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segunda-feira, julho 27, 2015

Pato emPata com Paulo Lumumba

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Lumumba também fez 29 gols pelo São Paulo
Informação "relevante": com a confirmação de que o gol da vitória do São Paulo sobre o Cruzeiro ontem foi mesmo de Alexandre Pato (depois de o 4º árbitro ter apontado Carlinhos como autor e voltado atrás), o atacante chegou a 29 tentos marcados com a camisa do Tricolor e empatou, na 80ª posição do ranking histórico dos artilheiros do clube, com Paulo Lumumba. Para quem nunca ouviu falar nesse jogador (o que é mais do que provável), o gaúcho Paulo Otacílio de Souza (1936-2010) jogou pelo time do Morumbi nas temporadas de 1960 e 1961 e também atuou por Grêmio e Fluminense. Assim como Pato (até agora), Lumumba não ganhou título algum pelo Tricolor.

Bicampeão brasileiro, Hugo hoje está sem clube
Atleta pertencente ao Corinthians, Alexandre Pato está emprestado ao São Paulo até dezembro deste ano e, assim, pode alcançar outros jogadores que passaram pelo clube recentemente no ranking dos artilheiros do Tricolor: Hugo, bicampeão brasileiro em 2007 e 2009, e que está livre no mercado depois de passagem pelo Vitória, fez 31 pelo time do Morumbi, e está logo a frente, em 79º lugar. Lucas, atualmente no Paris Saint Germain, fez 33 e está empatado com o hoje comentarista Caio Ribeiro na 75ª colocação. Outra figurinha carimbada, Souza, campeão paulista, da Libertadores, Mundial e tri-brasileiro na década passada, e que também está sem clube após abandonar o Caxias-RS, marcou 35 gols pelo São Paulo é o 67º no ranking.

Reinaldo, que estava no Inter de Lages
Em atividade tem ainda o hoje corintiano Danilo, com 36 gols pelo São Paulo (63º colocado no ranking do clube), o Hernanes, da Internazionale de Milão, que, assim como Dario Pereyra, marcou 38 vezes pelo time do Morumbi (ambos estão na 58ª posição), o Diego Tardelli, que está na China, e o Grafite, que voltou agora ao Santa Cruz, ambos com 39 gols (empatados com Cafu no 55º lugar), e Reinaldo, ex-Santos e Internacional, que jogou pelo Inter de Lages-SC no 1º semestre, com 41 gols com a camisa sãopaulina (52º lugar). Um pouco mais a frente tem Kaká (que passou pelo São Paulo em 2014, a caminho do Orlando City) e Marcelinho Paraíba (Joinville), ambos com 51 gols pelo São Paulo, na 39º colocação; o Borges, da Ponte Preta, com 55 gols (32º); e o Dagoberto, do Vasco, com 61 (30º lugar).

Rogério Ceni: mais 7 gols para alcançar Maurinho
E dois jogadores que estão fechando o ciclo no São Paulo ainda podem avançar nesse ranking até o fim do ano. O primeiro é Rogério Ceni, que fez 129 gols e é o 10º maior goleador da história do clube - e, com muita sorte, poderia alcançar Maurinho (1933-1995), que fez 136, ou o lendário Leônidas da Silva (1913-2004), que marcou 144 vezes. O segundo é Luis Fabiano, atual 3º colocado no ranking, com 205 gols, e que - muito dificilmente - alcançará o 2º, Gino Orlando (1929-2003), que fez 233 gols, ou o artilheiro máximo do São Paulo, Serginho Chulapa, que fez 242. Como hoje é muito raro um jogador - que não seja goleiro - passar dez temporadas no mesmo clube, como Chulapa, é bem provável que sua marca se eternize. Afinal, Luis Fabiano "subiu no telhado"...

DA SÉRIE 'MAS... JÁ VAI?' - Depois de ir e não ir, o atacante Jonathan Cafu acabou "fondo" para o portentoso Ludogorets, da Bulgária, numa transação em que o São Paulo ficará com menos da metade do valor apurado. A debandada de atletas do Morumbi neste meio de ano reflete a crise financeira enfrentada pelo clube e sugere que todos no elenco, de titulares a reservas, estão acionando seus empresários para tentarem pular fora do "barco furado". No entanto, para além da falta de grana, a saída do Cafu (genérico) é mais um exemplo inegável das "cabecices" da diretoria quando tenta reforçar o ataque da equipe. Além de Jonathan Cafu, que fez apenas 12 jogos (e 1 gol), o clube acabou de emprestar o prata-da-casa Ewandro (que jogou só 22 vezes e fez 2 gols pelo profissional do São Paulo) e, no ano passado, teve passagem-relâmpago de Pabón (18 jogos e 2 gols). Agora a aposta é em Wilder Guisao, que estava encostado no mexicano Toluca. Ou seja: nada de novo no front...


quinta-feira, março 06, 2014

A excursão que 'peneirou' Hernanes no São Paulo

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Hernanes (à esquerda) e Marco Antônio (direita) na embaixada brasileira na Índia
"À Índia fui em férias passear
Tornar realidade um sonho meu
Jamais eu poderia imaginar
E explicar o que me aconteceu..."

