10,9% a mais de economia que era ignorada pela metodologia antiga. O ONU avalia três dados para determinar o IDH: critérios renda, escolaridade e longevidade da população. Assim sendo, só com o PIB recalculado de 2005, saltaríamos de 0,792 (sendo 0 o pior e 1 o melhor índice) para 0,8, saindo dos países de “médio” (onde temos companhia de Colômbia, Venezuela e Albânia) para os de “alto desenvolvimento humano” (junto com Noruega, Argentina, Chile e Uruguai). E, como os dados de educação e longevidade também têm apresentado melhora nos últimos anos, estaremos ainda melhor na próxima divulgação, que deverá ocorrer em 2008.
Assim sendo, do ponto de vista do IDH, nosso país é um lugar bastante bom para se viver (dos 177 países avaliados pela ONU, apenas 63 têm “alto desenvolvimento”). “E que vantagem Maria leva?”, poderia perguntar minha mãe. Sei lá. Na prática, já deveríamos estar sentindo essa melhora toda. Parece que o tal do primeiro mundo não é tão legal assim.