Destaques

quinta-feira, agosto 23, 2007

O Piauí cansou da Philips

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A infeliz - mas reveladora - declaração do presidente da Philips do Brasil, Paulo Zottolo (um dos arautos do Cansei), ao Valor Econômico, de que "não se pode pensar que o país é um Piauí, no sentido de que tanto faz quanto tanto fez; se o Piauí deixar de existir ninguém vai ficar chateado", continua rendendo pano pra manga. Depois de dezenas de notas de repúdio, agora é a vez da Philips sentir as conseqüências no bolso.

O grupo piauiense Claudino, quinto maior comprador da Philips no Brasil, mandou suspender as compras dos produtos da empresa e retirar todos os aparelhos que estavam sendo vendidos no Armazém Paraíba, sua loja de departamentos.

O senador João Vicente Claudino (PTB-PI), vice-líder do governo no Senado e um dos executivos do Claudino, disse que o grupo empresarial de seu pai não pretende mais comprar produtos Philips. "Por tempo indeterminado", frisou. O grupo tem mais de 300 lojas de departamentos em dez estados.

Outros empresários do Nordeste também pretendem aderir ao boicote, em solidariedade ao Piauí. Eles esperam que a Philips faça uma retratação, não apenas com uma nota pública de desculpas. A reação popular também é feroz. Entidades estudantis organizaram na semana passada um boicote e quebraram produtos Philips em praça pública. Quem fala o que quer...

Vidente diz que Clodovil é filho de JK

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Deu no Fuxico. O vidente Jucelino Nóbrega da Luz afirmou que teve sonhos premonitórios (não seriam posmonitórios?) em que lhe era revelado que o pai do deputado federal Clodovil Hernandes (PSC-SP) era filho biológico do ex-presidente Juscelino Kubitschek.

Clodovil foi adotado por um casal de imigrantes espanhóis e nunca conheceu seus progenitores. Pelas contas do deputado, que nasceu em 1936 e está com 71 anos, a hipótese é possível. Kubitschek nasceu em 1902 e, se vivo fosse, estaria hoje com 105. Assim, Clodovil seria filho de um caso extra-conjugal de JK, já que o ex-presidente teria sido pai quando já estava casado com Sara Kubitschek.

O vidente Jucelino Luz se arvoreia de ter previsto o 11 de setembro e os atentados de Madrid em sua página na internet. Mas, dentro de suas previsões, jurou de pés juntos que um tal Geraldo Alckmin seria eleito presidente da República no ano passado: "Há dentro dessas muitas outras razões, que levará o Ilustre Presidente vir a perder as eleições de 2006, por uma margem de 67% de votos contra a sua pessoa, demonstrando assim, que hoje o que vale é lá nas urnas a decisão final e, não adianta gastar milhões que não resolverá o problema porque quem conduz tudo isso é Deus, e não à (sic) vontade dos homens."

Também previu vitória de tucanos e democratas em vários estados. Errou a maioria. Para justificar seu "engano" na corrida presidencial, saiu-se com a pérola: "Diante do quadro político nacional que se apresenta, esclareço que a atual conjuntura da sucessão presidencial, não abala de nenhuma forma minha atuação na condição de premonitor ou paranormal, como costumam denominar-me, uma vez que os estudos científicos baseados na Parapsicologia revelam que um índice de acertos de cerca de 7% (sete por cento) já é suficiente para creditar-se um elevado grau de paranormalidade , e o que dizer quando o premonitor acerta aproximadamente 90% (noventa por cento) de suas previsões, como é o meu caso."

Então tá.

quarta-feira, agosto 22, 2007

Palmeirenses prometem 'Tsunami Verde' no domingo

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Torcedores do Palmeiras prometem pintar as ruas de verde neste domingo, 26 de agosto, dia do aniversário do clube. Em vez de tintas, camisas do clube. A segunda edição do "Tsunami Verde" é amplamente divulgada pelos parceiros.

SóPalmeiras

Torcida promete uma onda na vitória contra o Figueirense

O Parmerista convoca para assistir ao jogo contra o Figueirense no Boleiros Bar. Observatório Verde e outros trazem também um banner com a contagem regressiva, formulado pelo PalmeirasNet.

