Destaques

quinta-feira, maio 24, 2007

Frango mata esperança da Estrela Solitária

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Enquanto o Fluminense se garantia na final com um empate diante do Brasiliense, em Taquatinga, o Botafogo foi derrubado por um frango de Júlio Cesar aos 44 minutos do segundo tempo. A partida estava 2 a 0, placar igual ao do jogo de ida, em Santa Catarina, o que levava a decisão para a disputa de pênaltis. O chute de Cleiton Xavier tomou efeito antes de quicar a um metro do arqueiro da Estrela Solitária, a partir de quanto não mudou de trajetória. O camisa 1 passou da linha da bola e engoliu o peru.

Nem o gol contra do zagueiro Vinicius aos 48 minutos que deu os números finais ao marcador tiraram a vaga do escrete de Mário Sérgio. Os 3 a 1, embora igualassem em saldo, davam vantagem a quem fez mais gols como visitante.

O resultado mostra que foi acertada a escolha de escalar um mistão no fim de semana contra o Palmeiras no Parque Antártica. Além de conseguir fazer os reservas mostrar em serviço a ponto de apertar a disputa diante de um apagão alvi-verde na segunda etapa, ele segurou a onda em pleno Maracanã.

Ex-parceiros
Os técnicos Renato Gaúcho e Mário Sérgio foram parceiros na conquista do título mundial pelo Grêmio em 1983. O atacante era uma promessa, e fez os dois gols da vitória por 2 a 1 contra o Hamburgo. O meia era um veterano que ainda olhava para um lado e passava para o outro como só o Djalminha foi capaz de reproduzir com a mesma frequência irritante para os defensores adversários.

quarta-feira, maio 23, 2007

Deu Kaká, quer dizer, Milan

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Pois é, o mais importante troféu da Europa ficou com o Milan de Kaká, que mais uma vez decidiu.
Quando ainda estava 1 a 0 para o Milan, jogo indefinido, o craque (quem vai dizer que não?) roubou a bola no meio de campo, conduziu, vislumbrou o espaço, deu um passe primoroso para Inzaghi, que driblou o goleiro e fez um golaço aos 37 do segundo tempo.

O Liverpool até fez o gol que deve ter feito passar o filminho de 2005 na mente rossonera, mas não deu. Desta vez, deu Milan.

MILAN 2 x 1 LIVERPOOL

23/05/2007

Milan
Dida; Massimo Oddo, Alessandro Nesta, Paolo Maldini, Marek Jankulovski (Kaladze); Gennaro Gattuso, Andrea Pirlo, Massimo Ambrosini, Clarence Seedorf (Favalli), Kaká; Filippo Inzaghi (Gilardino) - Técnico: Carlo Ancelotti

Liverpool
Pepe Reina; Steve Finnan (Arbeloa), Daniel Agger, Jamie Carragher, John-Arne Riise; Jermaine Pennant, Javier Mascherano (Crouch), Xabi Alonso, Steven Gerrard, Boudewijn Zenden (Kewell); Dirk Kuyt - Técnico: Rafa Benítez

Estádio Olímpico de Atenas (Grécia)
Árbitro: Herbert Fandel (ALE)
Gols: Inzaghi, aos 44min do primeiro tempo e 37min do segundo tempo; Kuyt, aos 43min do segundo tempo

Futebol inglês renasce com dinheiro estrangeiro

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Enquanto o Milan encara o Liverpool na final da da Copa dos Campeões, o Le Monde soltou uma reportagem em que apontam que a chave para a atual fase do futebol britânico foram tragédias. Liverpool, Manchester United e os londrinos Chelsea e Arsenal estão na elite européia. Em 2005 a final foi a mesma de hoje. No ano seguinte, o Arsenal perdeu para o Barcelona. Em 2007, três semifinalistas da Copa dos Campeões poderiam bradar "God save the queen".

O futebol britânico reinou em competições de clubes do futebol europeu nas décadas de 1970 e início da de 1980, mas foi ao fundo do poço a partir da tragédia de maio de 1985 (39 mortos em Bruxelas em partida do Liverpool) que acarretou em cinco anos de suspensão de competições continentais. Depois, em abril de 1989, no Hillsborough, em Sheffield, 96 pessoas foram mortas esmagadas.

A partir daí, a matéria do Le Monde aponta que os estádios foram reformados e a legislação alterada com controle de acesso e câmeras de vigilância nos estádios. Faixas e qualquer demonstração de organização de torcidas foi proibida, o que não acabou com os grupos de hooligans, que causam hoje mais problemas em outros países do que na terra natal, como lembra o Vermelho.

