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Destaques
quinta-feira, agosto 04, 2011
Vasco 2 X 0 Santos - uma sequência infeliz
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quinta-feira, junho 23, 2011
Santos 2 X 1 Peñarol - o tri dos novos reis da América
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Gostem ou não, ele é fora de série |
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Danilo, quatro gols na Libertadores: o menino cresceu |
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O craque e o líder |
É verdade, não esperei tanto. Mas esperei 18 anos pra ver meu time campeão em 2002 e, desde então, poucos times daqui chegaram a tantos títulos: quatro Paulistas, dois Brasileiros, uma Copa do Brasil e uma Libertadores. O improvável grande que nasceu do município de 500 mil habitantes consolida o seu retorno ao topo, agora como rei da América. O que me fez lembrar o poema de Alberto Caeiro, heterônimo de Fernando Pessoa:
Mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia
Porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia.
segunda-feira, junho 20, 2011
Depois os corintianos não querem ser odiados...
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Vejam só como o colega Diego Sartorato apareceu hoje no trabalho, antecipando em três dias a "secação" contra o time do Santos na final da Copa Libertadores - decisão que o Corinthians, ao contrário do próprio clube santista, do Palmeiras, do São Paulo e até do São Caetano, nunca conseguiu disputar. "Ué, a gente tem que escolher alguém pra torcer na decisão. Eu apenas escolhi", justifica-se Sartorato. O bizarro é que, por baixo da camisa do Peñarol, ele está usando uma camiseta com o escudo corintiano e inscrições árabes (equivalentes a "eu nunca vou te abandonar"), que comprou na loja de um palestino maluco, lá no centrão de São Paulo. E, pra irritar ainda mais o santista Luiz e todos os outros não corintianos aqui do trabalho, Sartorato localizou e botou pra tocar o primeiro hino de seu clube, em ritmo de tango. Estamos quase acionando a DRT, por insalubridade e maus tratos no ambiente de trabalho...
quinta-feira, junho 16, 2011
Peñarol 0 X 0 Santos - vai ser uma semana longa
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Essa semana vai demorar a passar...
quinta-feira, junho 02, 2011
Cerro Porteño 3 X 3 Santos - na final, depois de oito anos
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No fim, com mais um duelo decidido com uma vitória e um empate no mata-mata, a classificação para a quarta final do time do Santos na competição. Nas finais, contra Vélez ou Peñarol, será preciso mais sangue frio, mas também mais técnica e treino para sair de marcação por pressão. Assim como Cerro de ontem, forjado nas batalhas anteriores, não era o mesmo da primeira fase, o Santos deve chegar à final mais maduro. E contando que o garoto lá na frente continue se divertindo.
quinta-feira, maio 26, 2011
Santos 1 X 0 Cerro Porteño - de novo a vantagem mínima
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quarta-feira, maio 25, 2011
Singela homenagem
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Três anos depois da camisa roxa, com versões ainda mais fúnebres, o Corinthians lança outro terceiro uniforme: cor de vinho (!). E por que cor de vinho? Tão dizendo aí que é pra homenagear o italiano Torino. Quase isso. Trata-se de um outro time cujo uniforme é cor de vinho e o nome também começa pela sílaba "To". Mas é colombiano e enfrentou recentemente o Corinthians, na fase pré-classificatória da Copa Libertadores. Que bonita essa homenagem! Isso é que é fair play...Camisa do Tolima (à esquerda) e a nova do Corinthians (à direita): a cor é coincidência?
quinta-feira, maio 19, 2011
Santos 1 X 1 Once Caldas - Neymar, o médico e o monstro
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Antes da mais nada, aqui não se usa o termo “monstro” tal qual o errático Renê Simões quis atribuir ao jogador. Aliás, curioso que ele veja tanta venalidade em Neymar e em Jobson veja a “pureza da alma de um Garrincha” (não sei também o que ele entende por “pureza”). No caso dos 90 minutos de ontem, o craque alvinegro começou fazendo aquilo que ele sabe como poucos: finalizou com precisão, sem tomar distância da bola, e, de fora da área, fez um bonito gol contra o Once Caldas. Ali, aos 11 minutos, a equipe já ampliava a vantagem conseguida no jogo anterior, quando venceu os colombianos por 1 a 0 em Manizales. E continuou pressionando.
O Once Caldas não ameaçava e a impressão era que só mesmo um lance fortuito como o do gol de Morais na final do Paulista poderia vazar Rafael. E aconteceu. Após uma troca de passes de Arouca e Neymar no meio de campo, o Once recupera a bola, Adriano quase rouba de Rentería, mas ele segue, sofrendo uma falta mais que desnecessária de Neymar na beirada do campo. Aquele tipo lance pra mostrar à torcida um “algo a mais”, já que o menino nem deveria estar ali.
Na cobrança de falta, a bola desvia, toca em Edu Dracena (ô, abençoado) e sobra limpa para Rentería. Que estaria impedido se não fosse Pará, substituto de Alan Patrick, o contundido da vez na equipe que tem uma baixa por peleja, ao menos, em sua sequência de decisões. Aos 30, empate.
