Destaques

terça-feira, junho 26, 2007

“Foi uma coisa feia”

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Às 4h30 da manhã de sábado, a empregada doméstica Sirlei Dias Carvalho Pinto, 32, foi assaltada e espancada por cinco indivíduos num ponto de ônibus na av. Lúcio Costa, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. Os agressores, descobertos pela placa do carro que usavam, anotada por um taxista que testemunhou a agressão, foram cinco rapazes de classe média, todos universitários: Rubens Arruda, de 19 anos, estudante de direito, Rodrigo Bassalo, 20, estudante de turismo, Felipe Macedo Nery Neto, 20, estudante de direito, Júlio Junqueira, 21, dono de um quiosque na praia da Barra e estudante de gastronomia, e Leonardo de Andrade, 19, técnico em informática.

Os cinco foram identificados pela vítima e estão todos presos. Segundo ela, quatro participaram diretamente do ataque, enquanto o outro ficou rindo e debochando. O caso inverte a lógica mais comum dos crimes de nossa sociedade: a vítima é pobre e os agressores de classe média. Isso gera situações que unem a tragédia ao ridículo.

O primeiro a ser preso foi o dono do carro, Felipe Macedo Nery Neto. Ele admitiu o crime, entregou os comparsas e declarou que o grupo pensava que a vítima fosse uma prostituta. Repetiu os outros bandidos endinheirados que, em 1997, assassinaram o índio Galdino, em Brasília. Daquela vez, pensaram se tratar de um morador de rua. Para quem não sabe, prostitutas e moradores de rua não são seres humanos. Pelo menos é o que se entende da fala dos dois grupos de rapazes.

A desfaçatez dos mais novos é reflexo da de seus pais. O empresário Ludovico Ramalho Bruno, pai de Rubens Arruda, declarou ao jornal Extra (está na capa) que acha a prisão do filho exagerada e que "mulher fica roxa apenas com uma encostada". Ele também falou hoje à Folha de S. Paulo, de onde transcrevo abaixo essa entrevista (para assinantes). Mais que a cara-de-pau do pai, espanta a docilidade do repórter. Leiam e pensem como seria sua postura se a situação econômica dos personagens envolvidos fosse inversa:

Folha - O sr. acredita na acusação contra seu filho?
Ludovico Ramalho Bruno - Eles não são bandidos. Tem que criar outras instâncias para puni-los. Queria dizer à sociedade que nós, pais, não temos culpa nisso. Eles cometeram erro? Cometeram. Mas não vai ser justo manter crianças que estão na faculdade, estão estudando, trabalham, presos. É desnecessário, vai marginalizar lá dentro. Foi uma coisa feia que eles fizeram? Foi. Não justifica o que fizeram. Mas prender, botar preso, juntar eles com outros bandidos... Essas pessoas que têm estudo, que têm caráter, junto com uns caras desses? Existem crimes piores.

Folha - O sr. já falou com ele?

Bruno - Não. É um deslize na vida dele. E vai pagar caro. Está detido, chorando, desesperado. Daqui vai ser transferido. Peço ao juiz que dê a chance para cuidarmos dos nossos filhos. Peguei a senhora que foi agredida, abracei, chorei com ela e pedi perdão. Foi a primeira coisa que fiz quando vi a moça, foi o mínimo que pude fazer. Não é justo prender cinco jovens que estudam, que trabalham, que têm pai e mãe, e juntar com bandidos que a gente não sabe de onde vieram. Imagina o sofrimento desses garotos.

Folha - O sr. acha que eles tinham bebido ou usado droga?

Bruno - Estamos com epidemia de droga. A droga tomou conta do Brasil. O inimigo do brasileiro é a droga. Tem que legalizar isso. Botar nas farmácias, nos hospitais. Com esse dinheiro que vai ser arrecadado, pagar clínicas, botar os viciados lá, controlar a droga.

Folha - Mas o sr. acha que eles poderiam estar embriagados ou drogados?

Bruno - Mas é lógico. Uma pessoa normal vai fazer uma agressão dessa? Lógico que não. Lógico que estavam embriagados, lógico que podiam estar drogados. Eu nunca vi [o filho usar droga]. Mas como posso falar de um jovem de 19 anos que está na rua numa epidemia de droga, com essas festas rave, essas loucuras todas.

Folha - Como é o seu filho em casa?

Bruno - Fica no computador, vai à praia, estuda, trabalha comigo. Uma pessoa normal, um garoto normal.

O jornalista aceita todas as justificativas do pai, não questiona a tese de que prender “pessoas que têm estudo, que têm caráter” seria castigo demais. E ainda levanta a bola, ao perguntar se eles estavam bêbados ou drogados. Será que a postura dele seria a mesma com o pai de um jovem de 20 anos morador de uma periferia qualquer? Na verdade, nunca saberemos, pois o jornalista jamais entrevistaria o pai de um “criminoso”, um “bandido”. Agora, com o civilizado o pai de “jovens agressores” dá pra conversar.