Mas ainda assim, a ocupação em 1990 caiu de 85% para 30% da capacidade das arquibancadas. O medo de ir ao estádio não havia acabado com a paixão pelo esporte inventado na ilha, e o australiano radicado nos Estados Unidos Rupert Murdoch pôs dinheiro para transmitir a Premier League.

Mas o dinheiro dos direitos de transmissão pagos pelo dono da rede de TV por assinatura Sky e DirecTV (que tentou comprar o Wall Street Journal), Murdoch foi salvador no início e deu tempo para outras transformações. O jornal francês afirma que 43% da receita dos times britânicos vêm da venda da transmissão para a TV, contra 60% dos franceses, que recebem do Canal +.

A grana para contratar jogadores do mundo todo veio de milionários que investem diretamente em ações dos clubes. O sinistro Roman Abramovich, esse ícone do bom-mocismo mafioso da Rússia, investiu no Chelsea por diversão e lavagem de dinheiro. O norte-americano Malcolm Glazer, dono do Manchester, o faz por especulação. Segundo as más línguas, o enganaram originalmente, confundindo futebol com a versão americana do esporte, já que o Glazer é dono do Tampa Bay Buccaneers. E ainda tem os também amigos de George W. Bush, George Gillett e Tom Hicks, da Hicks & Muse, que tanta saudade despertam nos corintianos.

Por um lado, a matéria mostra que a paisagem da cartolagem brasileira, onde só se vê gente de bem, não é privilégio tupiniquim. Por outro lado, todos fazem tudo para lucrar. Os ingleses parecem que andaram conseguindo. O Palmeiras, por exemplo, teve um déficit de R$ 37 milhões em 2006.

Liverpool campeãoooops!

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Por algum motivo ainda não descobrerto, o site do Liverpool soltou antes a hora a matéria preparada para o caso do time vencer o Milan daqui a pouco, na final da Copa dos Campeões. Leia aqui a matéria do Globo Esporte.
Ficou feio.

O que fazer com Júnior

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O veterano lateral-esquerdo Júnior virou um problema para o São Paulo. Encostado depois da escolha de Muricy por Jadílson, o jogador chegou a declarar que preferia mudar de clube. Corinthias, Internacional e Cruzeiro teriam se interessado pela contratação, mas não teriam bala para bancar o alto salário pedido pelo atleta (R$ 150 mil).
Do lado do São Paulo, Muricy Ramalho defende a renovação do contrato, que vence em agosto, principalmente depois de uma suposta retratação de Júnior, dizendo que até aceita a reserva. A diretoria, no entanto, acha que o investimento não vale a pena. O salário de R$ 120 mil é considerado alto para quem fica no banco.
Seguindo a linha do post abaixo: quem quer ficar com Júnior?

Baciada no Brasileirão

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Seu time não vai muito bem das pernas. Investimentos pesados não deram certo, os moleques de baixo precisam de tempo e a torcida está pra lá de impaciente. O que fazer, ó, dirigente? Demitir o técnico. Sim, tudo bem, mas tem um problema. E se você já demitiu o técnico recentemente? Bom, pode-se sempre recorrer a trabalhos espirituais como alguns times grandes já fizeram e fazem até hoje. Mas é um método ortodoxo. Bom, então, sobrou... a boa e velha lista de dispensas, uma das formas mais respeitosas de dizer a uma pessoa que ela não serve mais, o pé no traseiro sem choro nem vela.

Seguindo a fórmula pouco original, Corinthians e Cruzeiro anunciaram ontem suas listas de "desnecessários". No total, dez atletas voltaram ao mercado ludopédico, obedecendo a critérios de cartolas que levam em conta o salário do dito cujo - quanto mais alto, mais dispensável - e seu aproveitamento. Quando o cidadão emplaca os dois requisitos, o diretor abre o sorriso e pensa "esse a torcida vai dar graças a Deus".

Saíram do Parque São Jorge Roger, ex-Galisteu, atual Secco; maior dor de cabeça pro Timão, já que seu salário é de aproximadamente R$ 250 mil e ninguém se atreve a querer levá-lo pagando isso. Foram junto com ele Marcos Tamandaré (aquele), Paulo Almeida e Daniel (coadjuvante e o outro nem isso do Santos de Diego e Robinho), Wendel (by Terrão) e Jean Carlos (quem?).

