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quinta-feira, maio 24, 2012

Quando alguns segundos valem mais que o jogo inteiro

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A expressão “jogo de xadrez” costuma ser muita usada para definir uma partida disputada, pegada, na qual fica difícil fazer algum prognóstico com a bola rolando. Mas poucas partidas de xadrez de alto nível são decididas em um lapso, em um lance impetuoso ou com voluntarismo e pitadas de sorte. Ontem, nas duas partidas da Libertadores, com cenários totalmente distintos, foram necessários poucos segundos para que fossem definidos os dois primeiros semifinalistas do torneio.



Na que abriu a noite, entre Fluminense e Boca Juniors, os argentinos foram subjugados na maior parte dos 90 minutos da peleja. A marcação do Fluminense, em especial de Edinho, sobre Riquelme, fez com que o craque portenho sumisse durante quase todo o jogo. Quase. Uma folguinha dada ao craque adversário, daquelas que acontecem no fim do jogo, como a que permitiu que Maradona fizesse seu único lance contra a seleção brasileira, na Copa de 1990, foi suficiente. Riquelme respirou e pôde tocar para Rivero, que finalizou, resultando no gol de Santiago Silva, o grosso artilheiro que faz as vezes que Palermo já fez um dia.

O Boca precisou jogar um pouco mais que o Fluminense por alguns minutos, na parte derradeira da partida, para eliminar os cariocas. Se jogando mal eles ganham, imagine jogando bem?, refletem os argentinos. E os brasileiros deitam no divã.

Na peleja seguinte, Diego Souza, que leva consigo a fama de desaparecer em decisões, apareceu. Sozinho como nunca havia acontecido com o Corinthians de Tite, do meio de campo até a área. Mas tremeu diante de Cássio, arqueiro que parecia pedir pra tomar gol, performance coroada com o passeio para a caça de borboletas no último lance vascaíno da partida. Goleiro tem que ter sorte também, diria o filósofo. E não se perdoa quem perde um gol desses. A bola pune, como diria outro pensador.



Puniu justamente naquele tipo de lance de fim de jogo, quando os marcadores já não aguentam mais marcar. Porque foram quase 180 minutos em que a marcação foi a tônica, de lado a lado. O cerco vacilou, Paulinho fez. Diego Souza, não. E essa foi quase toda a diferença.

quinta-feira, setembro 29, 2011

A nova posição de Ronaldinho Gaúcho

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Vi apenas o segundo tempo do jogo e, pelos “melhores momentos” do primeiro, parece que cheguei junto com o futebol. Meus colegas, mais competentes que eu, podem analisar o jogo, em post ou nos comentários. Eu mesmo queria só apontar algumas coisas que me impressionaram.

Primeiro a posição do Ronaldinho Gaúcho. Ele agora está se esmerando na arte de dar dribles fantásticos na antemeia-esquerda, ou anteponta, sei lá que nome tem aquela região do campo. Com o Neymar de ponta-esquerda e o Cortez apoiando na ala, o Gaúcho ficou recuado driblando e dando bons passes por ali, antes do meio campo, na sinistra, mais ou menos entre a quina da própria área e a linha central. E até que funcionou, porque justamente não tumultuou a zona de ação do Neymar.

Os dois gols brasileiros mostraram que há esperança no nosso futebol, pois foram gols de equipe, em que a bola foi ficando mais redonda a cada patada que recebia. O primeiro foi impressionante, a começar pelo drible inicial do Cortez, que de algum modo dá a velocidade e a inspiração para que a jogada continue, os toques perfeitos de Borges e Danilo, e no meio disso tudo, desde o início da jogada, cruzava o Lucas, que quando pega a bola numa posição dessas é mortal.


O segundo foi novamente uma limpada de terreno do Cortez, e o passe perfeito do Diego Souza para a, digamos, “trombada-arte” do Neymar, aquela jogada em que todo mundo se atrapalha e ele está ali para dar o toque que precisava.

Foram jogadas em que prevaleceu a qualidade. Chega a inflar o coração, mas aos poucos está parecendo que esta geração não vai deixar alternativa ao técnico da seleção senão investir no jogo bem jogado, pra frente, ágil e preciso. Mesmo que uns não queiram, certas verdades são irrefreáveis, pois se mostram com tamanha evidência que fica impossível reverter.

Será que as defesas brasileiras amadureceram? Será que agora já sabemos o que é defender e poderemos voltar àquela que acreditamos ser a vocação nacional, o futebol bonito, ofensivo, diagonal, oblíquo, imprevisível, elástico?