Gostaria de saber porque os caras que espancaram sem nenhuma justificativa uma mulher indefesa e bateram em mais duas na mesma situação, só por farra, porque acharam que se tratava de uma prostituta, têm “caráter”. Roubo do companheiro Glauco a tradução de uma frase do entristecido pai: "Mas prender, botar preso, juntar eles com outros bandidos... Essas pessoas que têm estudo, que têm caráter, junto com uns caras desses? Existem crimes piores." Tradução: "mas prender, botar preso, juntar eles com pretos, pobres... Essas pessoas que têm estudo, que tem dinheiro, junto com uns vagabundos desses?". Quando eu crescer, quero ter dinheiro para comprar caráter para mim.

Por que Heber Roberto Lopes ainda apita?

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Enquanto manguaças e abstêmios desse e de outros blogs e sites ainda tem como foco da arbitragem apenas Ana Paula Oliveira, barbaridades continuam sendo cometidas por aí. E, é claro, sem qualquer punição ou protesto mais veemente como aconteceu no caso da bandeira prestes a se despir.

Tem figuras que você olha e pensa "como esse cara ainda apita?". Fiquei entre perplexo e indignado (pra relembrar a expressão de um não-saudoso ex-presidente) ao ver Heber Roberto Lopes apitando uma final de Copa do Brasil. Sua lista de falhas e erros é imensa. E não é que o moço estava domingo no "clássico das multidões" no Mineirão? E não decepcionou, fez o que se espera dele. Errou. E feio.

Se é que é possível, Heber conseguiu errar duplamente ao marcar um pênalti a favor do Atlético (MG). Primeiro, porque a falta foi fora da área. Segundo, porque ela não existiu. A penalidade foi desperdiçada e o árbitro livrou a cara. Curioso é que Ziza Valdares, presidente do Alvinegro, havia protestado contra sua escalação, em uma guerra surda entre os dois clubes com a clara impressão de influenciar na arbitragem. O Galo levou a melhor, mas perdeu a partida.

A lista de erros medonhos do calvo árbitro daria uma lista telefônica. Estranhamente, mesmo tendo sido citado na CPI dos Bingos pelo empresário Nagib Fayad, vulgo Gibão, um dos artífices do esquema que derrubou Edilson Pereira de Carvalho e deu o título do Brasileiro de 2005 ao Corinthians, Heber recebeu pronta defesa à época do presidente da CBF, Ricardo Teixeira. Acusado de favorecer times cariocas em casa, o paranaense foi defendido no dia 20 de outubro de 2005 com a seguinte declaração do chefão do futebol tupiniquim: "Hoje mesmo, o nome do Heber foi desmentido pelos procuradores lá em Brasília. É isso o que dá dar credibilidade a bandido. Lugar de bandido é na cadeia". Sabe do que fala.

Naquele mesmo 2005, Heber teve uma atuação desastrosa na derrota do Cruzeiro para o Corinthians no Pacaembu, quando assinalou um pênalti inexistente contra o clube celeste e deixou de marcar um escandaloso em cima do lateral Maurinho. Tevez, que teria sofrido a penalidade, saiu de campo dizendo "não saber" se de fato a tinha sofrido.

Ainda em 2005, outra atuação, digamos, "polêmica" foi na partida entre Botafogo e Santos no estádio Luso-Brasileiro, empate em 3 a 3. além de não assinalar uma penalidade a favor da equipe paulista, inventou um pênalti aos 44 do segundo tempo, o que resultou na expulsão do lateral Flávio, que nada fizera. O goleiro Saulo defendeu a cobrança, mas Heber, como o árbitro vivido por Otávio Augusto no filme Boleiros, mandou voltar. O resultado rendeu inclusive um processo contra o paranaense, já que um advogado se sentiu lesado ao deixar de ganhar R$ 1,4 milhão na Loteria Esportiva com o resultado.

Se a Ana Paula tivesse essa ficha corrida, já teria sido jogada aos leões há muito tempo...

Os que falam de caos não usam

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A sabatina da Folha de segunda-feira do ministro da Saúde José Gomes Temporão rendeu matérias e manchetes por todo lado. O destaque, naturalmente, foi para o mais polêmico: aborto, medicamentos anti-Aids e políticas anti-álcool – cuja demagogia é tratada aqui críticas mais ou menos pilhéricas.

Uma que foi para o pé das notas foi a afirmação de que ele fica chateado quando lê manchetes que falam do "caos na saúde". Tomou uma vaia por isso. Devolveu com números de atendimento, que dizem muito pouco, e com a avaliação de que há crises pontuais e não de todo sistema. Não deixa de ser bom ouvir o dono da pasta defender o Sistema Único de Saúde (SUS).

Perguntado se usaria um hospital pública, usou uma saída politiqueira: "Eu tenho saúde muito boa". Mas devolveu numa direta sobre os jornalistas: "Os que falam do caos são os que não usam o sistema".

Canelada na imprensa. Faltou um repórter – ou alguém municiado de informações de repórteres – para retrucar com dados.

