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terça-feira, outubro 09, 2012

Dez fatos curiosos sobre as eleições de 2012

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Decisão nos pênaltis

Na cidade paulista de Bananal, próxima à divisa com o Rio de Janeiro e famosa por suas cachoeiras e trilhas, dois candidatos conseguiram exatos 1.849 votos cada um, ficando em primeiro lugar na disputa pela prefeitura local. Na impossibilidade de baterem penalidades ou decidirem a sorte do município na moedinha como em pelejas de futebol, o critério adotado para esse tipo de situação é determinar a vitória do candidato mais velho. Isso deu a prefeitura local a Mirian Bruno (PV), que derrotou o candidato Peleco (PSDB).

Também no interior de São Paulo, em Bragança Paulista, a corrida para a prefeitura foi acirrada. Dentro de um universo de 93 mil eleitores que compareceram às urnas, o candidato do PT, Fernão Dias, derrotou Renato Frangini (DEM), por meros 21 votos. O derrotado provavelmente não conseguiu dormir à noite.

Boleiros sem sorte

Muitos ex-jogadores, dirigentes e pessoas ligadas ao futebol tentaram se eleger no último domingo. Em São Paulo, o Corinthians teve diversos representantes como Marcelinho Carioca, Dinei, Vovó da Fiel e o comentarista esportivo Chico Lang. Nenhum deles se elegeu. Segundo Chico Lang, “a Fiel torcida rachou entre eu, Marcelinho Carioca, Dinei e a querida Vovó”. “A Vovó teve 4 mil votos, o Dinei 9 mil, eu 12 mil e o Marcelinho 20 mil. Somados davam a conta certa para um vereador se eleger independente do majoritário, no caso o prefeito”, desabafou em seu blogue. O ex-palmeirense Ademir da Guia também ficou fora, enquanto o são paulino Marco Aurélio Cunha garantiu sua reeleição pelo PSD, recebendo 40.130 votos.

Outros foram mais bem sucedidos que os corintianos. Paulo Rink e Washington, ambos ex-Atlético-PR e também com passagem por diversos clubes, se elegeram vereadores em Curitiba e Caxias do Sul. Tupãzinho, “amuleto” e herói da Fiel no Brasileiro de 1990 também chegou à câmara em Tupã. Sua receita de sucesso, segundo disse ao Uol, incluiu "churrasco e cerveja". “Tive que participar um pouquinho [de churrascos e cervejadas]. Às vezes eu não queria, mas tinha que tomar umas”, afirmou. “Mas foi legal, engordei uns 4 kg. Não tem jeito, tinha que participar disso tudo...churrasco, janta, salgadinhos para 15 ou 20 pessoas, e cerveja.” Também saíram vitoriosos nas urnas Tarciso, ex-meia do Grêmio, eleito em Porto Alegre, e Vandick, ex-atacante do Paysandu, em Belém.

O mais jovem

Vem do Ceará o prefeito mais jovem eleito no Brasil. A cidade de Chaval escolheu Pacheco Neto (PSD), com recém-completados 21 anos (idade mínima para ser diplomado prefeito), para comandar a cidade por quatro anos. Nesse caso, ser jovem não significa necessariamente o “novo”, já que o eleito conta com o apoio da tia e atual prefeita, Janaline Pacheco (PDT), e também é filho de um outro ex-prefeito, Paulo Pacheco, que foi condenado pela Justiça a cinco anos e três meses de prisão por desvio de recursos federais.

A mais jovem

Já na eleição para vereador, a estudante Gislaine Ziliotto recebeu 335 votos e, com 17 anos, chegou à câmara do município de Ipê, na serra gaúcha. A jovem petista faz 18 anos em 1º de janeiro de 2013, a idade mínima para um vereador tomar posse. É filha de um político local e, entre suas bandeiras, está a de construir um distrito industrial para evitar a migração de jovens do município.

Prefeito mais velho

O alcaide mais velho do Brasil vem da terra natal do parceiro Menon. Tião Biazzo (PMDB) tem 89 anos e obteve anteontem seu sexto mandato na cidade de Aguaí (SP). O primeiro mandato do peemedebista foi conquistado em 1960, quando ele tinha 37 anos. Sem dúvida, uma longa carreira...

Muitas eleitoras, uma vereadora 

O eleitorado feminino representa aproximadamente 52% do total de votantes em Belo Horizonte e, dentre os 1.287 candidatos a vereador na cidade, 397 (30,85%) eram mulheres. Mesmo assim, o município elegeu uma vereadora apenas entre as 41 vagas da câmara municipal. Elaine Matozinhos, do PTB, obteve seu terceiro mandato, mas se surpreendeu com o fato de não ter outra vereadora no parlamento local. “Eu tenho que confessar que eu estou ainda meio atordoada com esta história. É uma coisa que nós vamos ter que estudar muito, saber por que, qual a responsabilidade, inclusive dos partidos políticos. Os partidos também têm responsabilidade nisso ai”, disse ao G1.

A internet e a vereadora mais votada das capitais

E veio do PSTU a mais expressiva votação proporcional de um vereador entre as capitais brasileiras. Amanda Gurgel, de Natal, obteve 8,6% dos votos válidos para vereador na capital potiguar e, com sua votação, elegeu mais dois candidatos da coligação que tem também o PSOL.

Para quem não lembra, Amanda é a professora que aparece em um vídeo postado no YouTube que hoje já soma mais de 2,250 milhões de visualizações. Ali, ela fala sobre a atual situação da educação no Rio Grande do Norte, sem papas na língua. O imediato sucesso do vídeo a levou a participar de diversos programas na mídia e o resultado das suas convicções e da sua indignação apareceu nas urnas.

Nem sempre a internet funciona... 

