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quinta-feira, setembro 09, 2010

Rogério 20 anos, São Paulo 28 pontos

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Mais do que o alívio pela vitória, a partida de ontem no Morumbi valeu para marcar duas homenagens da diretoria do São Paulo, pela carreira de 20 anos no clube de Rogério Ceni e pelos 200 jogos de Jorge Wagner. Num elenco em que Washingtons, Léos Limas, Andres Luíses e companhia indesejada vêm e vão, são marcas que merecem destaque. No grupo tricolor, o segundo mais longevo é Richarlyson, com cinco anos e mais de 230 partidas - bem longe dos 925 jogos do goleiro capitão. Porém, faço uma ressalva aqui: dizem que ele tem 90 gols quando, na verdade, fez 92. É que a Fifa não computa dois gols de falta em partidas não-oficiais contra um combinado Santos-Flamengo, em 1998, e contra o time russo Uralan Elista, em 2000. Até aí, tudo bem, é um critério. Mas, se esses dois jogos estão incluídos no total de 925 completos ontem, torna-se um contrasenso. Ou retiram todos os jogos não-oficiais da soma e consideram 90 gols, ou os incluem e elevam a artilharia de Ceni para 92 tentos. De acordo?

Quanto ao São Paulo no Campeonato Brasileiro, mantenho minha opinião de que ainda é muito cedo para soltar fogos e dizer que o time vai brigar pela Libertadores ou que afastou completamente o fantasma do rebaixamento. Volto a dizer que os Atléticos de Goiás e de Minas estão na zona dos rebaixados, vivendo profundo momento de crise, e que o Flamengo caminha para a mesma situação, com o pior ataque do torneio e sem oferecer qualquer perigo para seus adversários. Por isso, é perigoso achar que vitórias sobre times tão combalidos e perdidos sejam "a volta do campeão". Os próximos compromissos do São Paulo são contra o ótimo Botafogo, no Rio de Janeiro, e o excelente Internacional-RS, que segue no embalo total que pegou após o recesso para a Copa do Mundo e que não diminuiu nem um pouco após a conquista da Libertadores.

Só depois desses jogos mais difíceis, para emprestar uma expressão utilizada outro dia pelo camarada Nicolau (referindo-se ao Corinthians), é que nós vamos ver se o tricolor do Morumbi tem mesmo garrafa pra vender. Mas, que o Marcelinho é boleiro, isso é! Casemiro promete e ontem tivemos a estreia de outro garoto, Zé Vítor. Graças a Deus! O caminho é a molecada, coisa que o Santos mostrou há muito tempo.

segunda-feira, abril 13, 2009

A segunda semifinal: a (rara) ousadia de Mano Menezes

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O Corinthians entrou em campo buscando a vitória, enquanto o São Paulo fez o que pode para manter o empate. Venceu o mais ousado – que dessa vez, surpreendentemente, foi Mano Menezes. Ele escalou o time quase num 4-3-3, com Dentinho e Jorge Henrique abrindo o jogo pelos lados e Ronaldo centralizado. Douglas – que não fez partida ruim – aramava o jogo, auxiliado por Elias. O São Paulo veio recuado, buscando o contra-ataque e as chances de bola parada. No entanto, a presença dos atacantes pelos lados prendeu os alas sãopaulinos Júnior César e Arouca, que mais marcaram do que apoiaram. Como Hernanes não apareceu pra jogar, o time ficou com poucas opções.

Mesmo assim, apareceu a principal arma do Tricolor nas últimas temporadas: a bola cruzada de Jorge Vagner, especialmente em bolas paradas. Falta boba de Dentinho na lateral esquerda da defesa corintiana, cruzamento do meia e gol de cabeça de Miranda, em falha de marcação de Chicão (teve impedimento de Miranda – por centímetros e totalmente desculpável ao bandeira – e reclamaram de empurrão do sãopaulino no defensor alvinegro, mas Chicão marca a bola e não o jogador, que aparece sozinho).

Minutos depois, Elias, o melhor em campo, recebeu bola de Jorge Henrique na entrada da área, passou por dois zagueiros e mandou um bico de esquerda no canto de Rogério Ceni, que nem se mexeu. Golaço e justo empate, para o time que tinha mais posse de bola (em certo momento, vi 63% para o Corinthians a 37% para o São Paulo), apesar de não ter criado chances tão claras. Elias ainda salvou bola em cima da linha em outra cabeçada de Miranda – em falha idêntica de Chicão.