Simbolicamente, foi o Ronaldinho Gaúcho – que é artista mas sempre foi jogou mais pras câmeras que pro resultado, e de qualquer maneira é de uma geração em que os volantes é que eram “a alma” do time – que recuou e deu lugar deixou a dianteira pra molecada. E é gostoso ver isso acontecer diante da Argentina, mesmo que desfalcada, e mesmo tendo depois que ouvir o Galvão Bueno pela vigésima vez dizer que “ganhar é bom, mas ganhar da Argentina é muuuuuito melhor”, o que é o óbvio.

Ou será que sou eu que fui tomado de um acesso de otimismo num joguinho pouco mais que medíocre? Olha que eu nem bebi, que eu tô me curando de uma conjuntivite. Deve ser o colírio antibiótico.

quinta-feira, agosto 04, 2011

Vasco 2 X 0 Santos - uma sequência infeliz

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O Santos foi a São Januário e encontrou sua terceira derrota consecutiva no Campeonato Brasileiro. O 2 a 0 evidenciou falhas peixeiras que já ocorreram nas duas pelejas passadas: um meio de campo que não marca e uma defesa que, quando confrontada, não hesita em errar.

Tendo essas três partidas na conta, o Santos sofreu dez gols, quatro decorrentes de jogadas de bola parada (tudo bem, pode tirar dessa conta o do Ronaldinho Gaúcho) e cinco gols de cabeça. Os avanços dos adversários pelas laterais, principalmente pelo lado esquerdo da defesa, também foram uma constante. Outro ponto em comum foram jogadores rivais que costumam decidir ficarem praticamente livres de marcação, encarando defensores no mano a mano. Foi o caso de Ronaldinho Gaúcho, no jogo contra o Flamengo, e de Diego Souza, no primeiro tempo da partida contra o Vasco. Claro que a qualidade do atleta conta, mas tentar dificultar a vida dele não é pecado...

Não ter Danilo pela direita, com Pará no seu lugar, e não poder contar com o limpa-trilho Adriano, que se tornou um jogador de qualidade nas mãos de Muricy, faz diferença. Mas só isso não justifica o desempenho pífio da defesa. Ontem, Durval falhou ao tentar tirar a bola na área, o que propiciou a bela finalização de Diego Souza. E Rafael, que fez a diferença em algumas partidas da Libertadores, falhou mais uma vez ao não dividir a bola com o zagueiro Dedé, autor do segundo gol do Vasco.

Muricy, nessas três pelejas, fez somente duas substituições. A postura do comandante demonstra, no mínimo, uma relativa insatisfação com o elenco. Não sei se isso ocorre porque ele não tem à disposição algumas peças que estão temporariamente fora (Felipe Anderson, como Danilo, está na seleção sub-20) ou se ele pretendia reforços que não chegaram. Mas o que sei é que, nesse contexto, vai ser muito difícil alguém convencer o treinador a abrir mão de uma das 23 vagas para o Mundial para que Pelé seja inscrito, como se cogita. Mas não tenho dúvida que o Rei, 70 anos, teria um desempenho melhor ontem do que o do Dez Ganso, que fez sua atuação mais pífia desde o seu retorno pós-contusão.


Ressaca da Libertadores?

O Peixe tem três jogos a menos que a maioria das equipes do Brasileirão, o que não é motivo para relaxar, até porque as partidas que faltam não serão nada tranquilas. O aproveitamento até agora também não inspira confiança ao torcedor, são 33,3% de aproveitamento, similar ao Atlético-GO, 16º colocado, próximo a Grêmio, 35,9%, e Atlético-MG, 35,7%.

Mas outros campeões da Libertadores tiveram problemas ao encarar o campeonato nacional depois de uma conquista. O São Paulo, em 2005, só saiu da zona do rebaixamento na 20ª rodada, quando conseguiu finalmente uma vitória (sobre o Fortaleza) depois de cinco derrotas e três empates pós-título. Àquela altura, o Tricolor do Morumbi chegava a 20 pontos, um aproveitamento de 35%. O time terminou o Brasileirão daquele ano em 11º lugar.

Ou seja, não há motivo para desespero. Mas é triste ver o Santos quase abrir mão do Brasileirão tão cedo. Espero estar enganado.

quinta-feira, julho 01, 2010

Trio DDD no Galo

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Se haverá conexão com vitórias e títulos não dá para saber, mas com a contratação de Diego Souza, o Galo arma, para este ano, um meio de campo e ataque de primeira (ou pelo menos para escapar da segunda).


O trio DDD, Daniel Carvalho, Diego Souza e Diego Tardelli, ajudado por Mendez (ex-LDU) e a volta do volante Serginho, com Ricardinho na reserva, faz pensar em pelo menos um bom time do meio para a frente. Atrás, é depender de o Fábio Costa entrar bem e não perder a cabeça (uma aposta mais que arriscada).