Mas se a internet e as redes sociais originaram a candidatura da vereadora mais votada do país, não funcionaram para a tucana Dani Schwery. Ela ficou famosa primeiro por “exorcizar” um personagem petista neste vídeo, que alcançou até agora pouco mais de 115 mil visualizações (tá certo que o Futepoca conseguiu mais que isso com esse vídeo aqui, mas somos modestos...). Depois, prosseguiu polemizando nas redes sociais. Nesta entrevista, declarou: "O PT faz uma ode à pobreza, e eu não gosto disso. Aí vão falar que eu sou burguesa. Mas não tenho que comprar a ideia que a pobreza é legal. É uma m... É como o corintiano que se chama de maloqueiro. Me revolto com isso".

O discurso repercutiu, mas não se transformou em resultado na urna. A candidata teve 507 votos e foi a quarta menor votação do PSDB em São Paulo.

O pequeno que cresceu

Entre os dez maiores partidos somente PSB e PT cresceram em número de prefeituras conquistadas, sendo que outro destaque foi o estreante PSD, detentor do quarto maior número de alcaides eleitos. O PSOL também elegeu seu primeiro prefeito em Itaocara, interior do Rio de Janeiro, mas, entre os pequenos, quem mais cresceu proporcionalmente em número de eleitos foi o PTdoB, que passou de oito para 26 prefeituras, um aumento de 225%.

Para quem não sabe, o PTdoB é o partido pelo qual se candidatou a Mulher Pera, e que em São Paulo era aliado de Celso Russomanno. A propósito, a modelo não conseguiu se eleger vereadora, fracassando junto com seu candidato a prefeito.

Mesário relaxado

Em Curitiba, um mesário resolveu sair um pouco da sua seção, encostou na porta do colégio e, decidido a relaxar diante do dia estressante que viria, sacou um cigarro de maconha para fumar. O rapaz de 21 anos foi detido por um policial e encaminhado ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral), mas acabou liberado por não ter cometido crime eleitoral. Mais sobre o caso aqui.

quinta-feira, julho 22, 2010

Lobby pró-Washington não! Já estamos em crise

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Depois de ter reclamado publicamente por ser "mal aproveitado" no time e de ter sido posto à venda por isso, sem sucesso (não apareceu proposta que valesse a pena), o "coração valente" Washington ganhou sobrevida - forçada - no São Paulo e, ontem, como titular desde o início, anotou mais um golzinho lá no Morumbi (foto de Rubens Chiri/SPFC). Com isso, chegou a 45 em 85 jogos com a camisa tricolor, média de 1,88 0,53 por partida. Nada mal, considerando que, agora, já é o 40º maior artilheiro do clube, junto com três antigos atacantes, o argentino Albella (que jogou entre 1952 e 1954), Augusto (1950-1951) e Friaça (1949-1951) - este último, aquele que quase virou herói com o gol na decisão da Copa de 1950.

Com mais um gol, Washington alcançará o fantástico meia Pita (que jogou entre 1984 e 1988), com mais três se equipara ao conterrâneo Kaká (2001-2003), que também nasceu em Brasília, e, com mais quatro gols, chega no companheiro de elenco Marcelinho Paraíba, que já marcou 49 vezes pelo São Paulo. A marca atingida no tricolor paulista é o terceiro melhor desempenho do "coração valente", que marcou 100 gols pela Ponte Preta e 88 pelo gaúcho Caxias, onde começou a carreira, em 1993. Porém, as péssimas partidas que muitas vezes fez pelo São Paulo o condenaram ao banco de reservas, de onde dificilmente sairá. O consolo é que já deixou seu nome na história do clube de Serginho Chulapa (243 gols), França (182), Muller (161), Leônidas (142), Raí (124), Luís Fabiano (118) e Careca (115), entre muitos outros.


"Lobby pró-Washington não! Já estamos em crise", protestou o torcedor são-paulino e ilustre leitor do Futepoca, Vitor. Daí que vem o novo título do post. Ele e outros comentaristas reclamaram da conta equivocada que levou a média de gols de Washington, o 9 do São Paulo, a 1,88 por partida. Os 45 em 85 jogos representaram média de fato de 0,53 por partida.

O post original baseava-se no cálculo para apontar a redenção do centro-avante tricolor. As informações foram corrigidas e, por esta ressalva, entenda-se uma Errata. E também um agradecimento aos alertas. As demais informações procedem, embora o título tivesse de ser alterado

sexta-feira, março 19, 2010

Alento contra a feiúra

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Por Moriti Neto

Jogando no Morumbi, o São Paulo assumiu a liderança do grupo 2 da Libertadores, na noite desta quinta-feira. Vencendo o Nacional do Paraguai pelo placar de 3 a 0, a equipe alcançou os 9 pontos na tabela e está 1 à frente do vice-líder, o colombiano Once Caldas.
Melhor do que a vitória sobre o fraco time paraguaio e o primeiro lugar da chave é que o Tricolor, enfim, realizou uma apresentação convincente no ano.

Ricardo Gomes foi ousado e sacou alguns medalhões. Sequer relacionou Marcelinho Paraíba para a partida e deixou Cicinho e Jorge Wagner no banco. Jean foi improvisado na lateral direita, Junior Cesar entrou na esquerda, e o meio formou com Richarlysson, Léo Lima, Cléber Santana e Hernanes.

A meia cancha ganhou equilíbrio desse jeito, pois tinha dois homens com boa velocidade (Hernanes e Richarlysson) e outros dois que jogam mais cadenciados. Pelos lados do campo, Jean ficava mais na marcação e Junior Cesar apoiava o ataque frequentemente.

O time errava alguns passes no início do jogo, mas melhorou a partir dos 20 minutos. Foi então que Washington, aos 29, tocou bem para Hernanes pela direita, o volante cruzou e Dagoberto cabeceou, a intenção, claramente, era devolver a redonda para o camisa 9, mas ela tomou efeito indo direto às redes: 1 x 0. 

32 minutos da etapa inicial e Junior Cesar avançou em velocidade pela esquerda, Washington recebeu, teve calma para tirar do goleiro Caffa, e tocou para Léo Lima fazer o segundo.

