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domingo, agosto 28, 2011

Vencer o Corinthians é bom: Palmeiras faz 2 a 1 de virada

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O Palmeiras venceu o Corinthians por 2 a 1, de virada, em Presidente Prudente neste domingo, 28. O resultado não alterou o topo da classificação do campeonato na última rodada do primeiro turno, porque o segundo, terceiro e quarto colocados não vanceram para complicar a vida do alvinegro paulistano. Assim, o time do técnico Tite lidera a competição.

De 2002 a 2007, nos primeiros anos do modelo de pontos corridos, valeu a escrita de que o campeão do primeiro turno faturava o caneco. Em 2008, quando o Grêmio de Celso Roth quebrou a regra, e 2009, quando o Inter venceu e o Flamengo faturou. No ano passado, o Fluminense fez como manda a cartilha original.

Neste ano, como os outros times não estão muito dispostos a encostar, a antiga escrita pode prosseguir.

Cheio de histórias

O climão do clássico foi quente. Começava pelo histórico. Fazia seis partidas que o Palmeiras não vencia o Corinthians. A vitória anterior, de 2009, foi aquela em que Obina marcou três, no próprio Prudentão. De tanto que disseram que nunca mais aquilo aconteceria, parece que a praga resvalou mais na representação de Palestra Itália do que sobre o atacante outrora melhor do que o Eto'o.

É bem verdade que, no Prudentão, o alvinegro não sabe o que é vencer o Verdão (antes do jogo deste domingo, eram três vitórias e três empates, nenhuma derrota corintiana).

Depois, teve o fator Kléber-gavião, com a divulgação de uma ficha de inscrição do camisa 30 do Palmeiras junto à principal torcida organizada corintiana. Luiz Felipe Scolari até tentou espalhar a história de que o clima no elenco tinha melhorado com a história, porque o atacante se transformou em motivo de plilhéria oficial do elenco. Mas foi só o gol no meio de semana contra o Vasco que deu mais confiança ao torcedor.

Enquanto o Corinthians dependia de um empate para ser o primeirão da metade inicial do campeonato, o Palmeiras queria se recuperar no campeonato e melar a vida do rival.

O torcedor palmeirense sonhava com a chegada de um homem-gol e até a comissão técnica admitia que sem isso nada daria certo, Felipão ganhou um reforço no meio de semana. Fernandão veio do Guarani, nem foi apresentado oficialmente, e já salvou a pátria. Sorte, estrela... Coisas que o técnico do Palmeiras ostenta em sua história.

Falando no técnico, foi Murtosa quem comandou o time do banco de reservas. Suspenso, o treinador assistiu tudo do camarote.

Na prática

Quando a bola rolou, o Corinthians começou melhor. Saiu na frente com Émerson, em uma falha da defesa verde, que envolveu Henrique e Marcos, o Goleiro.

Ainda no primeiro tempo, Patrik deu lugar ao tal Fernandão. Colocou-se o time para frente, recuando um pouco Luan. Mas o empate veio deste atacante-volante a quem o torcedor ama e odeia conforme passam os jogos. Luan chegou ao décimo gol na temporada e sexto na competição, enquanto Kléber fez 17 no ano e só três no Brasileiro. Nada mal para alguém tão contestado.

A virada foi no segundo tempo, quando Fernandão recebeu um belo lançamento de Marcos Assunção. Bola matada no peito, chute de primeira, belo gol, bela estreia.

No final, jogadas feias de doer envolveram uma bicicleta de Liedson sobre Henrique e a desinteligência envolvendo Valdívia e Chicão.

Mas deu Palmeiras no placar. Quem achou que Kléber, mordido, seria ator principal, se enganou. Quem pensou que Felipão fora do banco significaria problemas, idem.



Noves fora

Oscilações à parte, o time terminou o primeiro turno em sexto, com esperança de ter conseguido um centroavante de referência de que precisa muito. Claro que um jogo não significa a salvação, e a torcida já sofreu com Wellington Paulista que não rendeu o que se prometia. Que com Fernandão seja diferente.

Dois pontos separam o Palmeiras do quinto, o Botafogo. São três de distância para o quarto e terceiro, Vasco e São Paulo.

Só com otimismo acima da crítica dá para sonhar com briga pelo título, mas com um pouco de bom humor, consigo acreditar que a vaga na Libertadores só depende de um pouco mais de estabilidade (ou de uns tropeços da turma da frente).

Que venha o segundo turno.

domingo, junho 19, 2011

Dois de Luan nos 5 a 0 sobre o Avaí

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O melhor ataque do Campeonato Brasileiro é um time comandado por Luiz Felipe Scolari. Difícil de acreditar. Tudo bem que precisamente a metade deles foi marcada num jogo só, o deste domingo, 19. Foi com dois de Luan, dois de Kléber e um contra que se deu a sova de 5 a 0 impressa pelo Palmeiras sobre o Avaí no Canindé, pela quinta rodada com campeonato brasileiro.

Segunda posição, com um ponto a menos do que o Corinthians (que tem um jogo a menos) e do que o Figueirense; quatro a menos do que o São Paulo. Bem melhor do que este torcedor imaginaria, mas ainda nada definitivo para um campeonato que percorreu 13% de suas partidas.

Quando o Palmeiras tomou a sova do Coritiba, pela Copa do Brasil, Marcos, o Goleiro, descartou qualquer chance de o time se classificar porque não havia obtido vantagem de seis gols em ninguém havia muito tempo.

Não foi neste domingo que o Palmeiras chegou a tão larga margem, mas foi quase. Considerando-se o time profissional, a última vez que o número cinco desenhou-se do placar a favor do Verdão foi em março, na Copa do Brasil, contra o Comercial-PI, no Pacaembu. E os piauienses ainda fizeram um de honra.

O feito não é apenas coletivo, mas contou com brilho individual, já que o contestado e pouco amado Luan foi o melhor em campo. Além de fazer Aleks buscar o esférico no fundo das redes por duas vezes, ainda deu passe para outro. Jogou muito. Não é papo de torcedor dizer que nem parecia o camisa 21 que normalmente entra em campo. Pelo menos não da linha do meio de campo pra frente -- pra trás, na marcação, ele continuava alerta.

Consta que a torcida não havia se convencido sobre as qualidades que só Felipão via nele. Até hoje, quando gritou o nome do atacante-volante. E tudo isso na primeira partida em que Kléber atuou ao lado de Wellington Paulista, no que seria a formação ofensiva preferida de cartolas e mesmo do palmeirense-padrão. Impressionante.