O gol abalou um pouco a equipe e a torcida, claro, mas os colombianos são bons mesmo é no contra-ataque, não é à toa que todas suas vitórias na Libertadores foram fora de casa. E o Alvinegro não deu essa oportunidade limpa em nenhum momento. Tanto que, precisando da vitória, o time visitante finalizou meras seis vezes, levando pouco perigo ao gol peixeiro.
Claro que é fácil falar agora, mas o torcedor sabe que o tal “lance fortuito” pode acontecer mais de uma vez durante um jogo. E esperava pelo segundo gol alvinegro para se tranquilizar. Na segunda etapa, o Santos veio ainda mais determinado a marcar, mas a bola teimava em não entrar. Principalmente quando chegava aos pés de Zé Eduardo, que perdeu uma chance cara a cara de forma tosca, e depois disso ainda atrapalhou outras jogadas ofensivas do time. Saiu e deu lugar a Keirrison, que pelo menos prendeu um pouco mais a bola na frente. Não merecia uma chance não, Muricy?
O fato é que a fatura poderia ter sido liquidade e não foi. E um pênalti desperdiçado nesse contexto joga o time e a torcida pra baixo, dando novo alento ao adversário. Mas, novamente, a defesa impediu qualquer lance agudo dos colombianos. Vitória justa de quem procurou mais e jogou melhor nos jogos de ida e de volta. Agora, a maioria dos titulares deve ter um descanso, já que os reservas (e reservas dos reservas) devem encarar a estreia do Santos no Brasileiro, contra o Internacional, sábado, na Vila Belmiro. E o clube aguarda o vencedor de Cerro Porteño e Jaguares para disputar a sua terceira semifinal de Libertadores no século 21. Mais uma pedreira.
Que venha o próximo teste para cardíacos!
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LUIZ GALLO
Enviado especial do Futepoca
Uma hora antes do jogo que colocou o Santos nas semifinais da Libertadores, o Pacaembu nem parecia ser o palco escolhido para receber o bicampeão paulista. A noite estava fria e a torcida, talvez ainda sob o efeito da ressaca de domingo, parecia ter escolhido ver o jogo pela televisão. Apenas parecia, porque assim que o juiz, um chileno ruim de apito, deu início à partida, o estádio, como em um passe de mágica, ficou praticamente lotado.
De ressaca mesmo estava o time. Parece que a festa pela conquista do Paulistão havia contaminado o esquadrão peixeiro, Mesmo assim, em menos de 15 minutos o Santos já comandava o placar e só não aumentou porque o “estilo Muricy”, o de tornar o time compacto, até por conta do cansaço da maratona de decisões, fez com que não explorasse o ataque como deveria.
Depois do susto pelo empate do Once Caldas - um time que não é brilhante, mas é “encardido” - e pela perda de mais um jogador por contusão (desta vez Alain Patrick), o Santos passou a jogar com 12, tamanha foi a força vinda da arquibancada. Nem mesmo o “caminhão” de gols perdidos no segundo tempo e a ameaça de ver o time colombiano tirar a vantagem santista a qualquer momento foram suficientes para aplacar os ânimos da galera santista. Irritação, mesmo, só com o Zé Eduardo, que conseguiu a façanha de perder, pelo menos, dois gols. Destes que até o perna-de-pau do time da rua de baixo faria, sem qualquer constrangimento. A torcida queria matá-lo, literalmente.
O contrário acontece com o decisivo Neymar. Por causa do histórico de pênaltis perdidos, eu nem queria olhar a cobrança. E não deu outra. Mas a torcida o apoia sempre. Ele tem muito crédito.
Que venha a próxima vítima, mas com menos sufoco! Afinal, chegar às finais da Libertadores é muito bom, mas não deixa de ser um excelente teste para cardíacos...
Luiz Gallo é paranaense, jornalista e santista de três gerações - ou quatro, considerando o jovem torcedor Giovanni, seu filho, de 9 anos. Tudo começou com o avô de Luiz, Pedro, que serviu o Exército na Baixada Santista - muito antes da "Era Pelé" - e iniciou a família na torcida. Um dia, quando Luiz tinha 6 ou 7 anos, o Santos enfiou seis gols na Ferroviária de Araraquara e seu pai, Ângelo, exclamou: "Isso que é time!". E o menino tornou-se um santista devoto.
quinta-feira, maio 05, 2011
Noite de tragédias
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Dos seis brasileiros que começaram a Libertadores deste ano (considerando que a palhaçada protagonizada pelo Corinthians contra o Tolima), somente o Santos segue na competição após a fatídica noite desta quarta-feira. O negócio foi feio de todo lado para as representações tupiniquins.
Segundo matéria do Uol, desde que a Libertadores mudou de regulamento e passou a ser disputada por 32 equipes em 2000, o Brasil sempre teve pelo menos dois clubes nas quartas de final da competição. A última vez que sobrou apenas um brasuca nas quartas de final foi na Libertadores de 1994, quando apenas três clubes brasileiros entraram na competição.
Os gremistas já estavam meio que contabilizando a desclassificação depois da derrota por 2 a 1 em Porto Alegre na semana passada para o Universidad Católica. Mas as esperanças acabaram com o gol de Mirosevic, que decretou nova vitória chilena por 1 a 0.