Já a Raposa mandou embora o lateral-direito Gabriel, também conhecido como filho do Wladimir; o grandalhão André Luiz, zagueiro campeão brasileiro pelo Santos em 2002 e 2004; e o lateral-esquerdo Fábio Santos, ex-um-monte-de-time-sem-se-firmar-em-quase-todos-eles.

A pergunta que fica ao leitor do Futepoca é: qual deles você queria no seu time?

terça-feira, maio 22, 2007

Istambul x Atenas

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Finalmente chegou a hora. Acontece amanhã, a partir das 15h30 do horário de Brasília, a final da Liga dos Campeões da Europa, o campeonato de clubes mais legal do mundo. Milan e Liverpool se enfrentam em Atenas para tirar a limpo a final de 2005, em Istambul, devidamente recordada aqui.

O principal duelo em campo será entre Kaká e Gerrard. São os líderes e a alma de seus times. Por esta temporada, a vantagem aqui é inteira de Kaká. Se o brasileiro continuar fazendo chover, não tem pra ninguém.

Mas há outros fatos interessantes. Maldini, com 39 anos, vai jogar sua oitava final da Liga. Será que, se vencer, ele se aposenta? (eu me aposentaria). Seedorf pode ganhar a quarta taça. Já pelo Liverpool, Reina chega com a moral de ser o herói da classificação para a final. Mascherano é quase uma surpresa. Se firmou no time no finalzinho da temporada e terá a missão de marcar Kaká. Se ele for bem, pode decidir o jogo. Crouch, vice-artilheiro do campeonato com 6 gols (contra 10 de Kaká) pode acabar com a fama de grandalhão desengonçado que ainda tem por aqui.

O principal, claro, é saber se o fantasma de Istambul vai assombrar o Milan. Ou se o benemérito espírito turco vai ajudar novamente o Liverpool com uma atuação memorável. Alguém aposta?

A Copa de 2014 está garantida

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Deu hoje na Agência Estado que a diretoria do Barueri inaugurou nesta terça-feira a Arena Barueri, o novo estádio do clube, que sonha com a possibilidade de receber jogos da Copa do Mundo de 2014.

Num primeiro momento, serão 20 mil lugares disponíveis, o que será ampliado para 40 mil em 2009.

Na empreitada foram gastos R$ 70 milhões, com previsão de gastos de mais R$ 80 milhões para concluir (por que tudo isso para concluir é uma boa pauta para o setorista do Futepoca do Visão Oeste, que já tomou esse furo da inauguração da Agência Estado).

O Barueri estreará no novo estádio no sábado contra o Criciúma, pela terceira rodada da Serie B do Brasileiro. A, E, I, Barueri, Barueri....

Agora Ricardo Teixeira pode ficar tranqüilo, a Copa está garantida.

Só uma pergunta, onde fica Barueri?

"Por que conservadores tiveram uma infância feliz, mas liberais fazem mais sexo"

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Foto: Reprodução
O blog do Pedro Dória destaca estudos citados pela The Economist sobre as diferenças de comportamento entre gente de direita e de esquerda. Aliás, o título deste post é tradução do olho da matéria da revista britânica de viés conservador.

O levantamento é do biólogo evolucionista e mexicano Randy Thornhill (o da foto). A conclusão do moço é que que "quem vem de famílias amorosas e estáveis, tenderá a ser conservador e tradicionalista; quem encontrou instabilidade na infância estará mais aberto a mudanças". Como bom evolucionista, a questão estaria em genes ativados perante uma infância conturbada que empurrariam a indefesa criancinha no espectro ideológico para o lado do pulso que carrega o relógio.

Embora nessa parte Dória admita controvérsias, ele garante que uma conclusão é praticamente irretorquível: "à
esquerda, aceita-se mais as diferenças", o que explica por que "homens de esquerda têm mais parceiras sexuais. (O inverso também vale para as mulheres)".

A interpretação do estudo é claramente conservadora e moralista. Do contrário, haveria mais cuidado no emprego do gênero para identificar parceiros ou parceiras, em respeito à diversidade sexual. Mas isso é notoriamente secundário na discussão.

O estudo tende a agradar parte dos conservadores, que adoram discursos moralistas – ainda que não o sigam necessariamente, segundo fontes – assim como parte dos esquerdinhas, que vão adorar se passar por liberais em termos de costumes e, por que não, comedores, embora muito machismo e sexismo haja nas hostes de esquerda.

Um dos outros lados: manguaça nega
Como não posso desmentir meu lado esquerdinha, resta-me negar, veementemente, as conclusões do estudo. Nego tanto a infância traumática quanto a lascividade nas relações. Ou sou uma exceção, ou o biólogo me persegue pelo que represento para a esquerda.

