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quarta-feira, agosto 07, 2013

A origem da expressão 'Pedala, Robinho!'

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sábado, novembro 17, 2012

Sem sustos, Santos bate Figueirense mas árbitro tira Neymar de clássico

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(Foto SantosFC)

Em outra partida na qual os dois times não tinham qualquer meta ou pretensão, o Santos venceu o Figueirense na Vila Belmiro por 2 a 0. Sem contar com o volante Adriano e o lateral Galhardo, Muricy desfez o malfadado esquema com três volantes e colocou o meia Patito Rodríguez e Bruno Peres na ala direita.

Até o gol alvinegro, no final da etapa inicial, o jogo era morno. O argentino jogava aberto pela esquerda, com Felipe Anderson atuando de forma semelhante no outro lado. Neymar se movimentava pelo meio, deu alguns bons passes, mas não brilhava. O Figueirense, por outro lado, não ameaçava o gol de Rafael, e tudo indicava um zero a zero daqueles que curam insônia.


No entanto, Felipe Anderson passou por três rivais, parou e cruzou para Pato, que fez de letra. Um belo gol que não teve a participação de Neymar, algo raro em 2012. O placar trouxe tranquilidade para o time da casa, que conseguiu uma trégua com a torcida, embora essa tenha quase perdido a paciência com uma peculiar competição dos dois laterais peixeiros, que disputavam quem conseguia errar mais. Bruno Peres, com cruzamentos bisonhos e uma virada de jogo malsucedida que resultou me contra-ataque perdido pelos visitantes, e Juan, que desperdiçava jogadas quando apoiava.

Felipe Anderson coroaria mais uma atuação interessante com um gol no qual o jovem e bom goleiro Tiago Volpi, que fez sua primeira partida pelo clube catarinense, defendeu a primeira tentativa mas deu o rebote para o meia. Dizem que olheiros do Milan estavam na Vila para conferir o futebol do jovem, dado que o Santos quer repatriar Robinho e o negócio poderia acontecer envolvendo atletas. Devem ter gostado do que viu.

De resto, mais uma arbitragem meia boca, como tem sido a tônica do Brasileirão. Se não afetou o resultado, pesou para o time no clássico contra o Corinthians. Neymar foi calçado por trás, numa falta algo evidente, caiu (quem não cairia?) e o juizão Cláudio Francisco Lima e Silva não só não deu a falta, como deu um cartão amarelo que impede a participação do jogador na próxima peleja. Num lance em que os dois jogadores caem, pressupõe-se que haja contato, mas vai explicar lógica pra árbitro de futebol...     

terça-feira, maio 31, 2011

A diferença do futebol italiano, inglês e espanhol

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Entrevistado ontem pelo programa Arena SporTV, o ex-santista Robinho, atualmente no Milan, definiu assim a diferença entre o estilo de jogo dos três países onde atuou, na Europa:

- Gosto do futebol na Itália porque tem muito toque de bola, muita tabelinha, o jogo é corrido. Já na Inglaterra era só chuveiro na área, muito contato, não era meu estilo. Mas o melhor é na Espanha, onde todas as equipes atacam muito, até as pequenas. Na Itália, só os grandes clubes vão pro ataque, os pequenos se fecham muito.

quinta-feira, dezembro 02, 2010

O país que põe os adversários pra sambar

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Hoje, no Dia Nacional do Samba, postamos uma homenagem a quatro brasileiros que, no futebol, tiraram muitas vezes os adversários para sambar: Manoel "Garrincha" dos Santos, Ronaldo "Fenômeno" Nazário, Ronaldinho "Gaúcho" Assis Moreira e Róbson "Robinho" de Souza. Como só os brasileiros sabem fazer.

quarta-feira, agosto 11, 2010

A nova seleção por quem entende do riscado

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Eram 28 minutos do primeiro tempo quando Neymar completou de cabeça cruzamento com açúcar e com afeto de André Santos e abriu o placar contra os Estados Unidos na estreia da Seleção Brasileira convocada por Mano Menezes. No bar, os manguaças se animaram.

“Esse era o time da Copa!”, bradou um. “O Dunga perdeu a chance de entrar para a história”, vaticinou o filósofo. “Entrou como um dos piores”, disse um mais exaltado. “Como deixou esse moleques de fora?”, inquiriu um quarto, indignado.

Nesse momento, após superar certo nervosismo no início, a Seleção mandava no jogo, com intensa troca de passes, posse de bola e ofensividade. Ganso comandava o meio-campo, auxiliado por Lucas, Ramires e Robinho. A bola ia redonda de pé em pé, começando desde a zaga, que contou com segura atuação de Thiago Silva e David Luiz.

Emblemático que o primeiro gol do time renovado seja do garoto santista, com passe do lateral-esquerdo ex-corintiano, que perdeu a vaga na Copa para um improvisado Michel Bastos. André Santos, aliás, jogou mais do que em qualquer outra oportunidade com a camisa canarinho. A única atuação abaixo do esperado, na verdade, veio de um dos remanescentes do time de Dunga, Daniel Alves.

No boteco, a entrega do camisa 7 santista, que joga quase como um meia para permitir a Neymar a liberdade de atacar sem medo, não foi reconhecida. “Robinho está virando coadjuvante”, brada o freqüentador.

As chances de gol perdidas por Alexandre Pato também não passam impunes. “Quem mandou o Pato ter pé de galinha?”, cravou o maldoso. Mas quando o juiz não dá o gol do rapaz, por falta no goleiro, a solidariedade é imediata. “Garfaram o Brasil!”

Cabe a ressalva de um possível desinteresse do selecionado estadunidense. Mas o time de Mano não tomou conhecimento do adversário, que teve umas duas chances de gol, um no nervoso começo, outra no final, em bola alçada na área.

No segundo tempo, a unanimidade sobre o erro de Dunga ao não convocar os garotos da Vila desaparece. “Não, não servia não! Eram muito novos! Agora serve, para jogar na outra Copa”, analisa um comedido. “Tinha que ter levado esse time para a África”, rebate o empolgado.

Aos 46 minutos da primeira etapa, Pato desencanta em belo passe de Ramires (um volante jogando perto da área adversária, coisa interessante), dribla o goleiro e só não entrou com bola e tudo porque teve humildade, citando o poeta. “Acabou! Se eu sou o técnico mando o time parar, ir embora. ‘Tchau, não quero humilhar não’”. É o filósofo do início da história, animadíssimo com o desempenho do time. “Faz tempo que não vejo um time jogar assim, botar na roda mesmo. Me lembra a Seleção de 82, vai tocando, tocando e de repente está na cara do gol”, avalia. “A gente ficar suspirando porque o Elano se machuca não dá!”, indigna-se.