O único susto para a torcida são-paulina no primeiro tempo foi causado por Rogério Ceni, nada exigido no jogo, mas que por pouco não toma um frango ao tentar cortar bola levantada na área.

Nos derradeiros 45, o domínio são-paulino era amplo. Léo Lima, logo no começo, limpou a marcação e chutou perto da trave. E, aos 9 minutos, o São Paulo aumentou a vantagem. Dagoberto recebeu pela esquerda, conduziu até a entrada da área e fez ótimo passe para Richarlyson, que driblou o goleiro e foi derrubado. A bola sobrou para Washington e o centroavante decretou o placar final.

O Tricolor criou novas oportunidades. O lance mais bonito foi protagonizado por Fernandinho, que substituiu Washington. Ele recebeu na grande área após cobrança de escanteio e desviou de calcanhar, consciente, mas a bola estourou na trave.

Sim. Como mencionei acima, o adversário era fraco, mas o Time da Fé, mesmo atuando contra equipes de baixo nível técnico, não vinha jogando nada em 2010. Cléber Santana, Léo Lima, Alex Silva, Miranda e Junior Cesar fizeram as melhores exibições no ano. Fernandinho mostrou talento não só no lance do calcanhar, mas em ótimos dribles e arrancadas. Washington, para variar, resolveu, participando dos três gols. Dagoberto, que muitas vezes se enrola, chuta quando deve passar, passa quando deve chutar, e dribla quando deveria fazer um dos dois itens anteriores, precisa ser mais inteligente, a exemplo da assistência no terceiro tento. Habilidade e rapidez tem de sobra, contudo deve pensar mais. Fora isso, ainda há Cicinho e Jorge Wagner, que podem, entrando em forma, garantir posições entre os titulares.

Não que considere que tudo ficou lindo, porém, essa subida de produção de alguns nomes estratégicos, devolve alguma esperança de dias melhores, de talento e um esquema  sólido. Veremos, contra adversários qualificados, se poderemos parar de dizer – como bem tem observado o companheiro Marcão – que o São Paulo “tá feio”.                                                            

sexta-feira, março 12, 2010

Tudo condizente

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Por Moriti Neto


Não vou defender Washington de novo. Embora ele mereça, já o fiz no post anterior. Enfim, foram dois gols dele que decidiram o jogo de ontem, contra o Nacional, no Paraguai, dando a vitória por 2 x 0 ao São Paulo, o que colocou o time paulista na vice-liderança do grupo 2 da Libertadores, com seis pontos em nove possíveis.

O Tricolor começou a partida esboçando pressão nos primeiros cinco minutos e, com a marcação adiantada, dava pinta de que faria uma apresentação ofensiva, ousada. Ledo engano. A empolgação durou somente até Richarlysson chutar uma bola na trave, no comecinho da etapa inicial. Depois disso, o São Paulo foi ameaçado pelo fraco Nacional e Rogério Ceni teve que fazer grande defesa para evitar o gol paraguaio após falhas de Miranda e Cicinho.

Hernanes foi omisso, parecia dormir em campo e a criação era zero. Aliás, vou parar de falar da falta de criatividade do meio de campo são-paulino, pois há tempos ela é rotina e, quando o camisa dez não joga nada, como ontem, a coisa piora drasticamente.

No início do segundo tempo, Washington, aos 13, abriu o placar da sonolenta peleja. O passe de Dagoberto.foi bom e o centroavante driblou o goleiro para marcar.

Saindo na frente, o São Paulo, mais calmo em campo, conseguiu alguma posse de bola, mas a objetividade era escassa. Então, eis que Washington, de novo, apareceu. Bem colocado, ele recebeu boa bola de Fernandinho, que entrou no lugar de Dagoberto, e só empurrou para as redes, dando números finais à partida, aos 44.

Foram três pontos conquistados, mas está chato demais ver o Tricolor atuar. Burocrático e muitas vezes disperso, o estilo do time combinou bem com o reduzidíssimo público presente ao estádio Defensores del Chaco. Somente 700 almas assistiram ao jogo e mesmo o tão decantado “clima de Libertadores” não deu as caras. Tudo condizente. Futebol ruim, pouca torcida e jeitão de partida que não vale nada.

segunda-feira, março 08, 2010

Se chegar redonda, ele decide

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Por Moriti Neto

Duas vezes Washington. No estádio Moisés Lucarelli, em Campinas, num campo que conhece bastante, pois foi artilheiro também por lá, como em tantos outros lugares, o centroavante confirmou, ontem, a vitória do São Paulo sobre a Ponte Preta.

No primeiro gol, aos 14 minutos de jogo, de frente para o goleiro Eduardo Martini, ele chutou até fraco, mas a bola passou por entre as pernas do adversário. Coisa de quem pode não primar pela técnica, porém sabe, e muito, se posicionar na área.

Aos 41, vem o segundo tento. Hernanes cruza da direita, Washington finaliza e Martini rebate. Mas centroavante que é centroavante não desiste e o artilheiro, quase sentado, se estira para tocar e concluir para as redes da Macaca. Isso, ao estilo que lhe é peculiar, com raça.

Etapa inicial e partida resolvida. Alias, graças também a Rogério Ceni, que pegou pênalti mal marcado para a Ponte Preta.

Com Jean e Richarlyson de volantes, Hernanes mais na organização, Cicinho de lateral (e não inventado no meio) o São Paulo jogou bem melhor do que contra o Oeste, com qualidade na saída de bola e nos cruzamentos. Assim, o técnico Ricardo Gomes, de volta ao banco de reservas após o acidente vascular cerebral que o afastou do comando da equipe desde o confronto com o Palmeiras, viu o time do Morumbi subir na tabela, indo à terceira posição na classificação.



