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Assisti ontem Argentina 4 x Colômbia 2, pela gloriosas, salve, salve, Copa América. Jogo animado, no mínimo. A Colômbia saiu na frente, numa jogada de falta que o Neto falou que foi ensaiada. A Argentina empatou num pênalti meio inventado pelo nosso caríssimo Carlos Eugênio Simon. Depois, virou e revirou em dois gols de Riquelme, um de cabeça e um de falta, magistralmente batida.
Os argentinos davam o tempo todo a entender que tinham o controle do jogo. Ficaram tocando bola de lado, cozinhando o galo quase o segundo tempo todo. Bem, nem tanto. No final, tomaram um belo calor da Colômbia, que pecava por enfeitar demais as jogadas. O quarto gol, de Diego Milito (inoperante o resto do tempo) sacramentou a vitória só aos 46 minutos.
Como a Colômbia perdeu seus dois jogos, não interessa falar deles. Vamos ao time de Riquelme. Sim, ele é a principal referência do time. A maioria das jogadas passa por seus pés e ele vai ditando o ritmo, cadenciando, tocando, envolvendo. Da gosto de ver o cara em campo. Não sofre pra jogar bola. Citando um excelente filme dos vizinhos, O Filho da Noiva, é como ver Fred Astaire: parece tão fácil...
Mas se Riquelme organiza, dá previsibilidade, Lionel Messi cria sem limites. Dribla verticalmente, sempre em direção ao gol, dá passes precisos. Se movimenta por todo o meio e ataque e é quase tão acionado quanto Roman.
De resto, o time é bom, mas nada de anormal. O tal Diego Milito, que entrou no lugar de Crespo, machucado, é medíocre, pra dizer muito. Zanetti, Verón e Cambiaso são conhecidos nosso, sem surpresas. Mesmo assim, é impressionante como o time todo erra poucos passes. Em determinado momento do jogo, ficaram uns bons 5 minutos sem perder a bola, só tocando de um lado para o outro.
Enfim, vale a pena assistir jogos dos hermanos. Para os que, novas versões da Velhinha e Taubaté, ainda acreditam na seleção, a comparao: se nós temos Robinho inspirado, eles têm Roman, Messi e um conjunto mais organizado. Estamos em desvantagem. Mas no futebol isso muitas vezes não quer dizer muita coisa.