Mas, aos poucos, o Galo vai arrumando um bom time. Fala-se em mais dois jogadores, sei lá quais, mas Kalil vai cumprindo a promessa de montar um bom time para este ano.

Pode ser que Tardelli seja vendido, espero que não, porque daí dependeremos do "craque" Obina, que é melhor que Etoo.

segunda-feira, maio 17, 2010

Serra dá "furo" sobre Diego Souza e pode estar buscando alternativa pós-eleição

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O pré-candidato à Presidência da República José Serra (PSDB) parece estar buscando um emprego alternativo para o período posterior às eleições deste ano, caso não seja eleito. Em seu Twitter, ele anunciou a contratação do meia Diego Souza pelo Atlético-MG. O furo universal motivou toda a mídia esportiva a correr atrás do prejuízo.

"Sortudo é o Atlético Mineiro, que levou o Diego Souza de graça. Um craque", escreveu. Os rumores se arrastam há pelo menos três dias, mas reacenderam nesta segunda-feira.

Enquanto os clubes negociam, Serra anunciou o sucesso – para os atleticanos mineiros – da transação. Amigo de longa data do presidente do Palmeiras, Luiz Gonzaga Belluzzo, o ex-governador não esclarece se teve informação privilegiada ou se apenas fez uma projeção usando o presente como tempo verbal em vez do futuro do pretérito.

Com Vanderlei Luxemburgo, o tucano não deve ter relação. O treinador do clube mineiro chegou a tentar articular uma candidatura pelo PT ou pelo PSB de Tocantins ao Senado Federal. A não ser que tenha debandado de lado, a informação tampouco teria vindo desta fonte.

A investida no jornalismo esportivo ocorreu entre a divulgação de pesquisas eleitorais do Vox Populi e do Instituto Sensus, que mostram Serra empatado tecnicamente e ligeiramente atrás de Dilma Rousseff. Por isso, já surgem rumores de que Serra estaria já preparando terreno para o caso de um fracasso eleitoral, tornar-se comentarista de futebol.

O Futepoca, em nota oficial, desmente qualquer intenção de aceitar ou sequer convidar o ex-governador de São Paulo José Serra entre seus membros. Os ataques frontais sofridos ainda não foram esquecidos, mesmo 10 meses depois.

segunda-feira, março 15, 2010

As meias verdades pós-clássico

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“Ah, não falei? Esse time é só firula”. Provavelmente o torcedor do Santos ou aquele que elogia o futebol dos garotos da Vila vai escutar ou já escutou isso a essa altura do campeonato. Claro, boa parte dos que falam isso diriam a mesma coisa se o Alvinegro perdesse daqui a dez rodadas, estavam só na torcida pela óbvia contagem regressiva. Normal, até porque, se o futebol peixeiro encanta, também causa uma certa raiva em muita gente por motivos freudianos. Tanto que tem até corintiano comemorando a vitória do Palmeiras, quem diria... Mas o resultado do clássico, que para muitos apaga a série invicta (ou talvez fosse um desejo que se apagasse) e, mais que isso, obscurece as exibições dos meninos da Vila, vai ensejar uma série de meias-verdades ou teses questionáveis que vão pulular nas mesas de boteco ou mesas redondas da TV (o que é quase a mesma coisa). A algumas:

– A molecada “sentiu” o jogo – isso é um lugar comum curioso. Qualquer time, em determinados momentos de uma partida, pode “sentir” quando toma um gol ou o resultado é adverso. Os veteranos do Corinthians, por exemplo, perderam as estribeiras com os santistas. Já Ricardinho e Rogério Ceni, nas semifinais do Brasileiro de 2002, também acreditavam na instabilidade daqueles meninos. A fórmula era simples: marcar um gol logo de cara para fazê-los perder a linha na segunda partida. Fizeram o tal gol rápido e perderam mesmo assim. Ou seja, não é porque são "meninos" que vão tremer. No clássico do fim de semana, o Santos, depois de sofrer o baque da virada, passou a jogar mais que o Palmeiras, que recuou e sofreu pressão. Tanto que tomou o empate e só fez o gol quando tinha um a mais, contando com uma falha da defesa peixeira. Perder é do jogo, o futebol cansa de mostrar isso.

– Quando está ganhando, o Santos menospreza o rival – essa foi a reclamação do sensato e controlado Diego Souza, depois do jogo. Curioso é que, mesmo perdendo, Ganso deu chapéu e matou bola no peito, e Neymar pedalou e deu uma assistência para Zé Eduardo quase marcar o gol de empate. Se isso for “menosprezo”, talvez o Alvinegro menospreze o rival até quando está perdendo. Segundo, claro, o critério do sensato e controlado Diego Souza, que encontra respaldo em muita gente que acha agressão verbal pior que física.