O curioso é que a Ponte Preta sofreu com as conclusões, principalmente pelos erros do ex-corintiano Finazzi, que tem pouca técnica e está  longe da média de gols de Washington, que para a alegria dos são-paulinos, matou a peleja e é o artilheiro do Clube da Fé na temporada. Com cinco tentos no Paulista e dois na Libertadores, o centroavante lidera a tábua de goleadores do São Paulo em ambos. Não dá para reclamar. Quando a bola chega redonda, o cara faz o que sabe. E decide.

quinta-feira, fevereiro 11, 2010

Algum alento

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A vitória do São Paulo por 2 a 0 contra o esforçado Monterrey ontem, no Morumbi, em sua estreia na Copa Libertadores de 2010, não diz muita coisa. Além do time continuar jogando de forma modorrenta, previsível e sem um pingo de ofensividade ou criatividade, o adversário poupou cinco titulares para o clássico do próximo final de semana contra o Tigres, pelo Campeonato Mexicano. Os dois alentos foram Washington, que voltou a marcar jogando onde deve, dentro da área, e a surpreendente reestreia de Cicinho (foto - Miguel Schincariol/SPFC), que havia desembarcado da Europa pela manhã e treinado rapidamente à tarde. Demonstrando muita vontade, foi para o jogo.

Ainda é cedo para falar sobre suas condições e se vai voltar a atuar em grande estilo, como há cinco anos, mas fica nítido que o São Paulo precisava de um jogador com esse perfil. Numa de suas primeiras participações, jogou uma bola para escanteio e vibrou batendo no peito, sendo cumprimentado pelo Rogério Ceni. Faltava esse tipo de vibração no time, que o elenco de 2005 tinha de sobra. Cicinho, Lugano e Amoroso vibravam até quando chutavam a bola para a lateral. Talvez o repatriado consiga contagiar os apáticos zagueiros, volantes, meias e atacantes da equipe atual. Talvez.

De qualquer forma, a vinda de um lateral-direito de ofício, na condição que for, sempre é melhor do que não ter ninguém. Jorge Wagner correu bem pela esquerda ontem. Talvez dê liga. Talvez. Mas que a zaga dá medo, isso dá...

segunda-feira, janeiro 18, 2010

Festa portuguesa no sábado e no domingo

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Bom, como o camarada Moriti está demorando muito pra analisar mais uma derrota do São Paulo e a Thalita nem deve estar muito chateada, pois também torce pra Lusa, vou cumprir aqui o sacrificante papel de sãopaulino de plantão. Não vi o jogo, só o golaço do Marcelinho Paraíba (que aparece com a bola na foto). Reestreou com gol, chegou a 47 com a camisa tricolor. Mas, voltando à partida, fiquei sabendo que o Rogério Ceni perdeu um pênalti e o Washington um gol mais do que feito (pra variar...), depois de uma linha burra bem burra dos defensores lusitanos. E o castigo veio a galope: no segundo tempo, o estabanado Richarlyson fez um pênalti bobo e a Lusa empatou. Logo em seguida, o ex-sãopaulino Marco Antônio virou o placar. Também pra variar, Dagoberto arrumou mais uma expulsão (e a gente ainda fala mal do Domingos, que riu por último). Tranquila, a Portuguesa teve tempo de fechar em 3 a 1 a derrota do Tricolor em pleno Morumbi. Curioso é que no sábado eu fui a uma festa de casamento na Vila Leopoldina em que o noivo era sãopaulino e a família da noiva, toda de portugueses. Foi uma festa "portuguesa com certeza", com banda típica, música, dança, vestes, comida e muito vinho. Devia ter desconfiado de que era prenúncio de alguma coisa: o São Paulo bailou o vira na estreia do Paulistão. Ora pois pois, Ricardo Gomes!

quinta-feira, novembro 19, 2009

Falou e disse

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Na polêmica que se avizinha sobre o Corinthians facilitar ou não uma vitória do Flamengo para prejudicar o São Paulo na reta final do Campeonato Brasileiro, o atacante Washington, do tricolor paulista, bateu no ponto principal:

- Se fizermos nosso serviço, o Corinthians pode até perder de dez que seremos campeões, disse o centroavante, que terá toda a responsabilidade de estufar as redes nas próximas duas rodadas, pois Borges e Dagoberto foram suspensos pelo STJD.

O detalhe é que, em 2004, Washington quase foi campeão brasileiro pelo Atlético-PR, mas perdeu a taça para o Santos nas últimas rodadas. O que decidiu a disputa foi uma derrota para o Vasco no Rio de Janeiro. E agora o São Paulo vai até o estado vizinho para enfrentar o Botafogo...

sábado, maio 09, 2009

O Brasileirão dos goleadores

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E o Brasileirão começa hoje. Muitos já criticaram, e com razão, o descaso da CBF com a competição, e mesmo o torcedor que ainda está com o time envolvido em outros torneios (Copa do Brasil e Libertadores) vai demorar pra se interessar de fato pela disputa. Ainda assim, é o campeonato mais importante – e longo – do país e vai monopolizar os papos de boteco do segundo semestre (ou alguém vai ficar comentando Copa Sulamericana no bar?).

A grande atração será certamente o desfile dos artilheiros. Curiosamente, três dos quatro atacantes da espezinhada seleção de 2006 estarão dando o ar de sua graça por aqui: Ronaldo, no Corinthians; Adriano, no Flamengo; e Fred, no Fluminense. Além deles, há os artilheiros da edição de 2008 que ainda estão no Brasil, Keirrison (segundo Nivaldo, apelidado de “Pipokeirrison” por palmeirenses da turma do amendoim); Kléber Pereira, o artilheiro dos gols perdidos, e o oscilante Washington, ainda em fase de aprovação no São Paulo.

Além deles, tem o rol dos “recuperados”, com Rafael Moura, o He-Man do Atlético (PR), e o renegado Diego Tardelli. Pedrão, goleador máximo do Paulista pelo Barueri, e os jovens Taison e Nilmar, do Internacional, também devem se fazer notar. Aliás, não é hora de dar uma chance a Nilmar não, Dunga?

