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sexta-feira, agosto 10, 2012

Larga o Marcão, Serra!

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Nesta terça-feira, dia 7, parti para o Shopping Eldorado para encontrar meu irmão, Daniel, que ora aniversariava. Na subida até o restaurante, passo por uma moça meio desesperada falando no celular ao lado do namorado. Os dois usando camisas do Palmeiras. Ela reclamava que foi “um absurdo” que “a menina desmaiou” e um cara “passou por cima”, sem dar atenção. “Vixe”, pensei eu.


Segui a caminhada e percebi que as camisas alviverdes se espalhavam por todo o centro de compras. Uma no café, duas no banheiro, umas quatro na frente de uma loja. Foi só quando vi, da última escada rolante, a enorme fila de parmeristas na frente da livraria Saraiva que lembrei do lançamento do livro Nunca Fui Santo, biografia de Marcos, referido pelo palmeirense residente neste fórum como O Goleiro, de autoria do grande Mauro Beting. A festa reuniu quase 6 mil pessoas, número próximo da média de público do Palmeiras na Arena Barueri, segundo esta maldosa matéria.
Isso era com a loja fechada, lá pelas dez e tantas da noite

Do alto de meu corintianismo, dei de ombros, agradeci não ter escolhido a camiseta do Timão hoje de manhã e fui comer. Lá fiquei até umas 22h, shopping quase fechando. Despedi-me do meu irmão, desci as escadas e lá está ela, a fila gigantesca. Parei para tirar uma foto e liga o Daniel: “cara, sai daí logo que vai dar merda, estão todos os seguranças e uns policiais na frente da Saraiva. A livraria fechou e os caras não querem ir embora”. Não me preocupei tanto, mas bati minha foto e fui embora por um caminho que passasse longe da loja.

No dia seguinte, vejo essa matéria no blog da Maria Frô. Não teve porrada, mas uma boa meia dúzia de figurões que furou fila para pegar o autógrafo do campeão mundial em 2002 levou sonoras vaias. Entre eles, o pessoal do insuportável CQC e uma vítima preferencial deste blogue: o candidato tucano a prefeito José Serra, notório palmeirense e reacionário, não necessariamente nessa ordem.

Com Serra lá na loja, o pessoal gritava: “Serra, ladrão, larga o Marcão!” Talvez temendo que o candidato levasse o goleirão para fazer campanha. Não sei do Marcos, mas eu aprecio que o Serra mantenha, no mínimo, distância protocolar.

quarta-feira, janeiro 11, 2012

"Dei muita entrevista boa para vocês e ruim para mim"

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Por Vitor Nuzzi


Poucas vezes um atleta profissional foi tão preciso ao resumir sua carreira. "Fiz muita defesa boa, tomei um monte de frango, dei muita entrevista boa para vocês e ruim para mim", disse o agora ex-goleiro Marcos, 530 jogos, 33 pênaltis defendidos, em entrevista coletiva para falar sobre a decisão de aposentar-se, após 20 anos. "Eu não consigo mais entrar em forma", afirmou, sincero. "É muito sacrifício, tomando muito remédio, fazendo punção para tirar líquido do joelho", explicou. "Era a hora certa para mim. O meu tempo deu. Tem goleiros em melhores condições do que eu."

Foi uma entrevista atípica. Vários jornalistas não se importaram de agradecer publicamente ao atleta, seja por sua postura com a imprensa, seja pelo que ele fez ao "time do coração", como um deles admitiu. Pela franqueza de suas declarações, Marcos disse que algumas de suas entrevistas causaram problemas a ele. "Mas sempre dormi tranquilo", completou. "Posso ter falado besteira, mas sempre fui o Marcos."

Sobre o fato de ser chamado de São Marcos e ganhar até uma procissão, que sairá do Palestra Itália no próximo sábado, ele deu risada. "Os caras são loucos, estão de brincadeira. Pergunta para minha mulher se eu devo ser canonizado." Perto dele, Sônia observava.

Permanecer no Palmeiras, jogando na segunda divisão, em vez de ir para o Arsenal, foi, "sem querer", uma de suas melhores decisões. "Estar perto dos amigos, das pessoas de quem gosto, sempre foi minha prioridade. Queria criar raízes para ser lembrado. Nunca vou me arrepender disso. Seria bom se outros jogadores pensassem assim", afirmou, dando uma canelada suave a colegas de profissão, que sempre priorizam o dinheiro.

