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sexta-feira, janeiro 18, 2013

Cerveja-do-pará

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Quatro anos depois, uma nova visita a Belém-PA demanda uma atualização da cena etílico-fermentada da região. A terra da Cerpa, vencedora do primeiro teste-cego de cervejas do Futepoca – realizado em longíqua época em que o Corinthians não tinha levantado o caneco de campeão da  Libertadores e, portanto, quando o mundo era mais divertido – tem novidades que passaram despercebidas aos olhos e copos dos ébrios autores do Futepoca

Foto: Futepoca

Em 2009, às margens do Guajará, nas barraquinhas do Ver-o-peso e em botecos afins, foram registrados momentos altos e baixos do consumo do fermentado de malte (e de cereais não maltados) na capital paraense.


Foto: Futepoca

Além da Cerpa Export, também conhecida como "Cerpinha", a cervejeira ainda trabalhava com a Draft (à direita), variedade mais leve, que levava o rótulo de "lager", para acompanhar e competir com selos igualmente aguados das concorrentes. Brahma Fresh e Glacial (da Schin) que apostavam, desde então, na necessidade de um produto mais refrescante para o calor, adequado à elevada umidade do clima equatorial. Tudo muito parecido com opções como Antartica Sub-Zero e similares, lançadas em outras regiões.

Foto: Futepoca

Em passagem por lá agora, em janeiro de 2013, ficou claro que o cenário está preservado. Duas imagens registram ofertas de cerveja em palcos bastante distintos, do ponto de vista socioeconômico.

Em uma barraquinha (foto à esquerda) em que parei para comprar água de coco (que, segundo diz a literatura, ajuda a recuperar da ressaca), as opções levinhas misturam-se a refrescos à lá tubaína, como um guaraná da própria Cerpa, e energéticos de eficácia duvidosa.



Foto: Futepoca

A outra paisagem (foto à direita) já inclui marca ligeiramente fora desse perfil, mas segue dominada pela devastadora presença de cervejas levinhas. A foto a gora é de um restaurante em um shopping center em Umarizal, bairro de classe média alta da cidade. Além da Antártica Cristal, parece haver toda uma preocupação com a iluminação, para fazer com que o líquido dourado pareça mais claro, mais aguado...

Refresco
 
A certeza de que cervejas leves dominam ainda mais soberanas no mercado belenense ganhou força ao conhecer a Tijuca, lançamento premium da Cerpa de novembro de 2011 , que recorre ao imaginário da capital fluminense ("A paraense mais carioca do Brasil") para comover bebedores mais abastados da cidade. Trata-se de uma versão mais saborosa do que as insossas concorrentes de fabricação mais massiva, mas realmente leve e com muito pouco corpo.

Refrescos também se parecem duas outras opções desse segmento premium (ainda mais caras) da Amazon Beer, que também já foi tema por aqui. A marca é produzida pelo grupo que detém o restaurante Manjar das Garças – situado no parque Mangal das Garças e também em um restaurante da Estação das Docas (100% #TuristaFeelings), tem quatro variedades. Duas delas, bem menos convencionais, vão além da lei de pureza alemã de 1516 (ou de 1952?) e incluem, além de água, malte, lúpulo e levedura, bacuri ou taperebá (caja manga, em outras regiões do país).

Enquanto Bacuri Beer é suavemente adocicada, a de taperebá é a base de trigo, mais encorpada. Ambas, inexoravelmente frutadas, remetem a guaraná e suco ao paladar que esperava se aventurar por sabores etílico-amazônicos mais selvagens... Mas são muito agradáveis. Seria preciso repetir a experiência ao sul do paralelo 1º para saber se é alterada a experiência gustativa. Duas outras opções da marca, uma pielsen e outra lager, completam a carta de opções.







Haja copo.

Em tempo: Cerpa Export e Draft continuam valendo a visita ao estado de Giovanni e Paulo Henrique Ganso.

quinta-feira, setembro 29, 2011

A nova posição de Ronaldinho Gaúcho

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Vi apenas o segundo tempo do jogo e, pelos “melhores momentos” do primeiro, parece que cheguei junto com o futebol. Meus colegas, mais competentes que eu, podem analisar o jogo, em post ou nos comentários. Eu mesmo queria só apontar algumas coisas que me impressionaram.

Primeiro a posição do Ronaldinho Gaúcho. Ele agora está se esmerando na arte de dar dribles fantásticos na antemeia-esquerda, ou anteponta, sei lá que nome tem aquela região do campo. Com o Neymar de ponta-esquerda e o Cortez apoiando na ala, o Gaúcho ficou recuado driblando e dando bons passes por ali, antes do meio campo, na sinistra, mais ou menos entre a quina da própria área e a linha central. E até que funcionou, porque justamente não tumultuou a zona de ação do Neymar.

Os dois gols brasileiros mostraram que há esperança no nosso futebol, pois foram gols de equipe, em que a bola foi ficando mais redonda a cada patada que recebia. O primeiro foi impressionante, a começar pelo drible inicial do Cortez, que de algum modo dá a velocidade e a inspiração para que a jogada continue, os toques perfeitos de Borges e Danilo, e no meio disso tudo, desde o início da jogada, cruzava o Lucas, que quando pega a bola numa posição dessas é mortal.