O impacto da queda do tricolor gaúcho foi amenizado pela derrota do Inter, em pleno Beira Rio, para o Peñarol. Foi por 2 a 1, de virada, a primeira derrota do técnico Falcão, após empate por 1 a 1 em Montevideo que dava certo conforto ao Colorado. Oscar abriu o placar no primeiro tempo, mas Martinuccio e Olivera viraram no início da segunda etapa. E a gauchada que sonhava com uma sequência de quatro decisões entre as duas equipes (no Gauchão e na Liberta), no melhor estilo Barça e Real, ficou só com a disputa doméstica.
Os guerreiros do Fluminense, talvez cansado qual Teresa Batista após a heroica jornada na fase de classificação, fizeram um joguinho bem chocho contra o Libertad do Paraguai. E depois de vencer por 3 a 1 no Engenhão, levaram de 3 a 0 no Defensores del Chaco, em Assunção, protagonizando a recepção do maior nabo entre os brasileiros.
E o Cruzeiro, vedete da competição com a melhor campanha e o melhor futebol da fase de grupos, único invicto até ontem, conseguiu o mais improvável ao levar de 2 a 0 do Once Caldas na Arena do Jacaré. E olha que o time de Cuca, Montillo e Roger venceu a partida de ida em Manizales por 2 a 1, podendo perder por 1 a 0 e levar a vaga. O meia ex-corintiano protagonizou fato decisivo para a partida ao ser expulso com 30 minutos do primeiro tempo. Mas a torcida da Raposa decidiu pegar no pé é da mulher do cara, Deborah Secco, que assistiu a partida in loco. As acusações de pé-frio seriam mais um caso de machismo no futebol brasileiro?
Sobrou o Santos, que não jogou lá essas coisas também contra o América do México, na terça. Marcou, enrolou, deixou o tempo passar e viu o goleiro Rafael salvar a equipe numas 3 ou 4 oportunidades. À guisa de provocação, cabe lembrar que os mexicanos pouparam titulares em pelo menos parte da peleja. Melhor Neymar e cia. ficarem espertos para não apagarem a luz da participação brasileira na Libertadores desse ano.
E os deuses do futebol 'compensaram' Muricy Ramalho
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Quando era técnico do São Paulo, o agora santista Muricy Ramalho teve quatro chances de conquistar uma Libertadores da América. Na primeira vez, em 2006, perdeu a decisão do campeonato para o Internacional de Abel Braga. No ano seguinte, a queda ocorreu logo nas oitavas de final, contra o Grêmio de Mano Menezes. Já em 2008, nova eliminação, dessa vez nas quartas de final, para um Fluminense treinado por Renato Gaúcho. E em 2009, ao ser eliminado pela quarta vez com o São Paulo na competição, perdendo para o Cruzeiro de Adilson Batista (outra vez nas quartas de final), Muricy acabou, finalmente, alijado do comando do Tricolor.
Pois bem: ontem, numa rodada aparentemente tranquila para a maioria dos times brasileiros nas partidas de volta das oitavas de final da Libertadores, os adversários uruguaios, chilenos, paraguaios e colombianos, como num strike de boliche, eliminaram de uma só vez Internacional, Grêmio, Fluminense e Cruzeiro - justamente os quatro algozes de Muricy em seus tempos de São Paulo. A eliminação do Grêmio, treinado por Renato Gaúcho, era até previsível, pois tinha perdido o jogo de ida em casa para a Universidad Católica. Mas as outras derrotas foram simplesmente inacreditáveis, inexplicáveis e surpreendentes.
O Fluminense, que ganhou o jogo de ida por 3 a 1, tomou exatos 3 a 0 do Libertad. O Inter, que tinha obtido um bom empate fora, por 1 a 1, tomou uma virada incrível de 2 a 1, dentro do próprio Beira Rio, e foi despachado pelo Peñarol. E o Cruzeiro, melhor time disparado da Libertadores, que tinha vencido (bem) fora de casa, por 2 a 1, no primeiro jogo das oitavas de final, conseguiu a proeza absurda de perder por 2 a 0 em Minas Gerais, classificando o Once Caldas, de retrospecto sofrível na competição deste ano. Sim, o forte Cruzeiro que seria exatamente o adversário do Santos (de Muricy) nas quartas de final. Toda essa hecatombe de ontem sugere, pra mim, que os deuses do futebol se redimiram e avisaram:
"-Vai, Muricy Ramalho, ser campeão da Libertadores da América!".
Não há outra explicação mais plausível...
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A esperada desclassificação do Grêmio:
A frustrante derrota do Fluminense:
A inexplicável virada sofrida pelo Inter:
A inacreditável eliminação do Cruzeiro:
quarta-feira, abril 20, 2011
Santos 3 X 1 Deportivo Táchira - Alvinegro espanta zebra e avança na Libertadores
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quinta-feira, abril 07, 2011
Santos 3 X 2 Colo Colo - vitória mascarada
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O Santos entrou em campo contra o Colo Colo ontem, na Vila, com a faca no pescoço: ou vencia ou dava adeus à chance de passar da fase de grupos da Libertadores. No estádio, mas não ainda no banco, o novo treinador peixeiro Muricy Ramalho assistiu uma equipe que pressionou o rival o tempo todo em sua intermediária, conseguindo abrir um confortável 3 a 0 antes dos 10 minutos do segundo tempo. Mas a partir do terceiro gol...