No segundo tempo, Mano Menezes troca vários jogadores, mas a toada segue a mesma. Domínio completo, diversas chances de gol (foram 21 finalizações durante o jogo), mas ninguém consegue colocar para dentro. Três destaques, um pelo inusitado: o meia Éderson, aquele que ninguém jamais viu jogar, entra no lugar de Neymar. Corre cerca de 40 segundos, tenta um drible na ponta direita, e sai de campo, com uma lesão muscular. “Coitado do moleque”, simpatizam os bêbados.

Os outros dois são obra de Paulo Henrique Ganso, mestre e senhor do meio-campo. Primeiro, mete uma bola na trave em chute de fora da área. Depois, mas perto do final, aplica um elástico num zagueiro gringo e manda a bola para fora. Coisa de quem conhece.

“Imagina quando esse time estiver entrosado”, devaneia um manguaça. Pois é...

quinta-feira, agosto 05, 2010

Santos, um campeão para a História

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E o Santos ontem conseguiu um feito até então inédito na sua mais que vitoriosa trajetória, ganhando o primeiro título da Copa do Brasil. Na soma das duas partidas finais da competição, o melhor time do país do primeiro semestre mostrou superioridade diante do rival baiano e só houve alguma emoção na segunda partida pela enorme quantidade de gols perdidos no duelo da Vila Belmiro. Mesmo na derrota de ontem, a equipe perdeu oportunidades, assim como o Vitória, e o goleiro Viáfara fez uma das mais impressionantes defesas do ano em finalização de Paulo Henrique Ganso.

Amados e odiados, os meninos da Vila serão lembrados. Não é daqueles times que são campeões e, depois de algum tempo, o torcedor tem dificuldades para lembrar dois ou três titulares. Uns vão dizer no futuro que já viam, naquela época, que "fulano era craque"; outros dirão que desde então sabiam que "beltrano era mascarado".

Não importa. Este o time que mais gols fez em uma edição da Copa do Brasil. São 39 tentos em 11 jogos, que emplacou goleadas humilhantes com o 10 a 0 no Naviraiense e um 8 a 1 no Guarani, que em duas partidas fez cinco gols no Galo do pouco saudoso "profexô" e seis no "copeiro" Grêmio.

É ainda a equipe campeã com menor média de idade, 22,8 anos, o que explica um pouco as oscilações, as dancinhas e as brincadeiras amplificadas pela mídia esportiva sem notícia, mas que também pode justificar a olúpia ofensiva que encantou muitos ao longo do ano. Quando foi preciso, havia um Robinho muito mais maduro do que a imprensa pintava e do que os adversários desejavam, além de um Ganso forjado nas batalhas do campo, consciente como um veterano.

Por tudo isso, esse Santos é um campeão histórico. E ao longo de seus mais de 98 anos o Peixe tem sido assim. Hoje, junto com o Palmeiras, é o clube que ganhou todos os títulos (de primeira divisão) de competições nacionais já disputadas pelas bandas de cá: Taça Brasil, Roberto Gomes Pedrosa, Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil.

O único time de bairro do mundo que é campeão mundial, como brinca José Roberto Torero. Não nasceu em uma capital, mas em uma cidade que hoje nem tem 500 mil habitantes, o que já demonstrava a uma quase impossibilidade de se tornar grande. Mas o que são impossibilidades para quem contou com jogadores verdadeiramente mágicos ao longo do tempo? Que encantavam e amealhavam fãs mesmo quando não ganhavam títulos, como o primeiro ataque dos cem gols do futebol brasileiro nos anos 20 que embasbacavam os rivais nos anos 60 ou que faziam sonhar como algumas formações do século 21?

É hora de comemorar, santistas! Mais um capítulo da nossa história foi escrito, com gols, grandes lances e encantamento. Sempre foi assim.






Atualização (12:30) - Vejam no vídeo abaixo o assistente (Altemir Hausmann ou Érico Bandeira, alguém pode ajudar?) indo falar qualquer coisa pouco abonadora para jogadores do Santos que estão comemorando. Por sinal, é o mesmo que marcou um impedimento inexistente de Robinho em um lance de perigo do Santos. Fica a pergunta: um jogador, por desequilíbrio semelhante, pode tomar vermelho mesmo depois de a partida ter terminado, e esse cidadão? Aliás, pode-se confiar na imparcialidade de alguém que age assim? Com a palavra, os "donos" da arbitragem tupiniquim...

segunda-feira, julho 26, 2010

Mano Menezes convoca Ganso e Neymar

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Mano Menezes foi apresentado oficialmente como técnico da seleção brasileiro. E ganhou o agasalho oficial da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Ao lado de Ricardo Teixeira, o plano B agradeceu a confiança e já anunciou a convocação para o amistoso contra os Estados Unidos, programado para 10 de agosto, em Nova Jersey.

Quem esperava uma lista só de jogadores que atuam no Brasil foi surpreendido com a inclusão de atletas que atuam em times europeus. Thiago Silva, Daniel Alves e Ramires, reservas de Dunga, estão entre os relacionados, assim como Robinho, o único titular do xará-de-anão a ser mantido. A lista tem gente nova, de fato, mesmo entre os que jogam fora do Brasil, como Rafael, Carlos Eduardo e Ederson.

O mais incrível foi a inclusão de Jucilei, reserva no Corinthians até domingo (25), mas convocado para a seleção. Para quem está falando em "renovação lenta", o jogador representa uma mudança bem abrupta. Mas no geral, são 11 jogadores chamados pela primeira vez – menos da metade. Sete dos atletas têm idade olímpica. No geral, o climão é de muita gente nova – e muitas buscas no Google para saber de quem mesmo se está falando.