Só não foi mais impressionante do que a comoção da massa para que Marcos batesse o pênalti sofrido por Lincoln aos 45 minutos da etapa final. O camisa 30 acabou batendo, evitando contornos humilhantes para uma simples -- embora rada -- goleada alviverde. Ele não quis sacanear o goleiro catarinense ("ia parecer que eu tava pisando", disse o arqueiro).

Como não é todo dia que "sobra" um pênalti para o Palmeiras -- porque não é todo dia que o Verdão faz mais gols do que o mínimo necessário -- provavelmente o atleta de 38 anos, santificado há uns 12, não vai ter muitas oportunidades de fazer gols antes de encerrar a carreira. Mas a gente torce.



O Palmeiras jogou bem e conseguiu mais margem até do que vantagem futebolística. É que o Avaí teve pelo menos três boas chances de marcar no primeiro tempo -- Marcos defendeu. O alviverde paulistano viu atuações raras de Luan e de Cicinho, além da volta de Lincoln. Tá bom.

domingo, junho 05, 2011

Passadinha pela liderança

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O Palmeiras está na primeira posição do campeonato brasileiro quando ainda não se completaram os jogos da terceira rodada do Campeonato Brasileiro. Para que isso continue assim até a próxima semana, seria necessária toda uma cobinação de resultados. O que precisaria para isso seguir assim até daqui 35 rodadas, é melhor não responder.

Feita uma reflexão pessimista sobre o estado do futebol apresentado pela equipe de Luiz Felipe Scolari, cabem comentários sobre o que foi apresentado na vitória contra o Atlético-PR, por 1 a 0, no Canindé. Foi o segunda soma de três pontos em três jogos. Como houve um empate na semana passada, a equipe mantém-se invicta. E terá o forte Inter em Porto Alegre como próximo adversário.



O placar mínimo foi alcançado a 30 minutos da etapa final em cobrança de escanteio de Marcos Assunção para o volante Chico cabecear. Foi um placar magro contra um time que não marcou nem pontos nem gols no campeonato. E só saiu depois que Rômulo foi expulso, aos 12, por falta fora do lance em Kléber.

Embora as faltas e cobranças de tiro de canto sejam um ponto forte do time, momento de esperança para a torcida que canta e vibra, foi o primeiro gol alcançado dessa forma no campeonato. Isso quer dizer um de três, já que a equipe não marcou por mais do que isso em cada uma de suas partidas. Na temporada, foram oito dos 52 marcados – 15%.

Vale frisar que é comum as mesmas cobranças no primeiro pau resultarem em nada mais do que uma rebatida da zaga rival. O tento conferido pode ser uma esperança de que o treinamento, se não ruma à perfeição, pelo menos permite algumas melhoras.

Pelas minhas contas, foram quatro jogadas oriundas de faltas cobradas pelo camisa 20, mais dois chutes diretos à meta paranaense do mesmo jogador. Outras sete oportunidades pintaram com a bola rolando, entre jogada individual do lateral Cicinho, tabela de Kléber com Gabriel Silva e trombadas do camisa 30.

Há ou não dependência de cobranças, chutes e cruzamentos de Marcos Assunção? Metade das chances foram criadas assim. É um tipo de jogada que acontece mais vezes em um jogo. Mas o time precisa mais de Kléber para criar jogadas com a bola rolando. Com Luan e Patric atuando como meias, a "conquista" de um escanteio quando a equipe vai à linha de fundo, ou de uma falta como desfecho de um contra-ataque, permitem criar mais perigo.

Em outras palavras, até para ter escanteios e faltas, precisaria de mais criação.

Assim, a passadinha pela liderança não aumenta esperanças. Nem esconde limitações. Só é bom e, por isso, a gente aproveita.

domingo, abril 03, 2011

Só a retranca salva? Palmeiras vence na Vila

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Foi por 1 a 0 a vitória do Palmeiras sobre o Santos na Vila Belmiro. A defesa menos vazada do campeonato saiu-se melhor do que o ataque mais efetivo. A pergunta antes da partida era se, diante de uma esquadra ofensiva, só a retranca salva?

Só Kleber salva, foi a resposta. O camisa 30 teve só uma chance clara de gol e fez, embora tenha batalhado para tentar incomodar a retaguarda do time da casa. O placar foi mexido pela única vez aos 34 minutos da etapa final. Além do quê, o time não foi tão retrancado quanto se poderia imaginar.

Apesar de ter sido forte a marcação da defesa armada por Luiz Felipe Scolari – com Rivaldo na lateral esquerda –, o time entrou com Lincoln e Patrik no meio campo. Nenhum espetáculo ofensivo, mas muito diferente dos quatro volantes que povoaram essa área do gramado com camisas verdes no começo da temporada. A chuva e a disposição de se defender deixaram o primeiro tempo mais travado do que o segundo.

O Santos criou mais oportunidades, embora não tenha se mostrado arrasador. Teve Paulo Henrique Ganso em uma tarde atípica: perdeu um gol feito e "só" colocou uma bola na cabeça de um companheiro – o zagueiro Durval – cabecear e fazer Deola trabalhar. Bom, ele também deu o passe para Danilo marcar, impedido, o gol anulado do time da casa.

Pensando bem, fez na partida quase o mesmo que os jogadores de meio campo do alviverde somados – dois chutes e um cruzamento de Marcos Assunção e dois passes de Patrik para Kleber, um no gol que decidiu o jogo. Mas a parte de Ganso não bastou para resolver a partida. Pena que Patrik não faz mais durante os jogos.

Neymar começou o jogo incomodando, comprando antipatia com Kleber e com seu marcador Cicinho, poderia até ter levado um vermelho para casa, mas não mudou a história do jogo. Mesmo assim, o cidadão gela a espinha dos torcedores rivais a cada vez que parte com a bola dominada.

O time continua na liderança da competição. Venceu o primeiro clássico do ano e continua sem perder para o Peixe desde 2009. Viva!

quinta-feira, maio 20, 2010

Os repetecos tricolores mataram a Raposa

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Por Moriti Neto

Repetidos o placar, os artilheiros da noite e a boa atuação, o São Paulo venceu novamente o Cruzeiro, ontem, no Morumbi, por 2 x 0. Assim, após quatro anos, volta a figurar nas semifinais da Libertadores.

O Tricolor Paulista entrou em campo quase com a mesma escalação da vitória da semana passada, no Mineirão, à exceção da volta de Miranda no lugar de Xandão. E, se a vantagem já era grande, o atacante cruzeirense Kleber facilitou as coisas para o Tricolor. Em lance que lhe é característico, abriu os braços demais e, na corrida, atingiu o rosto de Richarlyson, sendo expulso no primeiro minuto de partida. A equipe paulista, empurrada pelas 52 mil pessoas que compareceram ao Cícero Pompeu de Toledo, mostrava uma defesa firme, meio campo marcando forte, constante movimentação de Marlos e Dagoberto, além de Fernandão, muito lúcido com e sem bola.