Apesar da oscilação na tabela do Brasileiro, os alvi-verdes têm motivos para comemorar. A quinta colocação a um ponto do cavalo-paraguaio Botafogo e do Vasco (que tem um jogo a menos) traz expectativa de ver o time de volta à Libertadores em 2008. Se bobearem (em demasia), faz até mais.

Além disso, pesquisa DataFolha publicada no jornal Agora mostra que a torcida do Palmeiras é a única que cresce na capital, de 12% para 14% em relação à realizada em 2004. A torcida do Corinthians diminuiu 4 pontos percentuais (35% para 31%) e a do São Paulo se mantém no mesmo nível em relação à pesquisa de 2004 (21%). É verdade que a margem de erro é de 3%, o que não anima tanto. A participação é mais expressiva na Zona Leste onde vive um em cada três alvi-verdes, seguido da Zona Sul (29%).

Por fim, entre os motivos para se orgulhar do verde e branco do manto palmeirense, Mustafá Contursi continua distante da direção do clube.

O "Tsunami Verde" foi criado em 2006, depois de alguns anos de campanhas sofríveis ou péssimas, por iniciativa de torcedores que divulgaram a idéia. No ano passado, alguns jogadores aderiram e colou. Não é o maior fenômeno de massas da história da República, mas uma forma de homenagear o time no aniversário de 93 anos de fundação.








Seja atual, seja
antiga, seja
paralela, o
importante é
vestir verde

Educação e meritocracia

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Uma geração inteira de verdadeiros analfabetos funcionais é formada nos bancos das escolas estaduais de São Paulo desde que o PSDB, incluindo Mário Covas, o Santo, governa o estado. Um crime histórico de conseqüências funestas e já mensuráveis.

A sociedade de São Paulo, a mais reacionária, mesquinha e ignorante do Brasil, é a principal responsável por esse estado de coisas, pois não abre mão de governadores tucanos há mais de uma década. Parecendo ignorar a triste situação da educação no estado, a Folha de S. Paulo publica hoje um editorial intitulado “Mérito Coletivo”, que vem a ser um elogio ao “plano ambicioso para a educação pública” que tem sido divulgado esta semana, e que já foi objeto de “análise” entusiasmada do tucano-mor na imprensa paulista, o Gilberto Dimentein.

Entre as metas do “ambicioso” plano, destacam-se:
- políticas de corte de reprovação (como se isso significasse qualidade);
- alfabetização de “todas as crianças de oito anos”;
- a meritocracia.

O sistema meritocrático terá como base “uma avaliação de todas as 5.550 escolas” estaduais, que terão metas a cumprir, segundo a secretária de educação Maria Helena Guimarães de Castro. As escolas com melhor “evolução receberão uma remuneração adicional, a qual beneficiará o conjunto dos seus funcionários: diretor, supervisor, professores, pessoal administrativo”.

Em 1997, a secretária Rose Neubauer, que, nomeada por Mário Covas, iniciou o “revolucionário” "regime de progressão continuada", disse à época que o sistema “segue o que existe em países como os Estados Unidos e a Inglaterra". Dez anos depois, avalie uma pessoa hoje com 16, 17 ou 18 anos “educada” sob a escola de Neubauer para ver a tragédia geracional que tal sistema gestou. Vamos ver os resultados da meritocracia serrista.

terça-feira, agosto 21, 2007

Serra Belzebu!

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Crédito: Marcelo Min/ FotogarrafaEm visita ao Ceará, o nefasto (des)governador de São Paulo não resiste à maldade intrínseca e revela sua verdadeira identidade para uma pobre e indefesa criancinha. Que, imediatamente, leva as mãos ao rosto, em desespero, e começa a chorar...