Talvez por modéstia, Marcos disse que não iria ir para a Copa. "O Rogério e o Dida estavam voando, e os caras ficaram me cornetando." E conta que Felipão, o treinador da seleção vitoriosa de 2002, mostrava aos jogadores, para motivá-los, "imagens do povo brasileiro, alagamentos, pessoas passando fome".

Ainda sem planos definidos, o ex-jogador pretende passar mais tempo com a família (tem dois filhos, Lucca, que fará 13 anos ainda este mês, e Ana Júlia, de 8). Os jogos e concentrações sempre afastam o atleta desse convívio. "A gente nunca está no álbum de família de ninguém", lembra. Por outro lado, está "bancando as melhores condições para que os filhos possam ser felizes no futuro". Concentrado para um jogo contra o Santos, não viu morrer seu pai, Ladislau, quase quatro anos atrás.

A mãe, dona Antônia, ficou triste e perguntou se ele não podia jogar mais um pouquinho. Quando Marcos respondeu que não dava, que sentia muita dor, ela disse que tudo bem, mas esperava mais visitas a Oriente, cidade do interior paulista, a quase 500 quilômetros da capital, de onde o goleiro saiu. Foi na hora de falar dos pais que não adiantou ficar "treinando o psicológico" durante uma semana para não chorar. "Meu pai era uma pessoa muito simples. O que ele mais me ensinou era preservar o nome. Acho que fiz bem...", disse Marcos, interrompendo a resposta e ganhando aplausos.

Além do jogo em despedida, ainda em aberto, ele não deu muitas dicas do que poderá fazer daqui em diante. Talvez ser "embaixador" do novo estádio do Palmeiras. A certeza é de que não será técnico: "Estou fora. Treinar o time a semana toda, ver o time não fazer nada do que você mandou e ser chamado de burro deve ser a pior coisa do mundo".

E para quem ganhou o respeito até dos adversários – Corinthians e São Paulo divulgaram notas homenageando o goleiro do time rival –, nada mais normal do que citar como referências atletas de outros times. Casos de Zetti (São Paulo), Ronaldo (goleiro do Corinthians) e Taffarel (ex-Internacional e seleção brasileira). Mas a principal era Veloso, a quem Marcos sucedeu. Ele também agradeceu a cartolas e torcedores do Palmeiras e até ao Marquinhos ("um faz-tudo, maqueiro, cuida do gramado").

A maior alegria, segundo Marcos, aconteceu numa bola que foi para fora: na cobrança de Zapata, do Deportivo Cali, na decisão da Libertadores de 1999. E a maior tristeza, como era de se esperar, foi a derrota no Mundial de Clubes para o Manchester, no mesmo ano. Sobre a famosa defesa do pênalti cobrado por Marcelinho Carioca, no jogo contra o Corinthians pela Libertadores em 2000, ele contou que às vezes ficou incomodado com a insistência no assunto, porque dava a impressão de ter sido sua única defesa importante. Depois foi descobrindo o significado daquele jogo para os torcedores. "Teve muita gente importante naquele dia", disse, citando Galeano, que fez o gol que garantiu a disputa por pênaltis.

Dos 530 jogos, 15, talvez, sejam para apagar da vida. Os outros 515 foram "muitos bons". Mas, para o bem e para o mal, jogador tem "pouco tempo para comemorar e pouco tempo para ficar triste".

* Vitor Nuzzi gosta de futebol em qualquer época. Pôs os pés num estádio pela primeira vez aos 10 anos (tem 47) e não pretende tirá-los tão cedo, façam o que fizerem com a pobre bola. A sua seleção do São Paulo, time do coração, que viu jogar seria: Rogério; Zé Teodoro, Oscar, Dario Pereyra e Serginho; Chicão, Cafu, Raí e Pedro Rocha; Careca e Serginho Chulapa.

domingo, junho 19, 2011

Dois de Luan nos 5 a 0 sobre o Avaí

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O melhor ataque do Campeonato Brasileiro é um time comandado por Luiz Felipe Scolari. Difícil de acreditar. Tudo bem que precisamente a metade deles foi marcada num jogo só, o deste domingo, 19. Foi com dois de Luan, dois de Kléber e um contra que se deu a sova de 5 a 0 impressa pelo Palmeiras sobre o Avaí no Canindé, pela quinta rodada com campeonato brasileiro.

