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quarta-feira, abril 20, 2011

Santos 3 X 1 Deportivo Táchira - Alvinegro espanta zebra e avança na Libertadores

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Não eram nem 30 segundos do primeiro tempo e o Santos já havia chegado na cara do gol do Deportivo Táchira, na partida de hoje no Pacaembu. A marcação arquitetada por Muricy Ramalho tinha como objetivo exercer pressão no campo adversário, com os alas avançados, o meio e o ataque cobrindo os espaços. Solução quase natural, dada a disposição defensiva do rival, que entrou com cinco zagueiros, e também por conta da qualidade técnica da equipe da Venezuela.

Assim, aos 4 minutos, o Santos saía na frente com Neymar, em assistência do sempre inteligente e efeiciente Léo. Aos 12, o segundo veio com o avanço de Jonathan pela direita, depois de passe de Danilo. O domínio peixeiro seguiu até o fim da primeira etapa e o Alvinegro só se viu ameaçado uma vez, mas Rafael fez uma difícil defesa. Em alguns momentos, o time chegou a lembrar a magia daquela equipe do primeiro semestre de 2010, com trocas velozes, passes de primeira e jogadas individuais insinuantes. Uma delas, de Neymar, que chapelou o já “amarelado” zagueiro Zafra, lhe valeu um tapa no rosto. O árbitro viu, marcou falta, e não deu o segundo cartão por um lance que poderia valer a expulsão direta. Coisas de Libertadores.

No segundo tempo, veio a queda do ritmo. Ganso começou a aparecer um pouco mais, mas ainda tinha uma atuação discreta. Zé Eduardo, que jogou muito fazendo o pivô e puxando a marcação, não via seus companheiros de frente chegarem. Fora isso, o homem de frente alvinegro ia mal. Elano também jogava abaixo do esperado e Neymar apanhava. O Táchira começou a chegar com mais perigo e Rafael salvou uma cabeçada perigosa, mas não evitou o tento dos venezuelanos em uma magistral cobrança de falta de Chacón.

Aos 24 minutos, com o empate entre Colo Colo e Cerro Porteño, uma igualdade no placar tiraria o Peixe da competição. Mas o moleque chamou a bola para ele. Neymar dominou pela esquerda, passou por três marcadores e deu uma assistência linda para Zé Eduardo, sem goleiro, perder. Mas a bola sobrou para o cada vez mais decisivo Danilo, que fez valer a jogada de Neymar e fez o terceiro gol alvinegro.

Aos 34, Neymar sofre mais uma agressão, sem bola. O juizão deixa passar mais uma vez. Coisas de Libertadores, né? Tem quem goste, eu, não. Fora isso, o saldo da partida mostra um Peixe bem mais equilibrado emocionalmente do que no jogo contra o Colo Colo e, com a volta de Arouca, a equipe ganha muito mais consistência, tanto defensiva e ofensivamente já que a qualidade de passe no meio também é outra.

É inevitável pensar que, se Adílson Batista tivesse tido uma postura um pouco mais ousada na primeira partida do Alvinegro contra o Deportivo Táchira,na Venezuela, sua história poderia ter sido menos triste no clube. Mas são águas passadas e hoje, definitivamente, o Santos é outro time.

quinta-feira, abril 07, 2011

Santos 3 X 2 Colo Colo - vitória mascarada

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O Santos entrou em campo contra o Colo Colo ontem, na Vila, com a faca no pescoço: ou vencia ou dava adeus à chance de passar da fase de grupos da Libertadores. No estádio, mas não ainda no banco, o novo treinador peixeiro Muricy Ramalho assistiu uma equipe que pressionou o rival o tempo todo em sua intermediária, conseguindo abrir um confortável 3 a 0 antes dos 10 minutos do segundo tempo. Mas a partir do terceiro gol...

