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sábado, junho 21, 2008

Tamanho da crise e a oposição: tem ainda o jogo com o Vasco

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Um dos mais extensos títulos da história é só pra lembrar do pé do post, que fala sobre bola rolando. Mas antes, a crise.

O Observatório Verde fez a compilação do caso do atraso dos salários dos jogadores palmeirenses. Reclamam do excesso de ênfase que o tema ganhou na imprensa e dizem que não é chato, mas não tão grave.

É grave, claro. É errada e fórmula do fracasso essa história de não pagar salário.

(Parênteses: em 2007, o Palmeiras atrasou salários, o que gerou um clima péssimo com os jogadores e a saída de Paulo Baier. Há males que vem para bem, mas atualmente não vejo ninguém pra mandar embora do elenco desse jeito.)

Toninho cecílio, ex-zagueiro e gerente de futebol do clube prometeu pagar até terça-feira. Ou sexta.

Élder Granja, lateral direito, deu uma declaração curiosa: "(...) no futebol atrasar dez dias não é atraso. É normal." Não se sabe se é pra fazer média com o patrão ou se é um arroubo de sinceridade. Não duvido de um saudável misto das duas coisas.

Mas junto da saída do diretor de Marketing, Carlos Augusto Mira, começa a dar a impressão de que tem mais oposição nessa história de crise.

As acusações de Mira são graves. Ele diz que alguns diretores receberiam comissão em negociações de patrocínio e que cláusulas de confidencialidade em contratos do clube não ajudam. Como o clube não é público (longe disso), não há nada tão errado no sigilo, embora ele não seja desejável.

Acusações contra o ex-presidente do clube nunca faltaram.

Serafim Del Grande, presidente do Conselho, disse que não aceita a demissão e que já abriu sindicância para apurar as denúncias.

Há quem defenda a tese de que, quando não se quer descobrir nada, é só criar uma comissão para se encarregar do enterro. Sei lá se é o caso.

Desde que não haja risco de Mustafá Contoursi voltar, que se apure tudo. Se houver o risco, que se apure também outras gestões. E até o contrato com a Antártica.

Tudo bem, eu exagerei.

Jogo
Construída de fora para dentro ou da oposição para a imprensa, é no meio dessa onda que o time vai a São Januário. Entra com Diego Souza como titular, mostrando que Luxemburgo, leitor do Futepoca, sentiu o peso das críticas à formação com três volantes. É verdade que ajuda, na decisão, o fato de Léo Lima não ter recuperado o bom futebol depois da contusão do final do paulista e de Diego ter jogado bola na vitória imponente sobre o Cruzeiro.

É bem complicado tentar a primeira vitória como visitante no campeonato contra o Vasco.

1 comentários:

Anônimo disse...

Anselmo, é claro que é errado o atraso de salários. Agora, você acha que o Palmeiras é o único time com jogador a receber?

Por conta do OV, recebemos muita info de bastidor, especialmente no que diz respeito ao trio de ferro. E, na boa, não há time em São Paulo onde o mês tenha 30 dias.

O problema é a total falta de isonomia, essa coisa de fazer um oba-oba em cima da coisa, de cristalizar um norte de pauta torto como referência última para leitura do time. Você mesmo, no post que escreveu após o jogo, assume que na partida contra o Vasco a performance não parece ter sido afetada pelo rolo financeiro. Aí eu te pergunto: para quem acompanhasse pela imprensa, não pareceria líquido e certo o peso do atraso de salários sobre os jogadores?

E sobre o Mira, na boa, a info que recebi de um diretor do Palmeiras é que o próprio demissionário já assumiu ter se excedido em conversas com o pessoal do clube.

Enfim, fatos sempre existem. O complicado é a forma pra lá de torta com que parecem andar sendo reportados.