Já havia dito aqui que Elano poderia ser decisivo para a equipe em um quesito no qual o time não era forte mesmo no auge de 2010, as bolas paradas. Na seleção, foi assim, e no Santos ele já vinha fazendo e dando gols em cobranças de falta e escanteio. Então, por que cargas d'água Martelotte colocou Ganso como cobrador de escanteios? Ontem, entre os 25 e os 30 do primeiro tempo, o dez santista cobrou três deles, todos na cabeça do adversário. Quando chegou perto da bola insinuando cobrar uma falta na meia direta, minha (im)paciência de torcedor fez com que falasse para a TV: "Deixa o Elano cobrar!". Ele deixou e o Santos fez 1 a 0, resultado que o Alvinegro já merecia pelo jogo que impunha.
Na sequência, Zé Eduardo fez uma boa jogada e o lateral-volante Danilo, que fez uma de suas melhores partidas no ano ontem, apareceu de surpresa à frente e fez o segundo. O fim da primeira etapa e início da segunda sugeriam uma vitória tranquila, mas Neymar, ao comemorar o terceiro gol - um gol de placa, aliás -, colocou uma máscara com seu próprio rosto, distribuída na Vila. Tomou o segundo amarelo e foi expulso de campo.
A máscara
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Reprodução |
Claro que o jogador tem que saber detalhes da regra (ou das orientações, nesse caso) que são desconhecidos pelo público. Para isso existem (existem?) palestras em que são informados por ex-árbitros sobre o que podem e não podem fazer em campo. Ao que parece, aliás, Neymar pegou a máscara no banco. A comissão técnica não sabia da norma? Os companheiros também não? Por que descarregar a bile no rapaz como se ele tivesse cometido um pecado mortal?
A recomendação da Fifa, aliás, já foi desrespeitada em outras ocasiões. No jogo entre Sport e Portuguesa em 2010, na Ilha do Retiro, Fabricio, do time pernambucano, marcou e comemorou usando uma máscara do Homem-Aranha. Os torcedores dos dois time que corrijam, mas não consta na ficha técnica que o atleta tenha tomado cartão amarelo de Héber Roberto Lopes por isso. Na Itália, um caso bem pior: Materazzi (aquele) comemorou a vitória do seu time da mesma forma e também fez uma manifestação política (coibida pelas normas da Fifa) e pra lá de provocativa ao usar uma máscara de Berlusconi no dérbi com o Milan em 2010. Só recebeu uma advertência equivalente ao amarelo nos tribunais desportivos, não no campo.
Mas o fato é que o time já estava pilhado e, quando poderia ter relaxado um pouco por conta do placar, perdeu a cabeça. Não vi motivo para a expulsão de Zé Eduardo ou do zagueiro Scotti, mas o perdido árbitro viu. Depois, expulsou Elano, que estava no banco de reservas, por ter atirado uma toalha sabe-se lá em quem. O cidadão do apito ainda coroaria sua atuação expulsando Jorquera nos acréscimos. O time chileno fez dois gols, mas não teve forças para empatar.
Desfalcado de Elano, Neymar e Zé Eduardo, o Santos de Muricy vai ter que superar o Cerro Porteño, em Assunção, para evitar o jogo de comadres dos rivais na última rodada. Difícil, mas longe de ser impossível. A equipe recuperou parte da confiança, mas mostrou que entra muito na catimba dos rivais. O novo comandante santista vai ter que fazer um intensivão psicológico no elenco e o ainda apagado Ganso terá que assumir a condição de chefe da companhia no Paraguai. Mais emoções virão...
quinta-feira, março 17, 2011
Colo Colo 3 X 2 Santos - vitória do lugar comum
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quinta-feira, março 03, 2011
Santos 1 X 1 Cerro Porteño - Arrepia, zagueiro...
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Quando tiver perigo com a bola no chão
Pensar rápido e rasteiro
Ou sai jogando ou joga a bola pro mato
Pois o jogo é de campeonato
O erro final foi do superestimado Dracena, mas obviamente a culpa não é só dele. O Santos desperdiçou oportunidades de matar o jogo e deixou de ser agressivo na segunda etapa quando o adversário já estava entregue. Claro que o resultado também dá margem àqueles que têm sempre o dedo preparado para ficar em riste dizerem “Tá vendo? E a culpa era do Adílson?”. No meu ponto de vista,é também dele sim, pois se o Santos tivesse um esquema tático definido que fosse, talvez o resultado fosse outro. Mas tentar achar uma forma de jogar em dois dias de treino e 90 minutos de bola rolando não é tarefa das mais fáceis.
A primeira metade do primeiro tempo foi de desanimar qualquer santista. O quadro mudou quando Neymar começou a fazer mais jogadas pelo lado esquerdo, onde se sente mais à vontade. E onde Adílson não queria que ele jogasse porque, segundo o ex-treinador, um atleta como ele não podia “se limitar” naquele espaço. Claro que não. O que não significa que ele não possa jogar onde se sinta melhor, na maior parte do tempo, que é o lado canhoto e próximo à área. No segundo tempo, por ali também o garoto foi bem e levou perigo, mesmo sendo bem marcado.