O Waldir Pires não pode usar o mesmo argumento para criticar a imprensa.

segunda-feira, junho 25, 2007

Palpites, palpites são

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Um dos meus primeiros posts no Futepoca, há um ano, comentava o motivo de minha falta de ânimo para torcer pela seleção brasileira. É fato: desde meados dos anos 80 que não vejo uma convocação ou escalação de time titular que me convença. No tal post, eu palpitava quais seriam meu convocados caso estivesse no lugar do (blah!) Parreira: uma mescla de alguns atletas do Santos de 2002/ 2003 com outros do São Paulo de 2005/ 2006, mais os craques indiscutíveis de sempre - Kaká, Robinho, Ronaldinho Gaúcho e Alex (ex-Palmeiras e Cruzeiro) entre eles. Agora vejo que o Dunga, na Copa América, pretende armar o time com Alex (ex-Santos), Elano, Diego, Robinho, Mineiro e, talvez, Josué. Não acho uma heresia supor que Cicinho e Léo poderiam muito bem estar disputando vaga com Maicon e Gilberto. E vou além: será que Fábio Costa ou Rogério Ceni não poderiam figurar pelo menos no banco de reservas? Uma coisa é certa: para mim, Robinho e Elano (foto) seriam titulares de qualquer seleção possível ou imaginável. Mas visualizem um time com: Fábio Costa (ou Rogério Ceni); Cicinho, Juan, Alex e Léo; Josué, Mineiro, Elano e Diego; Robinho e Vágner Love. Não se trata de reunir "os melhores" ou mesmo "os craques" (como na última Copa), mas sim um "conjunto" mais coeso. Tá, tudo bem, não se pode prescindir do Kaká e do Ronaldinho entre os titulares. Mas eles tentaram pedir dispensa do torneio, não estão motivados. E a Copa América deveria priorizar quem está realmente afim de mostrar serviço. Será que a escalação sugerida seria tão ruim quanto parece? Não sei. Depois do time da última Copa, acho que nada pode ser considerado mais sofrível. Por fim, uma dúvida: se o meu raciocínio coincidiu com o do Dunga, sou tão tosco quanto ele ou também poderia assumir o comando da selecinha? Até cobraria menos, sem crise...

Caluniado abaixo, Richarlyson diz que quer ver Ana Paula na Playboy

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Na linha Fofoca, futebol, política e cachaça, mais uma.

O meia do São Paulo Richarlyson se mostrou interessado nas fotos da auxiliar de arbitragem Ana Paula Oliveira. "Quero ver como ela é", entusiasmou-se o atleta. "A Ana Paula tem a beleza brasileira que eu admiro", explicou à imprensa. Ele acha que a função exercida dentro de campo vai ser prejudicada.

Outro colega do São Paulo, Hernanes, disse que não vai comprar a revista. O motivo é não se deixar contaminar com a necessidade de elogiar a moça. Ele diz que "vai ficar ruim para ela, pois os torcedores vão querer elogiar, e isso pode atrapalhar o desempenho dela durante as partidas".

Diante de desculpa esfarrapada e do interesse do Richarlyson, sempre alvo de preconceito e discriminação em todos os outros fóruns que não o Futepoca, será que algum dos comentadores do texto abaixo vai querer rever seu palpite?

Jogador de clube paulistano quer assumir que é gay

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Deu na coluna Zapping, do Folha On-line. Um jogador de um grande clube paulistano está disposto a assumir que é homossexual. Ele estaria negociando uma entrevista exclusiva com o Fantástico. No entanto, dirigentes do clube e o empresário do rapaz são totalmente contra, acham que seria o fim de sua carreira. Sempre segundo a coluna, contrataram até uma assessoria jurídica.

Comentários:
- Talvez seja respondida a pergunta do Glauco, num comentário sobre a Ana Paula, se o preconceito contra as mulheres é maior do que o contra homossexuais.
- Alguém se habilita a chutar o nome do jogador?

2 a 0, sem prepotência

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Ricardo Saibun/ Gazeta Press

Dessa vez não teve time reserva em campo, mas parece que o Santos sentiu mais os desfalques de Kléber e Maldonado do que o São Paulo os de Alex Silva e Josué. O que mais espantou, ontem, não foi o domínio relativamente tranqüilo do Tricolor. Mas, sim, a apatia, falta de poder ofensivo do Peixe, que sempre toma a iniciativa e dá sufoco jogando em casa.
Não é prepotência dizer que o São Paulo poderia ter marcado pelo menos mais um além dos 2 a 0. Ilsinho perdeu um gol feito na cara do Fábio Costa e oito boas jogadas de ataque ou de bola parada foram desperdiçadas por Jorge Wagner, Hugo, Hernanes e Dagoberto. O Santos também poderia ter marcado e tentado uma reação, se tivesse explorado o buraco que Ilsinho sempre deixa atrás de si quando vai ao ataque.