Se tivemos edições do Brasileirão bem modorrentas nos últimos anos, pelo menos esses caras devem fazer a competição mais emocionante e talvez até consigam elevar a média de tentos do Brasileiro (no ano passado, foram 2,72 por partida, a segunda pior marca da era dos pontos corridos, só superando a edição de 2006). Ainda mais que, em função da crise econômica, a sangria da janela de transferência provavelmente vai deixar a maioria por aqui mesmo. Vibraremos com os gols deles e os xingaremos quando perderem chances absurdas (no meu caso, já estou bem acostumado a fazer isso com o Kléber Pereira).

Ronaldo?

E aí, quem vai ser o artilheiro do Brasileirão de 2009?

quinta-feira, março 26, 2009

Briga boa na artilharia do Paulistão

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Mais uma vez, Ronaldo Nazário (à direita) mostrou que não está para brincadeira e marcou mais dois com a camisa do Corinthians, chegando à excelente marca de um gol por partida disputada pelo clube até o momento. Apesar de estar oito tentos distante de Keirrison, do Palmeiras (à direita, abaixo), que lidera a artilharia da competição com 12 gols, ainda não é possível dizer que o "Gordo" não tem chances de superá-lo. Se fizer, como ontem, mais dois gols nas duas próximas partidas, por exemplo, entra no páreo. Porém, a saúde, a juventude e a fase de Keirrison dão poucas esperanças à concorrência. Para se ter uma ideia da superioridade do ex-atacante do Coritiba, o segundo artilheiro palmeirense no campeonato, Lenny, tem apenas seis gols marcados - exatamente a metade do artilheiro do Paulistão. E Chicão, o maior goleador do Corinthians, também marcou seis vezes. Como o Palmeiras já garantiu a classificação antecipada para as semifinais, Keirrison assegurou a oportunidade de ampliar a diferença. Mas tudo é possível no futebol...

Afinal, o Grêmio Barueri, do técnico Estevam Soares, ainda tem chances (remotas) de classificação entre os quatro primeiros. E seu principal atacante, Pedrão (à esquerda) é um dos três vice-artilheiros do Paulistão, com dez gols. Aliás, o Barueri tem outro "matador" em seu elenco, Thiago Humberto, que já marcou oito vezes. Juntos, Pedrão e Thiago marcaram quase 70% dos 26 gols que seu clube conseguiu fazer até o momento na competição. E, mesmo que não alcance as semifinais, a dupla ainda tem mais duas rodadas para disparar na artilharia. O mesmo vale para outro bom atacante, Zé Carlos, do Paulista de Jundiaí (à esquerda, abaixo), outro dos vice-artilheiros, com dez gols. É mais um exemplo de como alguns times do interior dependem fundamentalmente de um único atacante, pois os colegas de equipe que mais se aproximam dele são Alex Oliveira, Felipe e Léo, com apenas dois gols cada um. Ídolo pelo Jeonbuk Hyundai, da Coréia do Sul, pelo qual conquistou a Copa da Ásia, Zé Carlos participou do Mundial de Clubes no Japão, em 2007. Com o bom desempenho apresentado neste Paulistão, poderá reforçar algum time "grande" no Campeonato Brasileiro.

O terceiro vice-artilheiro do estadual é Washington, do São Paulo (à direita), que ontem marcou mais um, em Bauru, e também soma dez gols. Caso o Tricolor confirme a classificação às semifinais, poderá ameaçar a liderança de Keirrison. Desde o início do ano, Washington já fez 12 gols pelo São Paulo - quase os 14 que Dagoberto e Jorge Wagner fizeram desde 2007 no clube. E o chamado "coração valente" supera a soma dos outros artilheiros do Tricolor no campeonato, Borges e Hernanes, que fizeram quatro gols cada um. Sua única desvantagem é a hipótese de o técnico Muricy Ramalho decidir poupá-lo nas próximas rodadas, para priorizar a Copa Libertadores. Na terceira posição entre os artilheiros, Edno, da Portuguesa (à direita, abaixo), aparece com nove gols. O São Paulo tentou contratá-lo no final de 2007 e, com mais essa boa campanha, é outro que deve partir para um dos "grandes" no campeonato nacional. Na Lusa, o segundo artilheiro é o surpreendente lateral Athirson, que já marcou quatro gols. Depois de uma passagem apagada pelo Brasiliense, o jogador ressurge em grande fase, aos 32 anos.

Por último, destaco Danilo Neco, da Ponte Preta (à esquerda), que divide a quarta posição entre os artilheiros com o já citado Thiago Humberto, do Barueri, com oito gols. Trata-se de outra referência de ataque em times do interior, pois o segundo artilheiro da Macaca, Leandrinho (que fez um golaço ontem contra o Corinthians, por cobertura), só marcou três vezes. E termino o post falando sobre outro possível semifinalista, o Santos, que, ao contrário de seguidas competições passadas, em que sempre tinha atacantes brigando pela artilharia, dessa vez tem um ataque mais modesto. Kléber Pereira e Roni (à esquerda, abaixo) são seus principais matadores no Paulistão, com quatro gols cada um. Mas o garoto Neymar já começa a ganhar espaço entre os titulares e, ao que tudo indica, se o clube passar para a próxima fase, poderá multiplicar os dois gols que fez. Fabão, Molina, Paulo Henrique, Róbson e Rodrigo Souto também marcaram duas vezes pelo alvinegro praiano neste campeonato. Ah, e vale registrar, ainda, os que estão na quinta posição da artilharia do estadual, com sete gols: Alex Afonso, do Ituano, e Pablo Escobar, do Santo André - o segundo ainda sonhando com a semifinal.