A impressão era de que o gol sairia logo, Marlos, Fernandão e Dagoberto tiveram oportunidades. E, aos 23, Júnior Cesar fez bonita jogada pela esquerda, deixou dois adversários na saudade, invadiu a área e rolou para Hernanes. O camisa 10, que chuta como poucos, arrematou em grande estilo: 1 x 0.

Com o domínio do jogo, a vantagem no placar e um atleta a mais, o Tricolor passou a tocar a bola à vontade, rondava a área da Raposa e, vez ou outra, criava chances em lances mais agudos, como ocorreu com Fernandão e Rodrigo Souto. Enquanto isso, do outro lado, Rogério Ceni não teve praticamente nenhum trabalho.

No começo do segundo tempo, Richarlysson tentou surpreender o goleiro Fábio com um chute do meio de campo. Aos 8 minutos, Júnior Cesar levantou para a entrada da área e Fernandão, de cabeça, preparou para Dagoberto matar no peito e encobrir, com categoria, o arqueiro celeste. No comando das ações até o final, o São Paulo trabalhava a bola e só não ampliou porque Marlos e Dagoberto foram fominhas.

Não que o São Paulo tenha exibido um futebol primoroso tecnicamente nos duelos das quartas de final. Porém, no placar agregado, enfiou quatro gols no bom time do Cruzeiro e não levou nenhum. Aliás, o time não é vazado, na Libertadores, faz oito partidas. Coincidentemente, desde a entrada de Alex Silva na competição. Se o time não é uma maravilha em termos técnicos, evoluiu demais taticamente, ganhou padrão e conta, ainda, com alguns jogadores em ascendência.  Agora é esperar a Copa passar para jogar as semi contra Inter, Estudiantes ou até o Flamengo e focar as cinco rodadas que restam no Brasileiro antes do Mundial começar.  

As melhoras

Claro que Fernandão é a referência que faltava na parte ofensiva do time. Não referência como homem de área, mas, sim, no sentido técnico e tático. Ele se posiciona muito bem, joga sem a bola e, com a gorducha nos pés, sabe tocar de primeira com objetividade e eficiência. No entanto, outros aspectos podem ser destacados. Marlos deu mais velocidade e contundência ao Tricolor, principalmente nas chegadas de contra-ataque. Os laterais melhoram a cada jogo, assim como a zaga. A estrutura de meia cancha também progrediu. Com Richarlyson, que é rápido, pode-se ter ora um segundo volante, ora um terceiro zagueiro cobrindo os avanços dos laterais e de Hernanes, que está muito mais participativo. Rodrigo Souto vem fazendo com competência a função de primeiro homem de contenção, embora, em princípio, isso fugisse das características dele. Está marcando bastante – anulou o selecionável Gilberto nos dois jogos com o Cruzeiro – e melhorou a qualidade na saída de jogo.

Sobre Ricardo Gomes, nunca teci nem elogios nem críticas severas. O fato é que chegou ano passado, brigou pelo título do Brasileiro até a última rodada e está classificado às semifinais da competição mais importante do continente. Também, desde que aportou no Morumbi, disse que iria fazer o São Paulo jogar diferente e, isso, dá pra dizer que conseguiu, afinal usa muito o 4-4-2 e trabalha lances com bola no chão. Tem mais: toda vez que se fala em sua demissão, fico pensando: “quem viria? O Cuca?”.   
                                                                         
Elenco

Alguns medalhões contratados no início do ano estão sendo sabiamente negociados. Cléber Santana, velho sonho de consumo do presidente Juvenal Juvêncio, veio ganhando um dos salários mais altos do grupo e não jogou nada. Irá, junto com o grosso e destemperado zagueiro André Luís, para o Fluminense, de Muricy Ramalho. Léo Lima, jogador instável, deve ser transferido para o Al Nassr, da Arábia Saudita. No caso de Santana, o clube se livra da dívida de mais R$ 3 milhões com o Atlético de Madrid, da Espanha, e, no de Lima, deve botar nos cofres R$ 3,6 milhões. Já com André Luis, na pior das hipóteses, fica livre da ruindade.     

Quanto a Washington, outro que pode sair, cansei de defendê-lo aqui no Futepoca. É bom centroavante, artilheiro por onde passou, já anotou 45 gols com a camisa do Time da Fé, mas parece que não tem clima para permanecer. Creio que ainda pode ser útil ao elenco, mas, ao menos por hora, teria que se conformar com o banco, o que é improvável. Deve sair. Fluminense, Atlético Paranaense e Goiás mostraram interesse.

Com tantas saídas, talvez haja mais oportunidades para garotos da base que, inclusive, teve o time campeão da Copa São Paulo deste ano. Enfim, atualmente, falar sobre as categorias de baixo no São Paulo é assunto para um post inteiro.                  

domingo, julho 19, 2009

A primeira fora de casa do Corinthians

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Um belo lançamento de Ronaldo e corte perfeito de Jorge Henrique, que deixou o goleiro pra trás e completou, deixaram o Corinthians na frente no Mineirão contra o Cruzeiro. Logo em seguida, em ataque rápido, Morais deixou Ronaldo na cara do gol, ele chutou e o Leonardo Silva deu uma de goleiro. Pênalti e expulsão. Ronaldo foi caminhando em passo de gordo, bem lentamente, e ainda quis dar paradinha – quer dizer, parar o devagar-quase-parando. Não deu certo, o goleiro Fábio esperou, e pegou bem fácil o chute fraquinho do Gordo. Depois disso, o Corinthians se segurou. Continuou atacando, chegando próximo, mas sem muito volume. O Cruzeiro com dez chegou muito mais, teve lances de perigo e, pela razão mesma de estar jogando em casa e atrás no placar, foi muito mais atrás do empate.

No contra-ataque, Ronaldo marcou, lá pelos 30 min do segundo tempo, aproveitando a assistência de Jucilei. No vídeo a seguir, o gol do Gordo:



Aos 38, Chicão fez pênalti em Kléber. Um pênalti bem tosquinho, por sinal. Ele foi no corpo, numa bola que bastaria se esforçar para fechar o caminho do gol. Nem pegou, mas o Kléber valorizou, com direito a pirueta, e a marcação foi, afinal, justa. O próprio Kléber completou. Para se redimir, aos 47 minutos, Chicão tirou uma bola na linha do gol, e depois Felipe prensou “no peito” com o Kléber, que já estava ali de novo pra completar. Resultado final é Cruzeiro 1 x Corinthians 2, na primeira vitória fora de casa do Timão no Brasileirão 2009, sobre o vice-campeão da Libertadores. Com a vitória do Barueri sobre o Náutico e os demais resultados, mantém-se na 6ª posição na tabela.