O segundo foi novamente uma limpada de terreno do Cortez, e o passe perfeito do Diego Souza para a, digamos, “trombada-arte” do Neymar, aquela jogada em que todo mundo se atrapalha e ele está ali para dar o toque que precisava.

Foram jogadas em que prevaleceu a qualidade. Chega a inflar o coração, mas aos poucos está parecendo que esta geração não vai deixar alternativa ao técnico da seleção senão investir no jogo bem jogado, pra frente, ágil e preciso. Mesmo que uns não queiram, certas verdades são irrefreáveis, pois se mostram com tamanha evidência que fica impossível reverter.

Será que as defesas brasileiras amadureceram? Será que agora já sabemos o que é defender e poderemos voltar àquela que acreditamos ser a vocação nacional, o futebol bonito, ofensivo, diagonal, oblíquo, imprevisível, elástico?

Simbolicamente, foi o Ronaldinho Gaúcho – que é artista mas sempre foi jogou mais pras câmeras que pro resultado, e de qualquer maneira é de uma geração em que os volantes é que eram “a alma” do time – que recuou e deu lugar deixou a dianteira pra molecada. E é gostoso ver isso acontecer diante da Argentina, mesmo que desfalcada, e mesmo tendo depois que ouvir o Galvão Bueno pela vigésima vez dizer que “ganhar é bom, mas ganhar da Argentina é muuuuuito melhor”, o que é o óbvio.

Ou será que sou eu que fui tomado de um acesso de otimismo num joguinho pouco mais que medíocre? Olha que eu nem bebi, que eu tô me curando de uma conjuntivite. Deve ser o colírio antibiótico.

terça-feira, janeiro 18, 2011

Em Belém do Pará, a cerveja de bacuri

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Aqui no Futepoca, já registramos especialidades brasileiras como a cerveja de mel, produzida no Nordeste, a de chimarrão, (obviamente) do Sul, e outras feitas, entre outras coisas, com café e até rapadura, no Sudeste. Pois bem, o meu colega Luiz Otávio Alencar (foto), que conheci trabalhando na ONG Instituto de Tecnologia Social, nos manda agora mais uma invenção tupiniquim, lá de sua terra, Belém do Pará: a cerveja feita com o fruto bacuri. A Bacuri Beer é definida assim pelo fabricante: "Clara e suave, com aroma de bacuri. Vencedora do prêmio internacional Tecno Bebida Award. Uma princesinha deliciosa. Teor alcoólico: 1,8%".

Mas vamos direto ao texto enviado pelo Otávio, conhecido em terras paraenses como "Cabeça de Minhoca":

"Um antigo Galpão abandonado das Companhias das Docas do Pará foi transformado, pela administração da Cidade de Belém, em um dos melhores lugares para se conhecer as delícias do Estado, de tantas histórias encantadas, de tanta gente talentosa e de tanta riqueza natural. O lugar é a Estação das Docas, e nele fica a Amazon Beer (foto abaixo).


É um bar de frente para a Baía de Guajará, que banha diversas cidades do Estado do Pará, inclusive sua capital, Belém, e é formada pelo encontro da foz do Rio Guamá com a foz do Rio Acará (imensa...). Um lugar que assusta pela elegância e estilo, pois vem logo aquela impressão de que você vai ser assaltado pelos preços do ambiente. No entanto, fica só na impressão, pois os preços são bons. É possível levar a família e se divertir, comendo uma bela salada de camarão com mix de folhas e vinagrete de frutas da Amazônia.

A especiaria do Amazon Beer é a cerveja de bacuri, com baixo teor alcoólico, sendo possível sentir o leve gosto da fruta (foto) na cerveja. Para um paraense como eu, nascido em Belém, criado em Ananindeua e com ascendência acaraense, que comi bacuri no pé - e com farinha, ver e sentir cheiro e gosto de uma cerveja feita da fruta, confesso que é bem interessante. Meu avô, José Alencar, com certeza ficaria bem assustado! O bacuri é uma das frutas mais populares de toda a Região Amazônica. Tem um gosto suave, leve, mas marcante, bem diferente do cupuaçu, de sabor e cheiro forte.

Um abraço a todos do Futepoca!"

terça-feira, fevereiro 03, 2009

Banda Calypso é indicada ao Nobel da Paz

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Os paraenses Joelma e Chimbinha, da Banda Calypso, concorrem ao Prêmio Nobel da Paz. A indicação foi oficializada na segunda-feira, em Belém (PA), pela organização não-governamental Comitê da Paz, presidica pelo bispo João Pedro Nascimento.

A justificativa da indicação é o “relevante trabalho humanitário em prol dos carentes da região Norte”. A organização se inspira nos Boinas Azuis, que ganharam o Nobel da Paz de 1988, pela atuação no canal de Suez.