Antes do clássico, São Paulo vence fora de casa

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Jogando em Bauru, o São Paulo derrotou o Noroeste por 2 a 1 ontem, com gols de Washington e Jorge Wagner (foto, de Rubens Chiri/SPFC). Marcelinho descontou para os donos da casa, em lance que os sãopaulinos contestaram que a bola tivesse entrado (mas, pelo que parece, entrou). Com o resultado, o Tricolor permanece em 3º lugar, com 33 pontos, só que agora a apenas um ponto do Corinthians, que empatou com a Ponte Preta no Pacaembu. De novidade, Muricy Ramalho escalou o time com apenas dois zagueiros. Arouca atuou como volante, junto com Jean, e a dupla Hernanes e Jorge Wagner armou as jogadas pelo meio. No segundo tempo, Hugo entrou no ataque, substituindo Borges. Mas, depois do gol do Noroeste, a equipe resolveu "cozinhar o galo", para desespero de Muricy. Como o Palmeiras também venceu nesta rodada, fica a expectativa para um bom clássico no sábado. Depois do alviverde, o Tricolor encerrará a primeira fase do Paulistão enfrentando Guaratinguetá (em casa) e São Caetano (fora). Do jeito que a coisa vai, é bem provável que São Paulo e Corinthians façam uma das semifinais. O Palmeiras espera o resultado da briga pela quarta vaga entre Portuguesa, Santos, Santo André e Grêmio Barueri. Façam suas apostas.

segunda-feira, março 23, 2009

Terceiro uniforme são-paulino já existiu

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Até onde pesquisei, o São Paulo não possui um terceiro uniforme porque seu estatuto não permite (leia mais detalhes nesta página). Porém, apesar de os rivais tirarem sarro da questão, o clube já fez algumas tentativas. Em 1984, por exemplo, o time chegou a jogar com uma camisa totalmente branca, com o distintivo no alto, à esquerda. Em janeiro deste ano, na apresentação dos uniformes da atual temporada, o recém-contratado Washington apareceu com uma opção que está à disposição apenas da torcida (foto à direita). Esse figurino, porém, lembra muito uma das primeiras alternativas de terceiro uniforme, desenvolvida na década de 1960 pelo jornalista Paulo Planet Buarque, à época, conselheiro do clube. Veja, abaixo, a equipe do São Paulo que bateu o Comercial por 3 a 0, em 4 setembro de 1966 - foto do site de Milton Neves:

Em pé: Osvaldo Cunha, Tenente, Bellini, Carlos Alberto Rodrigues, Fábio e Nenê. Agachados: Paraná, Prado, Babá, Fefeu e Adíber

Ps.: Os gols no estádio Palma Travassos, em Ribeirão Preto, foram marcados por Paraná e Prado (2). O primeiro disputou a Copa da Inglaterra naquele ano e Prado é o 9º maior artilheiro da história do São Paulo, com 122 gols. Também jogou pelo Corinthians. Hoje, tem uma lotérica na capital paulista.

sexta-feira, março 20, 2009

Borges: entre os 40 maiores artilheiros do S.Paulo

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Com o golaço de perna esquerda que marcou contra o time uruguaio Defensor, na quarta-feira, o atacante Borges (à esquerda) chegou a 46 com a camisa do São Paulo, tornando-se o 37º maior artilheiro do clube, ao lado de Marcelinho Paraíba (à direita) e Pita. À sua frente, no ranking, estão apenas cinco jogadores em atividade: França, com 182 gols (4º colocado), Luís Fabiano, com 118 (11º), Dodô, com 94 (18º), Rogério Ceni, com 83 (22º) e Kaká, com 48 gols (36º). Borges já marcou sete vezes desde o início do ano. Se nessa temporada ele igualar os 26 marcados em 2008, chegará a 65 com a camisa tricolor (o mesmo tanto que Kléber Pereira já fez pelo Santos). Com isso, subiria para a 28ª posição na artilharia geral do clube, só um gol atrás de Zezinho (à esquerda), artilheiro do Campeonato Paulista de 1956. Desde Luís Fabiano, que deixou o São Paulo há cinco anos, ninguém mais alcançou ou ultrapassou a barreira dos 100 gols. E eu defendo que o França encerre a carreira no São Paulo e, quem sabe, chegue aos 200 gols. Aos 33 anos (mais novo que Washington e Kléber Pereira e pouco mais velho que Ronaldo Gordo), ele defende atualmente o clube japonês Kashiwa Reysol.

segunda-feira, março 16, 2009

Vitória em jogo com três golaços

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Contrariando o que escrevi outro dia, de que o São Paulo tinha jogado a toalha no Paulistão, o time voltou a vencer ontem, 2 a 1 sobre o Marília. Agora, o clube tem 29 pontos, na terceira posição, encostado no vice-líder Corinthians. Rogério Ceni voltou a frisar que a prioridade é mesmo a Libertadores, mas Muricy Ramalho observou que não pode perder uma partida sequer no torneio estadual, pois a torcida e a imprensa caem matando. Assim, o time jogou apenas para o gasto, poupando-se para o jogo contra o Defensor, no Uruguai, pela disputa continental. Todo mundo está falando do golaço de Hernanes (foto), que abriu o placar, mas o de João Vítor, do Marília, que fechou a conta, foi uma resposta na mesma moeda. E Washington, para variar, deixou mais um (são 11 gols em 13 vestindo a camisa do São Paulo) - outro dos três golaços da partida. Com Jorge Wagner e Júnior César tabelando na esquerda, Jean e Hernanes comandando o meio campo e a dupla Borges e Washington se entendendo no ataque, o time ganha um certo padrão. Resta à defesa parar de bater cabeça – Renato Silva é uma grata surpresa, mas Rodrigo e Miranda não estão no mesmo nível do ano passado. O lado direito continua sendo o mais fraco e Zé Luís se machucou. Confiram os três gols da partida disputada ontem no Morumbi:

sexta-feira, março 13, 2009

"Mesmo estilo não impede de jogar junto"