Mas não era o dia de Carlinhos e Hernanes conseguiu o milagre de tirar em cima da risca o gol de Morais que poderia, finalmente, acordar o time do Santos. Quanto à arbitragem, acompanho o veredito de Luxemburgo: não comprometeu. Revendo os lances na Bandeirantes, fica claro que quatro pênaltis poderiam ter sido marcados, dois para cada lado. Mas Paulo César foi coerente: não marcou nenhum.

Só achei que ele economizou cartões para o Santos no primeiro tempo. Domingos deve ter se inspirado no Sandro Goiano, ontem: só o Dagoberto levou uns quatro pontapés dele. No segundo tempo, o santista ainda deu um murro na cara de um são-paulino, fora do lance de bola, e ninguém viu. Wesley também acertou uma cotovelada em André Dias (em lance parecido com o de Lenílson na mesma Vila, em 2006), e ficou por isso mesmo.

Hugo foi expulso corretamente por reclamação, mas, no lance, ele havia sido claramente derrubado com um bico na canela. No fim do jogo, Marcel ia sair sozinho na cara de Fábio Costa, mas foi derrubado. A falta nem foi marcada e com isso o jogador santista, último homem, não foi expulso e nem levou amarelo. Mas ainda bem que essas coisas não influíram no resultado. Deixo registradas essas observações apenas para mostrar que, muitas vezes, o São Paulo é prejudicado - e não beneficiado - pela arbitragem.

Ao fim e ao cabo, a vitória foi importante para o time se reencontrar. E garante uma certa tranqüilidade, pelo menos até o (sempre) perigoso clássico contra o Curíntia. É óbvio que o São Paulo não é nada dessas coisas. Porém, se Júnior reassumir a lateral esquerda e Jorge Wagner passar para o meio, pode tentar alguma coisa no campeonato. Tomara que o Muricy dê uma organizada nas idéias.
Ps.: Vi o compacto de Palmeiras x Atlético-PR. Impressionante: o alviverde escapou de uma goleada. Já o Atlético-MG não teve a mesma sorte.

domingo, junho 24, 2007

Ana Paula, expulsa dos quadros da Fifa, está assustada com a repercussão

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Após apitar mais um jogo da quarta divisão, desta vez vestida de cor-de-rosa, a árbitra Ana Paula Oliveira, em entrevista ao programa Esporte Espetacular, se disse surpresa com a repercussão da notícia de que posaria nua para a revista Playboy.

O jornal espanhol Marca deu ampla cobertura, com foto e tudo, destacando que "'Aninha' se equivocou na última partida".

O espantou decorre, segundo ela, de que todo árbitro tem uma segunda profissão. Em seu caso, são palestras e o trabalho de modelo, ainda sem "nada tão grande" quanto as páginas da revista masculina. Pessoalmente não entendo a grandeza que representa para a profissão de modelo o ato de tirar a roupa para uma publicação dessa natureza, embora os moços tarados que têm no Futepoca informações quentes sobre a moça provavelmente discordam da minha pessoa.

Consta que Ana Paula só volta a apitar em setembro. Ela tem que cumprir a geladeira mais longa da arbitragem brasileira – casos registrados na minha memória – e vai aproveitar para compromissos nos Estados Unidos em agosto. A auxiliar de arbitragem já foi fotografada por JR Duran, na sexta-feira, 22.

Sobre o teor delas, nada de detalhes. Só há garantia de que não há referências ao manto sagrado dos homens-de-preto.

Parece que os velhinhos da Fifa conseguiram...

Quer dizer, aquele papo de que uniforme de bandeirinha havia virado fantasia sexual, declaração proferida à mesma revista à qual ela agora posa nua, era tudo conversa mole?


P.S.: A redação teve acesso bloqueado a fotos da Ana Paula na internet. Mas é só clicar aqui que tem um monte, de posts anteriores.

Relutei, não precisava. Fora Caio Jr.

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Os 2 a 0 em pleno Palestra Itália do Atlético Paranaense com a repetição da mesma lenga-lenga de que o time não está tão mal e blá, blá, blá me cansaram. Relutei, não precisava tanto. Mas me contive a aderir a campanha "fora Millhouse", ou melhor, "fora Caio Jr.".

É óbvio que a culpa não é exclusivamente dele. O centro-avante Max, recém-chegado do América-RN foi bem, mas não o suficiente.

Ajuda o mau-humor um fim de semana de trabalho que ainda não acabou.

Não dá idéia, não dá idéia

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Foto: Governo de Foz do Iguaçu
Do blog do Josias de Souza vem a notícia de que o PSDB teria encomendado pesquisa de opinião para saber a quantas anda o brasileiro. A tabulação das respostas de 3.500 pessoas, segundo o blogueiro, são guardadas a sete chaves.

O motivo: Lula teria hoje apoio de 56% dos entrevistados para um terceiro mandato. O Congresso, mais sem moral do que nunca, teria seu fechamento aplaudido por 58%. Claro que não seria o caso, mas não dá idéia...