A lista:

Goleiros
Vitor (Grêmio)
Jefferson (Botafogo)
Renan (Avaí)

Lateral-direito
Rafael (Manchester United)
Daniel Alves (Barcelona)

Lateral-esquerdo
Marcelo (Real Madrid)
André Santos (Fenerbahçe)

Zagueiro
Réver (Atlético-MG)
Thiago Silva (Milan)
David Luiz (Benfica)
Ederson (Lyon)
Henrique (Racing Santander)

Meio-campo
Jucilei (Corinthians)
Lucas (Liverpool)
Hernanes (São Paulo)
Ganso (Santos)
Ramires (Benfica)
Carlos Eduardo (Hoffenheim)
Sandro (Internacional)

Atacante
Alexandre Pato (Milan)
André (Santos)
Robinho (Santos)
Neymar (Santos)
Diego Tardelli (Atlético-MG)

quinta-feira, maio 13, 2010

Grêmio 4 X 3 Santos - o castigo pela tibieza

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Antes de falar sobre a vitória do Grêmio sobre o Santos ontem, vou reproduzir um trecho do que escrevi no post sobre o título paulista do Peixe:

"E Dorival Junior? Soube desde o início do seu trabalho reconhecer as características do grupo que tinha em mãos e jogou para frente. Ajudou jogadores a desenvolverem seu potencial, os mesmo que, nas mãos do antecessor, não tiveram como aprimorar o talento que já tinham. Mas lembrou um personagem vivido por Brandão Filho, no extinto humorístico Escolinha do Professor Raimundo, aquele mesmo que respondia bem todas as perguntas para errar barbaramente no final. Ao entrar na partida de ontem com Rodrigo Mancha no lugar do suspenso Wesley chamou o Santo André para o próprio campo e dificultou a saída de bola peixeira.

Pois é. Dorival repetiu o mesmo erro ontem. Entrou para a segunda etapa vencendo o jogo por 2 a 0 após um bom primeiro tempo com bela atuação de Ganso e dois gols de André. O time contava também com grandes intervenções do criticado Felipe, que defendeu um pênalti e fez outras duas defesas difíceis. Enfim, a máquina estava funcionando bem, embora o Grêmio também chegasse e a partida fosse mais equilibrada do que sugeria o placar.

Mas, aos 10, Dorival tirou Marquinhos, que jogava no lugar do suspenso Neymar, e colocou o volante Rodrigo Mancha. O Santos costuma jogar com um meio campo marcador onde o ataque também pressiona a saída de bola adversária. Assim, quem rouba a bola são os meias e atacantes que, em geral, são aqueles que de fato fazem desarmes no Alvinegro. Com Mancha, não apenas o passe foi quebrado como também o poder de recuperação do time na marcação foi prejudicado, já que o volante é lento e tem sérios problemas para acompanhar a saída adversária. Já disse aqui que Mancha não é jogador para o Santos, mas o problema é de quem o escala. E de quem muda o esquema para assegurar um resultado antes da metade do segundo tempo...



Assim, vieram dois gols em dez minutos, com duas bolas perdidas por Mancha. Dorival teve ao menos o bom senso de tirar o atleta, inconsolável após entregar dois gols, e colocar Rodriguinho, que tem um passe um pouco melhor. Mas a volúpia gremista contrastava com o abatimento peixeiro, que voltou a sofrer contra-ataques e outros dois gols nos dez minutos seguintes.



O furioso Rodrigo Mancha, que descontou sua atuação no banco de reservas...

Lembrei de uma partida da qual até hoje tenho raiva. Santos e Grêmio pelas semis da Libertadores de 2007, quando o "gênio" Vanderlei Luxemburgo foi ao Olímpico jogar pra empatar, com a equipe toda recuada. Voltou trazendo um 2 a 0 que dificultava e muito a vida do Santos que, mesmo vencendo por 3 a 1 na volta, foi eliminado. Ontem, Dorival quis recuar tendo em mãos um time que não sabe fazer isso. Seu castigo quase foi mais cruel do que o do nada saudoso técnico que está nas Alterosas.


Mas havia Ganso. E havia Robinho. A defesa tricolor deixou o meia santista pensar, o que foi um erro fatal. Ele achou o atacante da seleção que matou no peito e desferiu um petardo no ângulo de Victor. O Santos ainda seguiu equilibrando até o final da partida, aparentando ter mais preparo físico que o rival (algo semelhante aconteceu no primeiro jogo contra o Atlético-MG), mas foi o golaço de Ganso/Robinho que deixa a missão santista na volta menos ingrata do que aparentava. Provavelmente será outro jogaço.

quinta-feira, maio 06, 2010

Santos 3 X 1 Atlético-MG - os meninos deixaram o "profexô" zangado...

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Depois das últimas atuações em que o time não mostrou o futebol que fez dele a sensação da temporada, Dorival Júnior resolveu voltar à receita básica com três atacantes. Dessa vez, porém, o sacado foi Marquinhos, que vem caindo de produção, mantendo-se o ascendente Pará na lateral direita e Wesley, que vem chegando bem no ataque, no meio.

O resultado foi um Santos agressivo, que chegou ao gol aos 16 minutos e marcou o segundo aos 43, dominando o meio de campo e sempre levando perigo ao gol de Aranha. Até fazer o seu tento aos 45, o Atlético-MG tinha criado uma boa chance com Tardelli, que mandou uma bola na trave.

Mas se o gol do Galo deu esperanças aos comandados de Luxemburgo, elas se esvaíram aos 4 minutos do segundo tempo quando Wesley fuzilou em assistência de – vejam só – Edu Dracena. A partir daí, o time peixeiro passou a tomar conta do meio de campo, não permitindo a pressão adversária. As oportunidades criadas no segundo tempo foram do Santos, principalmente pela boa marcação feita não somente no meio mas também pelo ataque.

Nesse quesito, aliás, destaque para os dois jogadores que mais desarmaram na partida: Robinho e Ganso, com seis roubadas de bola cada. Paulo Henrique novamente mostrou maturidade, buscando a bola, armando o jogo, chamando faltas como a que resultou na expulsão de Fabiano, genro do “gênio”. E Robinho foi taticamente perfeito, sabendo fazer a cobertura pela esquerda quando necessário e atazanando a assustada zaga mineira com marcação e velocidade. Os dois mostraram ontem, novamente, que merecem estar na Copa.



O “profexô” zangado

Após o final da partida (e antes também), Luxemburgo destravou a língua para criticar os jogadores santistas pelo que ele chamou de “desrespeito”. Logo ele, que outrora chamou Neymar de “filé de borboleta” e que, antes de comandar o Santos, dizia que a arbitragem “o protegia”. Justamente ele que expressou seu “temor” de que o time do Santos amarelasse contra o São Paulo na Vila, citando nominalmente ex-comandados seus, Robinho e Edu Dracena.

Sim, ele mesmo, aquele que em uma entrevista ao Estadão falou que o time do Santos em 2009 era fraco e que era um mérito seu ter tirado a equipe do rebaixamento. Espezinhou publicamente todo um coletivo, sendo que boa parte desse "time ruim" estava em campo ontem. Mas, para Luxemburgo, todas essas declarações não são desrespeitosas. Claro, sob a ótica de sua ética (sic) particular.