Os versos iniciais de "Férias na Índia" (sucesso radiofônico do brega/jovem guarda Nilton César, há mais de quatro décadas) caem como uma luva para fundo musical da excursão internacional que o São Paulo fez no início de 2007 - e que bifurcou a carreira de vários jovens jogadores. Alguns deles, como Marco Antônio e principalmente Hernanes e Jean Raphael, "tornaram o sonho realidade", como diz a música, e se firmaram no cenário futebolístico profissional de primeiro nível. Mas os outros participantes daquela aventura, como Carlinhos, Gustavo Cazão, Chumbinho, Francisco Alex, Caiuby, Paulo Matos, Flávio Donizete e Mazola, não sabem até hoje "explicar o que aconteceu". Muitos se perderam nos caminhos da bola, viraram "ciganos" do futebol ou praticamente sumiram, sem deixar saudade.

Na Índia: Jean Raphael, hoje no Fluminense, é o 4º agachado, a partir da esquerda
A excursão à Índia foi a forma que o São Paulo encontrou para fazer um último teste com jogadores que havia trazido para o elenco mas que não tiveram chance ou não se firmaram no time principal. Não era a primeira vez: viagem semelhante do Tricolor àquele país havia ocorrido em 1989. Mesclados com garotos da base e comandados pelo técnico Silva, o "mistão" de "renegados" sãopaulinos partiu em janeiro de 2007 para cinco amistosos num prazo de apenas 15 dias. O clube venceu todas as partidas que disputou, marcou 17 gols e não sofreu nenhum - reflexo da fragilidade do futebol indiano, sem qualquer tradição histórica no esporte. Por isso mesmo, o bom desempenho não significou que o clube fosse aproveitar todos os "turistas".


27/01 - 3 x 0 KF East Bengal - Gols: Carlinhos, Paulo Matos e Jean Raphael
31/01 - 6 x 0 Mohammedan Sporting - Gols: Hernanes (2), Francisco Alex (2), André e Pablo
04/02 - 2 x 0 Mohun Bagan - Gols: Marco Antônio e Flávio Donizete
07/02 - 3 x 0 Kerala XI - Gols: Marco Antônio, Chumbinho e Hernanes
11/02 - 3 x 0 JCT Mills - Gols: Francisco Alex (2) e Cazão

Marco Antônio: capitão do 'mistão'
Os meias Hernanes e Marco Antônio, que haviam subido para o profissional e disputado alguns jogos em 2005 (o segundo foi campeão paulista e da Libertadores), foram emprestados no ano seguinte ao Santo André. Voltando da Índia, Hernanes foi reintegrado ao São Paulo e atingiu o estrelato, sendo peça fundamental dos títulos brasileiros de 2007 e 2008, que o alçaram à seleção brasileira (tem grande chance de disputar a Copa no Brasil este ano). Saiu do clube em 2010 para o futebol italiano, onde se destacou na Lazio e chegou prestigiado, neste início de 2014, à Internazionale. Marco Antônio, ao voltar, perambulou por América-SP, Criciúma e Vitória antes de se destacar pela Portuguesa, em 2009, e chamar a atenção do Grêmio. Atualmente, está no Atlético-PR.

O terceiro que se destacaria daquele grupo seria o volante/lateral-direito Jean Raphael. Quando retornou da Índia, foi emprestado ao Marília e, depois, ao português Penafiel. Sua grande chance pelo São Paulo viria na reta final do Campeonato Brasileiro de 2008, quando participou da arrancada para o terceiro título seguido. Mais tarde, seria repassado ao Fluminense, onde venceu o Brasileirão de 2012. E naquele mesmo ano, curiosamente, chegaria à seleção brasileira quando o ex-companheiro de São Paulo Hernanes foi cortado por trauma no crânio. Porém, em 2013, os dois se reencontrariam na conquista da Copa das Confederações. Só que aqui acaba a "parte feliz" do que aconteceu após a viagem sãopaulina às terras indianas. Porque hoje quase ninguém ouve falar o nome - ou sequer se lembra - dos outros participantes daquela excursão.