Para o dia 15 de fevereiro, está prevista a realização do “Show e Copa da Paz”, um jogo de futebol e uma apresentação beneficente da banda Calypso, no Mangueirão. As informações constam no Diário do Pará e foram confirmadas pela assessoria de imprensa da banda, por telefone. Segundo os assessores, apesar de não haver declaração oficial do casal, "eles devem ter ficado muito felizes" com a notícia.



A parte mais estranha da história é que a Banda não se manifestou no site oficial nem consta o referido show na agenda do grupo. No telefone indicado como da assessoria de imprensa da banda, localizada no Recife (PE), ninguém atendeu para confirmar se o casal está sabendo da honraria.

Trabalho social
Minha primeira busca no Google foi por "Banda Calypso" e "carente", o que resulta em páginas que falam sobre a música Tô carente. Mas com um breve esforço, descobri que Joelma já doou roupas usadas em show para leilão beneficente e que o casal bancou a reconstrução do bairro San Martin, em Recife. O local foi atingido pela queda de um avião da banda, em 23 de novembro do ano passado. Além dos recursos, eles exigiram que fosse aproveitada a mão-de-obra de operários da própria comunidade. A banda fez ainda show em Porto Alegre, em dezembro, com a receita dedicada aos desabrigados de Santa Catarina. O curioso é que o motivo da indicação ao Nobel falava do povo da região Norte...

Indicação ao Nobel
Segundo a página oficial do Nobel, governos e parlamentos, reitores e professores de universidades, membros e ex-membros do Comitê Nobel Norueguês (quem define os vencedores) e pessoas ou organizações premiadas com o Nobel podem fazer indicações. O Comitê da Paz se assume como organização ganhadora do Nobel de 1988, por ter sido criada a partir do prêmio.

No entanto, apontar alguém como candidato ao Nobel não é algo divulgado pelo comitê norueguês antes de se passarem 50 anos. Um banco de dados permite consultas aos indicados até 1955. Caso não faturem a premiação, saberemos em cinco décadas se a indicação foi aceita.

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Atualizado em 05/02/2009, às 15h

sexta-feira, janeiro 30, 2009

Futepoca no FSM: em bar remista, reajustes na cerveja

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O grande fluxo de pessoas que vieram a Belém-PA gerou reajustes no preço dos insumos etílicos mais comuns no local, quer dizer, Cerpa. Na imagem abaixo, um bar remista não resistiu à oportunidade não de alcançar o outro mundo possível, mas pelo menos de melhorar um pouquinho a baixa temporada - é que estamos no período de chuvas.

Foto: Brunna Rosa

O balcão do estabelecimento com destaque para
o time de predileção do proprietário e a tabela
de preço reajustado.

Mesmo assim, R$ 3 por uma Cerpa 600 ml é preço de cervejas menos credenciadas. Um fato importante é a diferenciação do fermentado servido em garrafas grandes da Cerpinha, a long neck que chega a outras partes do país com a palavra "Export" destacada no rótulo. Essa, a premium, sai a R$ 2,50.

Foto: Brunna Rosa

Só três? Não, é que depois ninguém garantiria a
qualidade do enquadramento.


Como a esta altura já ficou claro que não vem mais nada sobre o Fórum Social Mundial, então cabe aqui ir até o fim nesta incursão gastronômica no centro de Belém. É uma bela foto do que sobrou de um prato no referido boteco. A pedida foi um cozidão.


Foto: Brunna Rosa

A sobra de macarrão é a prova de que os clientes não
são de Belém.

quinta-feira, janeiro 29, 2009

Futepoca no FSM: free as in free beer

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Na atividade Free as in free beer, o coletivo A Epidemia queria discutir a Cultura Livre, de acesso gratuito, em que todos podem apreciar e produzir. Um dos pontos era a parceria com a Cooperifa na realização de saraus pela região periférica de São Paulo. Outro era o Teatro Mágico (de Osasco). Esperavam uma reunião de articulação, com menos gente do que a capacidade de 50 pessoas da sala, jamais as 80 que apareceram.

O tema era interessante e não dá para saber a motivação de cada um. Mas o fato é que na programação oficial o nome constava: "Free as in beer". Uma das organizadoras, em um dado momento, explicou a confusão e arrematou:

– Com o erro, não sei se alguém veio aqui esperando distribuição de cerveja grátis (risos).

Não tinha cerveja. E ninguém se levantou depois que ela disse isso. Só depois, quando começou o debate, é que, eu acho, que o fermentado de cevada fez mais falta. Mas não existem dados estatísticos a respeito.

quarta-feira, janeiro 28, 2009

Futepoca no FSM: o futebol na marcha de abertura

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Quem esperava apenas condenações ao imperialismo, ao aquecimento global e às transnacionais, descobriu que o Fórum Social Mundial 2009 também é futebol. Na marcha de abertura realizada na terça-feira, 27, torcedores de norte a sul garantiram que o escudo do time do coração na caminhada.


No selim da bicicleta de som com marchinha pelo aleitamento materno, o distintivo do Corinthians.


Torcedores do Inter de Porto Alegre.


Comunista e papão: na camisa, Che Guevara, na bandeira, o Paysandu.

É bom saber que mesmo no outro mundo possível vai ter futebol.