Elano também voltou a frequentar por vezes o lado direito na meia e no ataque na etapa final, algo que não costumava fazer com Adílson. Foi assim que ele se destacou em 2002 na equipe de Leão e desta forma que atuou boa parte do tempo na seleção de Dunga. Mas o meio de campo continuou sentindo a falta de Arouca para fazer a transição para o ataque e a chegada surpresa, útil contra as retrancas. Nenhum outro volante do elenco faz esse papel.
O Santos só conseguiu ser mais compacto no segundo tempo, quando as tabelas e jogadas pelas laterais começaram a acontecer, algo raro nas últimas partidas. Por um lado, dá esperanças pensar que o time sim, pode jogar bem melhor do que vinha jogando. Mas em um torneio como a Libertadores, desperdiçar oportunidades como a de ontem abala a moral. O ponto positivo para Martelotte é que, deixando as duas principais peças da equipe à vontade, Neymar e Elano, o time pode produzir muito mais ofensivamente.
Já o ponto negativo é que a ansiedade do elenco pode resultar em novos episódios como o desnecessário pênalti de Dracena, similar, mas mais trágico, que o cometido por Adriano em Dentinho no clássico alvinegro. Nenhum dos rivais alvinegros é de fato imbatível, e as duas partidas disputadas deixam isso claro, mas o fato é que o Santos não venceu nenhum deles até agora. Vai ser um trabalho de paciência para o interino e para o próximo treinador recuperar a confiança do time. E a confiança do santista.
quinta-feira, fevereiro 17, 2011
Brasileiros na Libertadores: O que Cruzeiro e Grêmio têm
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Por Matheus, do Blá Blá Gol.
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Gol de costas nunca mais |
- O melhor meio-de-campo do Brasil: Nenhum outro time brasileiro tem tantas opções e um meio-de-campo tão bem entrosado quanto o Cruzeiro. Além da trinca de volantes, que foi deixada de lado enquanto Marquinhos Paraná e Fabrício se recuperam de lesão, existe Walter Montillo. Henrique também vem se destacando desde 2009. Se jogar com 2 armadores, o time conta com Gilberto ou Roger para dividir as atenções na criação. Se não, ainda tem Leandro Guerreiro e o polivalente Éverton que podem substituir bem os volantes titulares. Sem falar na promessa de Dudu, que fez boa temporada pelo Coritiba em 2010 e, quando entrou no Cruzeiro esse ano, correspondeu bem.
- O goleiro da competição: Fábio tem sido São Fábio já há muito tempo. Melhor goleiro do Brasil na temporada passada, muito dos sucessos do Cruzeiro se devem à regularidade com que o guardião das metas azuis tem jogado desde o fatídico gol de costas. O Santo da camisa 1 azul-estrelada passa tranquilidade pro time, pra torcida e pro técnico. Pode ser o diferencial.
- Sistema defensivo de respeito: Léo é um bom zagueiro e Victorino, até onde sei, é um grande xerife. Além disso, o Cruzeiro possui embaixo das traves, São Fábio. Com os volantes dando proteção, o Cruzeiro teve, ainda que contando com Gil e Edcarlos ano passado, a 2ª defesa menos vazada do Brasileiro. Com Léo e Victorino, a tendência é melhorar ainda mais.
- Entrosamento, experiência e camisa: Sim, senhores, são três elementos fundamentais para se conquistar a América. Principalmente, os dois primeiros. A base do time vai pra 4ª temporada junta e passou por uma série de provações em todas Libertadores que disputou. Além disso, times de menor expressão tendem a enfrentar o Cruzeiro com maior respeito do que outros brasileiros nem tão conhecidos no exterior (alô, Corinthians, aquele abraço). O mesmo acontece com Grêmio e Santos, principalmente. É o tipo de situação que, ainda que subjetiva, dá mais ânimo e tranquilidade pros jogadores.
- Arena do Jacaré e Torcida: A torcida do Cruzeiro compra o boi do time, como era de se esperar, quando o assunto é Libertadores. O Mineirão, apesar de ser, tradicionalmente, a casa do Cruzeiro, não tinha o aspecto de Alçapão. Os 20 mil malucos (eu, incluso) que devem comparecer aos jogos do time na Libertadores são os mesmos que vão em todos os jogos. Se no Mineirão, que comporta públicos de 65 mil pessoas, essa cambada pode não fazer diferença, na Arena, se usada a favor do Cruzeiro, pode criar um clima muito hostil ao adversário, principalmente nas horas de pressão. O problema é que a torcida azul não tem o perfil de apoiar incansavelmente. Se alguma coisinha dá errado, o caldo pode desandar pro lado que devia ser apoiado. O Estádio, por sua vez, é longe de BH, mas o campo é do tamanho do Mineirão e o gramado está em perfeitas condições. Não existe motivo pra reclamação nesse ponto.
