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segunda-feira, março 03, 2008

Normalidade: Palmeiras 1 a 0, em clássico morno

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A vitória do Palmeiras sobre o Corinthians por 1 a 0 com gol do chileno Valdívia esteve dentro da normalidade. Vitória verde sobre o alvinegro em jogo de poucas emoções (e gols).

Inusitado foi o que vi às 9h30, na rua Turiassu, uma das saídas do Parque Antártica. As camisas verdes dividiam harmoniosamente o espaço com as pretas. Era dia de clássico, Palmeiras e Corinthians. Mas os de preto estavam lá para assistir o show do Iron Maiden na noite de ontem. Os de verde para se reunir e tentar um ingresso para o Morumbi.

No espetáculo que me interessava – nada contra os metaleiros – faltou um pouco mais de futebol.

Reprodução Palmeiras
O manual da piada fácil me manda escrever: os titulares perdidos pelo Corinthians não fizeram falta, porque não são grande coisa. Mas não tenho como negar que o time alvinegro foi mal. Por não ter assistido a tantos jogos do Corinthians na temporada, não sei dizer se esteve pior. Os comentaristas que opinem.

Valdívia fez o gol, correu até o último minuto e comemorou até desarme na intermediária defensiva nos últimos minutos. A cena foi inusitada, mas mostra um dos motivos pelo qual "el mago" cativa a torcida. Não se trata necessariamente de amor à camisa, mas dedicação que o torcedor no estádio gosta de ver.

Quando o Palmeiras não se classificou para a Libertadores em 2007, o chileno chorou. Ontem, ao resolver o jogo, diz que voltou a derramar lágrimas cheias de sarcasmo e alegria. "Quem faz gol sempre fica na retina do torcedor, e para fazer história aqui no Palmeiras sei que preciso fazer mais gols”, declarou.

Luxemburgo andou falando que o meia tem mais é que jogar do que reclamar, para ser um grande atleta. Num certo sentido, deu razão a William, que chamou o meia alviverde de chorão durante a semana, o que motivou a paródia da comemoração de Souza do Flamengo contra o Cienciano, na quarta-feira.

Mas a vitória foi verde. A rotina de ganhar do Corinthians, este ano, não poderá se repetir, a não ser que ambos cheguem à final da Copa do Brasil.

8 comentários:

Anônimo disse...

O Corinthians realmente não jogou nada do meio para a frente. Faltaram Dentinho e Fabinho pro Timão jogar um pouco mais que nada. E foi isso (um pouco mais que nada) que o Palmeiras jogou. O Valdivia foi um olho em terra de cegos. E por isso o Verdão ganhou. Em Mirassol, o São Paulo jogou o mesmo, um pouco mais que nada. Em Sertãozinho, o Santos conseguiu a façanha de jogar menos que nada... Esse é o futebol que temos hoje aqui no Estado de São Paulo. Jogadores medíocres vestindo camisas de tradição e glórias. Quem tá jogando bola mesmo é o Guaratinguetá. Mas quem fala dos caras?...

Anônimo disse...

Mesmo sendo pacífico que em futebol não existe o “SE”, ouso dizer que, desta vez, com a presença de Felipe, disparado melhor jogador do time e melhor goleiro do futebol brasileiro, e com a expulsão de Diego Souza em sua criminosa entrada em Bóvio, certamente o jogo teria outro resultado.
De qualquer modo, se prevalecer a “normalidade”, o Corinthians deverá voltar ao G4. Por conta desta mesma normalidade, o mesmo não se pode prever quanto ao Palmeiras.

Glauco disse...

Por que o Corinhtians voltaria ao G-4 e o Palmeiras não? O Felipe é o melhor goleiro do Brasil? O Ceni é o que então? O Júlio César salvou o time na partida contra a Ponte e ontem jogou bem e a culpa ainda é dele? Ou por acaso o emérito batedor de roupas não rebateria no mesmo lance?
Enfim, são muitas perguntas...

Nicolau disse...