O dado é superior aos tradicionais 50% que não vêem vantagem de um regime democrático sobre uma ditadura averiguados pelo Latino Barômetro. O último dado é de 2004. Os escândalos recorrentes no Congresso Nacional não ajudam, mas registre-se que o cruzamento dos dois dados não pode ser automático, porque não necessariamente todos os que apoiariam um fechamento do Congresso atrelam a medida a uma ditadura. Escrevendo de outro jeito: a pergunta provavelmente não explicitava se o fechamento seria definitivo ou temporário.

Ainda assim, é grave.

Foto: Senado

Entrevistados queriam ver o Congresso fechado. Assim ficou, por ora, só o bico do tucano.

Mais umas
Ainda pelo levantamento do PSDB, o PT segue o partido mais prestigiado, seguido pelo PMDB e, depois, pelos tucanos. Os democratas ex-pefelistas são desconhecidos. O dado bate com levantamento do próprio DEM. Em 1989, o Datafolha mostrava os petistas como preferidos de apenas 6%, metade do que tinha o PMDB. O curioso é que ao mesmo tempo em que a corrupção é apontado como um problema do governo, os entrevistados também identificam a gestão do ex-sapo barbudo com o combate às falcatruas. A turma acha o Bolsa Família bom, que foi o Lula que inventou (40%), mas talvez em cima de alguma coisa do Fernando Henrique Cardoso (25%). Falando no ex-presidente, um terço nem querem ouvir falar em privatização (ó que bom). José Serra, Geraldo Alckimin e Aécio Neves são, na ordem, os mais conhecidos do tucanato.

Paraná proíbe quentão e vinho quente

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Na reta final das festas juninas, o Ministério Público do Paraná proibiu o uso de cachaça no quentão e de vinho, no vinho quente. Desde 2003, a venda de quentão para menores de 18 nas escolas estava em vigor. Para evitar problemas, adotaram suco de uva, limão, gengibre e outros ingredientes para servir as duas modalidades de chá. Sim, porque o nome adequado para a novibebida implantada nos convescotes do mês de junho merecem esse nome.

O uso da criatividade para achar novos ingredientes consumiu toda a capacidade de inovação das cozinhas escolares, que se viram restritas a adotar o nome de "esquentão" para o chazinho.

O promotor de Justiça Cleyton Maranhão considera que não há lógica nem cabimento em oferecer bebidas com álcool "considerando que a festa junina é um ambiente de confraternização entre pais e crianças".

A frequência de brigas nas escolas levaram algumas a antecipar a festa junina para maio. Solicito intervenção dos especialistas em trocadilhos a sugestão de nome para o evento.

Seria mais uma investida do estado cujo governador, Roberto Requião (PMDB) é notório fã de Hugo Chávez e alinhado ao governo federal brasileiro com suas políticas anti-álcool?

sábado, junho 23, 2007

Ninguém na Copa América

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Seleção mista para a Copa América na Venezuela. Entre os 22 convocados por Bob Bradley, técnico dos Estados Unidos, há apenas nove atletas na disputa da Copa Ouro, o análogo promovido pela Concacaf na América do Norte e Central. Apenas sete atuam na Europa, o restante ganha a vida na Liga Americana de Futebol (MLS). A satisfação de desconhecer 100% dos nomes é sem igual (desafio?). Sorte da Argentina no Grupo C.

Enquanto isso, Hugo Sanchéz, o dono da caneta na seleção do México, não terá Pável Pardo, Ricardo Osorio e Carlos Salcido. Todos três pediram dispensa. Sorte do Brasil?

Dunga, como se sabe, não conta com Kaka, nem Ronaldinho Gaúcho. Não dá para dizer que é um mistão, mas os meias vinham sendo, com ou sem razão, os grandes nomes das convocações do capitão do tetra (que orgulho).

Tantos desfalques levantam a suspeita: tudo não passa de um boicote ao presidente venezuelando Hugo Chávez, por aquilo que ele representa para ele representa para o pimpolismo de esquerda no continente?

Nem tanto. Registre-se que o canal de TV educativo que ocupa a banda concessionada antes à RCTV, TVes, será o dono dos direitos de transmissão da Copa, como forma de garantir audiência ao evento esportivo mais importante sediado no país desde o Panamericano de 1983. Mas Chávez, que investiu US$ 1 bilhão no evento, promete se esconder. Embarca para a Rússia e o Irã na terça-feira, 26.

Até ele boicota?

Foto: AloPresidente.gob.ve

"¡Uh, ah, Chávez no se va!" Nem o presidente venezuelano
estará no país para assistir à competição de futebol. Se for por
radicalismo de preferência ao beisebol, pode haver uma
debandada definitiva do Futepoca para a oposição.

Sonhos em campo

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A companheira Bia, do blog parceiro do Futepoca que leva seu nome, acaba de lançar o livro Sonhos em Campo, uma série de entrevistas feitas por ela e por Silvia Kuntz, falando dos sonhos estimulados pelo mundo da bola sob os mais diversos prismas. Abaixo, o release das moças:

Quando a bola rola nas ruas, quadras ou campos de futebol ao redor domundo, inicia-se, além da corrida lúdica do esporte em questão, uma corrida ideológica, onde sonhos estão em jogo. Seja o de ascensão social ou o de suceder no esporte mais popular do mundo.