Francisco e Caiuby: sonho efêmero
Se a Índia não tem tradição no futebol, pode-se dizer o mesmo do município de Diadema, no ABC paulista. O principal clube da cidade, o Água Santa, tem pouco mais de três décadas de vida e só disputou o primeiro campeonato profissional, a temível 2ª Divisão paulista (na prática, junção das extintas 4ª e 5ª Divisões), em 2013. Logo de cara, porém, conseguiu o acesso à Série A-3. Pois o Água Santa é justamente o novo time do meio-campista Francisco Alex, que pediu dispensa do Marília recentemente. No auge de sua carreira, chegou ao São Paulo junto com o atacante Caiuby, ambos destaques da Ferroviária campeã da Copa Federação Paulista de Futebol em 2006. Mas, ao contrário do atacante Borges e do meia Hugo, que foram apresentados junto com a dupla, tiveram que seguir para a "peneira" indiana assim que pisaram o Morumbi.

Apesar da expectativa, nenhum dos dois vingou: ao voltarem da excursão, os dois foram preteridos da disputa da Libertadores. Caiuby seguiu para o Guaratinguetá e o São Caetano, antes de ir para a Alemanha jogar no Wolfsburg e sumir do noticiário quando se transferiu para o Duisburg e o Ingolstadt. Já Francisco Alex, que foi o artilheiro na excursão à Índia, conseguiria até marcar um gol na última rodada do Brasileirão de 2007, pelo campeão antecipado São Paulo. Mas nunca foi levado a sério e, nos anos seguintes, foi despencando do Sport Recife para o Paulista, Rio Branco, Mogi Mirim, Itapirense, São Bernardo, São José-RS, Juventude, Botafogo-SP, Catanduvense, Atibaia, Marília e, agora, o "portentoso" Água Santa.

Flávio Donizete no Japão, em 2005
Na viagem à Índia também estavam dois zagueiros que figuraram no time titular do São Paulo entre 2005 e 2006: Flávio Donizete, que integrou o elenco campeão mundial de clubes no Japão, e Carlinhos, aproveitado em jogos da campanha do título brasileiro de 2006. Na volta da viagem internacional, ambos foram para o América de São José do Rio Preto, junto com o já citado Marco Antônio. Flávio rumou de lá para o Alagoinhas, da Bahia. A última notícia que encontrei foi de que jogou pelo Nacional, do Amazonas, em 2009. Já Carlinhos peregrinaria pelo Votoraty, Paraná Clube, São Bento, Ferroviária e Itapirense antes de acertar com a Matonense, onde disputa a Série A-3 do Paulista - competição em que poderá rever Francisco Alex.

Os outros "renegados" que viajaram à Índia foram promessas que ficaram no papel. Cria das categorias de base, o meia Chumbinho já tinha passado pelo Kashima Antlers e pelo Náutico antes da excursão. Ao voltar da viagem, integrou o "bonde" de sãopaulinos que desembarcaram no América-SP. De lá, passou por Rio Claro, Coritiba, Ponte Preta e o próprio São Paulo antes de ir fazer extensa carreira na Grécia, jogando pelo Ethnikos Piraeus, Olympiacos (onde se destacou), Panserraikos, Creta, Levadiakos e Atromitos. Hoje, está no quase impronunciável Qarabağ, do Azerbaijão. Do meu conterrâneo Gustavo Cazão, zagueiro, só consegui descobrir que esteve no Cotia em 2013. Parece também que jogou pelo Clube Atlético Taquaritinga, de nossa terra natal, em 2004, e que se envolveu em disputa judicial no Noroeste.

Paulo Matos no São Paulo
Paulo Matos, que marcou um gol pelo São Paulo em 2005 e fez outro na partida de estreia da excursão indiana, defendeu na sequência Náutico, Criciúma, Gama-DF e Paraná. No gúgou, encontrei link para um vídeo postado mês passado por uma firma de advocacia com lances do ex-atacante sãopaulino (que não sei por onde anda). Já o meio-campista Vélber, destaque do Paysandu  no início dos anos 2000 que foi contratado pelo São Paulo e teve várias chances como titular entre 2004 e 2005, também esteve naquela viagem à Índia, depois de ser emprestado para Fortaleza e Ponte Preta no ano anterior. Ao voltar, seguiu para o América-SP junto com Marco Antônio, Carlinhos, Flávio Donizete e Chumbinho. E depois "excursionou" por Remo, Itumbiara, Paysandu, América-RN, Luverdense e São Raimundo. Em 2013, estava na equipe paranaense do Cametá que foi goleada por 7 a 0 pelo Atlético-GO na Copa do Brasil. "Triste fim de Policarpo Quaresma"...