Segunda posição, com um ponto a menos do que o Corinthians (que tem um jogo a menos) e do que o Figueirense; quatro a menos do que o São Paulo. Bem melhor do que este torcedor imaginaria, mas ainda nada definitivo para um campeonato que percorreu 13% de suas partidas.

Quando o Palmeiras tomou a sova do Coritiba, pela Copa do Brasil, Marcos, o Goleiro, descartou qualquer chance de o time se classificar porque não havia obtido vantagem de seis gols em ninguém havia muito tempo.

Não foi neste domingo que o Palmeiras chegou a tão larga margem, mas foi quase. Considerando-se o time profissional, a última vez que o número cinco desenhou-se do placar a favor do Verdão foi em março, na Copa do Brasil, contra o Comercial-PI, no Pacaembu. E os piauienses ainda fizeram um de honra.

O feito não é apenas coletivo, mas contou com brilho individual, já que o contestado e pouco amado Luan foi o melhor em campo. Além de fazer Aleks buscar o esférico no fundo das redes por duas vezes, ainda deu passe para outro. Jogou muito. Não é papo de torcedor dizer que nem parecia o camisa 21 que normalmente entra em campo. Pelo menos não da linha do meio de campo pra frente -- pra trás, na marcação, ele continuava alerta.

Consta que a torcida não havia se convencido sobre as qualidades que só Felipão via nele. Até hoje, quando gritou o nome do atacante-volante. E tudo isso na primeira partida em que Kléber atuou ao lado de Wellington Paulista, no que seria a formação ofensiva preferida de cartolas e mesmo do palmeirense-padrão. Impressionante.

Só não foi mais impressionante do que a comoção da massa para que Marcos batesse o pênalti sofrido por Lincoln aos 45 minutos da etapa final. O camisa 30 acabou batendo, evitando contornos humilhantes para uma simples -- embora rada -- goleada alviverde. Ele não quis sacanear o goleiro catarinense ("ia parecer que eu tava pisando", disse o arqueiro).

Como não é todo dia que "sobra" um pênalti para o Palmeiras -- porque não é todo dia que o Verdão faz mais gols do que o mínimo necessário -- provavelmente o atleta de 38 anos, santificado há uns 12, não vai ter muitas oportunidades de fazer gols antes de encerrar a carreira. Mas a gente torce.



O Palmeiras jogou bem e conseguiu mais margem até do que vantagem futebolística. É que o Avaí teve pelo menos três boas chances de marcar no primeiro tempo -- Marcos defendeu. O alviverde paulistano viu atuações raras de Luan e de Cicinho, além da volta de Lincoln. Tá bom.

sexta-feira, agosto 20, 2010

Com gol no último minuto, Palmeiras avança na Sul-Americana

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No 500º jogo de Marcos, o Goleiro, com a camisa do Palmeiras, quem operou milagres foi... o imponderável. Ou talvez a torcida. Do contrário, como explicar dois gols de Tadeu e um de Marcos Assunção, aos 44 minutos do segundo tempo? O alviverde bateu o Vitória por 3 a 0 na segunda partida da Copa Sul-Americana.

Com o placar, o Verdão reverteu a vantagem de 2 a 0 que o time baiano tinha obtido na partida de ida, no Barradão. Realmente poucos palmeirenses com quem conversei nos últimos dias acreditavam no feito. Todos estavam seguros de que algum resultado positivo viria, mas nenhum apostaria a sério na classificação.

Luiz Felipe Scolari conseguiu convencer a torcida a apoiar ensandecidamente durante toda a partida. Bastou um pedido com o "carinho" que é peculiar ao treinador gaúcho. O futebol apresentado indica que o time não exatamente respondeu à "festa no chiqueiro".

É que foi uma partida de poucas chances criadas e muitos passes errados. Mas o resultado é o que importava para quem estava nas arquibancadas vestindo verde (ou verde-limão-siciliano). Foi a segunda vitória (e consecutiva, diga-se) do treinador no comando da equipe.

