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quinta-feira, fevereiro 18, 2010

Top 10: brasileiros pós-91 que não jogaram Copas

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Em época de Copa do Mundo sempre aparecem listas sobre craques do futebol que jamais tiveram a oportunidade de jogar o principal torneio do esporte. O Terra publicou recentemente uma ótima relação, que traz os óbvios George Best e George Weah e outros menos conhecidos como José Manuel Moreno e Alberto Spencer.

Pensei em criar lista análoga, mas que incluísse somente brasileiros. Mas sempre há o temor de cometer alguma injustiça histórica - por mais que eu leia, pesquise e tal, jamais me considerarei um especialista na história da bola a ponto de cravar quais seriam os dez melhores brasileiros que não vestiram a amarelinha em uma Copa.

Então tive a ideia de estabelecer uma relação mais factível e menos sujeita a erros. Ela segue abaixo. É dos jogadores brasileiros que não jogaram Copas do Mundo e cujo período de atividade se deu de 1991 em diante - que é a partir de quando comecei a acompanhar pra valer o nosso futebol.

Aí vai, pronta pra ser devidamente criticada e palpitada pelos leitores:

10- Zé Maria (lateral direito, ex-Portuguesa, Palmeiras e Flamengo)

"Zé Maria? O cara cria uma lista com os 'craques brasileiros que não jogaram Copa e vem falar do Zé Maria?". Realmente, Zé Maria não é um craque e seguramente é o mais opaco de todos os nomes que listarei aqui. Mas sua inserção na lista se faz pela posição em que atua, a lateral-direita. Se pensarmos que a lateral já teve o bizarro Zé Carlos como titular em semifinal de Copa, não é nada estranho afirmarmos que Zé Maria é um que poderia ter atuado pela seleção em um Mundial.

9- Djalminha (meia, ex-Palmeiras, Guarani e Flamengo)

Se Kaká jogará em 2010 sua terceira Copa do Mundo, deve dar parte do crédito disso a Djalminha. Não é boato: o ex-palmeirense estava na lista final de Felipão para a Copa de 2002, mas a cabeçada que deu no técnico Javier Irureta às vésperas do anúncio da delegação implicou na sua exclusão do grupo que acabaria pentacampeão. Djalminha foi craque, mas ao mesmo tempo irregular e indisciplinado. Por isso teve que ver os mundiais pela TV.

8- Ronaldo (goleiro, ex-Corinthians)

Ronaldo é um dos maiores goleiros da história do Corinthians - talvez só perca para Gilmar dos Santos Neves entre os melhores titulares da camisa 1 alvinegra. Mas, assim como Djalminha, sofria de irregularidade e indisciplina. Por isso não teve vida longa na seleção. Aliás, salvo engano, sua vida na seleção se limitou a uma única partida, um triste Espanha 3x0 Brasil na estreia de Paulo Roberto Falcão como técnico canarinho.

7- Válber (zagueiro, ex-São Paulo, Vasco e Botafogo)

Mais um que tem o comportamento como principal motivo de nunca ter jogado uma Copa. Válber comeu a bola no São Paulo bicampeão mundial em 1992/93 e foi figura constante na seleção brasileira nas Eliminatórias para a Copa de 1994. Mas os inúmeros cansaços que deu a Telê Santana nas concentrações do Tricolor acabaram por cansar a paciência de Carlos Alberto Parreira, e Válber acabou jamais disputando uma Copa. Foi preterido em uma lista que teve inicialmente Ricardo Gomes, Mozer, Aldair e Ricardo Rocha e nem foi lembrado quando os dois primeiros se lesionaram e deixaram o grupo (Ronaldão acabou se sagrando campeão do mundo às custas disso).

6- Jardel (atacante, ex-Grêmio e Porto)

Jardel foi campeão da Libertadores pelo Grêmio em 1995. Mas, mais que isso, viveu momentos mágicos na Europa, em especial em Portugal - à época do seu auge, os lusos simplesmente não conseguiam como o "Super Mário" não era titular da amarelinha. Seu estilo centroavantão, apesar de encantar europeus, jamais cativou em definitivo os técnicos da seleção brasileira. Talvez, se tivesse tido a "sorte" de jamais ter sido convocado pela seleção, poderia ter sido um precursor de Liédson e Deco como atleta do escrete português.