O “gênio” seria hostilizado na Vila mesmo sem o cântico puxado por Robinho no domingo onde se dizia que a hora de Vanderlei iria chegar. É natural com ex-técnicos ou ex-atletas que não deixam lembranças boas, ainda mais sendo o treinador um símbolo da gestão passada no clube. Mas quem falou em violência foi o técnico mineiro, algo que não ocorreu em campo e nem na arquibancada. Parecia ter o discurso pronto para a derrota, sempre fazendo as vezes de ilusionista.

Alguém poderia perguntar pra ele, por exemplo, porque suas três substituições foram para mexer no mesmo setor da equipe, o lado esquerdo do Atlético-MG. Em que pese o gol mineiro ter se originado dali, era onde a marcação peixeira era mais forte, com Pará e Wesley. Enquanto isso, o lado oposto do Santos tinha um lateral que substituiu o contundido Léo no fim da primeira etapa, mas que jogou pouco na temporada e ainda não se mostrou confiável. Contudo, nenhum jornalista quer fazer pergunta sobre futebol, preferiram cair no mimimi do técnico. Azar da informação e dos atleticanos que ficam sem ter uma satisfação dos atos do seu treinador.

Retirado do Blog do Juca Kfouri

segunda-feira, abril 19, 2010

Santos 3 X 0 São Paulo - E os meninos engoliram os lobos

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O clássico das semifinais entre Santos e São Paulo começou quente antes mesmo do início da partida. O Tricolor mudou o time, provavelmente por conta da segunda etapa do primeiro jogo no Morumbi, quando a equipe pressionou o Peixe mas não evitou a derrota. Além de Cicinho e Richarlyson nas laterais, Ricardo Gomes sacou Washington e pôs Fernandinho ao lado de Dagoberto no ataque, enquanto Cléber Santana começou como titular.

Dorival Júnior também mexeu para evitar que o São Paulo ganhasse o meio de campo. Colocou Pará na lateral-direita, deslocou Wesley para a meia e tirou André do time. A mudança não só fez com que Wesley jogasse em uma zona do campo onde se sente mais confortável como também sanou a marcação problemática no lado direito da defesa onde Pará, limitado tecnicamente mas eficientíssimo no posicionamento, barrou as investidas tricolores.

Mas nem por isso o Santos abdicou de atacar. As principais chances do primeiro tempo foram alvinegras, sendo uma delas fruto de um primoroso passe de Neymar para Robinho, aos 5 minutos, que desperdiçou por chutar ao invés de passar. Hernanes, principal destaque do adversário no jogo anterior, não conseguia sair da marcação de Arouca e a equipe do Morumbi não chegou a ameaçar o gol peixeiro.



Já no segundo tempo, como a toada seguia a mesma, Ricardo Gomes resolveu mudar e colocou Washington no lugar de Cléber Santana aos 10 minutos. Mas foi o Alvinegro que marcou aos 15, em uma incrível sequência de passes em que a equipe fez a bola rodar pelo campo todo e, pacientemente, achou a oportunidade de gol. Marquinhos viu Neymar livre e cruzou para o atacante que, empurrado por Alex Silva, concluiu quase no chão, com o ombro ou o braço, conforme a interpretação da imagem que nem em slow motion fica clara.

O São Paulo até tentou responder aos 19, quando Washington exigiu pela primeira vez Felipe, que se saiu bem. Contudo, com a partida quase na mão, o Santos mostrou o que já tinha evidenciado na primeira etapa: a equipe tem meninos que parecem moleques peladeiros quando pegam na bola, mas que também são adultos, maduros, apesar dos céticos e dos secadores torcerem para que não fossem. Conseguiram controlar o jogo e quem parecia imaturo era o time do Morumbi, errando jogadas de forma grotesca e fazendo faltas algo desnecessárias, algo violentas.

Foi assim que aos 26 Alex Silva de novo resolveu fazer falta em Neymar dentro da área, pênalti não marcado que renderia a expulsão do defensor. E onze minutos depois, em jogada bem mais duvidosa e cavada, pênalti de Miranda em Neymar. O garoto, que não treme, chamou a responsabilidade e, com nova parada na batida, deslocou Rogério Ceni. O arqueiro desta vez não teve moral para reclamar da cobrança.

Mesmo sem Neymar e Robinho, já no banco, o Peixe conseguiu ampliar com outro jogador que tem sido muito útil quando entra. Madson fintou pela esquerda e cruzou para Paulo Henrique Ganso fazer o dele. Um 3 a 0, a terceira vitória em três clássicos contra o São Paulo, 8 a 3 no total. Será que vão dizer de novo que o adversário era fraco?

*****

Duas personalidades receberam respostas diretas e indiretas de jogadores santistas após o clássico. Primeiro foi o presidente do São Paulo Juvenal Juvêncio, que disse que na primeira partida os meninos estavam “tão apavorados que quase desceram a serra” e depois em entrevista a uma rádio ainda deu seu brilhante parecer de que o Santos era “time médio ou pequeno”, ao comentar a distribuição de cotas de televisão. O cartola demonstrou não apenas despeito e desrespeito como também o desconhecimento de como funciona a distribuição dos recursos obtidos pela venda de direitos televisivos em outros países.

"O São Paulo falou demais. O Santos é grande, muito grande, e merece respeito. Faltou respeito deles. (...) O Santos chegou com méritos, jogando futebol e respeitando o São Paulo", declarou Léo, que teve a companhia de Edu Dracena nas críticas. “Ele [Juvenal] falou muito, só que tirando 20 ou 30 minutos do clássico no Morumbi, o Santos foi superior o tempo todo. Hoje, fomos superiores ao São Paulo durante os 90 minutos. O Juvenal fala o que quer, e a gente não tem que dar resposta a ele.”

Mas outra figura, até pouco tempo recebida com louros e tapete vermelho na Vila Belmiro, também mereceu resposta. Vanderlei Luxemburgo, além de ter falado equivocadamente (pra ser gentil) que lançou Neymar (que ele deixava na reserva ora de Jean, ora de Róbson) e Ganso, durante a semana foi além e resolveu secar deliberadamente o clube que o acolheu quando não conseguiria emprego em lugar nenhum. “Eu não sei se essa molecada do Santos consegue segurar a pressão. (...) Não sei se o Robinho aguenta, se o Edu Dracena, que é o capitão (sic), aguenta", disse o “gênio”.