– O Santos vai “perder o encanto” e o Palmeiras vai “desencantar” - partidas difíceis virão para o time da Vila e nem sempre vai ser possível dar show, como alertou Dorival Junior após a goleada contra o Naviraiense, embora o time, mesmo quando não encante, empolgue, como disse Mauro Beting. Isso porque sempre joga ofensivamente e produz jogadas bonitas mesmo quando a jornada não é perfeita. Já o Palmeiras faz da sua força algo que vem desde a época de Muricy Ramalho: bola alçada na área, como em dois gols que saíram contra o Peixe. Um pouco de raça, apostando no erro do adversário, mas é mais do mesmo. No ano passado, venceu o Santos na Vila e se achou campeão brasileiro. Deu no que deu. Precisa mais para se classificar no G-4.

– Neymar precisa ser mais “equilibrado” - todo craque já foi expulso de campo uma ou tantas vezes (com exceção de José Macia, o Pepe) e pernas de pau então, mais ainda, ainda que alguns sejam protegidos por árbitros sabe-se lá por que. Há ainda os que têm uma lista considerável de expulsões, nada "interpretativas", e outros que têm uma ou duas em momentos cruciais e são salvos por resultados. É só lembrar de Leonardo na Copa de 94 ou Ronaldinho Gaúcho na Copa de 2002. Ou ainda Garrincha, na Copa de 62. Neymar fez uma falta sem bola, como Pierre fez em Marquinhos com menos de um minuto de partida. Como tantas que o menino sofreu e, nem por isso, os seus marcadores tomaram o vermelho. Por isso a indignação do atacante ao ser expulso. Neymar tem a cabeça no lugar tanto quanto qualquer outro jogador brasileiro ou até mais que a média.

Mesmo com a derrota, continuo me guardando pra quando o carnaval chegar. E é bom saber que ele pode vir em qualquer partida e não só em uma final. Pra quem gosta de bola bem jogada.

domingo, janeiro 17, 2010

Palmeiras 5 a 1 sobre o Mogi. Importante goleada na estreia

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Foi por 5 a 1 a goleada de estreia do Palmeiras no Campeonato Paulista 2010. Diante do Mogi Mirim, o alviverde demorou trinta minutos para abrir o placar, mas garantiu um marcador elástico com bom toque de bola e disposição.

Ótimo.



A rigor, a importância do resultado é mais para registrar que o time pode ser bom, apesar do final reticente do ano passado, do que de projetar os feitos para 2010. Por isso acho que o futebol mostrado e o placar alcançado eram obrigações, resposta a muita crítica engatilhada da torcida e da mídia.

Diego Souza, como jogador de frente, foi o autor de dois gols, mas Cleiton Xavier também se destacou, marcando um de pênalti e cruzando ou chutando ao gol em outros dois (o de Léo e de Robert).

Apenas três estreias foram promovidas. Léo na zaga e Márcio Araújo, no meio, não chegaram a ser testados pelo ataque do Sapo, mas fizeram boas partidas. O zagueiro fez seu gol, mas falhou no tento mogiano, conferido por Geovane. William, como meia, rendeu menos e deu lugar a Deyvid Sacconi, mas não se pode avaliar nenhum dos jogadores por uma partida.

O mesmo vale para o time. Muricy Ramalho segue reclamando mais reforços, mesmo sem ter a Libertadores da América pela frente, apenas a Copa do Brasil e o estadual no primeiro semestre. Ainda prefiro Diego Souza no ataque do que no meio, porque ele e o time rendem mais. Mas faltam ainda uns reservas, gente no ataque e opção para se variar taticamente.

O ano vai ser longo, isso todo palmeirense sabia. Espero que seja, também, bom como a estreia.

domingo, novembro 29, 2009

Palmeiras joga bola e vence o Atlético-MG quando já é muito tarde para pensar em título

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Na penúltima rodada, quando a hipótese de título havia sido perdida por sucessivas derrotas na reta final, o Palmeiras voltou a vencer. Contra o Atlético-MG, no Palestra Itália, fez 3 a 1, com direito a um golaço de Diego Souza do meio de campo, de primeira, em uma rebatida de dividida.

Para a última rodada, o Palmeiras precisa pelo menos empatar para se classificar para a Libertadores. Mas o Botafogo precisaria vencer para se livrar do rebaixamento, além de torcer para que o Coritiba ou o Fluminense tropecem. É que o Atlético-PR venceu a Estrela Solitária, se livrou do risco de queda e deixou o rival em situação complicada.