Terei coro entre os ébrios autores do Futepoca?

Reitoria da USP pode ser desocupada hoje

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Após 20 dias de ocupação do prédio da reitoria da Universidade de São Paulo (USP), os estudantes e funcionários que ocupam o local (cerca de trezentos, segundo fontes estudantis), podem sair hoje. Assembléia maracada para as 18 horas, em frente ao edifício, pode resultar na desocupação. Caso ele não ocorra, não está descartada o uso da força policial, bem ao gosto da grande imprensa, para realizá-la.

Enquanto isso, se fortalece o movimento de greve nas universidades paulistas. Embora haja uma série de reivindicações distintas, o estopim do movimento foram decretos do governador paulista José Serra, que na prática transferem o poder de manejo das verbas das três universidades públicas do estado, USP, UNESP e Unicamp, para as mãos do tucano. Cerca de R$ 5,5 bilhões ficariam à disposição das vontades e desejos do Terminator Serra.

A professora titular de Direito Administrativo da USP, Odete Medauar, em documento publicado no Blog da Ocupação, é taxativa ao dizer não só que as resoluções serristas ferem a autonomia universitária como, seguindo esse princípio, são inconstitucionais. Diz ela que "o dispositivo constitucional é muito claro, ao garantir a autonomia das universidades. Portanto, qualquer ato ou medida que dificulte ou impeça o pleno exercício desta autonomia mostra-se inconstitucional. Assim, ao meu ver, os decretos recentemente editados pelo governo do Estado de São Paulo, relativos às Universidades estaduais, revelam-se inconstitucionais." E completa: "Deixem as Universidades em paz! Cuidem do ensino fundamental e médio!".

Já a Folha de S. Paulo de hoje revela que o secretário de Ensino Superior, José Aristodemo Pinotti, pediu à Suely Vilela, reitora da USP, uma bolsa em um curso de pós-graduação para um assessor de seu gabinete. Datada de 2 de fevereiro, um mês após a sua posse na secretaria criada por Serra e tanto a assessoria da USP como a de Pinotti dizem que o procedimento não é ilegal, pois as fundações ligadas à universidade reservam bolsas de estudos para funcionários públicos em seus cursos. Mas se não é ilegal e se fazem crer que não faz diferença, porque Pinotti enviou a carta?

Coração dividido no fim de semana

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Passada a segunda rodada do Brasileirão, os favoritos (a quê? primeiro item para debate entre os cada vez mais ausentes comentadores) Corinthians e Palmeiras voltam a campo respectivamente contra Atlético Mineiro, no Morumbi, no sábado, e São Paulo, no mesmo palco, domingo.

A maioria da comunidade do Futepoca estará mobilizada nos dois dias de confronto. Dada a natureza persecutória dos autores não-sãopaulinos contra os tricolores no blog, no domingo a tendência é um coro anti-time do Juvenal Juvêncio. A vitória importante na estréia sobre Flamengo (embora combalido) e o apertado 2 a 1 sobre o mistão do Figueirense significam nada diante de um eventual revés palestrino. Para o São Paulo, uma derrota representaria mais lenha na fogueira da crise que se avizinha. Uma vitória não garantiria seu fim, mas provavelmente significaria a retomada de contribuições tricolores para o conjunto de posts do blog.

Agora, no sábado, a divisão promete ser mais ampla. O Futepoca só tem um corintiano e um atleticano. A vitória do alvi-negro paulista sobre o Cruzeiro no Mineirão, por 3 a 0 não livraram o time da mácula de time em crise, fraco e com grandes chances de ser motivo de chacota, como ocorreu historicamente na publicação. Ainda que, por questão de caráter, alguns dos torcedores se sintam impedidos de querer bem ao time de Parque São Jorge, a possibilidade de achincalhe do campeão mineiro, recém-promovido da Série B, não é descartada pelos manguaças.

Há mais emoção prevista para o fim de semana do que provocações gratuita nesse post.



P.S.: Em tempo, o Santos, cujos torcedores dominam quatro cadeiras do blog, enfrenta o líder Atlético Paranaense, na ex-Arena da Baixada. Os 6 a 3 da estréia, e o 2 a 1 do segundo jogo, garantiram a liderança no critério de desempate de cols marcados. A disposição paranaense de se manter na ponta é um desafio para Luxemburgo tomar vergonha e parar de ignorar o Brasileiro. Uma terceira derrota, mesmo com mistão, seria imperdoável até para os mais comedidos afrontadores.