Ainda sem meias de criação, já que Lincoln segue de molho e Valdívia continua sem inscrição para o torneio continental, as jogadas dependiam de Tinga e Marcos Assunção. O 3-5-2 que deu certo na última partida, foi mantido, e funciona melhor.

Mas tampouco dá para falar em grandes testes superados, porque o arqueiro alviverde não teve trabalho. Teve de sair para se antecipar em dois cruzamentos. E também precisou torcer, claro. Mas o fato é que o Vitória não criou muito perigo, dispensando o goleiro de operar milagres.



O placar foi aberto aos 47 minutos do primeiro tempo, com Tadeu. Mais ou menos 15 minutos antes, o mesmo atacante havia mandado no travessão de Viáfara. Trabalho para o goleiro visitante só tinha ocorrido ainda alguns minutos para trás, quando Rivaldo, na lateral-esquerda, finalizou com perigo.

Na segunda etapa, os passes tortos repetiram-se, mas o mundo ficou melhor. Primeiro com 12 minutos, quando Viáfara quis sair jogando fora da área, mas errou o passe. O ataque conseguiu aproveitar e, em um breve momento pinball na área, Tadeu conseguiu empurrar a bola para o fundo das redes – com um desvio na zaga. Era a sorte sorrindo.

Com o segundo tento, o jogo caminharia para os pênaltis. Era mais do que os pessimistas acreditavam e menos do que um time que joga em casa deve fazer. Era hora de pressionar, apertar, só que o time não conseguia. Parava na defesa rubro-negra (e na baixa qualidade do passe, especialmente nas proximidades da área).

Então, Tinga sofreu uma falta que poderia ser classificada como desnecessária. Em disputa de bola, o defensor do Vitória empurrou o palmeirense. A bola estava, então, nos pés de Marcos Assunção, justo no pênultimo minuto do tempo regulamentar.

O chute do camisa 5 foi no ângulo, na forquilha, onde a coruja faz o ninho. Com efeito, numa parábola perfeita e indefensável, o terceiro gol palmeirense garantia a classificação.

Fazia tempo que o Palmeiras não dava uma satisfação, pequena que fosse, para o torcedor. Quem olhar de fora, vai achar que é muita alegria para muito pouco, que vaga nas oitavas da Sul-Americana não vale tanto contentamento.

Ante o primeiro semestre, o resultado é um sinal de que as coisas melhoram. Alguma hora isso tem que começar. É essa esperança que essa vaga representa. Longe de fazer do time de Felipão favorito na competição e menos ainda no Brasileirão, resta torcer para que essa evolução se confirme.

sexta-feira, março 26, 2010

Marcos pode

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Diz-se que fuma e que bebe. Quando termina o jogo, reclama nos microfones da imprensa que o companheiro não voltou para marcar e que o outro fez corpo mole. Nem diz com todas as letras e deixa no ar um monte de possibilidades que vão fomentar as especulações de mesa de bar. Se o time está perdendo por falta de empenho generalizado, põe o pé no freio. Vai à festa e posa para fotos com antebraços cruzados, punho cerrado e o dedo médio em riste, numa inconfundível paródia do gestual característico de uma organizada do São Paulo.

Escrevendo assim, é o perfil de um mau elemento, um bad boy dentro do futebol. Daqueles caras que desagregam elenco, têm pavio curto e gastam tempo demais com um comportamento inadequado a um profissional da bola.

  
"Saint Marcos and a bird in a peaceful time of the soccer game",
diz a legenda da foto original (algo como "São Marcos
e um pássado em um momento de paz de um jogo de futebol"


Mas Marcos é o Goleiro. Não falta em treino – embora fuja de atividades mais pesadas e do que não é coletivo –, joga com dor (e uma placa) no punho esquerdo há anos. É torcedor. No Palmeiras desde 1992, jogou 485 partidas. Foi pentacampeão mundial pela seleção, um dos maiores responsáveis pela Libertadores de 1999 – o último título de monta do clube – além de um dos momentos mais sensacionais a que um palmeirense poderia assistir.

Na libertadores do ano passado, quando salvou a pátria diante do Sport nos pênaltis, o fez pela sétima vez em sua carreira. Em nove disputas assim, defendeu dez cobranças; foi derrotado apenas em duas decisões de pênaltis.