Leandro, o Felipe é muito bom goleiro, mas não acho que faria diferença nesse jogo. O Júlio Cesar fez pelo menos uma defesa brilhante, numa cabeçada no cantinho do Diego Souza, e acho que o Felipe também rebateria a bola do gol (maior defeito dele, aliás, rebate muita bola pra dentro da área. Aliás, vendo o Julio Cesar, será que o preparador de goleiros do Parque Sâo Jorge naõ tem um dedinho nisso?). Maldade sua com o Júlio.

Anônimo disse...

Pelo futebol que apresentaram até aqui, neste início de 2008, o Corinthians mostrou-se em melhores condições de conquistar uma vaga entre os quatro primeiros, apesar da derrota de ontem.
O Palmeiras, se tudo correr "normalmente" não conseguirá, com ou sem mago, a menos que o destino apronte alguma magia.
E falando nele, para evitar mais acusações de "choro", não nos alonguemos na lembrança de outras entradas criminosas, como as de Pierre e do próprio novo “craque” do momento: Valdívia.
Ceni? Bom... Estamos diante de uma “quase unanimidade” “rodrigueana”.
Nem no ano passado foi tudo o que dizem. Não fossem suas cobranças de falta/penalidades máximas e suas amizades com o grosso da mídia...

Marcão disse...

Quando vi que a derrota do time da marginal para o rival foi considerada "normalidade", pensei que o palmeirense Anselmo tinha tripudiado. Mas, considerando o retrospecto de quatro vitórias em quatro jogos e nenhum gol dos alvinegros, o juízo de valor é aceitável.

Ps.: Benedito, eu costumo ler o Lance! apenas porque fala prioritariamente de futebol, do contrário, compraria uma Folha ou um Jornal da Tarde e leria só o caderno de esportes. Mas o carioquismo (e flamenguismo!) desse periódico é irritante e, atualmente, configura-se, na totalidade de seus colunistas, com o discurso-mor (ou papo furado) de que "o Campeonato Carioca é melhor que o Paulistão".

O argumento-chave é a presença de um só "grande" no G-4 paulista e a "emoção" das semifinais da importantíssima e relevante Taça Guanabara dos quatro "grandes" do Rio de Janeiro. Esquecem os "sábios" que os "grandes" cariocas não protagonizavam a fase final dos dois turnos do importantíssimo e relevante Campeonato Carioca já há alguns anos e que, não por outro motivo, a Federação deles resolveu que esses "quatro fantásticos" só jogariam na capital este ano.

Frase sintomática de Joílson, "lateral gênio" no futebol do Rio e que não está fazendo bulhufas no S.Paulo: "Aqui no Paulistão é mais difícil. A gente vai pro interior e encara times fortes, fechados, não tem moleza". Ou seja: quem dera o meu time enfrentasse o Cardoso Moreira, o Boavista, o Cabofriense ou outros dos quais nem guardo o neome.

O Campeonato Carioca é um quadrangular expandido. Pronto, provoquei.

Anônimo disse...

Marcão, você realmente provocou. Mas provocou os cariocas. Eu sou paulista, caipira do interior que vive na capitar. Eu não tenho acompanhado o futebol do Rio. Acompanho um pouco o futebol paulista. E vejo que os quatro grandes estão jogando uma bolinha bem quadrada. Só isso. Pense, por exemplo, no Santos de 2002. No Corinthians de 1999, no Palmeiras de 1994. No São Paulo de 1992. Na Ponte de 1977. Guarani de 1978. Hoje, os grandes não jogam 5% do que jogavam esses times. O Valdívia, festejado como craque do campeonato, não esquentaria o banco de nenhum desses times aí. Pronto, também provoquei.

Marcão disse...

Mas, Benedito, se os quatro "grandes" de S.Paulo não estão jogando nada, será possível que os "grandes" do Rio estão?!??

Se o Santos, Palmeiras, São Paulo e Corinthians estivessem enfrentando Cardoso Moreira, Duque de Caxias, Macaé, Friburguense, Mesquita ou Madureira, COM CERTEZA estariam todos no G-4.

Por outro lado, se Flamengo, Vasco, Fluminense e Botafogo disputassem o Paulistão, duvido muito que ao menos UM estivesse na zona de classificação. Duvido mesmo!