No segundo tempo, a toada seguiu a mesma, com mais posse de bola do Corinthians e contra-ataques do São Paulo. Até que Elias – sempre ele – roubou bola mal passada na defesa sãopaulina e foi obstruído por André Dias, que levou o segundo amarelo e foi expulso. A bola ainda sobrou para Douglas que deixou Ronaldo na cara de Ceni, que fez bela defesa em jogada que o centroavante não costuma perder.

Daí pra frente, o São Paulo se fechou totalmente atrás, fazendo o jogo virar praticamente ataque contra defesa. Algumas escapadas ainda obrigaram Felipe a boas defesas (pegou muito), mas o domínio era alvinegro. O Corinthians, no entanto, tocava a bola, mas criou poucas chances. Jorge Henrique teria feito o gol da virada se fosse 10 centímetros mais alto, em cruzamento de Dentinho. Ronaldo foi travado por Miranda em arremate dentro da área. André Santos teria saído na cara do gol após passe do centroavante, não fosse a bizarra participação do árbitro.

Ceni até tentou frangar, soltando bolas estranhas em chute de Elias (bateu no pé da trave) e Chicão. Mas a coisa se encaminhava para mais um empate – dessa vez com gosto de derrota. Meu pai, com quem via o jogo, estava puto desde uns 25 minutos. Eu joguei a toalha aos 43 e já preparava o discurso mental de que tem que ser difícil, que vai ser melhor jogar no Morumbi sem a vantagem (pra frear o retranquismo de Mano), essas coisas. Só quem acreditava era a aniversariante Angélica, amiga da minha mãe, que se mostrou mais torcedora do que eu imaginava. Foi com empurrão dela que Christian roubou a bola de Jorge Vagner e acertou aquele canudo no canto de Rogério aos 47 minutos. Presentão para Angélica (parabéns de novo!) e para o volante corintiano, que vem jogando muita bola.



Classificação aberta – A vitória foi boa, emocionante, um grande jogo. Mas nada está definido. O São Paulo deve mudar o esquema e pressionar no Morumbi. O Corinthians pode aceitar essa pressão e tem que agredir o rival. Se Mano Menezes – que já disse que “talvez precise de mais alguém no meio” na segunda partida – resolver retrancar pra segurar resultado, vai atrair o São Paulo e as faltas na intermediária se multiplicarão, dando chances aos cruzamentos de Jorge Wagner e Hernanes. Não vai ser toda hora que Elias vai estar em cima da linha. Mas creio que Mano pensa em colocar Boquita no meio, no lugar de Jorge Henrique. Não chega a ser uma retrancada em termos de escalação, mas reforça a marcação no meio. Vai depender da postura do time para determinar até que ponto o Timão vai aceitar a pressão que deve vir do Tricolor.

quinta-feira, março 26, 2009

Antes do clássico, São Paulo vence fora de casa

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Jogando em Bauru, o São Paulo derrotou o Noroeste por 2 a 1 ontem, com gols de Washington e Jorge Wagner (foto, de Rubens Chiri/SPFC). Marcelinho descontou para os donos da casa, em lance que os sãopaulinos contestaram que a bola tivesse entrado (mas, pelo que parece, entrou). Com o resultado, o Tricolor permanece em 3º lugar, com 33 pontos, só que agora a apenas um ponto do Corinthians, que empatou com a Ponte Preta no Pacaembu. De novidade, Muricy Ramalho escalou o time com apenas dois zagueiros. Arouca atuou como volante, junto com Jean, e a dupla Hernanes e Jorge Wagner armou as jogadas pelo meio. No segundo tempo, Hugo entrou no ataque, substituindo Borges. Mas, depois do gol do Noroeste, a equipe resolveu "cozinhar o galo", para desespero de Muricy. Como o Palmeiras também venceu nesta rodada, fica a expectativa para um bom clássico no sábado. Depois do alviverde, o Tricolor encerrará a primeira fase do Paulistão enfrentando Guaratinguetá (em casa) e São Caetano (fora). Do jeito que a coisa vai, é bem provável que São Paulo e Corinthians façam uma das semifinais. O Palmeiras espera o resultado da briga pela quarta vaga entre Portuguesa, Santos, Santo André e Grêmio Barueri. Façam suas apostas.