Geraldinho, o dono da bola

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Papagaio-de-pirata profissional e deputado estadual nas horas vagas, o tucano Orlando Morando revelou mais um dos (muitos) ardis do "picolé de xuxu" Geraldo Alckmin. Na sexta-feira, 17, Morando comentou, durante evento baba-ovístico pré-eleitoreiro em São Bernardo, que assumiu o posto de goleiro titular do timinho de deputados da Assembléia Legislativa de São Paulo (dá medo só de imaginar...). Pois então: no início de 2006 eles resolveram desafiar o time do Palácio dos Bandeirantes para um duelo. Foi aí que o então governador Alckmin, mui espertamente, compareceu ao jogo com um time de bombeiros. De político, mesmo, só ele (parece que barrou o Lembo, daí o início das rusgas entre os dois...). Contra um bando de parlamentares barrigudos e enferrujados, a saúde dos bombeiros foi uma covardia. "Eles golearam a gente por 5 a 0”, lamentou Orlando Morando. Questionado sobre qual a posição ocupada por Geraldinho em campo, o deputado sentenciou: "todas". Lógico, era o dono do time. E da bola...

A evolução tecnológica que a gente quer

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(chupinhei do blog da minha amiga Renata Leal)

"Aposto que todo mundo iria querer um Beer Server G3. Ele alia o design arrojado de um Mac com cerveja, "a causa e a solução de todos os problemas" (Simpson, Homer)"

Eis o computador dos sonhos para os manguaças que escrevem esse blog!

Caio Jr., meias brancas e pé quente

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O Blog do Boleiro, do TerraMagazine, traz um texto despretensioso que anota duas operações no Parque Antártica. A primeira, é a adoção das meias brancas nas partidas em que o Verdão tem o mando. A cor do acessório é a mesma recomendada pelo pai-de-santo Robério de Ogum em 1993.

Mas o treinador do Palmeiras, Caio Jr., ex-Paraná, que já teve até a cabeça pedida por mim, quer também a presença do médico Rubens Sampaio, atual coordenador da equipe médica. Ele esteve presente nas cinco vitórias palestrinas em casa. Tanta superstição é negada pelo técnico, que não acredita nessas coisas.

Sampaio foi o substituto de Paulo Fortes no São Caetano após a morte do zagueiro Serginho em campo em 2005. Fortes foi afastado pela Justiça Desportiva por quatro anos, e Sampaio durou sete meses no ABC.

Levando em conta o grau de oscilação do time na tabela do Brasileiro até aqui, a escolha da cor das meias sem relação com a presença do pé quente Sampaio pode ser um arma.

O detalhe é que o retrospecto da relação Robério-Vanderlei Luxemburgo no Verdão nem permite dizer que "já teve arma secreta melhor". Ok, naquele time, tinha mesmo, mas a ajuda do além não foi descartada. Em 1993, a parceria de co-gestão com a Parmalat estava no início. Atualmente, depois da vitória de 2 a 1 sobre o Flamengo, no domingo, Rogério Dezembro (sic) anunciou o fim do patrocínio da Pirelli no manto alvi-verde.

É a hora de comprar camisas oficiais sem marca de patrocinadores para comemorar o título.

Sobre Kaká e Ronaldinho

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Numa discussão meio lenga-lenga sobre a seleção brasileira, o bom repórter-comentarista Lúcio de Castro, do Sportv, levantou um argumento interessante. Por que se diz tanto que o Ronaldinho Gaúcho "não joga nada" na seleção e que o Kaká, esse sim, sabe honrar o manto canarinho?

Acompanho Lúcio e acho que Ronaldinho, entre os dois, fez mais com a camisa amarela. Mas vejam bem: não se trata de dizer que o dentuço está no panteão dos líderes históricos do Brasil; apenas acho que, se comparar entre um e outro, o Gaúcho está à frente.

Senão, vejamos o histórico de ambos na seleção. Gaúcho e Kaká disputaram duas Copas cada, as de 2002 e 2006. Na primeira, Kaká era apenas um garoto e foi convocado para ganhar experiência. Apenas atuou alguns minutos. Já Ronaldinho foi titular da equipe e fez uma Copa muito boa. Se não foi exatamente um cracaço, pode-se dizer que contribuiu e muito para o título que o time de Felipão ganhou na Ásia.

Já na Copa de 2006, o desempenho pífio dos dois foi igual. Kaká até enganou contra a Croácia, quando marcou um belo gol, mas de resto também não jogou porcaria nenhuma e fez parte do barco dos fracassados que foi aquele time.