Corrigido às 15h30

segunda-feira, maio 21, 2007

Deus me livre dos narradores e comentaristas

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O tema da qualidade das narrações e dos comentários nas transmissões esportivas é recorrente aqui no Fupepoca, mas deixem eu acrescentar um pouco de regionalês na análise.

É impossível para quem não torce para time de São Paulo ou Rio assistir ou ouvir qualquer transmissão. Começa pela desinformação: não acertam o nome nem a posição de nenhum jogador. Por exemplo, ontem na transmissão do SporTV de Galo e Botafogo, toda hora o narrador trocava o Ricardinho (lateral) pelo Lima (zagueiro). Sem contar que Éder Luiz virava Danilinho, que virava Marcinho etc.

Mas fora os comentários que se repetem de que o Botafogo joga bonito, que é carrossel holandês, há a verdadeira torcida, que irrita. No jogo de ontem o tal de Lofredo (não sei o primeiro nome) foi extremamanente parcial. No pênalti contra o Atlético diz que foi "com certeza". Bem diferente da postura do jogo anterior em que o Paulo César Vasconcelos disse que se "o Simonsen não deu é porque não viu". Como se fosse possível entrar na cabeça de alguém para saber o que viu ou não.

Mas no jogo de ontem, dois outros lances: num, em que a bola bateu na mão de um jogador do Botafogo dentro da área claramente, disse que não bateu na mão e se batesse o jogador "não teve a intenção". Só gostaria de saber como ele soube disso. Depois, num lance na área do Galo, disse que uma bola havia batido na mão do zagueiro Lima do Galo e que era o mesmo caso do lance anterior: sem intenção. Vem o replay da imagem, que mostra que claramente a bola bateu nas costas do jogador. Aí todos ficam calados.

São bobagens, nada decisivo, mas que essa parcialidade o tempo todo irrita. Será que é o caso de pedir que, como acontece com os juízes, fossem escalados narradores e comentaristas de outros estados quando ocorrerem jogos times de SP-RJ contra qualquer outra parte do país? Se bem que, pelo baixo nível das arbitragens, acho que não adiantaria nada...

20 mil, francamente achei barato

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À Terra Magazine, Antonio Carlos Magalhães explicou, pedagogicamente, que a máfia das construções "é mais um escândalo praticado pelo PT", apesar de envolver outros partidos, incluindo o seu próprio. Aliás, não bastasse alcançar o ilibado Partido Democrata (DEM), chegou ao clã.

Sem deixar de falar grosso contra o governo, pediu punição ao sobrinho Paulo Magalhães (DEM-BA), caso o elo com a Gautema, empreiteira apontada pela operação Navalha como centro de um esquemão de propinas em obras públicas, se confirme. Mas R$ 20 mil, que é "um preço muito barato" para ACM.

Ao trecho:

Pelo relatório, ele (Pauo Magalhães)teria recebido R$ 20 mil de um funcionário do Zuleido (Veras, empresário, dono da Gautema) no próprio gabinete. O senhor não falou com ele sobre esse assunto?
Não. Não teve comigo. E se estiver implicado, tem que pagar o preço. Agora, acho um preço muito barato.

O quê? R$ 20 mil?
Sim (risos).

O senhor acha que deveria ser mais?
Eu não acho que deveria ser mais. Mas R$ 20 mil que recebe suja tanto quanto quem dá (o dinheiro).


FIFA registra "data histórica"

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O site da FIFA publicou hoje um texto saudando o milésimo gol de Romário. A entidade esclarece que, “como Pelé” (de cuja carreira são reconhecidos 1281 tentos), Romário incluiu na sua conta pessoal gols feitos em jogos não-oficiais para chegar à marca histórica. Muito se discute se a contagem do atacante é válida. Tem um texto legal do Paulo Vinícius Coelho ("Perguntas e respostas para quem contesta e quem defende os mil gols de Romário") em que PVC é taxativo: "Eu defendo", postado quando a conta ainda estava em 998 gols.

Bom, em todo caso, segundo a entidade máxima do futebol, a data de 20 de maio entrará para a história do futebol.

O texto fala da ironia de o gol mil do Baixinho ter sido feito justamente pelo Vasco da Gama, o time que levou o milésimo de Pelé, em 19 de novembro de 1969.
A FIFA encerra sua homenagem ao craque vascaíno com a seguinte frase : “"Romário de Souza Farias, o mundo do futebol te saúda".