5- Amoroso (atacante, ex-Guarani e São Paulo)

Tal qual Jardel, Amoroso brilhou no Brasil, mas viveu seu auge na Europa. Foi artilheiro nos campeonatos Alemão e Italiano, sendo um dos poucos a conseguir a façanha - e também no Brasil, no histórico Guarani de 1994. Sempre esteve entre os selecionáveis, mas jamais emplacou uma sequência de muitos jogos. Suas constantes contusões certamente colaboraram para que jamais jogasse uma Copa.

4- Marcelinho Carioca (meia, ex-Corinthians, Vasco e Flamengo)

Na humilde opinião deste que vos escreve, Marcelinho é o maior jogador da história do Corinthians. E muita gente endossa essa análise. Apesar deste "título", Marcelinho teve pouca história pra contar com a camisa da seleção brasileira. Mais uma vez, o comportamento é o maior culpado; mas, além disso, cabe dizer que Marcelinho sempre viveu acirrada concorrência no meio-campo e teve o auge de sua carreira em períodos entre Copas - em especial, do segundo semestre de 1998 ao primeiro de 2000, quando o Corinthians ganhou quase tudo.

3- Antonio Carlos (zagueiro, ex-São Paulo, Corinthians e Palmeiras)

Esqueçam o técnico em início de carreira, o estranho dirigente corintiano e o decadente atleta que deu um show público de racismo. Podemos prosseguir? Então, vamos lá: Antonio Carlos foi um baita zagueiro, que jogou muita bola em todos os times em que passou quando estava no auge. Campeão pelos quatro grandes de São Paulo (sim, ele conquistou DOIS títulos no Santos), fez com Aldair uma histórica dupla de zaga na Roma. Poderia ter tido mais oportunidades na seleção.

2- Evair (atacante, ex-Palmeiras, Vasco e Portuguesa)

Nome incontestável na lista de maiores jogadores e maiores ídolos da história do Palmeiras, principal protagonista (dentro de campo) do time alviverde que dominou o Brasil no biênio 1993/94. Também jogou muita bola no Vasco e na Europa. Tal qual Válber, participou de muitos jogos nas Eliminatórias para 1994 e sua convocação, meses antes do Mundial era dada como certa - a ponto de estar no álbum de figurinhas daquela Copa. Perdeu a vaga após clamor popular para Romário e as convocações de Viola e do então moleque Ronaldo.

1- Alex (meia, ex-Palmeiras, Cruzeiro e Coritiba)

Alex encabeça a lista porque, de todos os citados, é o que poderia ter jogado mais Copas. Era titular do Palmeiras em 1998, foi dado como convocado para 2002 e 2006 e, cá entre nós, não seria um total absurdo sua convocação para 2010. O azar que Alex deu é que, tal qual Marcelinho, os melhores momentos de sua carreira se deram em anos pós-Copa. Ou alguém duvida que se houvesse uma Copa em 2004 Alex seria titular e talvez até mesmo capitão do time, pelo que fizera no Cruzeiro um ano antes? Ele até hoje guarda mágoas de Felipão, de quem, segundo ele próprio, ouvira a promessa que seria convocado para 2002.

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Há um montão de nomes que poderiam estar na lista, e aguardo sugestões dos leitores com possíveis indicações. Um "problema" que identifiquei na hora de compor a relação foi que a maioria dos nomes que vinha à mente era de atacantes ou meias-avançados - e é por isso que gente como Túlio, Neto, Paulo Nunes, Donizete e outros ficaram de fora. Achei que seria interessante variar as posições entre os citados. Também não incluí jogadores que ainda estão em atividade e que, aparentemente, não jogarão uma Copa - os ex-santistas Diego e Renato são os principais expoentes disso. Mas como o futebol dá voltas, não é impossível que eles estejam no grupo de 2014 ou, vai saber, 2010.