Ronaldinho Gaúcho foi campeão da Copa América de 1999. Kaká e Ronaldinho ganharam a Copa das Confederações em 2005, e ambos também ficaram de fora dos títulos Sul-Americanos em 2004 e 2007.

Ou seja: desconsiderando-se amistosos irrelevantes, a carreira de Ronaldinho e Kaká com a seleção brasileira é quase igual (e bem fraquinha). A diferença é que um foi titular e jogou bem numa campanha de título da Copa do Mundo.

Então porque costuma-se apedrejar tanto o Gaúcho e tratar o Kaká como um ícone da seleção?

segunda-feira, agosto 20, 2007

Ana Paula Oliveira é Brasil

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A auxiliar de arbitragem Ana Paula Oliveira, a musa que volta aos gramados em setembro, lidera enquete de site espanhol. O El Mundo Deportivo pergunta "qual é sua esportista favorita?" Em espanhol, fica "¿Cuál es tu deportista femenina preferida?"¹

Ana Paula está com 42% de preferência dos internautas, o que corresponde a 21,5 mil votos. A tenista russa Maria Sharapova vem na sequência, com 39%, ou 19,9 mil. No total, foram 50,8 mil votos. A também russa Yelena Isinbayeva, do salto com vara, tem modestos 10% (4,9 mil), enquanto as demais, Natalie Gulbis, golfista norte-americana, Amanda Beard, nadadora norte-americana, e Laure Manaudou, nadadora francesa.





As fotos da nadadora
norte-americana
Amanda Beard são
muito mais
apelativas do que
as da bandeirinha
Ana Paula Oliveira



Ela não é a única que tem fotos semi-nua ou nua, no caso, tiradas do ensaio à edição brasileira da Playboy. A nadadora Amanda Beard, por exemplo, aparece em duas fotos sensuais, uma escondendo os seios com as mãos e outra numa piscina com uma vestido transparente (acima). Aliás, a imagem utilizada da bandeirinha é claramente chupada do recorte comportado do Futepoca, adotado de outra feita.


Claramente repetiram o expediente comportado do Futepoca.


Mas isso não quer dizer que a disputa esteja ganha. Ana Paula é Brasil!

Vá lá e mostre para o mundo que a brasileira é muito mais querida. Para dramatizar, os espanhóis colocam as fotos da Sharapova em destaque, ainda que a brasileira esteja em vantagem desde sexta-feira.

As feministas vão alegar que se trata de uma campanha machista para promover a sanha de homens recalcados que passam as noites em seus computadores sabe-Deus fazendo o que.

Mas não.

É uma luta para valorizar a participação da mulher na arbitragem do esporte bretão. Ainda que o Futepoca não seja unânime na aceitação da participação da mulher, aqui não há machistas².

Vai Ana Paula!



__________________
¹ Aproveitando o momento aula-de-idiomas, temos que "nua" é "desnuda" (palavra que, junto com a inglesa "naked", graças aos onanistas figura entre as mais citadas em sites de busca), "auxiliar de arbitragem brasileira" é "auxiliar de árbitro brasileña". E "el futbol" é o que atrai os internautas latinoamericanos e espanhóis. Bem, não exatamente. "Playboy" é "Playboy" mesmo.
² Há quem tenha comprado esta frase com oferta de cervejas.

Nossa língua, cada vez mais burra

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Não sei em que sílaba do Futepoca se pode encaixar este post. Talvez em todas, já que para tudo precisamos da língua (sem conotações libidinosas, no caso).

Mais uma vez, a língua portuguesa sofre nova reforma. A Folha OnLine deu isso hoje.
Quem são os membros do conselho de gênios que, de tempos em tempos, pelo menos no caso do português, resolvem se reunir e decretar que a língua muda?

Eu, que já era inconformado com a antiga queda de acentos como o de fôrma (pra diferenciar de forma – pronúncia: fórma), agora vou ter que me resignar com a supressão de acentos que acho absurdo caírem. Por exemplo, não serão mais acentuadas a partir de 2008 as palavras "assembléia", "idéia", "heróica" e "jibóia", assim como serão retirados do dicionário os termos “pára" (do verbo parar), que será grafado sem o acento agudo, e ficará tudo como a preposição "para".