O Corinthians jogou com dois atacantes posicionados em linha, e em muitos momentos Morais fucionou como um terceiro atacante. Em três oportunidades, aliás, os três ficaram impedidos juntos, mostrando que estão unidos até nisso. Nesta partida, assim como na anterior, o setor que funcionou melhor é o meio-campo. Isso é importante, pois mostra que o time pode ser mais criativo que destrutivo, se quiser, sem o foco principal na defesa, como acontecia no início da temporada. Cristian e Elias são as duas principais figuras de articulação.

Os reservas que entraram também não fizeram feio não, o que é muito importante num campeonato de pontos corridos. Jucilei entrou muito bem, deu várias enfiadas de bola, tem qualidade este menino. Diogo pela lateral fez alguma coisa, embora ainda não substitua a garra e a “presença constante” de Alessandro, e Diego também não esteve mal no lugar do capitão William. Morais não parte tanto pra cima quanto Dentinho, mas deu alguns bons passes.

No estilo Mano Menezes, miudinho, o Timão está consolidando um bom elenco, inclusive com reservas. O time ainda precisa segurar o jogo mais na frente, por uma parte maior do tempo de jogo e tem condições de fazer isso. Quando faz isso, consegue chegar ao gol, não necessariamente no contra-ataque. Quer dizer, hoje o time tem condições de jogar pra frente, sobretudo porque o time inteiro (exceto o Gordo) marca também, então o apoio pode ser mais dinâmico. Com a bola no pé, é um time que cadencia o jogo e acerta mais do que erra os passes. Com a volta da zaga titular completa, Dentinho e Douglas, o time fica bala. Cabe à diretoria garantir a estabilidade do elenco e trazer alguns reforços para a próxima temporada, mas que não cheguem como “a salvação”, como costuma acontecer, mas sim peças para dar um talento extra a um esquema que está funcionando.

quinta-feira, maio 14, 2009

Flamengo 0 X 0 Inter ou Pra não dizer que só falamos de São Paulo...

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Dentre os jogos da rodada ontem, sem dúvida um dos mais – senão o mais interessante - era o duelo entre Flamengo e Internacional no Maracanã. O Colorado, time-sensação do momento, passa a enfrentar agora equipes bem mais fortes do que as que topou na Copa do Brasil e no Gauchão. Já o Flamengo, campeão estadual, precisa provar que pode ser competitivo também em nível nacional.

Com esses ingredientes, a partida atraiu 50.294 pagantes ao Maraca. Mas quem esperava um show do Inter, aproveitando contra-golpes com rapidez, viu o Flamengo dominar a maior parte do jogo. Se o time gaúcho na partida contra o Corinthians teve mais oportunidades de gol que o dono da casa, ontem foi o contrário. Não só teve que assistir aos cariocas terem a bola durante a maior parte do tempo como viu, no primeiro tempo, duas bolas na trave e uma defesa fenomenal de Lauro que evitaram a vantagem flamenguista.

Os rubro-negros foram de uma aplicação tática invejável, Cuca adiantou a marcação e tomou conta do meio-de-campo com uma formação de muita pegada no setor: Toró, Williams, Ibson e Kleberson. Eles foram responsáveis pela maioria dos desarmes da equipe, aliás, mais que o dobro de seu adversário: 47 contra 23. O trio ofensivo do Inter, D'Alessandro, Nilmar e Taison, foram praticamente anulados e os erros de passe eram frequentes no ataque gaúcho.



O bom Taison, pela direita, não conseguia reter a bola na frente e era o pior dos avantes colorados. E foi justamente nesse lado do campo que surgiram as jogadas agudas do Flamengo no primeiro tempo. Todas com Léo Moura, que apoiou muito bem e fez gato e sapato de Kléber, vulgo, Chicletinho, o lateral-esquerdo que mais masca do que joga.

No segundo tempo, Tite tentou fazer com que a equipe prendesse mais a bola no campo adversário e trocou Taison por Alecssandro, e D'Alessandro por Andrezinho. O Inter conseguiu melhorar muito pouco, e o Flamengo perdeu uma chance incrível com Kleberson (de novo, nas costas de Kléber). No final, foi Bruno quem salvou o Flamengo de uma injusta derrota, após chute de Andrezinho que bateu na trave.

O zero a zero mantém a vaga pras semis da Copa do Brasil em aberto, mas, sem Magrão e Bolívar, o Inter vai ter que jogar muito mais bola do que ontem pra superar o aguerrido e bom Flamengo. Elenco pra isso, tem. Promete ser um jogão.

sexta-feira, setembro 26, 2008

Kléber, telefone pro Dunga e diga: não me convoque

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Novamente convocado por Dunga para as Eliminatórias da Copa do Mundo, Kléber voltou a admitir que não está bem. "Sei que não estou rendendo o mesmo do ano passado", disse. "Mas jogando bem ou mal, quero estar em campo, tanto pelo Santos quanto pela Seleção". As partidas são contra a Venezuela, no dia 12, e contra a Colômbia, dia 15.

No Santos, se ele quiser jogar em má fase, eu não tenho nada a ver com isso – os alvinegros da Baixada que reclamem. Mas defendo que ele vá além e abra a vaga. Vá ou telefone para o treinador Dunga e diga assim:

– Professor, não me convoque. Pelo menos até eu voltar a jogar bola.


Engraçado, né?

Tudo bem, eu sei que não vai acontecer e a esperança santista é de que, numa dessas, ele faça um bom jogo e arrume um contrato pra jogar fora do país. Mas Dida fez isso. Riquelme também, mas não foi atendido. Bergkamp na Holanda é outro caso. Cada qual por seus motivos.

Então resta outra questão: e o Marcelo olímpico que foi bem em Pequim? Por que não?

