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quinta-feira, agosto 08, 2013

Na Ásia, parceiros deixam sua marca (no mesmo dia)

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Torcida pediu essa dupla na Copa de 2010
Em 2009, dois garotos lançados no time profissional do Santos começaram a fazer história: Paulo Henrique Ganso e Neymar. Nos três anos seguintes, seriam tricampeões paulistas, campeões da Copa do Brasil, da Libertadores da América e da Recopa Sul-Americana. O meia e o atacante brilharam juntos principalmente no primeiro semestre de 2010, levando milhões de brasileiros a pedirem suas convocações para a Copa da África do Sul (mas não foram atendidos pelo técnico Dunga). Parceiros dentro e fora de campo, Ganso foi o padrinho do filho de Neymar e este retribuiu sendo padrinho de casamento do amigo. Porém, a vida profissional dos dois bifurcou: depois de uma série de lesões, Ganso não apresenta mais o futebol brilhante de três anos atrás e amarga o banco de reservas no São Paulo; enquanto isso, Neymar acertou transferência para o Barcelona e já dá os primeiros passos no time de Messi. Curiosamente, nesta quarta-feira, 7 de agosto, os dois estavam excursionando pela Ásia com seus clubes - e fizeram gols. Ganso marcou o primeiro do São Paulo na derrota por 3 a 2 para o Kashima Antlers, no Japão, e Neymar abriu o placar para o Barça na goleada por 7 a 1 sobre a Tailândia, em Bangcoc.

Agora, atentem para a coincidência: o primeiro gol de Ganso com a camisa do Santos, em 15 de fevereiro de 2009, saiu de um chute de fora da área, no estádio da Vila Belmiro; ontem, no Kashima Soccer Stadium, apesar de ser no lado oposto do campo, o golaço do meia também foi de longa distância.

1º GOL DE GANSO COM A CAMISA DO SANTOS (15/02/2009):



GOL DE GANSO CONTRA O KASHIMA ANTLERS (07/08/2013):



E lances coincidentes também aconteceram com Neymar: seu primeiro gol pelo Santos, no Pacaembu, em 15 de março de 2009, ocorreu após um toque de primeira na risca da pequena área; ontem, no Estádio Rajamangala, no lado oposto do campo, ele também tocou de primeira - no mesmo local.

1º GOL DE NEYMAR COM A CAMISA DO SANTOS (15/03/2009):



1º GOL DE NEYMAR COM A CAMISA DO BARCELONA (07/08/2013):



Como se vê, assim como Muller e Silas (vejam esse post aqui), os caminhos de Ganso e Neymar parecem destinados a se cruzarem. Que o meia recupere seu futebol e ainda tente uma vaguinha na Copa de 2014. Porque Neymar, tudo indica, estará lá.

quarta-feira, agosto 07, 2013

13 derrotas em 20 jogos. Mas o time e Ganso reagem.

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Ganso chutou de fora da área e fez belo gol
A derrota para o Kashima Antlers por 3 x 2 significa para o São Paulo tanto quanto a vitória no jogo anterior, contra o Benfica: praticamente nada. Como já observei, torneio amistoso em jogo único não significa muita coisa, ganhando ou perdendo. Mas sempre tem algo que vale registro. Para mim, o principal foi que o São Paulo finalmente conseguiu reagir depois de sair perdendo um jogo, coisa que não acontecia desde o longínquo 10 de abril, quando começou atrás no placar contra o União Barbarense, pelo Campeonato Paulista, mas batalhou pela virada e venceu por 2 a 1. Lá no Japão, o time de Paulo Autuori começou perdendo por 2 a 0, placar do primeiro tempo, mas foi pra cima na etapa final e, surpreendentemente, conseguiu empatar.

E, nessa reação, outro espanto: o tradicionalmente apagado, improdutivo e (por isso mesmo) reserva Paulo Henrique Ganso fez o primeiro gol, em um belo chute de fora da área, e depois deu o passe para Aloísio fazer o segundo. Será que "o gigante acordou"? Porém, o desequilíbrio tricolor ainda é nítido. No finzinho, já nos acréscimos, a equipe se lançou de forma kamikase à frente, levou um contra-ataque e perdeu o amistoso. Normal. Assim como o novato zagueiro Lucas Silva falhou no primeiro gol do Kashima (pipocou a bola no joelho e matou a defesa de Rogério Ceni), o também novato meia-atacante Lucas Evangelista foi quem perdeu a bola no lance que originou o lance da vitória japonesa. Na "draga" que está o São Paulo, valeu a vontade de reagir com o placar adverso, coisa muito rara.