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Finalmente, comprei um par de pilhas e consegui ouvir uma partida do meu time pela rádio Jovem Pan. O adversário era tão fraco que quase emprestei o título de um texto do Glauco e escrevi "São Paulo empurra bêbado ladeira abaixo". Porém, como considero uma maldade fazer uma coisa dessas com qualquer pessoa, não só com os embriagados, resolvi destacar uma frase do técnico Muricy Ramalho logo após a goleada por 5 a 0 sobre o Mirassol, ontem à noite, no Morumbi. "Todo jogador bom tem lugar no time, mesmo se os dois têm a mesma característica", disse o treinador, em coletiva, referindo-se ao sucesso da dupla de ataque Borges e Washington (foto), que, teoricamente, têm o mesmo estilo e atuam mais próximos à grande área - e, por isso, não poderiam atuar juntos. Essa é uma questão que causou muita polêmica na Copa de 1970, quando diziam que Pelé e Tostão não poderiam ser titulares ao mesmo tempo, por terem o mesmo estilo e posicionamento - o que provou ser uma grande besteira. Ontem, Borges e Washington foram responsáveis por quatro dos cinco gols (o segundo fez três). Uma das apostas de Muricy, antes de efetivar a dupla atual, foi a manutenção de Dagoberto como titular, no lugar de Borges, caindo pelas pontas e jogando mais fora da área. No entanto, essa dupla com Washington, que fez sucesso no Atlético-PR, foi um fiasco logo na primeira tentativa: derrota por 2 a 0 para o Santo André, em pleno Morumbi.

Teimoso, Muricy resolveu rever seus conceitos. "A diferença é que no ano passado nós tínhamos apenas um pra botar a bola pra dentro, o Borges. Agora temos dois", comentou o técnico, após a vitória contra o Mirassol. "Mas, com essa dupla de atacantes parecidos, somos obrigados a fazer reajustes. No meio de campo, Hernanes e Jorge Wagner têm de encostar mais na frente e entrar com frequência na grande área, pois Borges e Washington não recuam tanto quanto Dagoberto. Pedi para eles fazerem isso no intervalo e, no início da segunda etapa, Jorge Wagner marcou de cabeça", completou Muricy. Para um time que vinha de duas derrotas, para o Santos e o Mogi Mirim, a goleada foi providencial para injetar ânimo (afinal, vai até o Uruguai encarar o Defensor, no meio da semana, pela Libertadores). Mas é bom ressaltar que, além da fragilidade, o Mirassol ainda teve um jogador expulso. De positivo, ficou a boa atuação de Júnior César na lateral esquerda, liberando Jorge Wagner - o nome do jogo - para o meio. O time começa a ganhar uma "cara" mais interessante. Resta saber o que esperar dessa temporada.

sexta-feira, março 06, 2009

São Paulo quebra tabu na Colômbia

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Pela primeira vez na disputa de uma Copa Libertadores, o São Paulo conquistou uma vitória jogando na Colômbia, 3 a 1 sobre o América de Cali, nesta madrugada. Antes, o clube brasileiro havia empatado por duas vezes em território colombiano (1 a 1 com o Atlético Nacional, em 2008, e 0 a 0 com o Millonarios, em 1974) e perdido uma partida decisiva (2 a 1 para o Once Caldas, em 2004). Na vitória de hoje, Washington (foto acima) fez dois gols e Borges completou o placar. Cortés descontou no fim da partida. Com isso, o São Paulo assumiu a liderança do grupo 4, empatado em número de pontos com o Defensor, mas superior no saldo de gols.

Se a fase atual da Libertadores acabasse hoje, estariam classificados: Sport e Colo Colo (grupo 1), Boca Juniors e Deportivo Cuenca (grupo 2), Nacional e San Martín (grupo 3), São Paulo e Defensor (grupo 4), Cruzeiro e Estudiantes (grupo 5), Caracas e Chivas (grupo 6), Universidad de Chile e Boyacá Chicó (grupo 7) e Libertad e San Lorenzo (grupo 8). Quem vem fazendo ótimas campanhas são o Cruzeiro, no grupo 5, que lidera com quatro pontos a frente do Estudiantes, e o Sport, no grupo 1, que está na ponta com três pontos de vantagem. Já o Palmeiras, último colocado no mesmo grupo 1, com duas derrotas, e o Grêmio, penúltimo do grupo 7, com apenas 1 ponto, são as grandes surpresas negativas entre os clubes brasileiros.

domingo, março 01, 2009

Bem armado, Santos supera o São Paulo

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E finalmente o Santos venceu um clássico paulista onde o adversário não era o Corinthians. Desde 2006, quando o Peixe superou o Tricolor reserva por 4 a 0 no Morumbi, não teve sorte (e competência) contra Palmeiras e São Paulo. Hoje, a moeda caiu do outro lado.

Sem Kléber Pereira, machucado, O Alvinegro entrou com três zagueiros. A escolha de Mancini decorria das próprias carências do elenco: com dois alas que sabem mais atacar do que marcar e com falta de jogadores marcadores no meio, a opção se mostrou acertada, ainda mais contra um time que tem volantes que chegam com qualidade à frente. Com esse esquema, o treinador também anulou aquela que é hoje a principal arma do São Paulo, a jogada aérea, já que contou com mais um atleta alto na área.

Já o Tricolor, ao contrário do que fez na partida contra o Corinthians, entrou com sua formação titular. Muricy Ramalho, no decorrer da partida, mudou a equipe e mostrou que tinha muito mais opções do que seu adversário no outro banco da Vila. Pressionou os donos da casa no segundo tempo, mas não chegou com perigo ao gol. Aliás, de jogada incisiva de fato houve o tento alvinegro, uma bola na trave do São Paulo - quase um gol contra de André Dias (que lobby é esse que insiste em dizer que o emérito escorregador é "selecionável"?) e uma bola salva por Leo ainda no primeiro tempo. De resto, nenhum dos dois goleiros trabalhou, embora a partida tenha sido muito movimentada.



Arbitragem

Os sãopaulinos reclamam de um suposto pênalti de Fabão em Washington. Curioso do lance é que o zagueiro segura o ombro do adversário, não sei se a ponto de fazer alguma diferença na jogada, mas a cena se torna ridícula quando o adversário se joga e Fabão já está com os braços abertos. De qualquer forma, antes do tal lance, Rodrigo Souto é lançado em posição mais do que legal na frente de Ceni, e o bandeira dá um impedimento absurdo. Se no lance da penalidade há dúvida, nesse não há nenhuma.