Por último, o atacante Mazola foi emprestado ao paranaense Toledo, Paulista de Jundiaí e Guarani antes de retornar ao São Paulo, em 2011, quando teve chance como titular com o técnico Paulo César Carpegiani. Pouco depois, porém, foi emprestado ao Urawa Red Diamonds (da Coreia) e, em seguida, ao Zhejiang Lücheng e Greentown Hangzhou (ambos da China). Visitou os companheiros do São Paulo em 2013. Dos outros que participaram daquela excursão à Índia (Mateus, Tiago, Pablo, Davi Oliveira, Fabrício, André e Arthur), não consegui descobrir nem pista do que o futuro os reservou a partir de então. Veja, no vídeo a seguir, cenas daquela fatídica - e inusitada - viagem feita pelo São Paulo entre janeiro e fevereiro de 2007:




quarta-feira, fevereiro 09, 2011

Hernanes para baixinhos

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Crianças, quando estiverem jogando bola na rua e tomarem um chapéu, podem fazer falta. Mas não façam isso, por favor...



PS 1: Evitamos fazer a comparação com Anderson Silva porque já tinham feito antes.
PS 2: Zidane não gostou. Afinal, até quando foi expulso na final da Copa de 2006 foi mais elegante...

segunda-feira, abril 19, 2010

Santos 3 X 0 São Paulo - E os meninos engoliram os lobos

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O clássico das semifinais entre Santos e São Paulo começou quente antes mesmo do início da partida. O Tricolor mudou o time, provavelmente por conta da segunda etapa do primeiro jogo no Morumbi, quando a equipe pressionou o Peixe mas não evitou a derrota. Além de Cicinho e Richarlyson nas laterais, Ricardo Gomes sacou Washington e pôs Fernandinho ao lado de Dagoberto no ataque, enquanto Cléber Santana começou como titular.

Dorival Júnior também mexeu para evitar que o São Paulo ganhasse o meio de campo. Colocou Pará na lateral-direita, deslocou Wesley para a meia e tirou André do time. A mudança não só fez com que Wesley jogasse em uma zona do campo onde se sente mais confortável como também sanou a marcação problemática no lado direito da defesa onde Pará, limitado tecnicamente mas eficientíssimo no posicionamento, barrou as investidas tricolores.

Mas nem por isso o Santos abdicou de atacar. As principais chances do primeiro tempo foram alvinegras, sendo uma delas fruto de um primoroso passe de Neymar para Robinho, aos 5 minutos, que desperdiçou por chutar ao invés de passar. Hernanes, principal destaque do adversário no jogo anterior, não conseguia sair da marcação de Arouca e a equipe do Morumbi não chegou a ameaçar o gol peixeiro.



Já no segundo tempo, como a toada seguia a mesma, Ricardo Gomes resolveu mudar e colocou Washington no lugar de Cléber Santana aos 10 minutos. Mas foi o Alvinegro que marcou aos 15, em uma incrível sequência de passes em que a equipe fez a bola rodar pelo campo todo e, pacientemente, achou a oportunidade de gol. Marquinhos viu Neymar livre e cruzou para o atacante que, empurrado por Alex Silva, concluiu quase no chão, com o ombro ou o braço, conforme a interpretação da imagem que nem em slow motion fica clara.

O São Paulo até tentou responder aos 19, quando Washington exigiu pela primeira vez Felipe, que se saiu bem. Contudo, com a partida quase na mão, o Santos mostrou o que já tinha evidenciado na primeira etapa: a equipe tem meninos que parecem moleques peladeiros quando pegam na bola, mas que também são adultos, maduros, apesar dos céticos e dos secadores torcerem para que não fossem. Conseguiram controlar o jogo e quem parecia imaturo era o time do Morumbi, errando jogadas de forma grotesca e fazendo faltas algo desnecessárias, algo violentas.

Foi assim que aos 26 Alex Silva de novo resolveu fazer falta em Neymar dentro da área, pênalti não marcado que renderia a expulsão do defensor. E onze minutos depois, em jogada bem mais duvidosa e cavada, pênalti de Miranda em Neymar. O garoto, que não treme, chamou a responsabilidade e, com nova parada na batida, deslocou Rogério Ceni. O arqueiro desta vez não teve moral para reclamar da cobrança.

