Destaques

quarta-feira, maio 07, 2008

Leão e uma coletânea desagradável

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Não é de hoje que os treinadores tentam falar difícil. Há relatos ancestrais de comandantes que não se faziam entender pelos seus jogadores e tantos outros que, como Claudio Coutinho, falavam de overlaping e "ponto futuro", quando seus atletas só liam nos seus lábios "numseiquelá numseiquelá numseiquelá."

Mas é curioso mesmo observar os vícios de linguagem, como os de Émerson Leão, treinador do Santos. Uma palavra em especial está sempre na boca do treinador felino: desagradável. E vale pra todo e qualquer contexto, em um esforço ímpar em prol da polissemia do vocábulo. Abaixo, algumas ocasiões em que a preciosa palavra foi utilizada:

"Hoje não era o nosso dia, foi uma estréia infeliz, desagradável", sobre a estréia no Paulistão, derrota pra Lusa por 2 a 0.

A ausência dele é desagradável, é o único que faz gol no nosso time. Não tem mentira. Se observarmos, a maioria dos nossos gols saiu dele. Depender de um atleta é desagradável, lamentando a ausência de Kléber Pereira antes da partida contra o Guaratinguetá.

“Já conversei com eles sobre isso. Estou fazendo revezamento de coletivo com 12 atletas, o que é muita coisa e desagradável, a respeito do excesso de atletas em fevereiro.

"Não vejo nenhuma possibilidade de contratação. É uma informação desagradável, mas verdadeira", sobre a possibilidade de novos atletas para a Libertadores.

"E mais uma vez entramos simples na Libertadores e estamos relativamente bem. Esperamos conseguir alguma coisa, que eu não sei o que, naquela altitude desagradável, que a Fifa ainda permite", dissertando sobre a partida do Santos contra o San Jose, nos 3.700 metros de Oruro.

Ah, sim. Mais sobre "desagradável" no blogue parceiro do mesmo nome. A respeito de outro culto treinador, Vanderlei Luxemburgo, confira a contribuição futepoquense para o Papo de Homem.

8 comentários:

Anônimo disse...

Caro Glauco, qual o critério futebolístico do Futepoca? O Corinthians, o time de maior torcida do Estado e também da segunda maior torcida do Brasil, leva mais de 80 mil pessoas ao Morumbi em apenas dois jogos (público imensamente superior à fajuta final do Paulistão), e o Futepoca faz de conta que nada está acontecendo? O Futepoca, com o Timão, tá parecendo o PIG com o Lula... (agora chutei na altura da medalhinha...).

Glauco disse...

Companheiro Benedito, você tem toda razão. Na prática, aqui no Futepoca, a preferência para se escrever post sobre determinada equipe cabe ao torcedor do time. Ou seja, corintiano escreve sobre o Corinthians e assim por diante. Aqui, temos o Maurício e o Nicolau como representantes do Alvinegro paulistano e acho que eles já se sentiram cobrados por você.

Além disso, peço um pouco de paciência porque temos outras tantas obrigações, já que o Futepoca ainda não nos dá dinheiro suficiente para viver só dele...

Nicolau disse...

Benedito, como um dos corintianos da casa, assumo a responsabilidade pela falta. Mas há que se compreender, como disse o Glauco, que quem paga o salário é outro, e ele cobra bastante. A fase andou complicada, mas devo voltar a escrever com mais regularidade em breve. Enfim, mal aê!

maurício disse...

é verdade, é verdade, estamos em dívida (literalmente...), tentando saná-la (idem). mas faço um convite especial, caro benedito, você pode enviar contribuições eventuais sobre o corinthians para futepoca@yahoo.com.br.
abraço

Nicolau disse...

Tá lá o corpo, quer dizer, o post estendido no chão! Agora que ver comentário.

Anônimo disse...

Valeu, galera!! Meu comentário tá lá no post sobre os jogos do Timão. E obrigado, Maurício, pelo convite especial. Vindo de um corintiano, é mais especial ainda. Abraço!!!!

Anônimo disse...

Bem notado.

Sugiro uma campanha para arrecadar fundos para a aquisição de um dicionário de sinônimos para o treinador Emerson Leão.

Para "Desagradável", sugiro:
abominável, amaldiçoado, antipático, chato, deplorável, detestável, do mal, uma droga, execrável, fogo, insuportável, intolerável, um lixo, odioso, péssimo, uma porcaria, repulsivo, ruim e, claro, um porre.

Marcão disse...

Eu acho esse "tucanês" recente do Leão um puta sarcasmo com as perguntas inúteis, imbecis, óbvias, desnecessárias e "desagradáveis" de nossa precária "imprensa esportiva" - ah, a imprensa esportiva...

Já que nunca perguntam nada de inteligente ou relevante, o técnico do Santos adotou o bordão para sacanear com sutileza, em vez de se irritar e esbravejar, como tantos outros treinadores (e ele próprio, Leão, no passado).

Sobre os tais 90 mil no Morumbi nos dois jogos, só tenho a agradecer: o estádio é grande e o alguel é barato, fiquem à vontade. Só que não vejo qualquer tipo de vantagem em lotar estádios, principalmente com o desconforto, o custo e a possibilidade de violência - fora a proibição da venda de cerveja, motivo que me afasta definitivamente dessas praças esportivas.

Não é dor de cotovelo, se a torcida fosse a do São Paulo eu também não veria motivo nenhum para comemorar. Se estádio cheio significasse alguma coisa de útil, Bahia, Flamengo e Atlético-MG (além do próprio Curintia) seriam as maiores potências do futebol nacional e latino. Mas não são.