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segunda-feira, março 16, 2009

Vitória em jogo com três golaços

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Contrariando o que escrevi outro dia, de que o São Paulo tinha jogado a toalha no Paulistão, o time voltou a vencer ontem, 2 a 1 sobre o Marília. Agora, o clube tem 29 pontos, na terceira posição, encostado no vice-líder Corinthians. Rogério Ceni voltou a frisar que a prioridade é mesmo a Libertadores, mas Muricy Ramalho observou que não pode perder uma partida sequer no torneio estadual, pois a torcida e a imprensa caem matando. Assim, o time jogou apenas para o gasto, poupando-se para o jogo contra o Defensor, no Uruguai, pela disputa continental. Todo mundo está falando do golaço de Hernanes (foto), que abriu o placar, mas o de João Vítor, do Marília, que fechou a conta, foi uma resposta na mesma moeda. E Washington, para variar, deixou mais um (são 11 gols em 13 vestindo a camisa do São Paulo) - outro dos três golaços da partida. Com Jorge Wagner e Júnior César tabelando na esquerda, Jean e Hernanes comandando o meio campo e a dupla Borges e Washington se entendendo no ataque, o time ganha um certo padrão. Resta à defesa parar de bater cabeça – Renato Silva é uma grata surpresa, mas Rodrigo e Miranda não estão no mesmo nível do ano passado. O lado direito continua sendo o mais fraco e Zé Luís se machucou. Confiram os três gols da partida disputada ontem no Morumbi:

sexta-feira, março 13, 2009

"Mesmo estilo não impede de jogar junto"

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Finalmente, comprei um par de pilhas e consegui ouvir uma partida do meu time pela rádio Jovem Pan. O adversário era tão fraco que quase emprestei o título de um texto do Glauco e escrevi "São Paulo empurra bêbado ladeira abaixo". Porém, como considero uma maldade fazer uma coisa dessas com qualquer pessoa, não só com os embriagados, resolvi destacar uma frase do técnico Muricy Ramalho logo após a goleada por 5 a 0 sobre o Mirassol, ontem à noite, no Morumbi. "Todo jogador bom tem lugar no time, mesmo se os dois têm a mesma característica", disse o treinador, em coletiva, referindo-se ao sucesso da dupla de ataque Borges e Washington (foto), que, teoricamente, têm o mesmo estilo e atuam mais próximos à grande área - e, por isso, não poderiam atuar juntos. Essa é uma questão que causou muita polêmica na Copa de 1970, quando diziam que Pelé e Tostão não poderiam ser titulares ao mesmo tempo, por terem o mesmo estilo e posicionamento - o que provou ser uma grande besteira. Ontem, Borges e Washington foram responsáveis por quatro dos cinco gols (o segundo fez três). Uma das apostas de Muricy, antes de efetivar a dupla atual, foi a manutenção de Dagoberto como titular, no lugar de Borges, caindo pelas pontas e jogando mais fora da área. No entanto, essa dupla com Washington, que fez sucesso no Atlético-PR, foi um fiasco logo na primeira tentativa: derrota por 2 a 0 para o Santo André, em pleno Morumbi.

Teimoso, Muricy resolveu rever seus conceitos. "A diferença é que no ano passado nós tínhamos apenas um pra botar a bola pra dentro, o Borges. Agora temos dois", comentou o técnico, após a vitória contra o Mirassol. "Mas, com essa dupla de atacantes parecidos, somos obrigados a fazer reajustes. No meio de campo, Hernanes e Jorge Wagner têm de encostar mais na frente e entrar com frequência na grande área, pois Borges e Washington não recuam tanto quanto Dagoberto. Pedi para eles fazerem isso no intervalo e, no início da segunda etapa, Jorge Wagner marcou de cabeça", completou Muricy. Para um time que vinha de duas derrotas, para o Santos e o Mogi Mirim, a goleada foi providencial para injetar ânimo (afinal, vai até o Uruguai encarar o Defensor, no meio da semana, pela Libertadores). Mas é bom ressaltar que, além da fragilidade, o Mirassol ainda teve um jogador expulso. De positivo, ficou a boa atuação de Júnior César na lateral esquerda, liberando Jorge Wagner - o nome do jogo - para o meio. O time começa a ganhar uma "cara" mais interessante. Resta saber o que esperar dessa temporada.

quinta-feira, julho 03, 2008

O herói e os personagens da final

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A vitória da LDU sobre o Fluminense colocou definitivamente o Equador no mapa do futebol, algo que já havia sido comentado aqui. E nos forçou também a conhecer (e reconhecer) alguns atletas que se tornaram heróis na noite de quarta-feira.