Impressionante não apenas a análise com ares de torcida, mas a total falta de ética de colocar em dúvida os brios de dois ex-atletas seus, do Cruzeiro de 2003 e do Santos de 2004. "Não vou citar nome de ninguém. Mostramos que nosso time não tremeu, se não jogou no ano passado, esse ano jogou com o Dorival", declarou Léo, fazendo a referência ao ex-técnico santista e acertando em cheio ao não citar sequer seu nome. Ele não merece.

terça-feira, abril 13, 2010

Perdendo a chance de ficar quieto

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Essa eu decidi postar só para o deleite e as considerações do Glauco:

- "Eu não sei se essa molecada do Santos consegue segurar a pressão. O São Paulo levou dois gols, e na volta para o segundo tempo eu vi o Hernanes cobrando um colega. Foi uma atitude de quem tem experiência e eu não sei se o Santos, caso leve um gol do São Paulo [na partida de volta], vai conseguir segurar a bronca", disse Vanderlei Luxemburgo, técnico do Atlético-MG.

- "Não sei se o Robinho aguenta, se o Edu Dracena, que é o capitão, aguenta", reforçou o treinador, confundindo o capitão santista [na verdade é Robinho].

terça-feira, março 02, 2010

'Título mundial de futebol não enche barriga'

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Esse era Luiz Inácio Lula da Silva às vésperas da Copa da Espanha, em 1982. Presidente do Partido dos Trabalhadores e candidato ao governo de São Paulo, o político avisava ao jornal, sem medo de nenhum Larry Rohter, que ia beber "muita" cerveja vendo os jogos da seleção. Naquele ano, infelizmente, o time comandado por Telê Santana, com Falcão, Cerezo, Sócrates e Zico no meio-campo, empolgou mas não ganhou. Lula também perdeu a eleição para Franco Montoro, do PMDB, mas viu seu Corinthians vencer o Campeonato Paulista com Sócrates e a jovem revelação Casagrande. Vinte anos depois, na Coréia e Japão, o Brasil garantiria o pentacampeonato contra a Alemanha, com gols de Ronaldo Nazário, hoje no Parque São Jorge. E, no final do ano, Lula chegaria à Presidência da República. Mas seu Corinthians perderia a decisão do Campeonato Brasileiro para o Santos, de Robinho, Diego, Elano & Cia.

sexta-feira, fevereiro 19, 2010

Santos 6 X 3 Bragantino - Desta vez, Robinho comandou o show

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Estreia de Robinho na Vila, uma torcida e um time confiantes mas que guardavam ainda na memória as dificuldades enfrentadas contra o Rio Claro, no domingo de carnaval. Claro que o técnico Marcelo Veiga, do Bragantino, assistiu à última partida do Santos e tentou repetir a tática usada pelo outro time interiorano: marcar pressão e dificultar a saída de bola do Santos. Mas, desta vez, o Alvinegro contava com a volta de Wesley, que substituiu Germano como segundo volante, e Dorival Junior também mexeu taticamente na equipe para não cair no erro anterior. Ora Ganso, ora Robinho retornavam para fazer a transição para o ataque, deixando o sistema defensivo do rival perdido.

Aliás, Robinho mostrou versatilidade fazendo as vezes de armador. Claro que alguém vai lembrar que ele não foi bem sucedido nas outras vezes que teve que fazer a função no Real Madrid, mas jogar ao lado de meias e atacantes que se deslocam o tempo todo facilita bastante sua tarefa, como ficou evidente ontem. E o Rei das Pedaladas, solto, deu uma bela assistência de calcanhar para o quarto gol santista, e fez dois, sendo o quinto um gol de classe.

A supremacia peixeira se fez notar em todo o primeiro tempo. A porteira foi aberta por Wesley, e depois ampliada por Robinho e André. Se o duelo era entre os dois melhores ataques do Paulista, no intervalo o Santos já se isolava no quesito e o time de Bragança estava a um gol de ser a defesa mais vazada. Até os erros santistas evidenciavam a superioridade técnica do Peixe, já que decorriam do ímpeto ofensivo e da necessidade do ataque em ser imprevisível e rápido para furar a retranca interiorana. Os 3 a 0 foram pouco tendo em vista a produção peixeira.



Na segunda etapa, o Bragantino volta tentando posicionar a equipe na intermediária santista. Mas, a um minuto, uma bela trama entre Robinho e Neymar resulta em mais um gol de André. O Bragantino desconta em bela cobrança de falta aos 8 e tenta se animar. Mas Robinho marca por cobertura aos 12 e sacramenta a vitória.

Com a saída de Neymar e Robinho para a entrada de Giovanni e Madson - que entrou muito mal -, o Braga ganhou terreno e chegou a marcar dois gols em um Santos bastante relaxado. Se Dorival tivesse colocado o bom Zé Eduardo, que marcou o sexto, antes, talvez a vantagem peixeira ainda fosse mais dilatada. Mas a coleção de momentos brilhantes da noite já estava de bom tamanho.

segunda-feira, fevereiro 08, 2010

São Paulo 1 X 2 Santos - Robinho, Neymar e o goleiro-árbitro

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Escutava a partida pela rádio CBN no primeiro tempo enquanto me dirigia a um evento familiar em que seria absoluta minoria como torcedor peixeiro. Durante o caminho, só escutava jogadores do Santos mencionados na transmissão quando o comentarista Vitor Birner disse que o São Paulo era mais ofensivo que o Santos àquela altura, perto dos 30 minutos. Então, o locutor Deva Pascovitch deu um dado surpreendente para um clássico. Até aquele momento o Alvinegro tinha 64% da posse de bola, enquanto o Tricolor tinha 36%.

O comentarista se espantou com o dado, mas tentou justificar dizendo que a postura ofensiva são-paulina era porque ele tentava marcar o Santos no campo adversário. Contudo, o escrete litorâneo conseguia fazer a transição para o ataque tranquilamente. Curiosa a noção de ofensividade aplicada no caso mas, vendo depois os melhores momentos, foi possível ver que a formação de Dorival Junior fazia com que o time tivesse de fato mais facilidade na transição.

Para isso, o técnico sacou Pará e deslocou Wesley para a lateral-direita, o que foi uma bela sacada. Não fragilizou mais um setor que já era fragilizado e deu velocidade nos contra-ataques por aquele lado. Fora isso, Marquinhos na meia também deu um mais técnica para que a equipe chegasse à frente e soubesse tocar a bola quando necessário, sendo incisiva no momento oportuno.

Cheguei ao reduto são-paulino na hora da cobrança do pênalti de Neymar. Feito o tento, um tricolor não conteve a raiva e exclamou: "Humilhou o Rogério Ceni!". O segundo tempo prometia e eu teria que me conter.