O jogo
Com Diego Souza de volta ao ataque, agora ao lado de Vagner Love, a situação foi melhor. O time conseguiu superar as ausências de Maurício e Obina, demitidos, e Pierre e Armero (suspensos). Cleiton Xavier, de volta, ajudou.

Aliás, foi do camisa 10 o primeiro gol, a um minuto de jogo. O empate veio com Diego Tardelli, aos 12. Apenas quatro minutos depois, Vagner Love dividiu com o goleiro Carini na entrada da área. A bola foi isolada para o alto e caiu no meio do campo, nos pés de Diego Souza que emendou de primeira. O esférico viajou, viajou, viajou e foi dormir nas redes. Um lance que não acontece todos os dias. Vagner Love daria números finais ao jogo ainda no primeiro tempo.

O Galo criou chances, deu trabalho a Marcos. A segunda etapa foi mais morna e as atenções estavam no jogo entre São Paulo e Goiás.

Se tivesse tido esse tipo de sorte em rodadas anteriores, o Palmeiras não estaria apenas sonhando com improváveis combinações de resultado e temendo até encontrar problemas para se classificar para a Libertadores. Também facilitaria se tivesse apresentado a vontade e a qualidade que teve hoje.

Bora para a última rodada ver o que vai sair.

quarta-feira, outubro 28, 2009

Com estratégias diferentes, palmeirenses clamam por reação

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Blogues de palmeirenses apostam em estratégias diferentes para exorcizar e afirmar que ainda acreditam no combalido time alviverde que entra na 32ª rodada do Brasileirão como líder. Combalido pela sequência de quatro jogos sem vencer, algo imperdoável para quem quer faturar um título em pontos corridos.

Só os jogos desta quarta e quinta-feira é que mostram se a equipe comandada por Muricy Ramalho seguirá ou não na ponta da tabela. Nesta quarta-feira, 28, São Paulo enfrenta o Inter no Morumbi. Quem vencer assume a liderança. O Atlético-MG também pode morder a posição de primeirão se passar pelo Fluminense. Ao time de Palestra Itália cabe vencer o Goiás para dizer que ainda quer ganhar a taça.

Desanimado com a série de desgraças, recorro aos colegas de torcida e autores de blogues alviverdes para exorcizar a fase trágica e reunir esperanças..

O Coração Palmeirense faz uma referência ao "Outubro negro" de 1929, quando eclodiu a crise econômica que se arrastaria pela década seguinte e uma das causas da Segunda Guerra Mundial. É que este mês, tirando a vitória sobre o Santos, foi lamentável. "Penso que a razão para os seguidos fracassos do Palmeiras de Muricy é ... sobrenatural", escreve Affonso Júnior. "Trata-se de decisão dos deuses do futebol", completa.

Para ele, o mês de outubro reconduziu o Brasileirão ao zero, emparelhando os candidatos ao título. O que vem a seguir? "A resposta está com Muricy Ramalho".

O À Luz da Catedral recorre a outra metáfora. A Flecha de Akbar e a história do guerreiro medieval islâmico que não desistia. Se é que eu entendi bem.

"Desfalcado da torcida o Palmeiras não pode ir a campo", avalia Tânia "Clorofila" Dainesi. Para isso, ela se agarra à história de reações dos times palmeirenses que viu em campo e no brio do elenco atual.

O Cruz de Savoia pede que Diego Souza seja preservado das críticas de torcedores que o colocaram na posição de "boi de piranha", para-raio de críticas e motivo para a queda de rendimento.

Ele acha que tem mais coisa errada com seu posicionamento do que com sua postura em campo. "E, se não for isso, será que não dá para arrumar outra teoria do fracasso? Porque o Palmeiras precisará de tudo nesta quinta – menos de um torcedor hostil com nosso Maestro", conclama.

Mas o Parmerista aposta em arquibancadas vazias pelo valor do ingresso praticado. Um erro tático num momento estratégico. Ele elenca cinco fatos, começando pela contusão de Pierre e Maurício Ramos, passando pela perda no meio de campo com Vagner Love como titular e Diego mais distante, seguida por erros individuais e fragilidade emocional. Tudo que acumulou contra o Santo André.

A mística do post 100 é a esperança do Palestra Imortal para uma arrancada final. O Chiqueiro quer que o "G", do escudo do Goiás, seja transformado na inicial de "ganhamos", verbo devidamente conjugado pelos porcos. O Terceira Via Verdão quer acreditar que os confrontos diretos entre adversários ao título os fará, mais rodada, menos rodada, com que alguém perca pontos.

