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quarta-feira, janeiro 21, 2009

Ah, o Paulistão...

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E nesse exato momento, às 16h30, começou o Paulistão. Sempre quese iniciam os estaduais, volta a discussão a respeito da sua importância, quase que progressivamente reduzida desde sua origem até a “nacionalização” do ludopédio nas bandas de cá. Até mesmo o velho argumento dos defensores dos estaduais, que o torneio é bom porque permite que se veja times de tradição do interior, caiu por terra com o advento de clubes de empresários e outros bancados por prefeituras, que pouco ou nada dizem – e nem dirão – em termos de torcida e história.

Além do reduzido significado, com o andamento da Libertadores e da Copa do Brasil, provavelmente assistiremos a jogos em que os grandes lançarão mão de seus reservas, o que desvaloriza ainda mais a competição. Alguns dados curiosos também fazem com que o torcedor se interesse pouco ou até mesmo torça para que seu time não seja campeão paulista.

Pelo retrospecto dos últimos anos, vencer o título do Paulistão significa não ganhar o Brasileiro. A última equipe que conseguiu ser campeã em São Paulo e conquistar o Brasileiro no mesmo ano foi o Corinthians, em 1999. Outro dado é que a última final que envolveu dois times grandes foi em 2003, São Paulo e Corinthians. Nas outras quatro finais (2005 e 2006 houve a esdrúxula fórmula de pontos corridos em um único turno), nada de clássicos.

O que resta, pois, é ver qual ou quais pequenos vão surpreender e os veteranos e jovens talentos que atuam neles. A maior surpresa de 2007, o Guaratinguetá , que projetou o bom meia Michael e o atacante Dinei, tem apenas um titular que fez parte da melhor campanha do turno de classificação em 2008. Para este ano, aposta no doce treinador Argel Fucks, ex-zagueiro de Santos e Palmeiras, além de Douglas (campeão brasileiro pelo Santos em 2002, os santistas lembram?), Rodrigão e o rodadíssimo Wellinton Amorim.

A atual vice-campeã Ponte Preta manteve o goleiro Aranha e o meia Renato, mas trocou de Sérgio no comando: saiu o Guedes e entrou o Soares, ex-Santo André, clube dirigido hoje pelo Guedes, aquele. O time do ABC tem Marcelinho como astro, além do zagueiro Dininho, a volta de Elvis - autor do gol do Ramalhão na final da Copa do Brasil de 2004 -, e do atacante Pablo Escobar, ex-Ipatinga.

Outra atração curiosa deve ser o trio de treinadores do Barueri, atual campeão do Interior : Luis Carlos Goiano, Diego Cerri e Toninho Moura. A equipe também conta com o artilheiro Pedrão, o meia Xuxa (ex-Mirassol) e figuras carimbadas como Basílio, o “Basigol”, Márcio Careca e Val Baiano. Recém-promovido à série A do Brasileirão junto com Santo André e Corinthians, é candidato a “furar a bolacha” do quarteto grande.

E dois craques em fim de carreira também poderão salvar a pátria da competição. O Mogi Mirim, dos diretores Cléber e César Sampaio e com Rivaldo na presidência, terá Giovanni , enquanto o Guarani vai contar com o retorno de Amoroso.

Em resumo, grandes ensaiam para vôos mais importantes, pequenos tentam surpreender e a gente consegue se livrar dessa abstinência de futebol brasileiro que perturba desde o fim do ano passado. E viva o Paulista. Viva?

8 comentários:

Anônimo disse...

Com o intensivão pró futebol admito que estava sentido uma baita falta de assistir os jogos. Uma espécie de depressão pós brasileirão. Quem diria...

Olavo Soares disse...

Viva, viva. Sou ferrenho defensor dos estaduais (como até demonstrei em artigo no Papo de Homem, aliás). São de curta duração e não prejudicam o restante da temporada das equipes.

Marcão disse...

Por que esse bandeirante assassino está ilustrando o post?!!??

Glauco disse...

Porque São Paulo gosta de homenagear bandeirantes assassinos como se fosse heróis.

Anselmo disse...

bandeirante assassino costuma ser pleonasmo. mas tá valendo.

os estaduais são legais, mas até pela duração são desvalorizados mesmo. e acabam virando oficina de time. os grandes tentam montar equipes. os pequenos, arrendam pra empresário ou tentam empinar com parceiros. é uma funçao, não necessariamente nobre.

Anônimo disse...

Um paulistinha mixuruca ainda será melhor que toda a mér... da programação da tv.

Anônimo disse...

É complicado assistir um campeonato que nem as próprias equipes parecem fazer muita questão.

Mas com essa depressão que estava rolando de não haver futebol, acho que o paulista tem seu lado positivo.

Fazer o quê, viva.

Anônimo disse...

É complicado assistir um campeonato que nem as próprias equipes parecem fazer muita questão.

Mas com essa depressão que estava rolando de não haver futebol, acho que o paulista tem seu lado positivo.

Fazer o quê, viva.