Dia da cachaça. De Minas para o mundo

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Foto: Planalto/2005
Ex-presidente Itamar Franco (foto). Tradição de presidentes com apreço pela chambirra é estratégia comercial.



Em 2001, a assembléia legislativa votou e o então governador de Minas Gerais Itamar Franco assinou em baixo. Estabeleceu-se que o primeiro dia de colheita da cana-de-açúcar no estado seria instituído como Dia da Cachaça.

Em alguns alambiques, segundo apurações extra-oficiais, o dia 21 de maio, desde então passou a ser a antevéspera da colheita, porque vira motivo de bebedeira, seguido de uma jornada de ressaca.

O mesmo governador foi o responsável por estabelecer que a marvada seria a bebida oficial de eventos do Poder Público. Em 2003, com a conquista do registro de "Cachaça" para destilados de cana-de-açúcar produzidos no Brasil – não me venham com rum – junto à Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI), o produto ganhou mais campo para ser exportado. O apreço pela que matou o padre nada mais é do que opção comercial.

Como o Futepoca só degusta, o que nos resta neste Dia da Cachaça é brindar.

domingo, maio 20, 2007

A respeito de Alvinegros

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Éverton Santos comemora o 1º gol do Timão (site oficial do Corinthians)


Depois de algum tempo, o Corinthians deu uma alegria legítima para o seu torcedor nesse domingo. Uma vitória por 3 a 0 fora de casa, contra um dos grandes do futebol brasileiro, não ocorre todo dia. Mas convém contextualizar a partida.

O ataque do Parque é veloz com Everton Santos e Willian (que dá rapidez ao time, mas tem dificuldade tanto na assistência quanto na finalização), entretanto encontrou facilidade extra não só porque o Cruzeiro deu muito espaço na marcação como também em função de duas falhas individuais estapafúrdias dos defensores azul celeste, que deram o segundo e o terceiro pênaltis para os alvinegros.

Léo Fortunato honrou o sobrenome e foi para a equipe mineira o que seu xará guarda-costas foi para Getúlio Vargas. Seu parceiro Gladstone só complementou a tragédia para os mineiros. Do lado corintiano, o goleiro Felipe fez excelentes defesas e só confirma o que já foi dito nesse blog: é um bom jogador e tende a se tornar ainda maior atuando agora em uma equipe grande.

Carpegiani inicia seu trabalho no Corinthians ajeitando a defesa e já colhe resultados. Até onde o time pode ir, é difícil saber. No papel, nenhum atleta excepcional, mas, no Brasileiro, não existe nenhum grande time. Se a diretoria deixar, vexame o Timão não vai passar. Já o Cruzeiro, com uma diretoria trapalhona e desgastada e a torcida jogando contra, tem um futuro menos promissor. Dá pena de ver alguns bons jogadores como Gabriel e Araújo se desdobrando em um time que parece um bando confuso jogando pelada. Dorival Júnior vai passar por uma verdadeira prova de fogo.

*****

Na partida contra o Sport, só Adaílton, suspenso na partida seguinte da Libertadores, de titular, em uma equipe com atletas que sequer sentam no banco em geral. No segundo jogo contra o América (RN), só Fábio Costa e mais um amontoado de reservas. Preservar os titulares é uma opção que muitos técnicos fazem quando tem um torneio mais importante a ser disputado.

O curioso, no caso da opção de Luxemburgo, é que nem no Paulistão ele usou times formados totalmente por reservas, e utilizava de vez em quando dois ou três titulares, até como forma de manter a espinha dorsal do Santos. Mas além de usar só suplentes a essa altura do Brasileiro, a clara impressão que fica é que, com essa ridícula mania de fazer mistério na escalação, o time reserva simplesmente não é treinado, o que resulta em um desentrosamento de dar dó ver em qualquer clube profissional.

Na partida contra o Sport, a defesa, com três zagueiros, bateu cabeça o tempo todo, o meio campo não protegia e deu no que deu. Já sábado, cada escanteio contra a meta santista era perigo de gol e a vitória aconteceu com três bolas alçadas na área (duas de bola parada) já que, incrivelmente, era claro que ninguém sabia quem pegava quem, liçãozinha óbvia de qualquer treinador de Série B do Paulista. Ou seja, não treinaram e não foram orientados. Priorizar a Libertadores é compreensível, desprezar totalmente o Brasileiro é inaceitável.

*****

A maior parte do país ficou sabendo do milésimo gol de Romário pelo Faustão. O apresentador gastou uma plêiade de adjetivos para incensar o Baixinho. Com certeza, uma homenagem à altura do feito do artilheiro.