Que os torcedores tenham razão. Vai, Palmeiras!

segunda-feira, abril 20, 2009

Luxemburgo, o ilusionista, e a hipocrisia da mídia esportiva

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Tem certas coisas que acontecem com tanta frequência no futebol que dá até desgosto de comentar. Mas é necessário. No sábado, depois de sofrer nova derrota para o Santos, o técnico do Palmeiras, Vanderlei Luxemburgo, como não tinha motivos para reclamar da arbitragem e teria (se algum repórter perguntasse) que justificar o resultado e a atuação do seu time, quis mudar o foco. Como fez o presidente da Lusa (aliás, cadê a punição para o dirigente?), acusou dizendo que não estava acusando, e culpou Vágner Mancini por ter colocado Domingos com a única intenção de cavar a expulsão de Diego Souza.

De repente, hoje, no Globo Esporte, o comentarista e ex-dublê de meia-atacante Caio Ribeiro diz que o culpado pela confusão foi unicamente Domingos,e  o apresentador engraçadinho bradou que ninguém ali iria ser "hipócrita" culpando o atleta palmeirense, justificando que Diego Souza "tinha sentimentos". Bastante curioso. A Vênus Platinada faz campanhas em prol da "paz nos estádios", mas justifica agressões físicas como algo que vem de alguém que "tem sentimentos". Provavelmente, quem pensa assim deve ter saudades da época em que maridos matavam esposas e eram absolvidos por terem agido em "legítima defesa da honra". Diego Souza, para estes verdadeiros hipócritas, agiu da mesma forma, o que valida sua reação destemperada após a expulsão.

Mas o que impressionou foi que a atitude do meia, de voltar e agredir Domingos, foi saudada e aplaudida pela torcida alviverde. Uma das imagens televisivas mostra um garoto de uns 11 anos vibrando como se fosse um tento do seu time, algo simplesmente pavoroso. E essa imprensa, que acha mais grave a provocação de Edilson com embaixadas do que a voadora de Paulo Nunes na decisão do Paulistão de 1999, é a mesma que culpa as organizadas - só elas - pela violência dentro e fora dos estádios. Para esses jornalistas, uma provocação verbal, dessas que acontecem a partida inteira, é mais merecedora de punição do que um soco ou um pontapé. Aliás, Madson saiu do jogo de sábado acusando defensores palmeirenses de terem o ameaçado mais de uma vez, inclusive de "jogá-lo na arquibancada" se continuasse fazendo "firulas" (alguém duvida que pela diferença de portes físicos isso seria possível?). E aí, quantas expulsões teríamos por "provocação" no jogo?

Curioso da história é que o mesmo Luxemburgo é quem disse que a arbitragem estava "protegendo" Neymar, porque qualquer em "encostão" era marcada falta. A propósito, será que nenhum atleta do Palmeiras tentou intimidar o menino como fez Domingos com Diego Souza? Mas, para falar isso, talvez Luxa não tenha visto as cotoveladas que o menino tomou, por exemplo, contra o Rio Branco pela Copa do Brasil. De novo, fica claro que bater, pode, xingar... nossa, que grave!

O futebol tem se tornado mais sem graça e mais violento por conta de gente como o tal técnico que muda de conceito ético literalmente de acordo com a camisa, e que é tido como "ofensivo" (em termos táticos, claro), mas que pelo jeito gosta de verdade é de embate físico no futebol. E culpa também da imprensinha que apoia e vai na onda do dito cujo. A torcida - quase todos que vão ao estádio, e não só as organizadas - já estão pegando o gosto pela apologia à violência em São Paulo, e os tais 5% para o vistante só vão perpetuar esse estado de coisas. Enquanto vemos brincadeiras e galhofas no Maracanã, na final da Taça Rio, em São Paulo a preocupação é com o quebra-pau durante e após as partidas. Talvez falte praia a São Paulo. E os cartolas bandeirantes sejam menos, mas muito menos, sérios do que se acredite.

*****

Outro fato risível ainda é o comandante do Palmeiras evocar o "histórico" de Domingos. Não, ele não estava falando do estilo agressivo do atleta, mas sim do fato de o zagueiro ter "provocado" a expulsão de Adriano no clássico do Paulista de 2008 contra o São Paulo. Bom, se o árbitro fizesse ponderações sobre "histórico", o que dizer de Diego Souza e suas expulsões? Por exemplo, contra a Ponte Preta em uma final ganha no ano passado, sendo excluído em seguida contra o Coritiba? Foi julgado por expulsão também na partida contra o Bragantino este ano e não vou continuar contando seus cartões vermelhos porque será improdutivo, além das vezes em que poderia ter sido expulso e não foi. O post vai ficar muito longo.

quarta-feira, março 25, 2009

Virada sem brilho, mas à moda do Coalhada

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Não é culinária nem Valtinho Coalhada. O paraguaio Ortigoza marcou dois gols na vitória do Palmeiras sobre o Bragantino de virada no Palestra Itália. Conhecido como Coalhada por sua ascendência não reconhecida do personagem do humorista Chico Anísio, o atacante ficou no banco, mas foi a campo ainda no primeiro tempo, no lugar de Jeci, autor do gol contra para os visitantes.