Sai Ronaldo Gaúcho, entra Mancini
Transferido da Roma para a Inter de Milão, o ex-lateral ex-Atlético-MG Mancini foi convocado para a meia. Quem ficou em casa para isso acontecer foi Ronaldinho Gaúcho, o reserva barrigudo do Milan. Isso faz sentido.

sábado, setembro 20, 2008

Goiás, a pedra no sapato do Santos

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Não é de hoje que o Goiás é uma pedra no sapato do Santos. Contando com esse 4 a 1 sofrido no Serra Dourada, desde a primeira partida entre os dois, realizada em Goiânia no ano de 1968, foram 41 jogos, com 14 vitórias esmeraldinas, 15 empates e 12 triunfos alvinegros. Dentre as derrotas para o time do planalto central, uma é mais doída. A desclassificação sofrida na Copa do Brasil de 1999. O Peixe havia vencido o primeiro jogo por 2 a 1 e poderia perder até por 1 a 0 na Vila Belmiro para ir à frente na competição. Foi derrotado por 4 a 3, com dois gols de Araújo e outros dois de Aloísio, ex-São Paulo.

Mas nem mesmo esse histórico justifica um 2 a 0 logo nos três primeiros minutos de jogo. Paulo Baier estava sozinho para cabecear e abrir o placar a um minuto, com Fabiano Eller olhando a bola ao invés de marcar o goiano. Em um contra-ataque com a equipe totalmente desarrumada, saiu o segundo. Aos 13, Wendel falha incrivelmente e Fabão (no lugar do suspenso Domingos) fez o que já podia se esperar dele. Um pênalti infantil e, com menos de um terço do primeiro tempo, o Alvinegro já perdia por 3 a 0.

Ainda na primeira etapa Márcio Fernandes sacou Fabão e deslocou Rodrigo Souto para a posição, que terminou o jogo como o mais eficiente defensor da equipe. Mas o time goiano, com um esquema de três zagueiros, praticamente anulou Kléber Pereira, que não teve uma chance sequer nos primeiros 45 minutos. Cuevas, pra variar, se deslocou bastante e produziu pouco.

Na segunda etapa, novo gol aos nove minutos e a tentativa de pressão alvinegra ia por água abaixo. Com três atacantes (Lima entrou no lugar de Michael), o Santos melhorou, mas o caixão já estava fechado. Com assistência de Kléber Pereira, Pará descontou e Lima poderia ter feito o segundo em outro belo passe do artilheiro santista. Mas perdeu um gol feito e deve estar na lista de dispensas da Vila Belmiro.

Com um show de falhas individuais, não se pode creditar toda culpa do resultado nas costas do treinador. Até porque a equipe esmeraldina é boa, tanto que vem de quatro vitórias seguidas, com 12 gols marcados e dois sofridos, a melhor campanha do segundo turno. Mas Fernandes tem culpa em dois aspectos.

O primeiro foi a demora em colocar um terceiro atacante, deixando o adversário ter a sobra durante a maior parte do jogo. O segundo é manter como titular o ineficiente Kléber Chicletinho. Não acredito que a derrota e a perda da invencibilidade no nesse turno vá abalar o time, mas agora é praticamente obrigação vencer seus próximos dois confrontos na Vila: Portuguesa e Atlético (PR). Se o fizer, dá um passo importante para se afastar de vez da zona do rebaixamento, já que são dois rivais diretos. Mas o torcedor vai continuar tendo que ter paciência, ainda mais quando é obrigado a assistir a um jogador em péssima fase jogando com uma majestade de Pelé. Só que sem a técnica e o brio do Rei...

E o Fluminense? 

A derrota em casa para o Coritiba deixou o Fluminense com chances de segurar a lanterna no final dessa rodada. Claro que é preciso lembrar da responsabilidade do treinador que queria "brincar" no Brasileirão e também da saída de altetas fundamentais da equipe. Mas que a atitude de Cuca em repetir o discurso do "o time jogou bem, fomos prejudicados, merecíamos mais sorte..." não ajuda nada é a mais pura verdade.

quinta-feira, setembro 18, 2008

Poderia valer pelos dois campeonatos

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Essa já era minha proposta durante o dia. Como tanto o jogo pela Sul-Americana quanto o pelo Brasileirão entre Palmeiras e Vasco têm o Palestra Itália como palco, poderiam simplificar, fazer um jogo só e ter folga no domingo.

Mas eu nem achava que seria uma vitória com placar tão dilatado. É que havia o trauma dos reservas e não tinha avaliado o peso dos suplentes na partida de ontem. Fui fazer o dever de apuração pra saber quantos reservas entraram no Vasco ontem, e me surpreendi ao checar as escalações nos dois últimos jogos do Brasileirão e o número de variações é grande. No fim, parece o Vasco entrou em campo com uns cinco titulares. Melhor assim.



Thiago Cunha fez dois, o primeiro e o terceiro, e Denilson fez o segundo. O placar de 3 a 0 garantiu a vaga depois da derrota por 3 a 1 em São Januário. Mesmo assim, o resultado não mostra as – nas minhas contas quatro – defesas espetaculares de Marcos, o Goleiro. A última foi em um escanteio cheio de efeito batido por Madson, aos 45 minutos do segundo tempo. Perceba: um gol cruzmaltino àquela altura levaria a partida para os pênaltis.

Vale lembrar que o golaço de Thiago Cunha aos 32, num voleio que lembrou os que o Bebeto tentava, foi a primeira grande chance de gol. A objetividade e o oportunismo também são virtudes, claro. Senão, o Verdão não teria vencido o Cruzeiro no último domingo.

Kléber, o desgovernado, entrou muito bem na partida. Deu velocidade e acordou o lado ofensivo alviverde. No lance do segundo gol, a sensação é bem clara de que o atacante empurra o lateral Marquinhos. Mas na repetição fica claro que Kleber já está com os braços levantados (no procedimento "não fiz nada" que só quem os que acabaram de fazer besteira adotam) quando o defensor começa a cair. No replay não vi o braço empurrando, vi uma bela de uma ombrada. Como arbitro, eu marcaria, mas "futebol é jogo de contato" e o levantar de braços serviu para o árbitro Carlos Eugênio Simon concordar com a tese do atacante. Melhor assim.

E porque eu falei que Evandro tinha uma atuação às vezes mais para segundo (ou terceiro) volante, o jogador atuou bem mais avançado e foi bem quando entrou no lugar de Maicosuel.

Agora é encontrar o Vasco de novo no domingo. Que o placar se repita.

Na Sul-Americana, o adversário é xará de um clube que tem significado bicho-papão para o Palmeiras: Sport Ancash, da cidade de Huaraz, a menor cidade entre as representadas na primeira divisão peruana. Pelo retrospecto recente, ainda bem que não é o time de Nelsinho Baptista.

quarta-feira, setembro 17, 2008

Arranca-toco

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Segundo o programa de estatísticas Footstats, o Grêmio, líder do Campeonato Brasileiro, é o que mais cometeu faltas na competição (605). E o segundo colocado, Palmeiras, é o que mais recebeu cartões: 82. Como diria Kléber "Gladiador", atacante do alviverde paulistano que acumula três expulsões, recorde até aqui no Brasileirão, "se não quiserem contato que pratiquem outro esporte". Pois é...

quinta-feira, agosto 07, 2008

Espírito de Série B

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"Emerson Leão chegou à conclusão definitiva de que sair do Santos era o melhor caminho quando ouviu do presidente do Conselho Deliberativo santista, José da Costa Teixeira, que não havia mesmo dinheiro para nada.