Para Marco Aurélio Cunha, eliminação da Libertadores foi causada pela "soberba"

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Arquivo AE

O superintendente de futebol do São Paulo, Marco Aurélio Cunha, concedeu entrevista ao portal G1. Ao contrário de outras ocasiões, Cunha falou de forma mais séria, embora não tenha perdido a oportunidade de cutucar seu alvo predileto, o Corinthians, e analisou as razões da eliminação do São Paulo no Paulistão e na Libertadores. Mais humilde, embora com os arroubos de "dirigente apaixonado" de sempre, ele também negou a interferência de Juvenal Juvêncio na escalação da equipe. Os principais trechos abaixo:

Qual a avaliação da diretoria sobre as fracas campanhas do São Paulo no Paulistão e na Libertadores?

Marco Aurélio Cunha: Pela estrutura, organização, elenco e comissão técnica que temos, as campanhas foram frustrantes. Porém, eu preciso analisar profissionalmente. O São Paulo estava acostumado a chegar em todas as finais no ano passado e isso gerou um desconforto nas eliminações precoces deste ano. Mas analisando o futebol mundial, principalmente na Europa, isso também aconteceu com grandes clubes como Barcelona, Real Madrid e Milan. É preciso ter paciência.

O que aconteceu na eliminação contra o São Caetano? É normal sofrer uma goleada por 4 a 1 nas semifinais do Paulistão, em pleno Morumbi?

Marco Aurélio Cunha: O jogo estava equilibrado, mas fomos muito mal no segundo tempo. Sofremos dois gols, um em cima do outro. A equipe não estava acostumada com essa situação, se desestabilizou e foi eliminada merecidamente. Os jogadores sentiram o golpe, ficaram psicologicamente abalados, e empataram com o Audax Italiano, na Libertadores, em casa, e o São Paulo acabou enfrentando o Grêmio, em uma chave forte nas oitavas-de-final.

Mas o elenco do São Paulo não conta com tantos jogadores experientes? Por que os jogadores ficaram tão abalados por sofrer dois gols rapidamente do São Caetano?

Marco Aurélio Cunha: Por ser uma situação nova. Nunca havia acontecido isso com a nossa defesa. Por exemplo, tem time que está acostumado com as dificuldades e pronto para fugir da zona do rebaixamento. Eles são se abalam com situações adversas. Vejam o caso do Paraná, Juventude e Figueirense. Todos reagem bem quando estão no sufoco. Já os grandes clubes, como Palmeiras e Grêmio, se desesperam nas dificuldades e acabam rebaixados. Foi isso que aconteceu com o São Paulo no Paulistão.

Qual a avaliação da diretoria a respeito da fraca campanha do São Paulo na Libertadores?

Marco Aurélio Cunha: Foram vários os fatores. Mas o principal deles foi a soberba de alguns jogadores, que passaram a achar que jogavam muito mais do que realmente eles jogam (Marco Aurélio prefere não citar nomes). O fator psicológico pela eliminação no Campeonato Paulista também pesou contra o Grêmio. Tudo isso fez a comissão técnica e a diretoria rever alguns conceitos em relação ao elenco. Não cairemos na vala comum de achar que está tudo certo. Por isso, o Muricy mexeu a equipe na primeira rodada do Brasileiro.


Depois da eliminação da Libertadores, o presidente Juvenal Juvêncio esteve no clube e conversou com o Muricy e os jogadores. A bronca foi geral e, curiosamente, o treinador mudou o time titular na estréia do Brasileirão. O presidente escalou o São Paulo?

Marco Aurélio Cunha: Isso é um absurdo. Vou revelar um segredo. Ninguém da diretoria conversou com o Muricy. Somente o presidente, em uma conversa reservada com o treinador. Nem eu estava presente. O presidente não interferiu. Ele interveio, o que é muito diferente. Perguntou o que estava acontecendo com o time. Deu apoio para o treinador mudar o que estava errado. Fez um balanço das derrotas, mostrando sua opinião sobre quais titulares poderiam ter dado algo a mais, qual os reservas que estão jogando mais. Uma conversa em alto nível.

O Muricy está consciente que com o elenco que tem em mãos ele tem a obrigação de, ao menos, classificar o São Paulo para a Libertadores em 2008?

Marco Aurélio Cunha: Eu detesto a palavra obrigação no futebol. Eu diria que o Muricy tem o dever de conseguir a vaga na Libertadores. Pelo elenco que temos, a nossa meta não poderia ser diferente.