Um deles é emblemático. O goleiro Jose Francisco Cevallos, de 37 anos, titular da seleção do seu país. Por aqui, comentaristas e jornalistas faziam pouco do atleta. De fato, vendo de longe, o arqueiro nunca passou segurança. Foi andando para a bola do primeiro gol do
Fluminense e fez uma defesa algo bizonha em um chute de Conca no segundo tempo. Mas salvou a pátria do Equador no último ataque da equipe carioca na prorrogação e se consagrou ao defender três penalidades e dar o título ao seu time. Algo que, aliás, já tinha feito na disputa contra o San Lorenzo (ARG) nas quartas-de-final, quando defendeu uma penalidade e assegurou a classificação dos equatorianos.

Para aumentar ainda mais os méritos do arqueiro, o goleiro contrariou a recomendação dos médicos do time que diziam para ele não entrar em campo por conta de uma contusão. Peitou os doutores e a comissão técnica e entrou na partida.

No seu país, “Pepe Pancho” Cevallos já é chamado de “San Cevallos” e seu outro apelido de “Mãos do Equador” já se metamorfoseou em “Mãos da América”. E também tem fama de bom moço, já que contribuiu para a construção de 36 casas em um bairro pobre de Las Pozas, tendo visitado os moradores antes da segunda partida contra o América (MEX) pelas semifinais da Libertadores.


Hector Baldassi


O Fluminense reclamou, e com razão, de um pênalti não marcado em Was
hington na primeira etapa. Mas a LDU teve um gol legítimo anulado no final da prorrogação, embora tenha sido um lance muito difícil. Contudo, o que impressionou foi a complacência do árbitro argentino Hector Baldassi com a cera da equipe equatoriana, em especial do goleiro Cevallos.

Mas isso não é exclusividade dele. Oscar Larrionda permitiu ao arqueiro Ochoa, na segunda partida do Santos contra o América (MEX), ganhar muito tempo com o mesmo tipo de expediente utilizado pelo equatoriano. No intervalo, quando o capitão Fábio Costa foi reclamar da prática do anti-jogo, o árbitro respondeu: “se você estivesse na condição dele, faria a mesma coisa.” Ou seja, é só se colocar na posição do outro que o homem do apito se exime de aplicar a regra e punir o infrator. Lamentável que essas situações aconteçam na Libertadores.


Em tempo: Baldassi é o mesmo árbitro que anulou um gol legal de Kléber Pereira no primeiro jogo contra o time mexicano. E vai para as Olimpíadas.


Os medalhões que sumiram


Thiago Silva é um senhor zagueiro. Mas ontem, assim como na partida de ida no Equador, parecia nervoso, deu chutões e teve extremas dificuldades para conter os ataques da LDU. Pode-se atribuir isso ao fato do Fluminense ter se exposto, mas ainda assim ele não mostrou o mesmo futebol que o tornou um dos melhores (senão o melhor) de sua posição no Brasil.


Washington perdeu um gol no primeiro tempo, sofreu um pênalti e cobrou de forma grotesca sua penalidade na decisão. Dodô até deu um ânimo novo à equipe no início do segundo tempo, mas sumiu com o decorrer da partida. Justificou a decisão de Renato Gaúcho que o manteve no banco na primeira etapa. E, como contestou muito o fato de ser reserva, acabou passando uma péssima impressão pra torcida.


Já o argentino Conca parecia se multiplicar em campo e Thiago Neves não pôde ser ofuscado nem pelo pênalti perdido, se tornando o primeiro jogador a marcar três gols em uma final de Libertadores. Júnior César, pelo que mostrou no segundo tempo e em tantas outras ocasiões, merece uma chance na seleção carente de alas esquerdos.


Luiz Alberto


Já gostava do zagueiro quando atuava no Santos e achei um absurdo sua saída do clube, abrindo espaço para o “chapa” do Luxemburgo, Antônio Carlos (leia aqui). Não é nenhum craque, mas tem experiência e voz de liderança no time, além de não comprometer. E fez, ao fim da prorrogação, o que poderia ser a “falta do título”, já que evitou a finalização na arrancada sensacional de Guéron. Após o fim da partida, Luiz Alberto parecia catatônico diante do resultado. Talvez tenha encarnado, com essa atitude, a sensação da maioria dos torcedores do Fluminense naquele momento.