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Depois de passar junho e julho na seca, a primeira vitória do São Paulo valeu troféu |
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Eusébio foi descoberto por um sãopaulino |
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Boateng chuta e Denis leva por baixo das pernas: 'vexaminho' (Foto: AP) |
O programa "Bola na rede" de ontem, da RedeTV, contou com a participação do folclórico volante Amaral (foto), ex-Palmeiras, Corinthians, Vasco e dezenas de clubes, recém-desligado do Barueri. Em companhia do também veterano Marcelinho Carioca, o atleta, ex-coveiro, já começou dizendo que quer montar uma funerária chamada Pé de Anjo. Depois, o apresentador Fernando Vanucci relembrou diversas situações impagáveis de sua carreira. Amaral confirmou que, viajando com a seleção pela África do Sul, foi questionado sobre o apartheid e respondeu que precisava se informar com o "professor" Zagallo sobre a melhor forma de marcar "esse jogador".
Contratado pelo Benfica, de Portugal, o volante foi pedir um durex para uma secretária do clube. Ouviu um monte de palavrões: durex, lá, é camisinha. Em 1996, no Palmeiras dos 100 gols, Vanderlei Luxemburgo pensou em fazer propaganda do time em um outdoor no Parque Antártica. "-O que você acha, Amaral?", perguntou o técnico. "-Acho muito bom, o estádio tá precisando disso". Desconfiado, Luxemburgo perguntou se Amaral sabia o que era outdoor. "-Claro que sei, professor. É cachorro-quente!".
Mas a melhor história também envolveu Luxemburgo. "-O Palmeiras foi jogar em Recife e, no caminho do aeroporto para o hotel, vi um tal de Forró do Gérson. À noite, depois de vencer o jogo, pedi para o professor para a gente dar uma saída, se divertir. Ele concordou. Chamamos cinco táxis e fomos para a praia de Boa Viagem, onde eu tinha visto o tal forró. Chegando lá, era uma casa de acabamento, tava escrito 'Forro e Gesso'! Deu 50 reais a corrida de cada táxi, os companheiros fizeram eu pagar tudo!", diverte-se Amaral.
Sobre a final do Campeonato Paulista de 1995, o volante revelou que Carlos Alberto Silva, seu treinador no Palmeiras, pediu para que ele jogasse sal grosso no Marcelinho Carioca assim que entrasse em campo. Gargalhando, o Pé-de-Anjo confirmou: "-Vi o Amaral com aquele negócio branco na mão e não entendi nada". Mas o tiro saiu pela culatra: "-Joguei o sal e pegou no pé direito dele. O mesmo que faria o gol na falta que deu a vitória para o Corinthians", lamentou Amaral, entre risos.
O lateral-esquerdo Léo, campeão brasileiro pelo Santos em 2002 e 2004, disse ao sítio português A Bola que pretende renovar seu contrato com o Benfica. O atleta vinha sido cogitado pelos lados da Vila Belmiro como possível reforço e substituto de Kléber, que pelo jeito não vai comer panettone nas praias da Baixada. O Flamengo também tentou contato com o ex-peixeiro.
Segundo o sítio lusitano, o advogado de Léo, Breno Tanuri, viajará para Lisboa na próxima semana para acertar os termos da renovação do jogador, que declarou à imprensa: "Fico feliz pelo interesse do Santos e do Flamengo, mas estou muito bem no Benfica e está tudo encaminhado para renovar por dois anos."
A notícia vem ao encontro do que Léo já havia dito ao Lancepress no meio da semana . "O carinho que consegui em cinco anos no Santos, adquiri em dois aqui. Já conversei com o presidente do Benfica e a coisa está encaminhada para eu renovar por mais dois anos", afirmou, em uma declaração que deveria fazer torcedores daqui refletirem. "Santos e Flamengo seduzem a gente. Pelo carinho com o Santos, pelo carinho pelo futebol carioca, pelo Flamengo, que todos sabem que é meu clube do coração. No momento, posso falar que não pretendo voltar para o futebol brasileiro, mas o futebol oscila muito."
O Interclubes, de Angola, conseguiu neste domingo seu primeiro título do campeonato nacional do país. E o treinador que obteve a façanha é bem conhecido dos flamenguistas da velha guarda, o zagueiro Mozer. Campeão mundial pelo rubro-negro em 1981, ele atuou por oito anos no clube, passando também duas vezes pelo Benfica e pelo Olimpique de Marseille. Encerrou sua trajetória como jogador no Kashima Antlers, do Japão, depois de 17 anos.
Carreira anormalmente tranqüila para um atleta de futebol. Somente quatro clubes durante sua trajetória. Já estava aposentado e com um restaurante em Lisboa, mas o convite do Inter angolano o fez confirmar o ditado de que o bom filho à casa torna. Lá estava o velho Mozer de volta ao futebol.
O início foi péssimo. Só conseguiu a primeira vitória na sexta rodada. Mesmo depois, com a equipe em situação mais favorável, enfrentou a oposição de muitos torcedores e de parte da diretoria local. Mas com uma campanha que contou com 26 vitórias, sete empates e somente três derrotas, calou a boca dos críticos e obteve um título inédito para o Inter.
Um feito comemorado por portugueses, fãs de Mozer, e lembrado por franceses. Ignorado pela mídia tupiniquim. Ele vinha sendo convocado nas eliminatórias para a Copa de 1994, mas foi cortado por contusão. A sempre séria e responsável fábrica de salsichas que é nosso jornalismo esportivo espalhou que a contusão não existia e que o motivo era o fato do defensor ter HIV, em uma época que o preconceito contra os portadores do vírus era muito maior do que hoje. Não é de se estranhar, com esse tipo de tratamento, que Mozer tenha preferido ficar em Portugal e ter se tornado um benfiquista ferrenho.