Finda a excursão ao exterior (três derrotas e uma vitória), vale fazer uma análise dos últimos três meses, que desencadearam uma das piores crises da história do clube. Minha data de corte começa no dia 5 de maio, quando o São Paulo empatou sem gols contra o Corinthians, pela semifinal do Paulistão, no Morumbi, e foi eliminado na disputa de pênaltis. Ali teve início uma sequência redonda de 20 partidas, completas hoje contra o Kashima, com 13 derrotas, 4 empates e 3 vitórias. Em 9 desses jogos, o treinador foi Ney Franco (4 derrotas, 3 empates, 2 vitórias), em 2 foi Milton Cruz (2 derrotas) e nos 9 restantes, Paulo Autuori (7 derrotas, 1 empate, 1 vitória). Lembrando que 5 dessas partidas foram amistosas: 4 derrotas (para Flamengo, Bayern, Milan e Kashima) e 1 vitória (Benfica).

Agora o time volta ao Brasileirão, domingo, contra a Portuguesa. Competição em que está na zona de rebaixamento, em 18º lugar, com os mesmos 11 jogos da Lusa (a 19ª colocada) e com 2 jogos a mais que o Náutico, o lanterna. Na competição, o São Paulo tem apenas 2 vitórias, 3 empates e sonoras 6 derrotas - incluindo 5 delas em pleno Morumbi. Sim, a coisa tá feia. Mas vamos à luta!


P.S.: Como vemos no vídeo acima, o São Paulo tomou três gols de um mesmo atacante, Osako - assim como tinha levado três de Luan, na derrota contra o Cruzeiro. Outros detalhes curiosos: o Kashima é treinado pelo brasileiro Toninho Cerezo, bicampeão mundial como jogador pelo São Paulo lá mesmo no Japão, em 1992 e 1993; e, no lance do segundo gol sãopaulino, Ganso, ao correr para alcançar a bola e dar assistência para Aloísio, bate a cabeça no poste de metal que sustenta a rede, precisando de atendimento médico (não sei se o lance é inédito, mas é bizarro).

quinta-feira, agosto 01, 2013

14º jogo sem vitória e 6º sem marcar. Com um frangaço.

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Boateng chuta e Denis leva por baixo das pernas: 'vexaminho' (Foto: AP)
Outro dia publiquei aqui que a probabilidade de o São Paulo passar vexames internacionais nessa excursão à Europa e à Ásia era "mais do que plausível". Bem, na tal Copa Audi, na Alemanha, primeiro compromisso da agenda no exterior, o Tricolor escapou de ser goleado -  foram duas (mais do que previsíveis) derrotas para Bayern de Munique (2 x 0) e Milan (1 x 0). Mas perdeu um pênalti no primeiro jogo (Rogério Ceni), levou um frangaço no segundo (Denis), não conseguiu marcar um golzinho sequer nessas partidas amistosas e terminou o torneio em último lugar. Podemos dizer, portanto, que foi no mínimo um "vexaminho". Mas calma lá, sãopaulino, ainda não é hora de suspirar aliviado: tem o Benfica em Portugal, no sábado, e o Kashima Antlers no Japão, quarta-feira. Que o Senhor tenha piedade de nós!

Para complicar, Paulo Miranda saiu de campo com uma lesão na coxa contra o Bayern - que foi o campeão da Copa Audi, batendo o Manchester City por 2 x 1 na decisão - e voltou mais cedo ao Brasil. Vai se juntar, no Departamento Médico, a Clemente Rodríguez, Luís Fabiano e Denílson. Mirando o Campeonato Brasileiro, o técnico Paulo Autuori deve mandar mais jogadores pra casa antes de seguir para Portugal, cumprindo o restante da (inoportuna) excursão com um catadão de reservas e novatos. O time tenta construir uma retranca de futebol interiorano mas não consegue parar de tomar gols. E pior: cortou a ligação com o meio de campo e secou a produção lá na frente: já são seis jogos sem fazer gols (e 14 sem vitória). Quando o São Paulo voltar ao Brasil, para enfrentar a Portuguesa, concorrente direta na zona do rebaixamento, o "time" estará exausto pelas viagens e não terá treinado quase nada. E encontrará a outra parte dos atletas - que ficou longe do técnico, sem ritmo de jogo, sem treino tático e técnico, sem entrosamento, com alguns baqueados, saindo do estaleiro e fora de forma. Provavelmente, a equipe, que tem dois jogos a mais que muitos dos outros clubes do Brasileirão, poderá estar na última colocação. Em crise, pressionada, esfacelada, desentrosada, abatida psicologicamente e sem qualquer opção - tanto entre os titulares quanto entre os reservas. 

Assim, Juvenal (Eterno!) Juvêncio desce mais alguns passos em direção ao inédito rebaixamento para a Série B do Brasileirão e à indiscutível pecha de pior dirigente do São Paulo em todos os tempos - como Alberto Dualib e Mustafá Contursi foram, respectivamente, para os rivais Corinthians e Palmeiras. E a torcida, que não tem responsabilidade alguma pela sua gestão e já amarga perplexa essa sequência medíocre e inacreditável do time, terá que aguentar calada a impiedosa gozação dos rivais. Fazer o que? Vai, São Paulo! Vai pra Portugal, perder para o Benfica, e para o Japão, perder pro Kashima! Na volta tem a Portuguesa...