No Brasil, por questões óbvias, a primeira opção é a mais recorrente:é em busca de uma profissão, que milhares de meninos participam depeneiras em clubes de futebol espalhados pelo país. Além do talento (ou mais do que o talento), é preciso sorte, estrela... Estar no local certo, na hora certa.E isso não faltou a Neymar, jovem promessa do Santos F.C., com 14 anos, mas salário e empresário de gente grande.

No Palmeiras desde os 13 anos, o goleiro Bruno Cardoso ainda vive as incertezas da profissão. Incertezas que mudam do dia para a noite. Hábem pouco tempo, era a quinta opção para o gol do clube. Hoje, é a segunda. Amanhã, só o futuro dirá! Afinal, uma carreira como Rogério Ceni constrói há 16 anos no São Paulo F.C. é exceção. Uma raridade nofutebol atual, em que os atletas colecionam camisas.

E a mais desejada delas é a de um clube europeu. Edu, por exemplo,saiu do "terrão" do Corinthians para vestir a do Arsenal (Inglaterra),desfrutar os benefícios de viver em um país de primeiro mundo e atuarem um futebol organizado. O mesmo fez Diego, campeão pelo Santos comapenas 17 anos. Assim como a ascensão na carreira, sua ida à Europa foi precoce.

Europa? O Dr. Sócrates Brasileiro até acha válido. Pela experiência devida, o intercâmbio cultural apenas. Sonha com o dia em que o Brasil passe a exportar o "produto final"-campeonatos de qualidade para o mundo assistir. Aquilo que os europeus fazem hoje, com a nossa matéria-prima.


Já as mulheres no futebol configuram um capítulo à parte. Para elas, o fator "sorte", "estrela", pouco conta. Hora e lugar certo, será queisso existe? Para a maioria, de fato, não. Mas Roseli, medalha de prata com a seleção na Olimpíada de Atenas, em vez de aceitar o fardo, optou por traçar seu próprio caminho.

Seja lá qual for o apito inicial, quando ele soa, é hora dos sonhos entrarem em campo!

Em tempo: para adquirir o livro, é só escrever para sonhosemcampo@gmail.com e falar com Renata. São 20 reais + frete (ou menos de cinco Originais em qualquer bar por aí).

Acabaram com a provocação-arte

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Quem apostou que a volta do veterano volante-manguaça Vampeta ao Corinthians seria a retomada das provocações bem-humoradas aos adversários, não perguntou ao técnico Paulo César Carpegiani o que ele achava disso.

O epicentro nem foi Vampeta, mas Pedro e Cadu. O lateral prometeu empenho ("do pescoço para baixo é canela") e o zagueiro, "derrubar" o Palmeiras.

Carpegiani não gostou quando a reportada foi perguntar o que ele achava disso. "Futebol é para ser decidido em campo e essas declarações podem transformar tudo em uma guerra. Não interessa para ninguém. Não vou proibir ninguém de falar o que deseja, mas pedi mais moderação", afirmou Carpegiani.

Registre-se a infelicidade da míope ampliação da canela proposta pelo corinthiano, péssima para o futebol e para a saúde da faringe dos adversários – sem falar no estômago e na própria canela, maltratada mais do que a bola.

Adoradas pelos setoristas de treino sem assunto, as provocações a adversários salvam as páginas de fofoca, quer dizer, de esportes. Quando a piada é boa, o torcedor se diverte, o adversário xinga. As declarações dos jogadores foi providencial para ter notícia sobre o time de Parque São Jorge, cujo jogo contra o Botafogo deste fim de semana foi adiado.

Mas ninguém espera de um atleta do Corinthians além de "derrubar" o Palmeiras. Isso não é ruim para ninguém. Muito super-ego, junto com nenhum amor à camis... quer dizer, ao contrato, deixam o futebol mais morno e os times com menos cara.


sexta-feira, junho 22, 2007

Então tá, Oscar Ruiz

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Retirado do portal Terra, uma pérola filosófica de Oscar Ruiz, árbitro colombiano que apitou a final da Libertadores, a respeito do anúncio da decisão da auxiliar Ana Paula de Oliveira de posar nua para a Playboy:


"A mulher de César (Imperador italiano - grifo nosso pelo absurdo, seguido de "sic"), não tem de ser apenas a mulher dele, mas aparentar sê-la. O padre não deve apenas vestir a batina, deve agir como padre. O mesmo serve para o árbitro, que não basta vestir o uniforme tem de manter o respeito. Ana Paula deveria ter pensado nisso. Eu nunca posaria nu e repudio isso", disse.