'Mas, então, vamos jogar só para não cair?', Leão perguntou.

'Exatamente, para não cair', foi a resposta."

O diálogo acima foi reproduzido pela imprensa e já mostrava o que seria o resto da temporada para o Santos. O clube não estava disposto a investir em contratações, até porque não podia. Estava, sim, louco pra vender. Mas os compradores não surgiram, os contratos de gaveta fizeram com que diversos atletas saíssem sem qualquer compensação financeira para o Santos e a situação foi ficando desesperadora.

Veio Cuca. O time contratou. Incrivelmente, a diretoria passou a negociar redução de salários com dois jogadores que chegaram há menos de um mês. O atacante Cuevas aceitou, parece que Roberto Brum não. Havia quem acreditasse que o volante sairia por deficiência técnica, já que jogou (e mal) somente 20 minutos desde que chegou na Vila. Mas está claro que se ele topar ganhar menos, pode ficar. É como um reconhecimento tácito da diretoria: "olha, você é ruim, mas se a gente gastar menos com você, pode ficar aí. Não tem ninguém mesmo." Dá pra imaginar como é trabalhar em um lugar assim, não?

Ontem, no intervalo do jogo, Marcelo Oliveira colocou um jogador de marcação para corrigir o buraco no lado esquerdo da sua defesa. Cuca fez o mesmo. Olhou pro banco e só viu Hudson para a posição. Colocou o atleta na "máquina de moer garotos" que o time se tornou. E ele jogou mal. O time perdeu poder ofensivo e a retaguarda continuou frágil. O técnico mexeu mais na equipe, acabou com o esquema de três zagueiros, alterou o que pôde. Nada mais podia fazer. Perdeu-se. Já havia se perdido tempos atrás, quando aceitou as imposições do elenco, quando abriu mão de concentrar os jogadores por pedido de Fábio Costa, quando aceitou ser insultado e nada fez.

Petkovic falou após o jogo: "Nós aproveitamos os erros deles". Foi isso. Houve um time que mereceu perder. Qualquer que fosse o adversário, venceria só se aproveitando do sem-número de falhas do Alvinegro, principalmente no segundo tempo. Um arremedo de equipe em que nenhum jogador se aproxima do outro para receber, onde nenhuma das jogadas ensaiadas de Cuca, e que resultavam em gols no Botafogo, é executada. Um bando desorganizado onde o "capitão" Kléber, o pior passador do Brasileirão, não consegue acertar uma, UMA só cobrança de falta. E não é de hoje. Não é de ontem. É assim há tempos. Justo ele, cujo pai reclamou que seu nome era cogitado como "moeda de troca" com o São Paulo. Parece que no Morumbi há dirigentes um pouco mais espertos e ninguém quis ver o jogador com a camisa tricolor.

O elenco tem poucas opções desde o começo do ano e isso não vai mudar. Nenhum treinador de ponta vai querer treinar o Santos. Sobrem os refugos e as apostas. Mas só Luxemburgo deverá dizer por telefone ao presidente (sic) quem deve ser o escolhido para penar com o time durante o segundo turno. E o pobre torcedor, impulsionado pela paixão, vai à Vila ver o clube fazer história pelo avesso.

O Santos não precisa cair pra Série B. Já joga como se lá estivesse.

Mais da previsível desgraça santista:
Leão cai
Mas não era culpa do Leão?
Mas não era culpa do Leão? II
Os garotos não merecem ser sacrificados
O Santos nunca foi tão desanimador

segunda-feira, agosto 04, 2008

Ganhar do lanterna é obrigação

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Os 2 a 1 do Palmeiras sobre o Ipatinga em Minas Gerais foi, por um lado, obrigação. O time mineiro é favorito ao rebaixamento e lanterna da competição.

Mas em 2007, um dos 17 pontos do América de Natal foi conquistado diante do Palmeiras, em Natal. Mas isso foi com um elenco bem mais limitado. O Ipatinga não é o América do ano passado, mas time que quer brigar por alguma coisa que valha, tem que somar três pontos contra as equipes mais fracas.

Valdívia foi bem, marcou dois gols, criou jogadas, correu. E deu um carrinho que, na minha opinião, foi bem punido com cartão amarelo. Ele até pega a bola, mas a posição de onde ele vem é desfavorável e, ao pegar a perna do adversário junto com a bola, consiste em falta.

Cartão mal aplicado foi a Kléber, o desgovernado, que dividiu e tomou cartão. Depois do lance, evitou trombadas. Claramente visado – deu motivos para isso – mas continua claro que ele não pode entrar duro em nenhum lance.

E Alex Mineiro perdeu um pênalti. Em um misto de empurra-empurra com se jogar para trás – que poderia perfeitamente não ser marcado –, o centroavante se encarregou de diminuir o peso da polêmica: chutou tão no canto que pôs a bola para fora.

No final do jogo, o alviverde paulistano ainda conseguiu a proeza deixar o Ipatinga criar jogadas. Tanto que diminuiu a diferença.

Mas a segunda vitória fora do Palestra Itália no campeonato é bem vinda, garantiu o terceiro lugar. A próxima partida, na quinta-feira, é contra o Vitória, em casa. O time baiano saiu da zona de classificação para a Libertadores. Missão nada fácil para o Palmeiras manter o bom aproveitamento dentro de seu estádio.

quinta-feira, julho 17, 2008

Diante do Fluminense, reencontro com a vitória e com o G4

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A vitória de 3 a 1 do Palmeiras sobre o Fluminense trouxe o Verdão de volta à quarta posição. O único paulista a figurar na zona de classificação para a Libertadores.

O primeiro tempo foi equilibrado. O segundo, uma tranquilidade. Na volta para o segundo tempo, logo aos 4 minutos, o segundo gol. Depois, o terceiro saiu por insistência.



As boas notícias são três. Primeiro, o time não começou o jogo apático quanto nas últimas três partidas. Levou uma canseira – Dodô apareceu na cara do gol e o Fluminense conseguiu empatar – mas nos outros jogos, nem criar chances de gol o time conseguia no início. Segunda: Valdívia apareceu, chutou, buscou jogo. Terceira: Diego Souza, Denílson e os laterais Élder Granja e Leandro estiveram bem. O lado ruim, a zaga e o temor de que a falta de regularidade permaneça.