Muito antes disso, no segundo semestre de 2002, não quis jogar no Arsenal, porque a família queria mesmo era morar em Oriente (SP). No mesmo ano, quando o Palmeiras rumava para a série B, Marcos foi o melhor em campo em boa parte dos jogos, sinal de que a retaguarda não prestava. Em goleadas, desistiu de ir para as bolas.

Um ano depois, na segundona, Marcos continuava lá. A campanha foi suficiente para terminar a fase de turnos em primeiro, mas era o camisa 12 quem garantia boa parte dos jogos.

Ele não é bonzinho nem certinho. Gente boa, vá lá.

Por esse conjunto, Marcos pode. Pode dar margem pra polêmica, discutir, falar mais do que a boca...

Mas não deve.

Turras
Mesmo sendo ídolo da torcida – pelo menos deveria ter essa condição permanente, apesar de uma parcela dos alviverdes o culparem pelos males de qualquer formação do escrete – tem cada vez mais gente querendo ver Marcos na função para-raio.

Na segunda-feira, ele abandonou o treino em que Diego Souza e outros atletas ignoravam os apelos do arqueiro para que todo mundo voltasse para marcar. Ficou p. da vida, disse até que não jogava mais. O time foi a campo contra o Rio Branco e, bom, faltou mais gente marcar a sério para evitar os dois gols.

Quando o Palmeiras estava na pior fase do campeonato – não que agora esteja em boa situação, mas enquanto se tentava ostensivamente derrubar o técnico – prometeu parar de jogar no fim do ano para livrar o torcedor do sofrimento com ele.

O problema do Palmeiras não está embaixo das traves. No entanto, Marcos 2010 representa menos soluções do a versão de dez anos atrás. É mais do que seus reservas podem proporcionar. Mais jogador palmeirense do que qualquer outro do atual elenco.

Como ele não vai durar para sempre, precisa só cuidar de não passar tão perto do centro do turbilhão de crises nas quais se enfiou o Palmeiras. Dizer que está com raiva de perder e só.

Talvez mais idas ao bar ajudem a acalmar.

sexta-feira, janeiro 15, 2010

Exceções

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O Paulistão deste ano começa neste final de semana com a pecha de "campeonato de veteranos". Roberto Carlos veio para o Corinthians aos 36 anos, Marcelinho Paraíba retornou ao São Paulo aos 34, Giovanni passa pela terceira vez pelo Santos às vésperas de completar 38 e Juninho Paulista decide reforçar o próprio time que dirige, o Ituano, aos 36 - entre outros casos que devo estar esquecendo de mencionar (Luizão, Amoroso, Cafu etc). Mas há dois casos diferenciados entre os "vovôs". São atletas que, ao contrário dos outros veteranos, nunca abandonaram seus clubes, não foram jogar na Europa e não estão voltando apenas no fim da carreira. Óbvio que estou falando dos goleiros Marcos, do Palmeiras, e Rogério Ceni, do São Paulo (foto), que completam 37 anos em 2010. E com recordes para ficar na história.

Logo na estreia contra o Mogi Mirim, Marcos vai completar 470 jogos pelo Palmeiras. Assim, ficará muito perto de superar o ponta Edu (472 jogos) e o volante Galeano (474) para se tornar o décimo jogador com mais partidas pelo clube. Bem distante do recordista Ademir da Guia (901 jogos), mas só por causa de suas seguidas contusões, pois poderia ter, no mínimo, o dobro de partidas. De qualquer forma, em tempos em que os jogadores mal conseguem passar duas ou três temporadas no mesmo clube, a perenidade de Marcos é um fato raro. Assim como a de Rogério Ceni, que chegará a 874 jogos com a camisa do São Paulo contra a Portuguesa, no domingo. Ele é o recordista absoluto do clube, bem a frente do segundo colocado, o também goleiro Waldir Peres, que jogou 617 vezes pelo Tricolor. Vejam as listas:

Palmeiras
1º - Ademir da Guia - 901 partidas
2º - Emerson Leão - 617
3º - Dudu - 609
4º - Waldemar Fiúme - 603
5º - Waldemar Carabina - 601
6º - Luís Pereira - 568
7º - Djalma Santos - 498
8º - Nei - 488
9º - Valdir de Morais - 482
10º - Galeano - 474