O problema do Ortigoza são todos os trocadalhos que emanam quase naturalmente de sua alcunha. Por isso prefiro o bordão: "Mas hein, mas hein? Que o coalhada é isso, que o coalhada é aquilo."

Foi dos pés de Diego Souza que saíram os dois gols, um no último minuto do primeiro tempo e outro aos oito do segundo. Os lances teriam feito todo mundo nem notar que a atuação do atleta havia sido apagada, afinal quem decide vai bem. Mas o puxão na camisa do volante Moradei do Bragantino garantiu-lhe o segundo amarelo. Nada do camisa 7 no clássico contra o São Paulo.

Cleiton Xavier confirma que parou de jogar bem. E é dúvida para o próximo jogo. As bolas paradas vem deixando de ser uma arma sem a participação do 10 com o brilho do início da temporada. Keirrison tampouco resolveu.



Na volta de Marcos, a opção de Vanderlei Luxemburgo na retaguarda foi uma formação bem estranha. O 4-4-2 tinha três zagueiros atrás mais o lateral-esquerdo Jefferson. Tudo para tapar o tradicional buraco do lado direito criado pela presença (ou ausência) de Fabinho Capixaba na posição. Com um gol de desvantagem, o mesmo treinador sacou o autor do gol contra para colocar aquele que resolveria a partida para o líder.

O fato de o Palmeiras não apresentar grande futebol no Paulista vem se tornando regra desde o clássico contra o Corinthians. Espera-se que, mesmo sem o cara que andou resolvendo as partidas para o lado alviverde, a turma da Turiassu acorde para o jogo do fim de semana.

quinta-feira, fevereiro 26, 2009

Palmeiras e São Caetano: em jogão de sete gols, a liderança é mantida

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O Palmeiras venceu o São Caetano por 4 a 3 no Anacleto Campanela. Depois de sair perdendo por 2 a 0 com oito minutos do primeiro tempo, o Verdão virou o jogo e passou para a segunda etapa com 4 a 2. Depois, o time caiu de produção, mostrou limitações e cedeu às investidas ofensivas do técnico Vadão. Os difíceis 4 a 3 mantém a invencibilidade na competição e a liderança.

Foto: Divulgação/Palmeiras
Tirando a estreia, quando não tem o mando do jogo, o Palmeiras mantém uma marca complicada: toma pelo menos dois gols (Portuguesa, Mirassol, Ponte Preta ). Marcão estreiou bem, fez cobertura de Armero, lançou, mas ainda não solucionou a retaguarda, cuja idade média é elevada. Aos 33, ele tem Edmilson com 32 e Marcos com 35 como companhia.

Que primeiro tempo!
Foi um jogão, mas uma partida de personagens. O primeiro deles foi Cleiton Xavier que escorregou quando recebia um passe na fogueira de Pierre logo aos três minutos. Dali saiu o primeiro gol do azulão. Depois, o camisa 10 foi quem cobrou a falta e o escanteio de onde saíram o segundo e terceiros tentos do visitante.

Outro personagem foi Edmilson. Ele continua se desentendendo com Marcos na defesa. Fez o gol de empate, quase marcou o quinto no segundo tempo, mas poderia ter sido expulso em dois lances. O mais claro foi uma falta sobre Tuta, o da rima rica, quando o placar marcava 3 a 2. O outro, que aconteceu bem antes, foi na reclamação acintosa de falta inexistente marcada pelo árbitro. Curiosamente, da falta saiu o segundo gol do time da casa, quando o camisa 3 desapareceu e Marcos não saiu de baixo das traves. A defesa continua sem estar acertada, fica muito exposta e não tem entrosamento suficiente. E tem um buraco do lado direito. Isso talvez explique que, em todos os outros lances, o Goleiro tenha se precipitado em sair da meta. Mas ele não está bem.

A reação do Palmeiras teve em Diego Souza seu principal motor. O jogador correu, criou jogadas, distribuiu passes... Foi o melhor em campo do escrete verde-limão-siciliano no primeiro tempo. No segundo, foi displiscente, mas criou uma jogada linda na lateral direita, com dribles, rolinhos e rodopios. Seu gol de cabeça, o da virada, foi um prêmio. Pena que não joga contra o Guarani, suspenso pelo terceiro amarelo.