Já havia dito aqui que Elano poderia ser decisivo para a equipe em um quesito no qual o time não era forte mesmo no auge de 2010, as bolas paradas. Na seleção, foi assim, e no Santos ele já vinha fazendo e dando gols em cobranças de falta e escanteio. Então, por que cargas d'água Martelotte colocou Ganso como cobrador de escanteios? Ontem, entre os 25 e os 30 do primeiro tempo, o dez santista cobrou três deles, todos na cabeça do adversário. Quando chegou perto da bola insinuando cobrar uma falta na meia direta, minha (im)paciência de torcedor fez com que falasse para a TV: "Deixa o Elano cobrar!". Ele deixou e o Santos fez 1 a 0, resultado que o Alvinegro já merecia pelo jogo que impunha.



Na sequência, Zé Eduardo fez uma boa jogada e o lateral-volante Danilo, que fez uma de suas melhores partidas no ano ontem, apareceu de surpresa à frente e fez o segundo. O fim da primeira etapa e início da segunda sugeriam uma vitória tranquila, mas Neymar, ao comemorar o terceiro gol - um gol de placa, aliás -, colocou uma máscara com seu próprio rosto, distribuída na Vila. Tomou o segundo amarelo e foi expulso de campo.

A máscara

Reprodução
Naquele momento e depois do jogo foram inúmeras as manifestações sobre a "infantilidade" do atleta, "molecagem", "meninice", "burrice" etc e tal. Mas posso assegurar que a maioria dos "críticos" desconhecia a norma da Fifa, instituída em 2007, que recomenda cartão amarelo a quem usa máscara em comemorações. Eu, por exemplo, não sabia, e quem deu o toque de que o comentarista Maurício Noriega tinha apontado a dita cuja DEPOIS do jogo foi a Lu Castro pelo Twitter.

Claro que o jogador tem que saber detalhes da regra (ou das orientações, nesse caso) que são desconhecidos pelo público. Para isso existem (existem?) palestras em que são informados por ex-árbitros sobre o que podem e não podem fazer em campo. Ao que parece, aliás, Neymar pegou a máscara no banco. A comissão técnica não sabia da norma? Os companheiros também não? Por que descarregar a bile no rapaz como se ele tivesse cometido um pecado mortal?

A recomendação da Fifa, aliás, já foi desrespeitada em outras ocasiões. No jogo entre Sport e Portuguesa em 2010, na Ilha do Retiro, Fabricio, do time pernambucano, marcou e comemorou usando uma máscara do Homem-Aranha. Os torcedores dos dois time que corrijam, mas não consta na ficha técnica que o atleta tenha tomado cartão amarelo de Héber Roberto Lopes por isso. Na Itália, um caso bem pior: Materazzi (aquele) comemorou a vitória do seu time da mesma forma e também fez uma manifestação política (coibida pelas normas da Fifa) e pra lá de provocativa ao usar uma máscara de Berlusconi no dérbi com o Milan em 2010. Só recebeu uma advertência equivalente ao amarelo nos tribunais desportivos, não no campo.

Mas o fato é que o time já estava pilhado e, quando poderia ter relaxado um pouco por conta do placar, perdeu a cabeça. Não vi motivo para a expulsão de Zé Eduardo ou do zagueiro Scotti, mas o perdido árbitro viu. Depois, expulsou Elano, que estava no banco de reservas, por ter atirado uma toalha sabe-se lá em quem. O cidadão do apito ainda coroaria sua atuação expulsando Jorquera nos acréscimos. O time chileno fez dois gols, mas não teve forças para empatar.

Desfalcado de Elano, Neymar e Zé Eduardo, o Santos de Muricy vai ter que superar o Cerro Porteño, em Assunção, para evitar o jogo de comadres dos rivais na última rodada. Difícil, mas longe de ser impossível. A equipe recuperou parte da confiança, mas mostrou que entra muito na catimba dos rivais. O novo comandante santista vai ter que fazer um intensivão psicológico no elenco e o ainda apagado Ganso terá que assumir a condição de chefe da companhia no Paraguai. Mais emoções virão...

quinta-feira, março 17, 2011

Colo Colo 3 X 2 Santos - vitória do lugar comum

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Tudo bem, tudo bem. Quando um time perde, a larga via dos lugares comuns está aberta. É culpar o técnico, falar do cara que você não gosta e que insiste em errar pra que você comprove, no íntimo das suas certezas, a sua tese particular, falando pra si mesmo, “viu, sabia que esse %#$@#@$ ia fazer $%#$@%$. Mas você escreve pra um blogue, tem meia dúzia de leitores e tenta se convencer de que não deve cair nessa cilada. “Vou ver a partida por outros ângulos”, pensa.