quinta-feira, outubro 29, 2009

Triste fim

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Ainda surpreso com a contratação do mítico Vieri pelo Botafogo de Ribeirão Preto (que promete outra aquisição bombástica), estava pesquisando o destino de alguns ex-artilheiros do São Paulo e, nisso, me deparei com informações não menos surpreendentes (ou melancólicas):

Dodô - Aos 35 anos e suspenso pela Corte Arbitral do Esporte (CAS) até o início do próximo mês, por doping, Dodô mantém a forma física por conta própria e negocia seu retorno ao Botafogo carioca. Será que joga a Série B?

Cafu - Parado há quase um ano e meio, o lateral direito chegou a ser cogitado pelo Santos, mas deve mesmo tomar o rumo do Barueri. "Interminável", como diria Milton Neves, o jogador completou 39 anos em julho.

Denilson - Depois de uma passagem relâmpago no Xi Măng Hải Phòng, do Vietnã, onde jogou apenas uma partida, o ex-bailarino não decidiu se continua jogando, se vira comentarista, se casa ou compra uma bicicleta. Tem apenas 32 anos.

Macedo - Essa foi a que mais me espantou, pois, aos 40 anos, o cabra jogou este ano pelo União de Mogi das Cruzes, que conseguiu a proeza de terminar em último lugar no Campeonato Paulista da Série A-3. Isso é o que entendo por ostracismo...

Amoroso - Rebaixado com o Guarani no Paulistão, poderá jogar no Ituano, que é dirigido por Juninho Paulista. Nada grave, mas curioso se lembrarmos que, há menos de quatro anos, Amoroso foi campeão mundial pelo São Paulo, como titular incontestável, e se tranferiu para o Milan de Ronaldo Gordo e Kaká. Está com 35 anos.

quarta-feira, janeiro 21, 2009

Ah, o Paulistão...

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E nesse exato momento, às 16h30, começou o Paulistão. Sempre quese iniciam os estaduais, volta a discussão a respeito da sua importância, quase que progressivamente reduzida desde sua origem até a “nacionalização” do ludopédio nas bandas de cá. Até mesmo o velho argumento dos defensores dos estaduais, que o torneio é bom porque permite que se veja times de tradição do interior, caiu por terra com o advento de clubes de empresários e outros bancados por prefeituras, que pouco ou nada dizem – e nem dirão – em termos de torcida e história.

Além do reduzido significado, com o andamento da Libertadores e da Copa do Brasil, provavelmente assistiremos a jogos em que os grandes lançarão mão de seus reservas, o que desvaloriza ainda mais a competição. Alguns dados curiosos também fazem com que o torcedor se interesse pouco ou até mesmo torça para que seu time não seja campeão paulista.

Pelo retrospecto dos últimos anos, vencer o título do Paulistão significa não ganhar o Brasileiro. A última equipe que conseguiu ser campeã em São Paulo e conquistar o Brasileiro no mesmo ano foi o Corinthians, em 1999. Outro dado é que a última final que envolveu dois times grandes foi em 2003, São Paulo e Corinthians. Nas outras quatro finais (2005 e 2006 houve a esdrúxula fórmula de pontos corridos em um único turno), nada de clássicos.

O que resta, pois, é ver qual ou quais pequenos vão surpreender e os veteranos e jovens talentos que atuam neles. A maior surpresa de 2007, o Guaratinguetá , que projetou o bom meia Michael e o atacante Dinei, tem apenas um titular que fez parte da melhor campanha do turno de classificação em 2008. Para este ano, aposta no doce treinador Argel Fucks, ex-zagueiro de Santos e Palmeiras, além de Douglas (campeão brasileiro pelo Santos em 2002, os santistas lembram?), Rodrigão e o rodadíssimo Wellinton Amorim.

A atual vice-campeã Ponte Preta manteve o goleiro Aranha e o meia Renato, mas trocou de Sérgio no comando: saiu o Guedes e entrou o Soares, ex-Santo André, clube dirigido hoje pelo Guedes, aquele. O time do ABC tem Marcelinho como astro, além do zagueiro Dininho, a volta de Elvis - autor do gol do Ramalhão na final da Copa do Brasil de 2004 -, e do atacante Pablo Escobar, ex-Ipatinga.