Kléber e os zagueiros
Foi motivo de troça de 9 em cada 10 comentaristas o fato de Kléber ter marcado dois gols de cabeça na boa defesa do tricolor carioca. O atacante palmeirense que deixou passar despercebida a ausência de Alex Mineiro tem 1,73m. Os zagueiros Thiago Silva, 1,83 m, e Luiz Alberto, 1,86 m têm 13 e 16 centímetros a mais.

Mas peraí: Alex Mineiro tem 1,75m. Se ele fizesse gol de cabeça estaria tudo bem para a zaga adversária? Kléber, o desgovernado, se posicionou bem, disputou a bola e cabeceou. Também tem mérito aí, porque os zagueiros estavam em cima do lance (mais no primeiro do que no segundo gol).

Falha muito mais grave, na minha visão, foi a da dupla Jeci Gladstone, que deixou Washington livre, ao lado de Rafael, colega da camisa 2, para marcar o tento dos visitantes. A bola de Thiago Neves foi tão bem lançada quanto as de Denílson e Leandro. Washington é oportunista até dizer chega. Mas o defensor verde mais próximo estava a um metro do centroavante. Na pequena área.

Da crise ao tudo bem
O Observatório Verde sempre critica a sanha da imprensa em apontar crise no Palestra Itália. É fato, embora não seja exclusividade de tratamento.

Basta uma vitória em casa depois de uma sequência de três partidas sem marcar três pontos, o time está em quarto, e voltam às manchetes a "soberania" do Palmeiras. Mais devagar. Até o Marcos está cobrando regularidade ao time. É isso que precisa, mas isso não tem sido demonstrado até aqui no Brasileiro.

segunda-feira, julho 14, 2008

Kléber Pereira salva Cuca. Por enquanto...

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Infelizmente, o resultado foi justo”. As palavras do volante Túlio, do Botafogo, mostram o que foi o duelo dos nauseabundos Alvinegros ontem na Vila Belmiro. Um sem-número de chances desperdiçadas de ambos os lados e um resultado que, se foi ruim para o Santos, poderia ter sido bem pior.

Pelo menos era isso que se prenunciava no início do primeiro tempo. Aos 17, o Fogão já vencia por 2 a 0, um belo gol de falta e uma falha inacreditável da zaga que deixou Wellington Paulista livre no segundo tento, uma bola difícil, mas defensável. O Botafogo poderia ter feito o terceiro, mas Jorge Henrique desperdiçou em um lance que Fábio Costa já estava fora da área Esse lance está entre os cinco gols mais perdidos da rodada, clique aqui).

O Peixe também perdeu seus lances, principalmente com Lima, mas um gol a mais do rival ainda no primeiro tempo poderia prenunciar uma catástrofe para o time da Vila Belmiro. Azar do Botafogo, que deu sobrevida a um cambaleante Santos na segunda etapa.

O estreante Roberto Brum saiu aos 25 minutos de partida (sem Rodrigo Souto, vai ficar difícil...) para ceder lugar ao meia Róbson e no intervalo Kléber Pereira entrou no lugar de Tiago Luís. Aliás, muito santista reclamava que o garoto, o “Messi” de Wágner Ribeiro, não tinha muitas chances com Leão. As que teve com Cuca, não aproveitou e ontem o comandante perguntou, quase no fim da primeira etapa: “Você quer sair?”. O menino, sem entender, respondeu: “Não”. E o treinador: “Então joga!”.

A paciência de Cuca com Lima, após perder sua terceira grande chance de gol, também acabou e Molina foi para o jogo. O Santos se mandou pra frente, mas conseguiu ocupar melhor os espaços no meio de campo, correndo menos riscos atrás. Assim, saíram dois gols do preterido Kléber Pereira, que voltou a marcar depois de oito partidas. O segundo, a bem da verdade, em impedimento, mas daqueles complicados de marcar (pra quem disser que falo isso só porque foi a favor do Santos, recomendo a leitura desse post, em que afirmo o mesmo em um lance contra o Peixe). Michael poderia ter decretado a virada no final, mas não fez.

O fato é que, mesmo revertendo uma derrota certa, o resultado não alivia a situação do Santos. Cuca já ameaça roer a corda e, inclusive, acena com dispensa de atletas. “A qualidade do grupo é boa, com jogadores de bom caráter. Mas tem que fazer por merecer para permanecer em um time grande. É difícil chegar até aqui. Quem está em uma grande equipe, não pode se acomodar”, disse o técnico.

E perguntar não ofende: Kléber, quando você vai voltar a jogar bola?

terça-feira, julho 01, 2008

Kléber, a besta

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Em entrevista ao repórter Bruno Winckler, do Jornal da Tarde, o atacante Kléber (que já foi tema de post aqui e foi citado aqui) mostrou ser tão inábil com as palavras como é violento dentro de campo. O personagem da vez no Palmeiras, que nesse campeonato Brasileiro vem sendo expulso jogo sim, jogo não, tentou se defender das acusações de deslealdade. Só conseguiu ficar mais comprometido.

Para começar, o brutamontes diz que sua expulsão no jogo contra o Náutico foi injusta. E justifica contando como se deu o lance:

"Os jogadores do Náutico pressionaram bastante depois que eu tive um encontrão com o Eduardo (goleiro). (...) Eu pedi desculpa. Não foi intencional. Futebol é jogo de contato. O juiz falou que não ia tolerar mais esse tipo de jogada e que eu ia precisar me controlar. Disse que ele estava me ameaçando. ‘Você não quer mais que eu jogue, é isso?’. Depois eu falei que ele estava deixando se pressionar. Na hora que levei o amarelo, reclamei e disse que já tinha me tirado do próximo jogo. Não precisaria me expulsar. Claro que falei em um tom mais alto, mas não ofendi ninguém."

Agora a gente conta. 1 - Tromba violentamente no goleiro, ainda que sem intenção (colher de chá). 2 - Acusa o juiz de ameaça. 3 - Acusa o juiz de ser levado pela pressão do adversário. 4 - Leva o amarelo. 5 - Lembra o árbitro de que já está suspenso, em um tom "mais alto" (a troco de que, cristo?). E o cabra não quer ser expulso? E isso é o próprio Kléber contando, ou seja, versão suavizada.

Mais a frente, solta essa: "A maioria dos lances em que levo cartão há uma disputa normal de jogo."

Mas a melhor parte vem no final.

"Tem jogador que é muito macho de te ameaçar em um jogo, mas se te encontra numa festa, com sua família, não faz nada"

O que o donzelo queria? Que os outros atletas o encontrassem na rua e o chamassem pra briga? É muita falta de noção.