Futurologia dos treinadores do Brasileiro

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O poeta Augusto dos Anjos reclamara em certo poema que "um urubu pousou na minha sorte". A tal ave, que no caso não tem nada a ver com o mascote do Flamengo, anda rondando diversos times no Brasileiro e pode acabar ceifando alguns treinadores nas próximas rodadas. De acordo com o nível técnico apresentado na competição, pode ser mais divertido fazer bolões de que técnicos vão cair do que perder tempo adivinhando qual time vai ganhar tal partida. E tem muita gente esperando de camarote a desgraça alheia para voltar. Vamos à futurologia, pois.

O Flamengo está na zona de rebaixamento e o Vasco, com uma partida a mais, está entre os cinco primeiros, embora tudo indique que vá despencar algumas posições nas próximas rodadas. Se um time carioca entra em crise, qual é a solução? Ele mesmo, o da foto, Joel Santana, que, em caso de um resultado catastrófico para um dos dois rivais no clássico de domingo, já pode tirar sua prancheta da gaveta. Se não, ainda vai ter que esperar algumas rodadas.

Já o Palmeiras tem o clássico contra o Corinthians e depois pega uma seqüência em tese mais tranqüila, América (RN) no Palestra Itália e Naútico fora. Mas, para um treinador cambaleante, as partidas fáceis podem ser fatais. Tropeços podem fazer com que Caio Júnior ceda lugar a, quem sabe, Abel Braga, hoje no Marítimo de Portugal. Mas não ficaria desempregado por muito tempo: o carioca em crise que não ficar com Joel, fica com o possível futuro ex-palestrino.

A proximidade da eleição e a falta de contratação que frustra os planos de Vanderlei Luxemburgo também podem precipitar a saída o técnico do Santos. Ainda mais com o mercado europeu aberto, que tanto seduz o "caipira" (para relembrar termo utilizado pelo não-saudoso FHC). Assim, técnico e clube chegariam a um acordo, resultando em uma bela economia para os cofres da Vila Belmiro. No caso, se a separação não for litigiosa, Luxemburgo poderia indicar seu sucessor. Mas se a saída dele de fato aocntecer, vai ser fruto de conflitos pouco amistosos (não propriamente uma novidade na carreira) e, o mais provável, é que Marcelo Teixeira busque outro nome que tanto lhe apraz. Seria Emérson Leão, hoje desempregado e esperando alguém que lhe pague algo próximo da metade da fábula que ganhava no Corinthians.

Já Muricy Ramalho enfrenta Santos, Flamengo e Corinthians. Grandes partidas, bastante mídia. Fracassos inevitavelmente resultariam na derrubada do técnico, e o curioso é que poderia se inverter uma lógica recente. O Tricolor, que tem derrubado treinadores do Alvinegro paulistano, pode perder o seu justamente após o clássico com sua vítima predileta. Claro, contando também que o Corinthians quebre o tabu contra seu algoz. Seria uma bênção para os corintianos e também para Paulo Autuori, treinador preferido da diretoria sãopaulina.

E existem ainda outros técnicos que podem entrar na dança das cadeiras de outros times. Giba, recém-saído do Sport, e Vadão, que também saiu do Atlético (PR), podem ocupar vagas de outros clubes que já se candidatam ao rebaixamento. Agora, é sentar e torcer.

Bigode de branco

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Três jornalistas deixam a redação. A pé. Antes de alcançar a esquina, o bar quase termina de encerrar as portas. Antes que a tristeza abalasse aos ainda não-embreagados, um cidadão de bigodes que mal se agrisalhavam, calva avançada e vestido de branco da cabeça aos pés pára e coça a barriga modelo tiozão:

— Que delícia essa vila. Era meu sonho de consumo uma assim, mas nunca tem pra alugar, né?

Solícito e, talvez, farejando álcool no ar, o primeiro se adianta e responde que viesse um mês antes teria achado a casa do sonho. O bigode de aparência que lembra o deputado federal Luiz Eduardo Greenhalgh quer saber o preço, se é bom, se é grande. Olha de novo, e sem ser questionado explica:

— A localização não é a que a gente queria, mas é uma tranquilidade...

O silêncio constrangedor se instala por pouco tempo. Ele explica a origem sorocabana como motivo da bucólica fuga da agitação da metrópole dentro dela própria. Quer saber de onde são os transeuntes que até então nunca vira na vida. Não se interessa pelo paulistano, nem pelo santista. Mas...

– Ah, Rio Claro, que cidade. Em Sorocaba, se você sai nessa hora para jantar, vai achar o restaurante do hotel no centro e só. Em Rio Claro não, você acha pelo menos uns cinco... (pausa) Exagerei? Três tem, vai?

Mais dois comentários desconexos, seguidas de confirmação sem jeito de quem não está na mesma altura etílica são a senha para a despedida.

O manguaça parte. Denuncia seu estado deplorável ocultado na fala quase sem enrolar. Ao caminhar, aderna na calçada, pende para um lado e outro. A queda, iminente, não ocorre.