São Paulo
1º - Rogério Ceni - 873 partidas
2º - Waldir Peres - 617
3º - Poy - 565
4º - De Sordi - 536
5º - Roberto Dias - 523
6º - Teixeirinha - 516
7º - Terto - 498
8º - Mauro Ramos - 492
9º - Gino - 447
- Nelsinho- 447


Obs.: Curioso que Leão e Waldir Peres, ambos goleiros, amigos e rivais (como Marcos e Ceni), tenham feito o mesmo número de jogos por Palmeiras e São Paulo, respectivamente, ocupando a vice-liderança nos dois casos.

sexta-feira, outubro 30, 2009

Sacanagem

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Um amigo me conta que, depois da eliminação do Corinthians pelo Palmeiras na Libertadores de 2000, um grupo de palestrinos da universidade onde ele estudava grudou pelas paredes centenas de cópias do manual que o Marcelinho Carioca usava em sua escolinha de futebol. Numa página, ele explicava como bater um pênalti, com um desenho do jogador e a seguinte instrução: "Bata sempre no canto, um pouco abaixo da meia altura, que o goleiro nunca pega". Depois da teoria, vamos à prática:

sexta-feira, abril 25, 2008

Pelé e Pepe tabelam na aposta na Ponte Preta. Lula também

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Primeiro foi Pelé, segundo a coluna "De Prima", do "Lance!". "É bom tomar cuidado com a Ponte, que tem tudo para surpreender".

Entende?

Por mais que eu torça pra ele estar errado, é bom dizer que é mentira que o Rei do Futebol só dê bola fora nos palpites. Ele tinha um mau-pressentimento no jogo entre Brasil e França nas quartas-de-final de 2002, e disse que a parceria do Corinthians com a MSI não ia dar certo.

Depois o Pepe: "Olha, com todo o respeito ao Palmeiras, eu torço para que a Ponte possa beliscar esse título, como aconteceu com a Internacional há 22 anos", declarou o ex-técnico da Internacional de Limeira. "Vai ser difícil, o Palmeiras tem uma grande equipe, um bom treinador e até pode ser considerado favorito. Mas confio na Ponte Preta".

O atual supervisor de futebol da Itapirense, de Itapira (SP), na Série A-3 do Paulistão, foi o técnico vencedor em 1986, contra o Palmeiras.

Depois da derrota foi que eu descobri, aos seis anos de vida, entre lágrimas e uma tristeza sem fim, que eu era parmerista mesmo... Antes, eu nem sabia direito o que era torcer.

Natural que se seque o time grande numa decisão contra um do interior. Até o presidente Lula recebeu camisa da Ponte.

Reprodução: GloboEsporte


São Marcos salve o Palmeiras de tanta torcida contra.

sexta-feira, fevereiro 08, 2008

Marcos é um ex-goleiro em atividade?

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Gerardo Lazzari
Palmeirenses amigos meus já estão de saco cheio do goleiro Marcos, ex-São Marcos. Até um ano e pouco atrás, quando eu dizia que o cara tem muito crédito no clube, alguns balançavam e acabavam concordando. Hoje, ninguém mais concorda: "o crédito dele já acabou faz tempo", me disse um alviverde ontem. Outro, meu irmão, já me dizia que o crédito havia acabado muito antes dos 11 meses de estaleiro terminados na última quarta-feira.

Deve ser muito difícil para um jogador de futebol do valor do Marcos abandonar a carreira. O que ele já deveria ter feito, diga-se, sob pena de terminá-la sob protestos e de maneira ridícula. O segundo gol que tomou nos 3 a 0 do Guaratinguetá foi bizarro. O cara nem pulou, deitou mesmo.

Mais impressionante (o que foi motivo de chacotas e longas risadas aqui na redação) foi a desculpa que, segundo o Uol, ele deu para justificar a falha, que admitiu: "Dei um passo para a direita e, na hora em que fui voltar, meu pé afundou na terra". Ah tá. Agora eu pergunto: o que foi culpado pelo gol: o pé ou a terra?

(Acho que o Marcos merece todo o respeito, mas tirar o Diego Cavalieri substituindo-o por Marcos, nas atuais circunstâncias, prejudica o time, é injusto com o ex-jovem titular e vai expor o ex-goleiro em atividade ao ridículo.)