- Ataque: A situação do ataque titular do Cruzeiro já foi melhor. T. Ribeiro é esforçado e tem uma importante função tática, mas falta habilidade pra ser um bom ponteiro. Dabliupê (o famoso W. Parede) não sabe jogar bola. Até faz seus gols, mas é peça nula quando o assunto é dominar, tranquilizar, tocar a bola. O “Parede” não é a toa e o 9 azul, pra piorar, anda sem sorte. O Cruzeiro está à caça de um camisa 9 de respeito, algo como Fred, por exemplo. Mas pra primeira fase, não vai poder contar com o mesmo. E ir à caça é muito diferente de caçar. Ortigoza, Farías e Wallyson ainda precisam mostrar futebol e não são jogadores que podem mudar, num primeiro momento, o perfil de uma partida.
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"Mas eu tava indo tão bem..." |
- Cuca: O técnico do Cruzeiro é uma figura complicada. Depois da rusga entre Gilberto e Roger, onde o chefe da casa-mata comprou a briga do meia-lateral e deixou o Chinelinho de lado, Cuca aprontou mais uma. Depois do clássico, praticamente deu uma de Renato Gaúcho e mandou a culpa “nas principais peças”. Ainda que tenha sido, de fato, culpa dos melhores jogadores que se omitiram, Cuca deveria contemporizar, até porque sua fama, nesse ponto não é das melhores. Na hora de passar tranquilidade, o comandante pode se dar mal e prejudicar o time todo.
- Lateral-esquerdo: Diego Renan tem sido consistente em não ser um jogador que faz diferença em momentos de tensão. É um bom lateral-esquerdo ambidestro, mas, com um pouquinho de boa-vontade, caberia um jogador melhor naquele lado do campo. O Cruzeiro já foi vice com Gérson Magrão (!), mas foi vice exatamente com duas bolas nas costas desse lateral. E Diego Renan também não prima pela absoluta marcação. Seria interessante ter mais opções naquele setor.
- Lateral-direita: Essa não existe no Cruzeiro. E não existem boas opções de mercado. O Cruzeiro, ao que tudo indica, vai penar com Rômulo e Pablo durante toda a primeira fase, a não ser que Cuca tire um coelho da cartola e faça ajustes com as peças que já tem. Rômulo, o senhor piada, é triste. Pablo, que fez um grande jogo contra o Galo no último clássico, marca muito bem, mas é ineficiente no apoio. Pra quem contava com Jonathan, é digno de desespero. O jogo do Cruzeiro passa muito pelas laterais e não ter um bom jogador pela direita é extremamente preocupante.
- Ataque fortíssimo: É outra coisa que o Cruzeiro não vai ter. Com sorte, será contratado um goleador pra vir e assumir a camisa 9 azul sem discussão, mas um ataque forte com bons reservas é praticamente impossível. Resta se contentar com o esforço de T. Ribeiro, a velocidade de Wallyson e com os brigadores Farías e Ortigoza. W. Parede? Bom, melhor deixar pra lá.
Promessa de novas avalanches |
Estádio Olímpico: O Olímpico, em si, como a grande maioria dos grandees estádios brasileiros, é absolutamente neutro. A diferença não é o efeito que causa no adversário, mas no próprio time do Grêmio. Os jogadores passam a achar que podem ganhar de qualquer um. E naquele típico “dilema Tostines”, fica difícil saber se é o time que levanta a torcida, ou se é a torcida que carrega o time. Mas os dois juntos vão no embalo, e é dificil segurar. Ademais, o estádio estará lotado.
Mentalidade: O grupo está embebido em Renato. Isso significa que “‘tá todo mundo se achando”! Esqueceram de avisar os jogadores do Grêmio que eles são ruins, que o elenco é limitado, que eles estão abaixo do nível dos times realmente favoritos para a Copa. Eles têm a mais absoluta certeza que nasceram para serem campeões da América, que são imortais e que a camisa do Grêmio é “feiticeira”. E farão de tudo para mostrar ao Mundo que certos estão eles.
Fase de Grupos: O sorteio foi muito favorável ao Grêmio. Não que os adversários sejam aquele “mamão-com-açucar”, será difícil jogar fora seja em Huánuco (o mais fraco dos oponentes), em Santa Cruz de la Sierra (caldeirão, torcida apaixonada) e em Barranquilla (longe, quente e úmido), mas poderia ter sido muito pior. Uma boa campanha nessa fase pode aumentar ainda mais o moral do grupo para o resto da Copa.
Gabriel: joga muito esse nosso lateral-direito. É o jogador mais constante do time, temn forte chegada à frente e não compromete defensivamente.
Victor: goleiro de Seleção brasileira. É frio, seguro, falha pouco e faz milagres de vez em quanto. Na meta, o Grêmio está muito bem servido.
As apostas
Ataque: Sem Jonas, a certeza de um setor ofensivo eficiente fica abalada. Não se sabe se Borges e André Lima podem jogar juntos, e os reservas andam abaixo do que jogaram em 2010. As chegadas de C. Alberto e D. Escudero de forma alguma trazem confiança imediata. Há chances de o setor ofensivo funcionar, mas não há nenhum sinal concreto de que isso ocorra.