Outra atração curiosa deve ser o trio de treinadores do Barueri, atual campeão do Interior : Luis Carlos Goiano, Diego Cerri e Toninho Moura. A equipe também conta com o artilheiro Pedrão, o meia Xuxa (ex-Mirassol) e figuras carimbadas como Basílio, o “Basigol”, Márcio Careca e Val Baiano. Recém-promovido à série A do Brasileirão junto com Santo André e Corinthians, é candidato a “furar a bolacha” do quarteto grande.

E dois craques em fim de carreira também poderão salvar a pátria da competição. O Mogi Mirim, dos diretores Cléber e César Sampaio e com Rivaldo na presidência, terá Giovanni , enquanto o Guarani vai contar com o retorno de Amoroso.

Em resumo, grandes ensaiam para vôos mais importantes, pequenos tentam surpreender e a gente consegue se livrar dessa abstinência de futebol brasileiro que perturba desde o fim do ano passado. E viva o Paulista. Viva?

quarta-feira, agosto 13, 2008

Contratações erradas que deram certo

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Todo mundo - eu inlcusive - riu da cara do Inter quando o Colorado anunciou a contratação de Gustavo Nery. Mas o futebol é doido, a gente sabe. Vai que o cara joga bola por lá?

Estive pensando sobre isso hoje e lembrei de uma série de exemplos que personificam bem o título desse post: as contratações erradas que dão certo, aqueles negócios bizarros que um time faz, recebe ataques de tudo quanto é lado, e aí inexplicavelmente o sujeito atacado passa a mostrar um bom futebol.

Vamos a alguns exemplos. Em 2005, o São Paulo disputava a Libertadores quando seu principal atacante, Grafite, sofreu uma lesão séria. Para repor a perda, o Tricolor do Morumbi recorreu a Amoroso - que havia sido, indiscutivelmente, um baita jogador, mas passava por um momento de vacas magras e contusões sérias. Tudo isso foi esquecido quando ele foi um dos principais atletas do time campeão sul-americano e mundial daquele ano. E lembrado, com todas as forças, quando o mesmo Amoroso fez fiasco com as camisas de Corinthians e Grêmio...

Falando em Grêmio, o tricolor gaúcho é expert nisso. Roger, ex-Flu, Fla e Corinthians, vinha tendo um ótimo 2008 no Olímpico antes de ir para o "mundo árabe", contrariando tudo o que se dizia a seu respeito. E no ano passado, o lateral-esquerdo do time vice-campeão da Libertadores era ninguém menos que Lúcio, que saiu escurraçado do Parque Antarctica e teve uma passagem nada memorável pelo São Paulo.

Mudando de estado, o Vasco tem hoje em Leandro Amaral seu principal atacante. Este rapaz é um exemplo prático e ao quadrado da regra. Quando o Vasco o contratou, em 2006, ele estava mais em baixa do que a moral do atual elenco do Santos. Despontara como revelação na final da década de 1990, viveu seu momento "agora vai!" indo para a Europa, voltou para o Brasil e vestiu as camisas de Grêmio, Palmeiras, Corinthians e São Paulo sem nenhum brilho. Retornou à Portuguesa que o revelara e foi tão mal quanto o restante dos companheiros, naquela terrível fase pré-Benazzi da Lusa. Aí o Vasco o contrata. De repente ele reaprende o bom futebol que o levou à seleção e o tornou o maior artilheiro do estádio do Canindé! O bom momento faz com que ele seja contratado pelo Fluminense como um dos principais reforços para 2008; mas um imbróglio judicial o leva de volta ao Vasco. "Ele vai jogar desmotivado", "sem clima com a torcida", "não terá ambiente pra desenvolver seu futebol"... e tá aí, fazendo gols a torto e a direito.

E vocês, leitores, lembram de mais exemplos que poderiam ilustrar essa tese?