– Putz, ninguém perguntou qual era a profissão do cara pra escrever no Futepoca... – lamenta um dos que ficam depois de algumas exclamações de surpresa e gargalhadas.

O Conselheiro Acácio ameniza:

– De branco, devia ser dentista, ou médico.

– Vai ver era medium.

Luxemburgo não quer se comprometer

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Depois de melar a negociação do Palmeiras com o atacante Kleber, do Necaxa do México – em ação considerada anti-ética pelo bastião do comedimento Chico Lang –, o Santos enfrenta um probleminha pra acertar com o centro-avante. O jogador quer contrato de um ano e não de seis meses como oferece o time da Baixada.

A mesma exigência era pendência que atrasou a negociação com o alvi-verde e permitiu que, com um troquinho a mais, o Peixe passasse o Palestra para trás. Marcelo Robalinho, apresentado como representante do atleta, reclamou que a família do cabra estaria tentando fazer um leilão entre os interessados.

A sugestão para o comandante do escrete alvi-negro da Vila Belmiro Vanderlei Luxemburgoveio do cunhado Fabiano, que garantiu que o camisa 9 é o goleador que o time precisa. Mas é justamente de Luxemburgo, informa o Estadão, que vem a resistência aos 12 meses de contrato.

Diz a nota: "como provavelmente o técnico vai para o futebol europeu após o encerramento do seu contrato, em 31 de dezembro, Luxemburgo não poderia assumir um compromisso de mais de seis meses com Kléber."

As eleições na diretoria do clube também são apontadas como uma dificuldade para a transação.

A Luxemburgo, assíduo leitor do Futepoca, fica a pergunta: já de malas prontas?

quinta-feira, junho 21, 2007

Secretaria do Ensino Superior é ilegal

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e agora, Mr. Burns?

do Última Instância

Magistrado diz que Secretaria de Ensino Superior é ilegal, mas nega liminar

Danielle Ribeiro

O desembargador Palma Bissom, do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), negou pedido de liminar da bancada do PT na Assembléia Legislativa de São Paulo contra os Decretos 51.460 e 51.460, de 2007, que criaram a Secretaria de Ensino Superior e a vinculou às universidades paulistas.

Ao tomar a decisão, Brissom reconheceu a inconstitucionalidade dos decretos, mas entendeu que o Decreto Declaratório 1/07, expedido posteriormente pelo governo do Estado, esvaziou a real utilidade da secretaria e, por isso, deixou de existir a urgência da liminar.

“Somente por lei da iniciativa do governador, portanto via Assembléia Legislativa, vale dizer, mediante obrigatória observação do processo legislativo, podem ser criadas e extintas Secretarias de Estado”, disse o desembargador.

Ação

Na Adin (ação direta de inconstitucionalidade), o PT alegou que a criação da secretaria violou a Constituição Estadual, “já que somente por lei, nunca por decreto, se poderia criá-la”. Ainda de acordo com o partido, a vinculação das universidades paulistas à secretaria fere o princípio da autonomia universitária.

Além disso, o PT afirma que, ao criar a Secretaria de Ensino Superior, o governo do Estado extinguiu a Secretaria de Turismo, ao contrário do que afirmavam os decretos, que tratavam de mera transformação de nomes. “Turismo nada tem a ver com ensino superior. Diferem uma coisa da outra como água do vinho, evidentemente”, diz o partido na Adin.

Para o desembargador, é evidente que as secretarias de Estado deverão ser criadas ou extintas somente por lei, o que configura a inconstitucionalidade dos decretos. No entanto, ele explica que o governo, “buscando reforçar a autonomia universitária” editou o Decreto Declaratório 1, de 30 de maio de 2007, que deu nova redação a vários dispositivos do Decreto 51.461 e retirou a possibilidade de intervenção nas universidades.

“Fico com a forte impressão de que o decreto declaratório em questão por assim dizer extrapolou o reforço a que se propôs, chegando mesma a esvaziar a real utilidade da Secretaria de Educação Superior e o perigo que a criação dela representava à autonomia universitária”, concluiu Palma Bissom, ao indeferir a liminar.

Bolas paradas

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Um dado interessante saiu na Folha do dia 18: 56% dos gols feitos pelo Botafogo no Brasileirão foram em lances de bola parada. Dos 18 gols marcados, 10 foram em faltas, escanteios e adjacências. Ainda mais curioso, nenhum gol de pênalti.

A porcentagem é muito acima da média do campeonato. Tirando o Botafogo (sempre de acordo com o Datafolha), 36% dos gols foram em lances de bola parada.

O dado pode ser interpretado como mais uma prova do equilíbrio do Brasileiro. O time que se destaca o faz por treinar mais ou ter jogadores melhores ou ter mais sorte em uma situação específica.

Ainda não vi nenhum jogo do Bota, por isso não falar nada sobre o futebol de seu time. Mas esse número é estranho para o time que vem sendo cantado e decantado pelos comentaristas como o de futebol mais bonito de se ver até agora.

Para os treinadores de outros clubes, por favor, vamos caprichar mais nos treinamentos!