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Vê se você faz isso, Ronaldo |
Setor Defensivo: Chegou Rodolfo, que parece ser melhor do que os jogadores que estão aí. O problema é a dificuldade em encontrar-lhe um colega no miolo-de-zaga, já que nem Paulão, nem Vílson reproduzem o futebol do final do ano passado. Ademais, a marcação na meia-cancha ainda não se reencaixou, prejudicando a defesa. Se o Grêmio voltar a se defender como no segundo turno do Brasileiro, o time crescerá junto com a defesa.
Por que se desesperar?
Bagunça Administrativa: A atual direção para um pouco um tanto sem rumo. E quando não se encontra firmeza na diretoria, se algo sair dos trilhos é difícil evitar o descarrilamento. A direção de futebol pode levar o time ao abismo junto com ela, se as coisas não começarem a se acertar na parte de cima da hierarquia. A impressão é que o pior já passou, mas com as decisões da Taça Piratini a caminho, em que nenhum tropeço é admissível, o bolo pode desandar novamente. E agora pode ser de vez…
Lateral-Esquerda: Na direita, está tudo certo. Já do outro lado… Não que se sinta saudades do Fábio Santos, porque não se sente, mas o fato é que dos quatro laterais-esquerdos da relação (Gílson, Collaço, Neuton e Lúcio) nenhum transparece ser a solução para o setor. Aliás, o fato de ter quatro jogadores listados na posição (se bem que Neuton e Lúcio são polivalentes) já demonstra o quanto há dúvida nessa questão.
Bola Aérea: Sempre que cruzam alta a bola na área é um “deoznozakuda”; seja em bola parada ou lance construído de jogo. E não há sinais de que vá melhorar logo.
T.R.G.: A Torcida Raivosa Gremista (apelido carinhoso da Social) vem dando sinais de que o reinado da Geral está para acabar. Importaram um estoque considerável de vuvuzelas da África do Sul, e tocam a corneta sem menor pudor ou critério. Considerando que as forças do Grêmio são justamente a mentalidade e o “fator casa”, os corneteiros podem colocar o campeonato no lixo.
quarta-feira, fevereiro 16, 2011
Santos estreia com o empate que Adílson queria
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terça-feira, fevereiro 15, 2011
Brasileiros na Libertadores: o que Santos e Fluminense têm
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Calma, leitor, que são dois posts em um. Primeiro, as visitas:
O que tem o Fluminense para a Libertadores
Por Victor, do Blá Blá Gol
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Ele tem a força. (Wallace Teixeira / Photocamera) |
O Fluminense tem a sua disposição:
* Ataque decente: Rafael Moura, Araujo e Ruimdriguinho podem jogar e tornar o time do Fluminense competitivo apesar de normal. O recente histórico de contusões das estrelas de ataque tricolores torna bastante plausível variações de ataque com esses jogadores
* Meio campo forte e versátil: O trunfo de Muricy na Libertadores será a gama de opções para montar o meio-campo com qualidade, sempre em função de Conca. Muricy pode variar do muito defensivo ao muito ofensivo com jogadores já testados na equipe.
* Laterais fortíssimos: Mariano passa por fase esplendorosa. Carlinhos não é tão regular quanto seu colega mas resolveu a lateral do time e a falta de apetite de Julio Cesar, jogador que ao menos foi recuperado por Muricy para compor o elenco.
O que o Fluminense pode vir a ter:
* Ataque poderoso: Fred e Emerson são muito acima da média. Quem não os viu em campo, basta ver a média de gols dos dois em suas carreiras. Nenhum dos dois é melhor que Neymar, mas são dois. Todavia, são dois que em muitas oportunidades viram zero pelas contusões frequentes.
* Goleiro: Diego Cavalieri chegou barrando a solução caseira Ricardo Berna, goleiro que cumpriu seu papel com brilhantismo ao fim do Brasileiro de 2010. Mas sabe-se lá quais as reais condições do titular. Como Muricy não é maluco para barrar o goleiro que ele promovera de graça, bem deve estar.
O que o Fluminense pode vir a não ter:
Ingresso caro resolve? |
O que o Fluminense não terá:
* Uma grande defesa: A dupla de zaga campeã brasileira parece ter jogado em seu limite no Brasileirão ainda que tenha ido bem. O Fluminense não tem um zagueiro que coloque a bola no bolso e chame-a de sua. O volante Edinho pode vir a auxiliar a zaga como Diogo fez com propriedade em 2010, mas será para correr atrás e não para sair na frente como o Monstro em 2008 ou como Dalton em 2009. O reserva André Luis deixa a zaga consideravelmente mais fraca quando entra.
* Um reserva para Mariano: Se as laterais do Flu são fortíssimas, pode ficar fraquíssima. Basta que Mariano não possa jogar, já que o lateral é o único jogador do time sem reserva para a posição.
O que é que o Santos tem?
Depois de dois anos fora da Libertadores, o Santos volta ao torneio continental com boas perspectivas. Mas, sabe como é, torneios com fase de mata-mata nem sempre privilegiam o melhor time ou aquele com futebol mais vistoso. Às vezes o que ajuda a definir um campeão é a tal da raça, o algo a mais, o acaso, um lance genial, um acidente, um erro de arbitragem ou o sobrenatural de Almeida. Mas ter um bom time é um bom começo. E isso o Santos tem, além de outros motivos que podem fazer o torcedor acreditar no Tri da Libertadores.