segunda-feira, março 16, 2009

Vitória em jogo com três golaços

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Contrariando o que escrevi outro dia, de que o São Paulo tinha jogado a toalha no Paulistão, o time voltou a vencer ontem, 2 a 1 sobre o Marília. Agora, o clube tem 29 pontos, na terceira posição, encostado no vice-líder Corinthians. Rogério Ceni voltou a frisar que a prioridade é mesmo a Libertadores, mas Muricy Ramalho observou que não pode perder uma partida sequer no torneio estadual, pois a torcida e a imprensa caem matando. Assim, o time jogou apenas para o gasto, poupando-se para o jogo contra o Defensor, no Uruguai, pela disputa continental. Todo mundo está falando do golaço de Hernanes (foto), que abriu o placar, mas o de João Vítor, do Marília, que fechou a conta, foi uma resposta na mesma moeda. E Washington, para variar, deixou mais um (são 11 gols em 13 vestindo a camisa do São Paulo) - outro dos três golaços da partida. Com Jorge Wagner e Júnior César tabelando na esquerda, Jean e Hernanes comandando o meio campo e a dupla Borges e Washington se entendendo no ataque, o time ganha um certo padrão. Resta à defesa parar de bater cabeça – Renato Silva é uma grata surpresa, mas Rodrigo e Miranda não estão no mesmo nível do ano passado. O lado direito continua sendo o mais fraco e Zé Luís se machucou. Confiram os três gols da partida disputada ontem no Morumbi:

sexta-feira, março 13, 2009

"Mesmo estilo não impede de jogar junto"

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Finalmente, comprei um par de pilhas e consegui ouvir uma partida do meu time pela rádio Jovem Pan. O adversário era tão fraco que quase emprestei o título de um texto do Glauco e escrevi "São Paulo empurra bêbado ladeira abaixo". Porém, como considero uma maldade fazer uma coisa dessas com qualquer pessoa, não só com os embriagados, resolvi destacar uma frase do técnico Muricy Ramalho logo após a goleada por 5 a 0 sobre o Mirassol, ontem à noite, no Morumbi. "Todo jogador bom tem lugar no time, mesmo se os dois têm a mesma característica", disse o treinador, em coletiva, referindo-se ao sucesso da dupla de ataque Borges e Washington (foto), que, teoricamente, têm o mesmo estilo e atuam mais próximos à grande área - e, por isso, não poderiam atuar juntos. Essa é uma questão que causou muita polêmica na Copa de 1970, quando diziam que Pelé e Tostão não poderiam ser titulares ao mesmo tempo, por terem o mesmo estilo e posicionamento - o que provou ser uma grande besteira. Ontem, Borges e Washington foram responsáveis por quatro dos cinco gols (o segundo fez três). Uma das apostas de Muricy, antes de efetivar a dupla atual, foi a manutenção de Dagoberto como titular, no lugar de Borges, caindo pelas pontas e jogando mais fora da área. No entanto, essa dupla com Washington, que fez sucesso no Atlético-PR, foi um fiasco logo na primeira tentativa: derrota por 2 a 0 para o Santo André, em pleno Morumbi.

Teimoso, Muricy resolveu rever seus conceitos. "A diferença é que no ano passado nós tínhamos apenas um pra botar a bola pra dentro, o Borges. Agora temos dois", comentou o técnico, após a vitória contra o Mirassol. "Mas, com essa dupla de atacantes parecidos, somos obrigados a fazer reajustes. No meio de campo, Hernanes e Jorge Wagner têm de encostar mais na frente e entrar com frequência na grande área, pois Borges e Washington não recuam tanto quanto Dagoberto. Pedi para eles fazerem isso no intervalo e, no início da segunda etapa, Jorge Wagner marcou de cabeça", completou Muricy. Para um time que vinha de duas derrotas, para o Santos e o Mogi Mirim, a goleada foi providencial para injetar ânimo (afinal, vai até o Uruguai encarar o Defensor, no meio da semana, pela Libertadores). Mas é bom ressaltar que, além da fragilidade, o Mirassol ainda teve um jogador expulso. De positivo, ficou a boa atuação de Júnior César na lateral esquerda, liberando Jorge Wagner - o nome do jogo - para o meio. O time começa a ganhar uma "cara" mais interessante. Resta saber o que esperar dessa temporada.

domingo, abril 20, 2008

Palmeiras e Ponte Preta na final. Pronto, não foi a arbitragem

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O título do post é só pra dizer que todo o resto -- o imbróglio do intervalo, o apagão depois do segundo gol, de Valdívia -- é que vai ser o tema da semana, não a atuação do trio de preto, comandado por Wilson Luiz Seneme.