Do mesmo modo, não será mais preciso acentuar "creem", "deem", "leem" e "veem".

Curioso é que, numa reforma antiga, suprimiram as letras “K”, “Y” e “W”. Agora, as exiladas voltarão a fazer parte do vocabulário.

Pra que esses idiotas empobrecem a língua? Pra ficar mais de acordo com os novos tempos e ficar mais fácil de digitar no MSN Messenger ou nos comunicadores instantâneos, por lobby do Bill Gates ou isso é um jogo de grande editoras, que vão ter que republicar e vender milhões e milhões de dicionários (talvez o motivo real das reformas anteriores)? Portanto, entra como Política.

Tudo isso é revoltante.

Custo tem. E o benefício?

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O centroavante Aloísio completou ontem, contra seu ex-clube Goiás, 76 jogos com a camisa do São Paulo. Mais uma vez, pra variar, passou em branco. De dezembro de 2005 (quando estreou contra o Al Ittihad) para cá, marcou míseros 15 gols. Isso dá uma média de 0,19 gol por partida - ou 0,71 por mês. No período, além do Mundial, faturou um Campeonato Brasileiro. Mas sumiu nas partidas decisivas da Libertadores de 2006 e de 2007, contra Inter e Grêmio, e também nas duas partidas contra o Boca Juniors pela portentosa Recopa Sul-Americana.

Para efeito de comparação, Amoroso jogou 6 meses pelo São Paulo, em 2005 (de junho a dezembro), disputou 27 partidas e fez 16 gols. Ou seja: média de 0,59 gol por jogo e 2,66 por mês. Levantou a Libertadores e o Mundial Interclubes, jogando muito bem as duas competições, e foi um dos destaques da reação do clube no Brasileiro de 2005 - com partidas memoráveis, por exemplo, contra Palmeiras e Corinthians.
Naquele mesmo ano, Luizão jogou 24 vezes e marcou 11 vezes (média de 0,45 gol por partida), entre fevereiro e julho (média de 2,2 gols por mês). Foi campeão paulista e da Libertadores, quando terminou como um dos artilheiros do time - e o maior goleador brasileiro na competição sul-americana em todos os tempos. E, por fim, Ricardo Oliveira teve uma passagem-relâmpago pelo São Paulo em 2006, disputou 12 partidas e fez 6 gols (média de 0,50) entre maio e agosto (dois gols por mês). Pode-se dizer que ajudou na campanha do título nacional.
Por tudo isso, a relação custo/ benefício de Aloísio me parece bem desvantajosa para o São Paulo. Pela ferrenha disputa judicial travada com o Atlético-PR, esperava-se mais desse cara. Alguém discorda?

domingo, agosto 19, 2007

Vampeta, mano

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Muito boa a entrevista de Vampeta ao programa Bola da Vez, da ESPN Brasil (vai reprisar nesta segunda, às 20h. Vale a pena, pra quem gosta de ludopédio e principalmente quem é corintiano).
Na entrevista, o jogador que formou num dos meios de campo mais impressionantes que já vi (com Rincón, Marcelinho e Ricardinho) fala da atual conjuntura política do Corinthians, sobre balada, sobre cachaça (na verdade “cervejinha”), bastidores interessantes, homossexualismo no futebol etc. Abaixo algumas passagens (citações de memória, mas fiéis).

Rivalidade
“Dizem que o maior rival do Corinthians é o Palmeiras, mas como hoje em dia o Palmeiras não tá fazendo mal a ninguém...”

Bambi
“... ‘bambi’, não fui eu que inventei, que falei pela primeira vez. Eu só acrescentei uma coisa a mais”.

Proibido entrar de preto
“Eu gosto de andar ali pela rua Turiaçu (NR: rua da zona Oeste de São Paulo, onde fica o Parque Antarctica); um dia passei ali em frente à sede da Mancha Verde, tava lá escrito: ‘proibido entrar de preto’. Não era preto [da camisa] do São Paulo, do Santos, era preto do Corinthians”.

Souza
Referindo-se a Souza, do São Paulo: “... Papagaio. É o dez do SP. Ele tem que voltar pra lateral, não pode ser o 10 do SP”.