O que deixa o torcedor animado
Neymar – contar com o craque do Sul-Americano Sub-20, com 19 anos recém-completados nesse mês e evoluindo não é pouca coisa. O moleque amadureceu depois do sinistro episódio que resultou na demissão de Dorival Júnior e, no Santos, vai ter um ambiente e companheiros de equipe que devem deixá-lo ainda mais à vontade do que na seleção que conquistou a vaga nas Olimpíadas.
Mesmo quando está apagado, o mocinho cobiçado pode decidir num lance ou mesmo cavar uma expulsão dos adversários. No torneio pré-olímpico, já teve uma amostra de como (não) será camarada a arbitragem sul-americana, assim como já sabe que os adversários não serão nem um pouco benevolentes. Já tem conhecimento também que projeções similares a saltos ornamentias não vão resolver. Como tem personalidade e aprende rápido, deve voltar mais preparado pro embate continental. Sem dúvida, via se destacar.
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Além da técnica, Elano é o "pé de coelho". ( Ricardo Saibun/SantosFC) |
Além de tudo, o jogador é considerado um “talismã” pela torcida peixeira, por ter feito o segundo e decisivo gol da vitória que tirou o time da fila, contra o Corinthians, em 2002, e o segundo da vitória alvinegra contra o Vasco, que garantiu o título brasileiro de 2004. Na final da Libertadores contra o Boca, em 2003, Elano não jogou e o Peixe foi vice. Coincidência?
O que deixa o torcedor ressabiado
Ganso – muitos santistas vão me xingar por colocar o camisa 10 como um motivo incerto para animar o torcedor, mas é só ponderar. O jogador andou reclamando do tratamento oferecido pela diretoria do clube e o grupo DIS, camarilha do mundo da bola que tinha negócios quase familiares com o ex-presidente santista Marcelo ex-Eterno e que detém 45% dos direitos econômicos do atleta, andou oferecendo o mesmo a clubes rivais (curioso, aliás, que Ganso precise ser “oferecido” a alguém...).
Mas, fora isso, existe outro ponto: o atleta passou por uma cirurgia delicada e a Libertadores não é conhecida por apresentar marcadores clássicos como Falcão e Clodoaldo, mas tem na sua galeria de herois eméritos açougueiros como Dinho, Pintado e Galeano. Ou seja, ninguém vai ter dó de acertar o atleta que estará voltando depois de um período razoável longe dos gramados. Em suma, são várias questões: ele vai conseguir voltar a jogar plenamente no primeiro semestre? A readaptação será rápida? A recuperação física será completa? Torço que sim, mas certeza não é possível ter...
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A grande chance do técnico. Vai aproveitar? |
O que faz o torcedor rezar
Sistema defensivo – o Santos estonteante do primeiro semestre de 2010 não tinha uma das defesas mais confiáveis do futebol tupiniquim. Mas o ataque compensava e fazia com que o rival muitas vezes abdicasse de atacar para não sofrer placares elásticos. Quase um esquema kamikaze que se baseava, principalmente, em talento.
No entanto, havia carregadores de piano no meio que eram fundamentais para que tudo funcionasse: Arouca e o multifuncional Wesley. O primeiro está voltando de contusão e o segundo foi substituído por Rodrigo Possebon, volante que não tem a velocidade e as características que faziam de Wesley peça importante no esquema de Dorival. Pará na lateral direita é uma temeridade, mas o veterano Léo tem sido útil na canhota. Contudo, se não tiver cobertura não consegue encarar um atacante veloz. Idem para a dupla de zaga com Dracena e Durval, que parece muito dispersiva em algumas partidas, quase irresponsável, mas brilha em outras, como no clássico contra o São Paulo.
Adílson espera o retorno do lateral-direito Jonathan e pode colocar alguns dos laterais da Sub-20 no time titular até como meias. Mas, por enquanto, é bastante claro que ele não conseguiu construir uma defesa consistente. Em competições eliminatórias, isso pesa. Que ache a fórmula logo...
sábado, janeiro 29, 2011
Fora Tite!!!
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Antes tarde do que nunca, antes breve do que nada. E aliás, o assunto não permite muita ladainha: o Corinthians contra o Tolima foi abaixo de cu de cobra. O time colombiano é fraquíssimo, e ainda assim não conseguimos sequer dar um sustinho em nossa hipertensa torcida (única com mérito no estádio, pois cantou e apoiou sem pausa). Só me resta gritar: Fora Tite!
A coisa mais curiosa de se ver eram os tombos do Ronaldo. Gordo cai devagar, não é? Vai girando aquele monte de carne, as pernas se perdendo pra cima, aleatoriamente, até se acomodar meio de lado. A imagem mais precisa seria o aflorar de uma bosta de elefante (sem ofensa ao Ronaldo, a comparação é só com o seu aspecto em queda), caindo, caindo e se espalhando, aquele estrago. Ou se mexe nessa joça de time, ou a metáfora vai virar carapuça.