Ceni, o goleiro que não erra

Quando entrevistado na ida para o vestiário no intervalo, o goleiro tricolor alegou que a bola de Molina no gol da vitória peixeira tocou na perna de um zagueiro do seu time, ainda dizendo que houve desatenção da defesa.

Rogério é aquele jogador que não erra. A soberba e a recusa em admitir erros inclusive prejudicaram sua permanência na seleção e é incrível como ele insiste no erro. Erro não, perdão, ele não erra.

Contudo, o mais estapafúrdio é a Globo reprisar mais de uma vez o lance só pra ver se o arqueiro tinha ou não razão na reclamação contra a própria equipe. Ê, mídia condescendente...

quinta-feira, janeiro 29, 2009

Muricy vai re-editar ataque do Atlético-PR de 2004

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O São Paulo venceu o Guarani por 2 a 0, em Campinas, mas a dupla Washington e Borges não marcou. Por isso, na próxima partida, domingo, contra o Santo André, o técnico Muricy Ramalho vai testar a terceira dupla de ataque diferente neste ano. E a opção será exatamente a que o Atlético-PR usou em 2004 para liderar o Brasileirão até a penúltima rodada: Washington e Dagoberto. Curioso é que o time paranaense perdeu a liderança para o Santos - que seria o campeão - justamente quando Dagoberto se machucou, dando lugar a Dênis Marques. A contusão foi tão grave que ele só voltaria a jogar em julho de 2005. Sem Dagoberto, Washington viu sua equipe ser derrotada por 1 a 0 pelo Vasco. O Santos, que estava dois pontos atrás, venceu o São Caetano por 3 a 0 e assumiu a ponta (interessante é que Muricy Ramalho tinha treinado o Azulão até o fim do primeiro turno). Na última rodada, o mesmo Vasco perdeu por 2 a 1 para a equipe santista e o Atlético-PR, do técnico Levir Culpi, deu adeus a um título que, pouco antes, era quase uma certeza. Como consolo, Washington terminou a competição como artilheiro, com 34 gols - a maior soma na história da competição até hoje, superando os 31 marcados por Dimba em 2003, pelo Goiás. Será que o centroavante se entrosará com o ex-parceiro Dagoberto novamente?

segunda-feira, janeiro 26, 2009

Sensação de déjà vu, mas nem tanto

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Assim como Adriano, em 2008, o centroavante Washington estreou pelo São Paulo, no Campeonato Paulista, marcando os dois gols que garantiram a vitória de seu novo time. E assim como o "Imperador", caiu (momentaneamente) nas graças da torcida. A diferença é que no ano passado o Guaratinguetá saiu na frente e os gols do manguaça estreante determinaram a virada, ao contrário de ontem, quando o Tricolor venceu a Portuguesa por 2 a 0 com um gol de Washington em cada etapa - um com o pé e outro de cabeça (foto acima, de Rubens Chiri/SPFC). No mais, Adriano tinha estilo trombador e contrato de seis meses. Fez seus golzinhos, mas é fato que não tinha maiores planos no clube. Washington, por sua vez, é mais finalizador e tem contrato maior. Seu objetivo é ganhar os títulos que ainda não tem na carreira. No Brasil, só venceu a Copa Daltro Menezes, pelo Caxias-RS. Foi vice da Libertadores pelo Fluminense e do Brasileirão pelo Atlético-PR. Fora, o melhor resultado foi o 3º lugar pelo japonês Urawa Red no Mundial de Clubes de 2007, competição em que fez três gols e foi o artilheiro.

Outro detalhe é que, no São Paulo, Adriano precisava provar que ainda poderia jogar bola de forma competitiva (mais ou menos como Ronaldo Gordo, agora). Já Washington vem de uma ótima temporada pelo Fluminense, onde marcou 37 gols em 57 partidas, sendo cinco deles em dois jogos contra o São Paulo - os mais marcantes foram os dois que despacharam o Tricolor da Libertadores, para desconsolo de sua torcida. Ainda é cedo pra falar qualquer coisa, mas acho que o time do Morumbi contratou bem. Muitos adversários dizem o mesmo sobre a aquisição de Washington. Eu, particularmente, torcia pela contratação desde sua segunda passagem pela Ponte Preta, entre 2000 e 2002, quando chegou à seleção. O São Paulo precisa de um centroavante desses, que se fixam na área e metem a bola pra dentro, no estilo de Serginho Chulapa e França. A Libertadores desse ano promete. Vamulá, Washington!

sexta-feira, novembro 14, 2008

Especulações

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Ok, especulação é só isso mesmo, especulação. Mas não é em qualquer dia que leio que o Adriano pode voltar para o São Paulo (ou ir para Corinthians ou Fluminense) assim que a janela de transferência se abrir, em janeiro, e que Amauri, o atacante da Juventus que está metendo gol a três por quatro no Italiano, é são-paulino e quer jogar pelo time do Morumbi quando voltar da Europa.

O Adriano pode não ter feito muito bem coletivamente ao São Paulo no início desse ano, além de ter sucitado galhofas da imprensa, mas a situação era bem específica. Eu gostaria de tê-lo novamente no time. Talvez menos pelo seu desempenho e mais por não querer vê-lo em um rival.

Sonho

Outro que podia vir (essa especulação só existe na minha cabeça mesmo) era o Washington, do Flu. O cara faz miséria sempre que joga contra o São Paulo, então melhor se juntar a quem não se pode vencer. Não é só isso, claro. Ele é um baita atacante. Esse é mais um motivo para minha torcida contra o Fluminense. Se o time cair, além de rolar um desmonte, me vingo pela eliminação na Libertadores e ainda vai acontecer uma justiça histórica, já que o clube nunca voltou à elite depois do rebaixamento sem virada de mesa.

Que ataque, einh?