A segunda etapa começava equilibrada, mas Ricardo Gomes sacou Washington e colocou Cléber Santana, tentando ganhar a disputa no meio de campo. E conseguiu por algum tempo. O São Paulo passou a buscar o resultado e jogar mais no campo alvinegro, embora não tenha tido, até fazer o gol, chances claras de marcar, exceção feita a um chute de Jean aos 17.

Após o empate aos 22, a partida seguiu equilibrada, e Zé Eduardo entrou no lugar de Marquinhos. Robinho já estava em campo no lugar de André e o Santos voltou a se movimentar com velocidade no ataque. Aos 30, depois de uma bela tabela com Neymar, Robinho finalizou (entendi que ele errou o chute) e Ceni salvou. Mas aos 41 não houve como evitar o gol alvinegro. Zé Eduardo dominou a bola na meia, passou para Wesley que descia na direita e o cruzamento veio para Robinho, de letra, completar diante de um ajoelhado  goleiro tricolor.



De novo, o Santos exibiu lampejos de futebol-arte o que, para o futebol que se joga aqui hoje, não é pouca coisa. E Robinho mostrou o que pode fazer pela equipe e também pela seleção. Ainda que muitos torçam o nariz, ele será imprescindível para a equipe de Dunga.

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Rogério Ceni, durante o intervalo, trocou algumas palavras com Neymar. A TV estava com o volume baixo e não vi o que teria sido dito. Depois, li que o arqueiro tricolor "avisou" o moleque que era para ele "aproveitar para fazer isso no Brasil, pois não é permitido na Europa. Isso não é paradinha, e sim um paradão". E reclamou completando, tal como Boris Casoy, que tem posições políticas semelhantes à dele, dizendo que "isso é uma vergonha".

Curiosamente, Ceni já fez paradinha, (pra quem não viu, o Victor do Blá Blá Gol recuperou uma delas, veja aqui). Claro que a ética de alguns boleiros é bastante maleável, basta classificar uma coisa como "paradinha" e outra como "paradona" que o dilema moral se resolve. Talvez ele tenha esquecido apenas que se adiantar na cobrança dos pênaltis é ilegal, e se alguém for ver onde o goleiro estava após a finta de Neymar, vai ter dimensão do quanto ele preza as regras do futebol.

Seria mais fácil se o goleiro pedisse que Neymar respeitasse os mais velhos.

segunda-feira, janeiro 25, 2010

Mogi Mirim 2 X 1 Santos. Que venha Robinho. Mas só ele basta?

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Aos 40 minutos do segundo tempo, o Santos ainda se recuperava do baque de ter tomado o segundo gol do Mogi Mirim e o comentarista da Sportv, Maurício Noriega, dava um dado espantoso. Até ali, o Santos tinha feito 25 finalizações contra nove da equipe da casa, sendo doze oportunidades de gol. Foram bolas na trave e defesas simplesmente inacreditáveis que davam a impressão de que não era de fato o dia do Alvinegro.

Mas não se pode também atribuir a derrota santista à falta de sorte, a erros de quem foi à frente ou a uma atuação esplendorosa do goleiro Alex Alves. De novo, os limites do elenco peixeiro ficaram à mostra. Se na partida contra a Ponte a saída de apenas um jogador, o lateral-direito George Lucas, foi o suficiente para desarrumar o time, principalmente no setor defensivo, a saída de Roberto Brum no primeiro tempo novamente obrigou Dorival Junior a mexer na estrutura tática alvinegra.

Não que o cabeça-de-área seja um craque, mas tem noção de cobertura e sabe cumprir a função tática de proteger a zaga quase como um terceiro zagueiro. Nem Rodrigo Mancha nem Germano têm essa característica. Por conta disso, três minutos após a saída de Brum, o Santos tomava o gol de empate, com o rápido Geovane avançando em um espaço vazio onde ninguém parecia saber marcar.

No segundo tempo, as chances prosseguiam e o Mogi aproveitava os contra-ataques. Dorival resolveu mudar e colocou Madson e Marquinhos no lugar de Léo (que parece não ter aguentado o ritmo) e André. Nova mudança, Pará na direita e Germano protegendo o lado esquerdo da defesa. Por aquele lado, o volante foi um desastre, envolvido a maior parte do tempo e justamente por ali que o artilheiro do Paulistão Geovane brilhou, em lance individual, e fez o segundo do Mogi.



Pode-se culpar o treinador por ter alterado o time de forma equivocada. Talvez o apagado Ganso pudesse ser sacado ao invés de André, que tem sido substituído costumeiramente. Mas há que se lembrar as limitações e faltas de opções, que se agravam com atletas no departamento médico ou fora do condicionamento físico ideal.

Ou seja, como já observado no texto sobre a vitória contra o Rio Branco, o clube precisa de reforços. Claro que o Santos ganha com a chegada de Arouca, que pode jogar tanto como volante como lateral-direito, sendo superior ao esforçado mas limitado Pará, que desde o ano passado é o símbolo da improvisação no clube. Mas vai ser preciso ir além e contratar mais.

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A chegada de Robinho, que pode se concretizar em breve, é uma oportunidade de ouro para o Peixe negociar um (ou mais de um) novo patrocinador e fazer ações de marketing para valorizar a imagem do clube. E isso, não tenho dúvida que o clube fará. No entanto, por mais que a chegada do campeão de 2002 seja uma boa notícia, é importante que todos tenham em mente que, hoje, Robinho precisa muito mais do Santos do que o Santos dele. Espero que o sete também tenha consciência disso e que sua postura seja distinta de quando ele saiu do Alvinegro. E, se vier, seja mais que bem-vindo, craque!

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Agora, o que foi o Botafogo, hein?

segunda-feira, março 16, 2009

Lembrança indelével

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Durante coletiva em Brasília, na sexta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tentou menosprezar o Manchester City, dos brasileiros Robinho e Elano, com uma comparação inusitada:

- Agora [o jogador brasileiro] não está mais indo para a Itália, para a Espanha. O pessoal está indo para a Sibéria. (...) Hoje tem jogador da seleção, como o Robinho, jogando num time equivalente a um time pequeno, a um Volta Redonda, a um Taquaritinga.

(Veja íntegra aqui)

Sem querer, o presidente acabou fazendo um grande elogio ao modesto Clube Atlético Taquaritinga, ou CAT, que disputa a Série A-2 do Campeonato Paulista (competição em que levantou o título em 1982 e 1992). Já o Manchester City ganhou duas vezes o Campeonato Inglês, em 1937 e 1968.