Mesmo sem Neymar e Robinho, já no banco, o Peixe conseguiu ampliar com outro jogador que tem sido muito útil quando entra. Madson fintou pela esquerda e cruzou para Paulo Henrique Ganso fazer o dele. Um 3 a 0, a terceira vitória em três clássicos contra o São Paulo, 8 a 3 no total. Será que vão dizer de novo que o adversário era fraco?

*****

Duas personalidades receberam respostas diretas e indiretas de jogadores santistas após o clássico. Primeiro foi o presidente do São Paulo Juvenal Juvêncio, que disse que na primeira partida os meninos estavam “tão apavorados que quase desceram a serra” e depois em entrevista a uma rádio ainda deu seu brilhante parecer de que o Santos era “time médio ou pequeno”, ao comentar a distribuição de cotas de televisão. O cartola demonstrou não apenas despeito e desrespeito como também o desconhecimento de como funciona a distribuição dos recursos obtidos pela venda de direitos televisivos em outros países.

"O São Paulo falou demais. O Santos é grande, muito grande, e merece respeito. Faltou respeito deles. (...) O Santos chegou com méritos, jogando futebol e respeitando o São Paulo", declarou Léo, que teve a companhia de Edu Dracena nas críticas. “Ele [Juvenal] falou muito, só que tirando 20 ou 30 minutos do clássico no Morumbi, o Santos foi superior o tempo todo. Hoje, fomos superiores ao São Paulo durante os 90 minutos. O Juvenal fala o que quer, e a gente não tem que dar resposta a ele.”

Mas outra figura, até pouco tempo recebida com louros e tapete vermelho na Vila Belmiro, também mereceu resposta. Vanderlei Luxemburgo, além de ter falado equivocadamente (pra ser gentil) que lançou Neymar (que ele deixava na reserva ora de Jean, ora de Róbson) e Ganso, durante a semana foi além e resolveu secar deliberadamente o clube que o acolheu quando não conseguiria emprego em lugar nenhum. “Eu não sei se essa molecada do Santos consegue segurar a pressão. (...) Não sei se o Robinho aguenta, se o Edu Dracena, que é o capitão (sic), aguenta", disse o “gênio”.

Impressionante não apenas a análise com ares de torcida, mas a total falta de ética de colocar em dúvida os brios de dois ex-atletas seus, do Cruzeiro de 2003 e do Santos de 2004. "Não vou citar nome de ninguém. Mostramos que nosso time não tremeu, se não jogou no ano passado, esse ano jogou com o Dorival", declarou Léo, fazendo a referência ao ex-técnico santista e acertando em cheio ao não citar sequer seu nome. Ele não merece.

terça-feira, abril 13, 2010

Perdendo a chance de ficar quieto

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Essa eu decidi postar só para o deleite e as considerações do Glauco:

- "Eu não sei se essa molecada do Santos consegue segurar a pressão. O São Paulo levou dois gols, e na volta para o segundo tempo eu vi o Hernanes cobrando um colega. Foi uma atitude de quem tem experiência e eu não sei se o Santos, caso leve um gol do São Paulo [na partida de volta], vai conseguir segurar a bronca", disse Vanderlei Luxemburgo, técnico do Atlético-MG.

- "Não sei se o Robinho aguenta, se o Edu Dracena, que é o capitão, aguenta", reforçou o treinador, confundindo o capitão santista [na verdade é Robinho].

segunda-feira, março 15, 2010

Muito feio

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Outro dia eu comentei que o futebol do São Paulo tá feio. Pois conseguiu piorar. A vitória na bacia das almas, aos 47 do segundo tempo, mais por mérito da precisão de Hernanes do que pelo oportunismo de Andre Luís (foto), que apareceu para cabecear, não salva a pele do time. O Tricolor jogou bola apenas nos 11 minutos iniciais da partida e nos dez finais, no segundo tempo. Entre um período e outro, desistiu do jogo. E ninguém explica o motivo. Pra mim, o 2 a 1 foi injusto.

Bruno Quaresma, no Lance!, começa seu texto com uma observação que justifica o meu desânimo (e o de todos os sãopaulinos): "Um time na zona de rebaixamento, com o pior ataque da competição e com salários atrasados. Este era o Rio Branco, adversário do São Paulo ontem no Morumbi". Perfeito. Não é menosprezar o time de Americana, é apenas radiografar a situação: um time quase rebaixado, com pendências financeiras, jogando fora, contra o 3º colocado da competição. Contra o São Paulo Futebol Clube.