Aí você percebe que não dá. Não, não dá. Então esse texto é pra cair na vala comum, por um certo aspecto. Mas não de forma incoerente. Falei aqui que Martelotte não é treinador para o Santos. O que fica mais evidente quando se percebe uma mudança sutil, quase não percebida pelo torcedor, mas que fez a diferença na partida contra o Colo Colo. Adriano tornou-se titular com a contusão de Arouca, colocando Possebon na reserva. Como já disse outras vezes também, ele é esforçado, corre, mas não é atleta de nível. Corre, corre, corre.... pra que mesmo?

Todo mundo já viu numa pelada aquele cidadão que toma um drible e depois marca o rival a oito metros de distância, com medo de tomar outra finta. Foi assim que Adriano se portou no primeiro gol da equipe chilena. No segundo, marcou tão longe quanto. Culpar a defesa pode ser o mais fácil, mas quando o meio de campo deixa estourar o tempo todo a bola em cima da zaga e do goleiro, não tem ninguém que aguente. Não que Danilo tenha sido muito melhor, mas ao menos sabe dar um passe. Possebon falhou no terceiro gol do Colo Colo? Sim, mas era pra ele estar ali? Alguém reparou que na cobrança de falta havia dois atletas rivais livrinhos na área? Tem treino? Quem marca quem?

Sem coordenação, com uma instabilidade evidente, o Santos abriu o marcador e tomou três gols em menos de quinze minutos, terminando a primeira etapa perdendo por 3 a 1. Fez o segundo logo no início do segundo tempo. Esteve perto de tomar o quareto gol mas empurrou o Colo Colo para sua intermediária. Hora de ir pra cima, não é? Pra Martelotte, não. Trocou Zé Eduardo por Maikon Leite, e tirar o queridinho da torcida há pouco tempo merecia até manifestações do presidente do clube. E depois sacou Ganso para colocar Keirrison. Boa troca, hein?

Aliás, Ganso jogou parte do primeiro tempo praticamente como um segundo atacante, recebendo a bola de costas e rendendo muito pouco. Se foi uma opção do técnico pela condição física do meia, era melhor tê-lo colocado em campo depois do intervalo. O meia, quando jogou na armação, inclusive buscando a bola no campo peixeiro como é de seu feitio, criou e foi dele assistência para o tento de Neymar.


O Santos está com dois pontos, o Cerro Porteño, na segunda colocação, tem cinco. A situação é menos desesperadora do que a do Fluminense, mas não é nada boa. Sem um técnico de fato, fica difícil pensar em classificação, mesmo com o investimento feito e os valores que o Santos tem.

Se tudo mais falhar, que venha Muricy para tentarmos o título brasileiro. Mas, na Libertadores, deixar um time à deriva, sem comando, é jogar dinheiro fora. E desperdiçar a alegria que o santista quer sentir com boleiros acima da média dentro do gramado.

quinta-feira, abril 30, 2009

Cleiton Xavier, Cleiton Xavier, Cleiton Xavier!

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O jogo do Corinthians tinha acabado e a transmissão da TV aberta passou para os dez minutos finais do tempo regulamentar de Palmeiras e Colo Colo. O zero a zero davam a vaga para o time chileno, que tinha vantagem de saldo de gols. Nem sempre os grupos da morte são tão de matar. Aos 41 minutos e 42 segundos da segunda etapa, o desespero jã tomava conta do time depois de uma partida bem jogada, mas sem efetividade. Duas bolas na trave no primeiro tempo não valem gol. E eram 10 em campo, porque o zagueiro Marcão havia sido expulso.

Então, o camisa 10, jogando como segundo volante, pega a bola na intermediária, finta o zagueiro e arrisca um chute que ele não vai acertar tão cedo. Tão cedo, realmente não precisa. Cleiton Xavier colocou a bola no ângulo esquerdo do arqueiro Munhoz.

Em meio aos gritos de gol da vizinhança, o mais exautado sai à janela e resume:

– Cleiton Xavier, Cleiton Xavier, Cleiton Xavier!