Parte dos são-paulinos vai concordar com Adriano, ao final do jogo, ao dizer: "claro que gostaríamos de estar na final, mas tem o jogo de quarta, na Libertadores". Outros, vão xingar a expulsão de Alex Dias, vão ver impedimento no toque de Lenny para Valdívia e vão ressoar o que a mídia descobrir sobre os episódios que envolvem quem não estava em campo.

Na véspera da partida, o experiente goleiro Marcos disse que quem tinha feito intriga e esquentado o clima do jogo (cartolas) não entraria em campo. Uma crítica direta tanto à diretoria do Palmeiras quanto do São Paulo, mas também um apelo para que tudo se resolvesse com a bola nos pés. Ou nas mãos, no caso do arqueiro (não de atacantes, por favor).

O apagão foi bizarro. Precisaria muita desinteligência para a diretoria mandar fazer isso. Não acho que foi por um motivo simples: seria muita estupidez desnecessária. Por isso, temo que achem algum funcionário para culpar se a pressão da mídia e do rival for muito forte.

Mas tem o episódio do tal "gás de pimenta" ou "spray de pimenta" no vestiário durante o intervalo que fez Muricy (e só o Muricy) passar mal. O policiamento culpa torcedores que teriam atirado o spray pela janela. O presidente do São Paulo diz que num estádio assim não pode ter jogo. Muricy, outrora o sóbrio, diz que nem em jogo de várzea isso acontece. Tá bom.

Valdívia mandou algum zagueiro do São Paulo ficar quieto depois do tento (no universal gesto de "psiu!"), o que lhe rendeu um encontrão na hora e um tapa-de-mão-lambida de Rogério Ceni, enquanto a luz não voltava. Se vão enquadrá-lo na determinação de não incitar sei-lá-o-que nas comemorações, não sei. Dá-lhe pano pra manga.

A preocupação: como conter o ânimo da torcida e o clima de favoritismo na final contra a Ponte Preta. Contra o líder Guaratinguetá, foram duas vitórias do quarto colocado na fase final. Os dois times empatam em números de gols marcados, os melhores ataques.

A semana vai ser repleta de reportagens sobre o Palmeiras e Internacional de Limeira em 1986. Denys e Martorelli, por favor, evitem os jornalistas!

Palmeiras na final. Pode ganhar o título Paulista depois de 12 anos. No banco, um elenco bom (nem 40% do de 1996). Vão ter que jogar bola pra parar a Ponte.


Recheio de polêmica
No começo da partida, Neto, comentarista da Bandeirantes, disse que quem poderia definir o jogo era Valdívia, pelo Palmeiras, e Hernanes, pelo São Paulo. Hernanes? O cara é um marcador de seleção. Arriscou duas de fora da área que poderiam mudar toda a história, ok.

Mas a chave do São Paulo na maioria dos jogos, na minha visão, está nos pés de Jorge Wagner. O meia tricolor foi bem marcado, mas mesmo quando conseguiu alçar a bola à área, não teve tanto sucesso quanto em outras partidas. Adriano foi mais bem marcado por Gustavo que, eventualmente, se revezava com Henrique, mas correu o jogo todo. Hugo, no segundo tempo, entrou pra dividir e sofrer faltas perto da área. Desempenhou a função. Borges? Entrou?

No Palmeiras, tudo bem que Valdívia tenha um papel importante. Mas Leo Lima, pra mim, tem uma função tática que foi coroada com o gol que fez.

Durante a partida, meu medo de que o caldo poderia desandar acabou (acabou) quando Rogério Ceni passou quase dois metros da bola no primeiro gol do Palmeiras No chute saturado de efeito, o mérito do gol é de de Leo Lima, autor do chute venenoso. Mas não é comum ver um goleiro como Rogério passar assim (ninguém falou em ineditismo, nem em invensibilidade, só não é comum). A tarde era verde.

Depois, o que se poderia esperar do jogo: São Paulo pra cima (chuta pro mato!), e contrataques do time da casa. Foi assim que saiu o gol. Aliás, Lenny puxou dois desses, um do gol pré-apagão, outro em que quis fazer seu primeiro com o manto alviverde. Não deu, mas ele já pode ser chamado de talismã, arma-secreta ou qualquer jargão futebolístico que estiver à mão. Foi quem sofreu o pênalti na primeira partida da semi-final.

A interrupção de energia aos 39 da segunda etapa esfriou a partida, mas não impediu o São Paulo de atacar.

Palmeiras na final. E, vizinho do Palestra Itália em festa, não saio de casa nos próximos 90 minutos. Grande vizinhança barulhenta.