Contra um time que fez 11 contratações, segurou Hernanes e Miranda, reforçou a zaga, o meio, as laterais e o ataque. E não consegue convencer, nem quando ganha. O que acontece? O que aconteceu com esse time? Muitos culpam Ricardo Gomes, mas o São Paulo do Brasileirão do ano passado não "apagava" desse jeito. Foi até bem, com chance de ser campeão na reta final. Já esse time que tá aí, eu não aposto um tostão nem que vá chegar ao mata-mata. E se chegar, perde. Libertadores da América, então, nem se fale...

Tá feio demais. Muito, muito feio.

segunda-feira, março 16, 2009

Vitória em jogo com três golaços

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Contrariando o que escrevi outro dia, de que o São Paulo tinha jogado a toalha no Paulistão, o time voltou a vencer ontem, 2 a 1 sobre o Marília. Agora, o clube tem 29 pontos, na terceira posição, encostado no vice-líder Corinthians. Rogério Ceni voltou a frisar que a prioridade é mesmo a Libertadores, mas Muricy Ramalho observou que não pode perder uma partida sequer no torneio estadual, pois a torcida e a imprensa caem matando. Assim, o time jogou apenas para o gasto, poupando-se para o jogo contra o Defensor, no Uruguai, pela disputa continental. Todo mundo está falando do golaço de Hernanes (foto), que abriu o placar, mas o de João Vítor, do Marília, que fechou a conta, foi uma resposta na mesma moeda. E Washington, para variar, deixou mais um (são 11 gols em 13 vestindo a camisa do São Paulo) - outro dos três golaços da partida. Com Jorge Wagner e Júnior César tabelando na esquerda, Jean e Hernanes comandando o meio campo e a dupla Borges e Washington se entendendo no ataque, o time ganha um certo padrão. Resta à defesa parar de bater cabeça – Renato Silva é uma grata surpresa, mas Rodrigo e Miranda não estão no mesmo nível do ano passado. O lado direito continua sendo o mais fraco e Zé Luís se machucou. Confiram os três gols da partida disputada ontem no Morumbi:

sexta-feira, março 13, 2009

"Mesmo estilo não impede de jogar junto"

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Finalmente, comprei um par de pilhas e consegui ouvir uma partida do meu time pela rádio Jovem Pan. O adversário era tão fraco que quase emprestei o título de um texto do Glauco e escrevi "São Paulo empurra bêbado ladeira abaixo". Porém, como considero uma maldade fazer uma coisa dessas com qualquer pessoa, não só com os embriagados, resolvi destacar uma frase do técnico Muricy Ramalho logo após a goleada por 5 a 0 sobre o Mirassol, ontem à noite, no Morumbi. "Todo jogador bom tem lugar no time, mesmo se os dois têm a mesma característica", disse o treinador, em coletiva, referindo-se ao sucesso da dupla de ataque Borges e Washington (foto), que, teoricamente, têm o mesmo estilo e atuam mais próximos à grande área - e, por isso, não poderiam atuar juntos. Essa é uma questão que causou muita polêmica na Copa de 1970, quando diziam que Pelé e Tostão não poderiam ser titulares ao mesmo tempo, por terem o mesmo estilo e posicionamento - o que provou ser uma grande besteira. Ontem, Borges e Washington foram responsáveis por quatro dos cinco gols (o segundo fez três). Uma das apostas de Muricy, antes de efetivar a dupla atual, foi a manutenção de Dagoberto como titular, no lugar de Borges, caindo pelas pontas e jogando mais fora da área. No entanto, essa dupla com Washington, que fez sucesso no Atlético-PR, foi um fiasco logo na primeira tentativa: derrota por 2 a 0 para o Santo André, em pleno Morumbi.