Era o que bastava. O Colo Colo ainda perdeu duas chances claras de gol, Marcos, o Goleiro teve de sair em cada escanteio batido, e o placar foi assegurado. A vitória simples era o que bastava para mudar a configuração do grupo. Ao fim da partida, os jogadores chilenos se reúnem no centro do gramado e parecem não acreditar.

É por essas coisas que o futebol é genial. Melhor quando é a favor do nosso time.

Em tempos de gripe suína, estou me contendo para evitar as piadas abaixo da crítica.

Sorte e acerto
Vanderlei Luxemburgo arriscou ao escalar três zagueiros, Wendel e Souza no meio e Diego Souza no ataque. Arriscou um esquema muito defensivo. Mas se deu bem, porque o time entrou aplicado, mandou duas na trave. Depois, era seguir sua própria cartilha (ou sua própria mesmice): sai o lateral, entra um meia-atacante, Willians, no caso. Depois, tirou Diego Souza, zonzo depois de uma trombada em campo. Pierre, contundido, deu lugar a Evandro, não conta.

E teve muita sorte, porque um chute daqueles é antiesquema tático. 

Só sei que quando o Kléber Machado começou a elogiar o treinador, eu deixei a TV sem som até acabar o jogo. Recomendo.

Bom para os brasileiros
Com isso, os cinco times brasileiros se classificaram para a próxima fase da Libertadores. Não quero dizer com isso que eles sejam "o Brasil na Libertadores" e muito menos que os torcedores de outros times devam torcer por essas equipes. Mas é melhor.

No grupo 7, o Grêmio é dono da melhor campanha, mas todos os outros brasileiros, à exceção do Palmeiras, são primeiros de seus grupos. Sport, no 1, Cruzeiro, no 5, São Paulo, no 4. Como ainda faltam quatro partidas, realizadas nesta quinta, e as chaves das oitavas-de-final são definidas por pontuação entre primeiros e segundos, não é possível saber a combinação.

quarta-feira, março 04, 2009

Segunda derrota na segunda partida na Libertadores

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O Palmeiras se complicou inteiro na Libertadores da América. Jogando em casa diante do Colo Colo do Chile, levou um 3 a 1 na cabeça. Se o treinador Marco Barticciotto chegou ameaçado no cargo, com o time em crise, volta feliz, com atuações convincentes de Torres e Barrios.

A eficiência do ataque que marcou as atuações alviverdes no início da temporada não apareceu. A fragilidade da defesa, em compensação, sobrou. Para a facilidade do Colo Colo.

Numa competição internacional, não pode jogar assim. Libertadores não é Paulista, nem todo time azul é o São Caetano em um jogo improvável.

Com nenhum ponto conquistado e três gols negativos de saldo, o time avança apenas se fizer uma recuperação histórica de garantir quatro improváveis vitórias nos próximos jogos.

Só que o Sport e a LDU se enfrentam nesta quinta-feira, em Recife. Levando em conta o retrospecto do time de Nelsinho Baptista sobre o de Luxemburgo... Prefiro pensar em outra coisa para conter os palavrões.

Sem alternativa
A falta de criatividade nas atuações dos reservas no Paulista foram o indicativo de que o elenco estava distante do que via Vanderlei Luxemburgo. Aliás, as alterações do treinador foram para lá de questionáveis. Primeiro, colocou Jumar e Jefferson nos lugares do zagueiro Maurício Ramos e Marcão (que entrou na lateral). Só depois colocou mais um atacante na vaga do lateral-direito – Lenny entrou, Fabinho Capixaba saiu. Se a idéia era não expor tanto a defesa, não funcionou.

Faltou ainda capacidade de variar o "repertório" de ataque, para usar a definição de Paulo Vinícius Coelho na transmissão de rádio. Com Marquinhos teria sido diferente? Por que o Palmeiras não consegue fazer abafa quando a troca de passes rápidos não sai?

Com a ducha de água fria e talvez sem Willians, o time ainda tem o Corinthians no domingo. Se bobear, Ronaldo, o com-sobrepeso, ainda vai entrar, o que motiva ainda mais o alvinegro. Segure-se, Luxemburgo.