Keirrison fez dois, se isolou na artilharia do campeonato com nove gols. O autor do primeiro e do quarto gols desapareceu no segundo tempo, um sinal da pouca eficiência do meio de campo do time de Vanderlei Luxemburgo para tocar a bola e jogar com mais paciência. Não, Willians, Cleiton Xavier e Diego Souza só funcionam para pôr o time para criar chances de gol com rapidez. Isso é ótimo, tem méritos do treinador, mas foi a fragilidade no segundo tempo.

E a fragilidade foi agravada pelas mexidas de Vadão no São Caetano. Três atacantes e três meias, menos um zagueiro, e o time da casa diminuiu a diferença (com Vandinho impedido). Por falta de tranquilidade, não conseguiu o empate. Enquanto isso, Luxemburgo demorou para mexer no time, mesmo com o notório buraco nas costas de Fabinho Capixabana na lateral-direita. Ainda bem que ele não joga a próxima partida, suspenso com o terceiro cartão.

Vizinhança do júbilo ao silêncio
Fazia tempo que eu não reparava no comportamento dos secadores. Quando o placar marcou 2 a 0, a ala antipalmeirense da vizinhança foi ao delírio. Depois da virada, claro, as ofensas foram devolvidas pela torcida do clube da Turiassu. Mas quando saiu o terceiro gol do Azulão – e eu temi pelo sufoco do fim do jogo –, esperei uma nova onda de confiança dos secadores. Não foi o caso. Os profissionais da desidratação futebolística à distância se desmobilizaram, como era de se esperar. Curioso que, quando acabou o jogo, tampouco teve muita festa dos parmeristas das redondezas. Vai ver que também foram dormir mais cedo.

quinta-feira, fevereiro 12, 2009

Um 3 a 2 de Diego Souza

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Em uma boa apresentação do camisa 7 palmeirense, Diego Souza, o líder do campeonato passou pelo Mirassol por um placar apertado. Sob chuva, não repetiu a boa atuação de partidas anteriores e claramente pisou no freio quando chegou ao terceiro gol, com direito a substituições dos três principais homens de frente (Keirrison, Willians e Diego Souza). Para alguns, foi um treino.

O primeiro gol saiu de falta, em um chute direto e forte do meia que passou pela barreira e o goleiro não pegou. A infração foi assinalada na sequência de um lance em que Cleiton Xavier fez falta no meio de campo, mas o árbitro não marcou.



Também de falta, o Mirassol empatou e, ainda na primeira etapa, com passe do nome do jogo para o 9 Keirrison, o Verdão voltou à frente do marcador. Na segunda etapa, aos 15, Diego Souza de novo açucarou a bola para o lateral Jefferson fuzilar o terceiro gol dos visitantes. O Mirassol diminuiria aos 44 e Lenny perdeu dois gols e foi parado com falta em outra oportunidade.

Quem para?
O Palmeiras chegou à oitava partida oficial na temporada com 100% de aproveitamento. Em 2006, sob a regência de Emerson Leão, o time chegou a sete partidas assim. Em 2008, fez seis. Antes, só em 1920 o Palestra Itália foi além da marca: fez 11 vitórias para começar o ano.

É levemente falsa a pergunta "quem para o Palmeiras". A atuação de quarta-feira mostrou que o time sabe ser objetivo, que não é totalmente dependente de um único jogador na frente, mas que tem uma defesa que ainda carece ajustes, mesmo tendo o cirúrgico Pierre à frente da zaga.

Contra o Paulista no Pacaembu quem joga é o time reserva, já que os titulares vão a Quito se ambientar na altitude. Contra a LDU, Vanderlei Luxemburgo deve armar um time mais recuado, mas não dá para saber se vai resolver a defesa. O fato de o time ser eficiente nos contrataques é uma arma mortal. Se acertar a retaguarda, eu passaria a considerar a pergunta mais pertinente.

Mesmo com poder de reação e boas opções para fazer gols, o Palmeiras não teve um adversário com uma apresentação consistente pela frente. O Santos pressionou por algum tempo e conseguiu finalizações muito boas, que não entraram por méritos e sorte do goleiro Bruno. Mas no geral não foi o adversário que se esperava.

É bem verdade, porém, que o time foi capaz de atropelar adversários como o Mogi Mirim que foram uma pedra no sapato de rivais como o Corinthians. Que tem um ponto a mais do que o segundo colocado com um jogo a menos. Mas por mais empolgante que tenham sido algumas das apresentações, como contra o Real Potosí, a de ontem contra o Mirassol foi boa pela vitória e por ver Diego Souza jogando bem.