Felipão
Respondendo pergunta sobre por que a seleção foi penta em 2002: “Porque tinha um grande líder, o Felipão. O que faltou em 2006”.

Corrigida a informação sobre "entrar de preto" às 13:29

sexta-feira, agosto 17, 2007

Drummond e o futebol

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Como eu cansei do Cansei e a gente anda negligenciando um pouco o futebol e a cachaça, segue um pouco de inteligência para falar do esporte.

Carlos, Drummond, poeta, mineiro de Itabira, tinha um defeito: torcia para o Vasco, como Paulinho da Viola e outros de quem tanto gosto e que não merecem o tal de Eurico, o eterno.

Voltando a Drummond, esta postagem é só para lembrar do poeta falando de futebol. A compilação saiu no jornal O Povo, http://www.opovo.com.br/opovo/esportes/721092.html e vale a pena.

Futebol se joga no estádio?
Futebol se joga na praia, futebol se joga na rua, futebol se joga na alma"
(Futebol, de Carlos Drummond de Andrade)


DRUMMOND E A BOLA

"O difícil, o extraordinário não é fazer mil gols, como Pelé. É fazer um gol como Pelé".
Pelé: 1.000 (1969)


"Confesso que o futebol me aturde, porque não sei chegar até o seu mistério. Entretanto, a criança menos informada o possui". Mistério da Bola (1954)


"Não há nada mais triste do que papel picado, no asfalto, depois de um jogo perdido. São esperanças picadas". Jogo à Distância (1966)


"Perder é uma forma de aprender. E ganhar, uma forma de se esquecer o que se aprendeu". (1974)


"Se há um deus que regula o futebol, esse deus é sobretudo irônico e farsante, e Garrincha foi um de seus delegados incumbidos de zombar de tudo e de todos, nos estádios. Mas, como é também um deus cruel, tirou do estonteante Garrincha a faculdade de perceber sua condição de agente divino. Foi um pobre e pequeno mortal que ajudou um país inteiro a sublimar suas tristezas. O pior é que as tristezas voltam, e não há outro Garrincha disponível. Precisa-se de um novo, que nos alimente o sonho". Mané e o Sonho (1983)

Apartidarismo OU cadê o noivo

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O recém criado blogue do Gustavo Petta traz uma nota que dispensa comentários a respeito do apartidarismo do movimento "Cansei", cujo primeiro ato oficial, segundo a assessoria de imprensa, ocorreu no início da tarde desta sexta-feira, 17.

Apartidarismo?


O panfleto


A revista.

O que o ex-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), comunista convicto e assumido não pergunta é: cadê o genro do ex-governador?

Cansei do Cansei

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Cansou do quê?
Cansou de um país que se livrou do FMI?
Cansou dos juros mais baixos da história?
Cansou de pobre não se deixar encabrestar pela elite (de)formadora de opinião?
Cansou de entrar na fila do aeroporto porque tem pobre viajando?
Cansou de crédito barato?
Cansou de tratamento de dente gratuito do Brasil Sorridente e remédio a preço simbólico?
Cansou de ver a Polícia Federal prendendo os teus?
Cansou da inflação lá em baixo?
Cansou de economia crescendo 18 trimestres seguidos?
Cansou de política externa independente?
Cansou de auto-suficiência de petróleo?
Cansou do melhor PAN da história?
Cansou de ter aumento salarial acima da inflação?
Cansou de ver a desigualdade cair?
Cansou de ver o Nordeste crescer em ritmo chinês?
Cansou da idéia de seu país se impor como vanguarda energética mundial?
Cansou de tentar explorar bóia-fria que agora se recusa ao trabalho degradante porque tem bolsa-família?
Cansou de tanta terra indígena demarcada?
Cansou da drástica redução do desmatamento na Amazônia?
Cansou dos recordes de produção, safra e exportação agrícola?
Cansou de ser o maior exportador de carne do mundo?
Cansou de conviver com o otimismo e a prosperidade do povão deste país?

Já sei: cansou de ver o operário resolvendo o que nenhum doutor ou sociólogo tiveram competência para resolver. Não é cansaço. É inveja.

Os cansados(as) querem de volta a velha Pasárgada chamada Brasil, onde os reis eram seus amigos.