Mas a memória de Lula para o Taquaritinga, entre milhares de times pequenos que povoam o país, tem uma explicação. Em 1983, primeiro ano em que o CAT disputou a elite do Paulistão, houve o chamado "jogo dos campeões". Em 10 de julho daquele ano, no estádio Taquarão, o CAT (campeão da 2ª Divisão em 1982) recebeu o Corinthians (campeão da 1ª no ano anterior). A expectativa era de goleada do alvinegro paulistano, que tinha Sócrates, Casagrande, Vladimir, Zenon, Ataliba, Biro Biro e Leão - e seria bicampeão paulista no fim da temporada.

Só que o Taquaritinga venceu por 2 a 0, naquela que foi considerada uma das maiores zebras da loteria esportiva em todos os tempos. Os gols foram feitos por Edvaldo (que depois jogaria pela seleção brasileira e São Paulo) e por Carlinhos Maracanã (que também jogou no São Paulo). O resultado foi tão surpreendente que, 25 anos depois, o corintiano Lula ainda lembra o nome daquele time do interior paulista. E o homenageia involuntariamente, comparando-o ao clube atual de Robinho e Elano.

(Texto reproduzido aqui)

terça-feira, fevereiro 10, 2009

Na arquibancada

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60 mil pessoas
Lá pelas 19h20 e mero 1º C na gélida Londres, chego ao Emirates Stadium - estádio para qualquer um babar - para assitir à minha primeira partida da Seleção Brasileira ao vivo. Não dá para não reclamar. Tive que vir para Londres para conseguir ver a Seleção jogar. E não foi por falta de jogo em São Paulo, foi culpa da maldita raça dos cambistas. Odeio cambistas (e, com o perdão da digressão, ainda tenho o azar de ver o Radiohead tocando em São Paulo e não em Londres no período da minha estadia aqui... tá tudo ao contrário).

O clima no estádio era bem mais comum para mim do que nos jogos do Arsenal. Todo mundo bebendo, cantando, vendedores de bandeiras e camisetas mil. Quando o jogo é do Arsenal não tem festa nenhuma do lado de fora, e nenhum camelô, claro. Imagina, vender produto pirata na frente do estádio. Isso aqui deve dar cana na hora.

Mas como faltam poucos minutos para o início da partida, não tomo nenhuminha lá fora e corro para meu portão. No caminho, vários grupos de brasileiros pulam, gritam e fazem festa loucamente, no melhor estilo "Galvão, filma eu". Faz parte.

Nos estádios aqui, é permitida a venda de cerveja, menos nos jogos da Champions League, creio que por questões de patrocínio. O problema é que não pode carregar a cerveja para as cadeiras, tem que tomar tudo nos corredores de acesso. Mais uma vez o tempo urgia e não deu pra ter o prazer de beber uma no estádio (quase meio litro de breja em menos de cinco minutos não ia dar). Mas... não poder assistir ao jogo com o copo na mão também não é tanta vantagem assim.

O início do jogo atrasou um pouquinho - creio que por isso o hino brasileiro foi grotescamente cortado - e, quando começou, tivemos que implorar para a galera do "filma eu" abaixasse as faixas. Triste.

O jogo, como o Glauco já escreveu, começou quente. Logo no comecinho, gol anulado da Itália. Na hora me pareceu impedimento - eu estava na lateral do campo, bem de frente para o lance -, mas os portais dizem que o gol foi legal. Azar da Itália, e meu prazer em gritar "chuuuuuuupa" para os italianos atrás de mim. Delícia!

Logo depois, aos 12, uma bela jogada entre Ronaldinho e Robinho culminou no gol de Elano. Mais provocações aos italianos, mais diversão. Depois, veio a ola. Pode parecer banal, mas os ingleses perto de mim se divertiram a valer. Eu até perguntei para o que estava ao meu lado se eles não tinham ola nos estádios. Não, não têm.

replay na hora
Mas o melhor veio depois, com a pintura que foi o gol de Robinho. (E o melhor é que revimos os gols na hora, por todos os ângulos, pelo telão do estádio. Sem essa história de que não pode passar lance do jogo no estádio). Os gringos simplesmente não acreditavam no que aconteceu. Os espanhóis na minha frente (torcedores do Real Madrid, devem ter ficado um tanto arrependidos) e os ingleses ao lado davam gargalhadas. Mesmo, sem exagero. O que foram aqueles dribles?

man of the match
Aliás, o que é o Robinho quando joga pela Seleção? Mesmo com o relativo sucesso de sua passagem pelo Manchester City, quando ele entra em campo pelo Brasil o nível é outro. Ele se compromete em campo, está sempre atrás da bola que nem um maluco. Dá gosto de ver. Dunga agradece, certamente. E eu, que presenciei, também.

No geral, o primeiro tempo foi muito bom. O Felipe Melo jogou muito bem, o meio se movimentou e a defesa segurou as jogadas pelas laterais da Itália - redundância, porque a Itália só tem jogada pelas laterais e chuveiro para a área. Medíocre.

Já o segundo tempo foi diferente. O Brasil deu aquela acomodada e não importunava muito a defesa italiana. Já a Itália subiu a marcação e foi aquele deus nos acuda de chutão pra frente. Assim, a Azzura conseguiu algumas boas chances. Os atacantes, no entanto, não fizeram a sua parte. Luca Toni chegou perto, mas seu gol foi anulado por ajeitar a bola com a mão. Na hora eu nem soube o motivo, mas não importa, foi bom importunar novamente os italianos.

Que, diga-se de passagem, depois de verem o jogo perdido, começaram a gritar "Robinho estuprador". Ao que os brasileiros perto de mim responderam na lata: "Robinho is fucking Itália". Gritos espontâneos de torcida são ótimos.

No final, substituições protocolares. Achei que o Dunga podia ter colocado o Pato antes, já que Adriano não é opção de saída de bola quando o adversário marca em cima. Ele até tentou, mas correr com a bola pela lateral não é sua melhor característica.

Sem mais emoções, com um olé aqui e outro lá e alguns toques de efeito, o jogo acabou. Agora, o Brasil tem vantagem na série histórica de jogos contra a Itália, o que não é lá muito importante. O que importa agora é importunar os meus vizinhos italianos!

Brasil 2 X 0 Itália: Felipão vai ter que esperar...

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Um dia depois de ter seu cargo ameaçado pela demissão de Felipão do Chelsea , Dunga de novo se saiu bem, como já havia acontecido no amistoso contra Portugal. Os seis "italianos" da equipe titular do Brasil fizeram no primeiro tempo o resultado que o time precisava, tomaram pressão no segundo, mas, no geral o resultado foi justo.