O São Paulo vai negociar alguns dos seus jogadores na abertura do mercado europeu?

Marco Aurélio Cunha: Eu diria que sim. Sempre alguém deixa o clube. Não dá para falar que não receberemos propostas da Europa. O Ilsinho, Alex Silva, Miranda e Souza sempre têm proposta. Um deles deve sair.

O São Paulo é o favorito para a conquista do título brasileiro?

Marco Aurélio Cunha: É um dos favoritos, mas não o melhor time. Santos, Grêmio, Cruzeiro, Internacional, e até o Palmeiras vão brigar pelo título. Também pode ser que apareça alguma surpresa.

E o Corinthians? Você não aponta o rival como um dos candidatos ao título?

Marco Aurélio Cunha: O Corinthians está investindo na seleção do Interior de São Paulo (risos). Eu acredito que seja o caminho certo, pois não tem mais uma parceria forte para fazer contratações. Não acho que corra o risco de rebaixamento, mas não tem condições de brigar pelo título. Tecnicamente, o Corinthians tem camisa, mas não tem um grande time. É uma incógnita.

sábado, maio 19, 2007

Conselheiro Acácio

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Como é sábado, os jogos da rodada do Brasileiro ainda não começaram e a halopatia pra curar amidalite causa efeitos deletérios em qualquer ser vivente, posto aqui uma homenagem a esse personagem tão citado nesse blog: Conselheiro Acácio.

Não, Olavo, não é aquele goleiro do Vasco que incrivelmente chegou a vestir a camisa da seleção. Trata-se do personagem do romance O Primo Basílio, de Eça deQueiroz. Aproveitando o grande manacial do sempre útil Wikipedia, está lá a descrição do glorioso personagem.

Já o Houaiss assim define a palavra "acaciano": adjetivo e substantivo masculino que ou quem se mostra afetado, ridículo pelo uso de fórmulas convencionais ao falar ou pela maneira pomposa de ser; acacianista, acacista

Esta figura fictícia tornou-se célebre como representação da convencionalidade e mediocridades dos políticos e burocratas portugueses dos finais do século XIX, sendo até à actualidade utilizada para designar a pompa balofa e a postura de pseudo-intelectualidade utilizada por muitas das figuras públicas portuguesas. Deu origem ao termo acaciano, designação utilizada para tais figuras ou para os seus ditos.

Acácio se expressava sempre com chavões e frases vazias que ou remetiam a um lugar comum ou simplesmente não diziam nada. Falso moralista, também adorava citações. Como esse blog se dispõe a falar de política e também de futebol, mundo recheado de tantos personagens pomposos e óbvios, pode-se entender a insistente recorrência ao glorioso Acácio.

sexta-feira, maio 18, 2007

Seriam ambos folgados?

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Deu no Globo Esporte e agora o Olavo vai ter mais direito de chamar os caras de mercenários. A desculpa de Kaká e Ronaldinho Gaúcho para não irem à Copa América - alegação de que não tinham férias desde 2004 - caiu por terra. Levantamento feito pelo site mostrou que os jogadores do Milan e do Barcelona ganharam 29 e 30 dias, respectivamente, de folga após a Copa do Mundo da Alemanha.

Aos fatos: Ronaldinho apresentou-se ao Barcelona em 1º de agosto de 2006 e treinou um dia depois após a eliminação da seleção brasileira no Mundial em 2 de julho De 2 a 31 de julho, nada de trabalho, 30 dias na flauta. Kaká chegou ao Milan em 30 de julho, dois dias antes de Gaúcho e teve 29 dias de férias. Posso ter dois meses de férias por ano também?

Isso sim é previsão

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Quem poderia imaginar que o jogador mais odiado pela torcida poderia fazer o gol mais importante da história do time?

Um certo torcedor do Inter poderia, sim. E ele deixou isso registrado ao público pouco menos de um mês antes da final do Campeonato Mundial de Clubes no ano passado, entre Internacional e Barcelona.

Confiram clicando aqui.

(Atualizando e adaptando o post em nome da inclusão digital)

No fórum em questão, um torcedor colorado criou, na maior comunidade do Internacional no Orkut, um tópico chamado "E se Gabiru fizer o gol do título mundial?".

As respostas variaram entre "você tá louco, isso nunca vai acontecer", "aí é só desligar o videogame e começar um jogo novo" e comentários precisos como "não ia fazer nada mais que a obrigação dele".

Sem contar os que prometeram coisas loucas como correr pelado em volta do Beira-Rio.