(Reprodução de mensagem que circula na internet)

Viva a democracia!

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Enquanto os menos de mil, ou cinco mil, ou três mil, enfim, sabe-se lá quantos adeptos do "Cansei" fizeram seu minuto de silêncio na Praça da Sé, futepoquenses fizeram sua parte e promoveram barulho às 13h01 do dia de hoje. Abaixo, as fotos de parte de um dos maiores eventos cívicos da história da república:


Os futepoquenses Glauco (de vermelho) e Mauricio (de azul) prepararam uma das mais sofisticadas bases de lançamento de fogos de artifíco já vistas pelo ser humano: um vaso de Ficus. Importante, amigo leitor, para esse tipo de rojão Caramuru, que não se tenha contato físico com a base - só com o pavio.

É uma operação complexa. Anoss de estudo com guerrilheiros cubanos foram necessários para que se realizasse esse tipo de operação que tanto ajudou no assalto ao quartel Moncada em 1953.

Aqui, o momento em que os perigosos fogos foram acesos, com os manguaças devidamente preparados para ficar à distância de 20 metros "rapidamente", conforme as instruções da caixa.


Após o extenuante trabalho de trazer o vaso de volta ao seu lugar, Mauricio descansa junto com a eminência parda Carminha. E a sensação de dever cumprido.
* Nenhum animal, vegetal ou mineral foi maltratado durante as filmagens. A planta foi devidamente amarrada para permitir a passagem dos fogos, sem que houvesse qualquer tipo de dano. Um rotweiller da casa em frente latiu, mas não manifestou qualquer tipo de insatisfação maior.

É hoje! Faça um minuto de barulho às 13h01

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A campanha "Um minuto de barulho pelo Brasil" não pára de ganhar adesões. A campanha já foi veiculada no site da UNE, conseguiu o apoio do ex-presidente da entidade Gustavo Petta e ganhou destaque até em blogue gringo. Além deles, inúmeros outros lugares estão ajudando a divulgar a barulhada agendada para as 13h01 de hoje.

Mas agora é hora de agir. Pegue aquele vinil empoeirado com o hino da Portuguesa, comprado pelo seu avô lisboeta para comemorar o título de 1973, e coloque a todo volume. Pegue aqueles rojões guardados para comemorar aquele título do seu time que nunca veio e aproveite para usá-los. Mostre a todos que, apesar da labuta e do mal estar na civilização, você não está nem um pouco "cansado" e nem se calará com a boca de feijão. Faça barulho à vontade!

quinta-feira, agosto 16, 2007

O Vicente Mateus do Cansei

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Desculpas ao velho presidente corintiano, conhecido pelas frases folclóricas, mas ele vem sendo superado pelo cansado da Philips, seu presidente, Paulo Zottolo.

Depois de dizer, entre outras bobagens, numa entrevista ao Valor Econômico que "se o Piauí deixar de existir ninguém vai ficar chateado", numa tentativa de fazer graça e afirmar que o Brasil não é nenhum Piauí, piorou tudo quando tentou se redimir, segundo transcrição do texto da Monica Bergamo no UOL.

"O empresário declarou à Folha que fez a afirmação "dentro de um contexto. Eu quis dizer o seguinte: o Piauí hoje é um Estado pouco conhecido no Brasil. As pessoas não sabem o que tem no Piauí. Quando eu disse que o Piauí não faz falta eu quis dizer que, como poucas pessoas conhecem o Estado, para eles tanto faz como tanto fez. Não é o meu caso. Eu, particularmente conheço bem o Piauí. Já fui quatro vezes ao Estado. A Philips tem um trabalho social grande no Piauí".

Ah, tá bão. Não é praga, mas gostaria que o senhor encontrasse um piauiense amanhã quando estiver cansado na Praça da Sé. Será que ele vai entender a explicação?

Relembrando Matheus, não pretendo comprar nenhuma Phillips da Samsung nos próximos anos. Cansei-me...

O Paradoxo da Espera do Ônibus

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Vídeo recomendado pela companheira Brunna que mostra - de uma forma lúdica, claro - porque as pessoas devem boicotar os ônibus no próximo sábado, dia 18.