Ronaldinho Gaúcho se movimentou bastante, deu opções ao time e puxou a marcação, além de ter sido o alvo predileto das sarrafadas do pessoal da Bota (sem trocadilho). Das apostas do comandante brasileiro, o lateral-esquerdo Marcelo foi bem e Felipe Melo surpreendeu. Defendeu e também apoiou o ataque com competência, e não se intimidou diante dos campeões do mundo. Aliás, Robinho também não se mostrou nem um pouco acanhado frente aos brutamontes do Calcio. No segundo gol, uma pintura que já entrou para a história do confronto das duas seleções, o atacante roubou a bola como fazia muitas vezes em seus tempos de Santos, chamou Zambrotta pro baile e fez um golaço.

Outro ex-santista, Elano, além do primeiro gol, também quase repetiu a curva na bola do tento que fez contra Portugal . Desempenhando a função que Leão o incumbiu no Santos de 2002, fez as vezes de ponta e também cobriu o meio pela direita. No segundo tempo, Dunga o substituiu por Daniel Alves, exatamente como fez na final da Copa América de 2007 contra a Argentina. Desta vez a substituição não surtiu o mesmo efeito e o ex-peixeiro mostrou de novo que é peça-chave no esquema atual da seleção.

Se foi um jogo de dois tempos distintos em que cada equipe jogou melhor em uma etapa, palmas para quem foi efetivo e competente. E Felipão, pelo jeito, vai ter que esperar outra oportunidade...

*****
Em relação à equipe que disputou a final contra a França em 2006, sete jogadores italianos que estiveram em campo hoje também disputaram a final vencida nas penalidades. Vendo a Itália hoje, percebe-se como a Copa do Mundo é um torneio, diogamos, peculiar. Afinal, como esse time chegou ao título?

Fazendo essa pergunta à blogueira Bia , ela respondeu que "na Copa, os zagueiros não cruzaram com muitos Robinhos dançando na frente deles". Faz sentido. A defesa italiana, louvada como o grande ativo da equipe desde tempos imemoriais, já sofreu com atacantes e meias habilidosos diversas vezes. Que o diga a seleção que foi goleada pelo Brasil em plena final da Copa de 70. Ou seja, a vitória da Azzurra, ainda que nos pênaltis e com um jogador a mais na prorrogação - algo que ficará apagado da História no futuro -  representa uma certa "falência" da ousadia dos jogadores de frente, menos criativos e atrevidos que em outras eras. Por isso, é no mínimo alentador que a vitória brasileira hoje tenha resgatado, de alguma forma e pelo jeito que ocorreu, algum sentido de um futebol menos previsível e mais agradável de se assistir.

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E a companheira Thalita, que estava no Emirates Stadium em Londres, vai contar aqui no Futepoca como foi ver o jogo in loco

quinta-feira, outubro 16, 2008

Santos comemora alta do dólar para lucrar mais com porcentagem na recente transação de Robinho

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Aproveitando a pelada entre Brasil e Colômbia, a diretoria do Santos mandou um adEvogado atrás de Robinho e conseguiu que ele assinasse um documento comprovando que já tinha vínculo com o time da Vila Belmiro nos tempos da categoria sub-13. Isso caracteriza, para a Fifa, que o Santos é o clube formador do atleta. Assim, na recente venda de Robinho do Real Madrid para o Manchester City, por 42 milhões de euros, o alvinegro praiano tem direito a 4,5%. A expectativa da diretoria santista é que esta soma entre nos cofres em novembro. Por isso, a alta do dólar também foi comemorada pelos diretores, pois os valores repassados aos times formadores geralmente estão atrelados à moeda estadunidense. Há crises que vêm para o bem...

quinta-feira, junho 19, 2008

Era Julio Baptista, o melhor em campo

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O Futepoca já xingou a Era Dunga, a Era Parreira e a Era Cafu.

Mas o título deste post não que colocar o melhor em campo no 0 a 0 entre Brasil e Argentina como vilão. Ele desarmou todos os cruzamentos de escanteios e faltas com bola alçada na área e puxou o jogo. Virou o camisa 8 da minha seleção, caso minha indicação como treinador da seleção seja escolhida entre os 180 milhões de postulantes ao lugar do técnico anão. Mas não é o 10.

Foto: CBFNews/Reprodução


Robinho esteve apagado. Diego só não está mais queimado com Dunga do que o técnico com a torcida. Depois de entrar no lugar do contundido Anderson, sempre girando para a esquerda para tentar sair da marcação, não saiu. Foi para o vestiário mais cedo para dar lugar a Daniel Alves, a alteração supersticiosa de Dunga.

Pior, o lateral improvisado na meia entrou melhor do que Diego. Puxou um contrataque e mostrou que deve ser o dono da camisa 2.

Adriano correu e trombou. Ótimo. Mas não chutou em gol. Os petardos de fora da área que já salvaram o Brasil não apareceram. Quando o Rei da Cocada Preta da Inter de Milão tentou tabelar com Robinho, criou-se uma chance de gol, mas não houve novas incursões.

A Argentina de Basile padece de um problema. Não consegue jogar contra o Brasil. Riquelme se acamaleona diante da camisa amarela.

As jogadas individuais de Messi foram a arma dos argentinos. Pelas minhas contas, só foi desarmado uma vez sem faltas no jogo, por Lucio. Quase marcou no final do jogo. Mas não resolveu.

Aliás, falando em talento individual, é curioso ouvir cronistas lamentando uma suposta "falta de craques" à disposição no Brasil como fomentadora da demanda pela prancheta. Antes, dizem, o Brasil resolvia no talento individual. Diante dessa escassez, prosseguem os desiludidos sem assunto, é preciso tática e jogadas ensaiadas.

O Brasil ensaiou, segundo Roberto Carlos, a linha burra de impedimento contra a França, e Henri eliminou a seleção da Copa (Lucio não foi informado do treinamento, é verdade).

Alguns jogadores não correspondem na seleção o que jogam nos clubes. É uma máxima do futebol sem grandes explicações.

Mas Robinho, Adriano e até Julio Baptista já resolveram partidas para a seleção canarinho. Diego já jogou bem. Kaká, contundido, e Ronaldinho Gaúcho estavam de fora dessa convocação.

Então, que papo é esse de falta de jogador bom?

Se eles existem ainda, bora ajudar o Dunga. Como você montaria sua seleção?