Teimoso, Muricy resolveu rever seus conceitos. "A diferença é que no ano passado nós tínhamos apenas um pra botar a bola pra dentro, o Borges. Agora temos dois", comentou o técnico, após a vitória contra o Mirassol. "Mas, com essa dupla de atacantes parecidos, somos obrigados a fazer reajustes. No meio de campo, Hernanes e Jorge Wagner têm de encostar mais na frente e entrar com frequência na grande área, pois Borges e Washington não recuam tanto quanto Dagoberto. Pedi para eles fazerem isso no intervalo e, no início da segunda etapa, Jorge Wagner marcou de cabeça", completou Muricy. Para um time que vinha de duas derrotas, para o Santos e o Mogi Mirim, a goleada foi providencial para injetar ânimo (afinal, vai até o Uruguai encarar o Defensor, no meio da semana, pela Libertadores). Mas é bom ressaltar que, além da fragilidade, o Mirassol ainda teve um jogador expulso. De positivo, ficou a boa atuação de Júnior César na lateral esquerda, liberando Jorge Wagner - o nome do jogo - para o meio. O time começa a ganhar uma "cara" mais interessante. Resta saber o que esperar dessa temporada.

domingo, fevereiro 15, 2009

Violência e cartões marcam o 1x1 de São Paulo e Corinthians

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Um jogo marcado pela violência e pela baixa qualidade, eu queimei a língua quando manifestei em comentário minha esperança de que os clássicos seriam bons. Não vi Santos e Palmeiras, mas este foi senão sofrível pelo menos muito pouco interessante. O São Paulo apresentou um evidente maior volume de jogo e chegou mais vezes próximo ao gol, muito em virtude de uma postura defensiva de Mano Menezes (que é extremamente perigosa e já custou ao Corinthians pelo menos o título da última Copa do Brasil) do que de uma real superioridade técnica. E a impressão ao acabar o jogo é que estava todo mundo aliviado de ter terminado empatado.

O que valeu a pena? Os gols, lindos, tanto o ágil e criativo toque de bola que envolveu Hernanes, Dagoberto e Borges quanto a genial assistência de Boquita para André Santos e sua certeira conclusão. O pior? A meu ver, o nível técnico do jogo, seguido pela arbitragem de José Henrique de Carvalho. Não deu pra engolir a expulsão do Túlio, não mesmo. Depois do lance em que ele perde a bola, o André Dias passa meio atropelando o Túlio, que sente a provocação e dá um tapinha, o outro se joga no chão tendo convulsões dignas de um parto. As versões de ambos mostram como a encenação superou em muito o atrito. E ainda não entendi por que o Dagoberto não tomou nem um amarelo (merecia vermelho) pela acintosa pernada que deu, esquecendo de longe a bola, derrubando o jogador corintiano, lá pelos 40 minutos do primeiro tempo. E foi na cara do juiz. Na hora não foi falta porque houve vantagem, mas não vejo como não expulsá-lo ao final da jogada.

De resto, sobrou pernada pra todo lado. Os outros cartões foram justos (três vermelhos e 13 amarelos, ao todo). Esperemos que os próximos clássicos sejam melhores.

quarta-feira, outubro 22, 2008

Bate-rebate

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Vanderlei Luxemburgo, técnico do Palmeiras:
"No Brasil só temos um craque, que é o Hernanes. Sai para armar, bate com as duas pernas, é dinâmico, tudo que o futebol moderno precisa."

Muricy Ramalho, técnico do São Paulo:
"Não temos um super craque. Tem é bons jogadores. Banalizaram o termo craque, que é maior que isso."

quarta-feira, junho 04, 2008

Sobre o time do Jardim Leonor (a pedidos)

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Tenho sido cobrado para falar sobre meu time, que parece não ter novidade nenhuma que seja digna de nota. Até comprei jornal para saber alguma coisa, mas continua tudo na mesma: Fábio Santos e Adriano vão arrumar as malas, Richarlyson tomou cartão e está suspenso, Zé Luís está machucado, Hernanes e Miranda estão na mira dos europeus, Muricy está sendo sondado por outros clubes, o time segue jogando mal e a diretoria mantém o fervoroso discurso de não contratar ninguém. Ou seja: NENHUMA NOVIDADE. O que esperar desse caldo de modorrice? No máximo, uma classificação bem suada para a Libertadores de 2009 (que eu duvido que aconteça). Leão fará uma boa campanha em algum time médio da Série A e voltará ao São Paulo no final do ano. E eu continuarei escrevendo sobre o futebol do século passado. Amém.

Ps.: Alguém tem ouvido declarações "engraçadinhas" do Marco Aurélio Cunha por aí? Não? Nem eu. Por que será, hein?

domingo, abril 20, 2008

Palmeiras e Ponte Preta na final. Pronto, não foi a arbitragem

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O título do post é só pra dizer que todo o resto -- o imbróglio do intervalo, o apagão depois do segundo gol, de Valdívia -- é que vai ser o tema da semana, não a atuação do trio de preto, comandado por Wilson Luiz Seneme.

Parte dos são-paulinos vai concordar com Adriano, ao final do jogo, ao dizer: "claro que gostaríamos de estar na final, mas tem o jogo de quarta, na Libertadores". Outros, vão xingar a expulsão de Alex Dias, vão ver impedimento no toque de Lenny para Valdívia e vão ressoar o que a mídia descobrir sobre os episódios que envolvem quem não estava em campo.

Na véspera da partida, o experiente goleiro Marcos disse que quem tinha feito intriga e esquentado o clima do jogo (cartolas) não entraria em campo. Uma crítica direta tanto à diretoria do Palmeiras quanto do São Paulo, mas também um apelo para que tudo se resolvesse com a bola nos pés. Ou nas mãos, no caso do arqueiro (não de atacantes, por favor).

O apagão foi bizarro. Precisaria muita desinteligência para a diretoria mandar fazer isso. Não acho que foi por um motivo simples: seria muita estupidez desnecessária. Por isso, temo que achem algum funcionário para culpar se a pressão da mídia e do rival for muito forte.

Mas tem o episódio do tal "gás de pimenta" ou "spray de pimenta" no vestiário durante o intervalo que fez Muricy (e só o Muricy) passar mal. O policiamento culpa torcedores que teriam atirado o spray pela janela. O presidente do São Paulo diz que num estádio assim não pode ter jogo. Muricy, outrora o sóbrio, diz que nem em jogo de várzea isso acontece. Tá bom.

Valdívia mandou algum zagueiro do São Paulo ficar quieto depois do tento (no universal gesto de "psiu!"), o que lhe rendeu um encontrão na hora e um tapa-de-mão-lambida de Rogério Ceni, enquanto a luz não voltava. Se vão enquadrá-lo na determinação de não incitar sei-lá-o-que nas comemorações, não sei. Dá-lhe pano pra manga.

A preocupação: como conter o ânimo da torcida e o clima de favoritismo na final contra a Ponte Preta. Contra o líder Guaratinguetá, foram duas vitórias do quarto colocado na fase final. Os dois times empatam em números de gols marcados, os melhores ataques.

A semana vai ser repleta de reportagens sobre o Palmeiras e Internacional de Limeira em 1986. Denys e Martorelli, por favor, evitem os jornalistas!

Palmeiras na final. Pode ganhar o título Paulista depois de 12 anos. No banco, um elenco bom (nem 40% do de 1996). Vão ter que jogar bola pra parar a Ponte.


Recheio de polêmica
No começo da partida, Neto, comentarista da Bandeirantes, disse que quem poderia definir o jogo era Valdívia, pelo Palmeiras, e Hernanes, pelo São Paulo. Hernanes? O cara é um marcador de seleção. Arriscou duas de fora da área que poderiam mudar toda a história, ok.

Mas a chave do São Paulo na maioria dos jogos, na minha visão, está nos pés de Jorge Wagner. O meia tricolor foi bem marcado, mas mesmo quando conseguiu alçar a bola à área, não teve tanto sucesso quanto em outras partidas. Adriano foi mais bem marcado por Gustavo que, eventualmente, se revezava com Henrique, mas correu o jogo todo. Hugo, no segundo tempo, entrou pra dividir e sofrer faltas perto da área. Desempenhou a função. Borges? Entrou?

No Palmeiras, tudo bem que Valdívia tenha um papel importante. Mas Leo Lima, pra mim, tem uma função tática que foi coroada com o gol que fez.

Durante a partida, meu medo de que o caldo poderia desandar acabou (acabou) quando Rogério Ceni passou quase dois metros da bola no primeiro gol do Palmeiras No chute saturado de efeito, o mérito do gol é de de Leo Lima, autor do chute venenoso. Mas não é comum ver um goleiro como Rogério passar assim (ninguém falou em ineditismo, nem em invensibilidade, só não é comum). A tarde era verde.

Depois, o que se poderia esperar do jogo: São Paulo pra cima (chuta pro mato!), e contrataques do time da casa. Foi assim que saiu o gol. Aliás, Lenny puxou dois desses, um do gol pré-apagão, outro em que quis fazer seu primeiro com o manto alviverde. Não deu, mas ele já pode ser chamado de talismã, arma-secreta ou qualquer jargão futebolístico que estiver à mão. Foi quem sofreu o pênalti na primeira partida da semi-final.

A interrupção de energia aos 39 da segunda etapa esfriou a partida, mas não impediu o São Paulo de atacar.

Palmeiras na final. E, vizinho do Palestra Itália em festa, não saio de casa nos próximos 90 minutos. Grande vizinhança barulhenta.