(esse post pode - ou não - virar uma nova seção no Futepoca: Entrevistas Comentadas. Tem muita pérola solta por aí que merece ser destacada)

domingo, junho 29, 2008

O Santos tentou, mas a Lusa não deixou

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Diante menos de cinco mil torcedores, já que o estádio do Canindé não pode receber um público maior do que esse e a diretoria do Santos não quis fazer as duas partidas contra a Lusa no Pacaembu, o clássico paulista do sábado terminou em um merecido 0 a 0. Uma partida fraca tecnicamente, com poucas emoções, em que a Portuguesa teve uma chance de ouro no final, com Fábio Costa salvando a pátria alvinegra.

O técnico Cuca armou a equipe com três zagueiros, liberando os alas Apodi e Kléber para apoiar mais o ataque. Com o afoito Adriano no meio, junto com Rodrigo Souto, o Santos acabou sofrendo riscos já que a Lusa caía pelas laterais, aproveitando bem o atacante Diogo, que se movimentava tanto na direita quanto na esquerda. Mesmo assim, a Portuguesa teve apenas uma chance clara no primeiro tempo, um chute defendido com os pés pelo goleiro peixeiro. Apodi também teve uma boa bola na frente, mas errou ao tentar passar para Kléber Pereira e obteve somente um escanteio.

Na segunda etapa, o Santos voltou com o jovem Tiago Luís no lugar de um apagado Lima. Jogando mais na esquerda, com Wesley na direita, o Santos começou a atacar mais o recuado time do Canindé. Mas os alas não correspondiam. Apodi aparecia mal no ataque e Kléber teve novamente uma pífia atuação. O atleta da seleção errou lançamentos, cruzamentos, passes longos e curtos... Enfim, parece ter sentido a responsabilidade de ser o principal condutor da equipe. Dos 39 passes errados do Alvinegro no jogo, simplesmente 15 foram dele, disparado o pior passador do time.

Aos 15, Molina entrou no lugar de Apodi e o Santos prosseguiu pressionando, mais com chutes de fora da área. A retaguarda lusitana só sofreu uma ameaça mais séria na primeira jogada de Quiñonez - que entrou no lugar de Wesley aos 42 -, quando o equatoriano chutou para uma bonita defesa de André Luís. A Lusa teria sua grande chance no final, mas, como dito acima, Fábio Costa defendeu o arremate de Diogo. Com leve vantagem rubro-verde na primeira etapa e um também suave domínio santista no segundo tempo, o empate foi justo, e bem característico do fraco futebol tupiniquim.

Mimetismo midiático

Um lance curioso ocorreu aos 38 do primeiro tempo. No rebote de um escanteio, Preto lançou, Bruno Rodrigues tocou de cabeça e Washington chutou para o gol. O auxiliar, de forma correta, já havia levantado a bandeira quando Bruno, impedido, recebeu a bola. Mesmo assim, o atacante luso finalizou (não teve culpa por continuar o lance, já que tudo foi muito rápido). 

O que se sucedeu na transmissão da Sportv foi que o locutor Milton Leite disse, mesmo após o replay, que Washington estava em condição legal e que o bandeira estava errado. Não adiantava eu esbravejar na frente da televisão dizendo que o impedimento marcado foi no passe de cabeça de Bruno Rodrigo. Não sei se era desatenção, má vontade ou desconhecimento da regra de parte do narrador. 

Logo depois da partida, às 18h20, um texto do Globo Esporte dizia que o gol havia sido mal anulado. Ou seja, seguiram a “verdade” da narração. O mais curioso mesmo é ver hoje a matéria do jogo, no mesmo veículo, “corrigindo” a informação. Claro, sem avisar que havia errado anteriormente. A pressa é terrível, todos sabemos, e filha da necessidade do jornalismo online. Mas não custa ter um pouco de humildade e reconhecer que errou ou alertar o leitor que a matéria foi modificada.

sábado, maio 17, 2008

Kléber: de pretenso Kaká a futuro Sandro Goiano

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Há exatamente uma semana, eu conversava com três palmeirenses sobre o comportamento do atacante Kléber, emprestado por seis meses pelo Dínamo de Kiev, da Ucrânia, para o Palmeiras. Campeão paulista, com três gols marcados (inclusive o que garantiu a vitória contra a Ponte Preta em Campinas, na primeira partida decisiva), o atleta protagoniza jogadas explicitamente desleais e, calado e sério, parece manter totalmente a calma após as agressões, de forma fria e calculista. Não estou falando apenas da cotovelada em André Dias, do São Paulo (acima), na primeira fase do Paulistão. São muitos lances parecidos, como na decisão contra a Ponte Preta no Parque Antártica, quando, na queda após uma dividida, virou o pé e acertou propositadamente a sola e as travas da chuteira na cara do adversário. Maldade pura.

Pois então, falando sobre isso, todos os palmeirenses concordaram comigo. Dito e feito: hoje, Vanderlei Luxemburgo afastou Kléber do elenco e ele não enfrenta o Internacional de Porto Alegre amanhã, pelo Brasileirão. O motivo? Num simples treino, ontem à tarde, o atacante quase aleijou o zagueiro reserva Maurício, que saiu carregado de campo. É surpreendente esse tipo de comportamento, principalmente para quem, como eu, se lembra do início da carreira do atacante. Revelado pelo São Paulo, Kléber Giacomance de Souza Freitas era um cara franzino (à direita), que se destacava pela rapidez e oportunismo nas categorias de base e na seleção brasileira sub-20. Em 2003, aos 20 anos, assumiu a posição de Kaká, vendido para o Milan, e marcou 10 gols em seis meses de temporada profissional pelo tricolor paulista.

Pelo bom desempenho na Copa Sul-Americana, chamou a atenção e mereceu elogios de José Mourinho, que treinava o Porto - time que levaria para Portugal, no ano seguinte, o artilheiro Luís Fabiano. Com a lebre levantada, o ucraniano Dínamo se adiantou e comprou Kléber por US$ 2,2 milhões. Não sei o que fizeram com ele lá, se foi turbinado em salas de musculação (à esquerda), mas, de franzino, virou um tanque. Porém, o problema nem é esse. Não sei como é o futebol na Ucrânia, mas deve ser de forte marcação e muito contato físico, para não dizer violento, e com arbitragem complacente. Só pode ser, pois, de habilidoso e técnico, Kléber voltou para o Brasil com um estilo bem agressivo e "mau caráter", para ser mais preciso. Como disse, apesar dos gols e do bom futebol, tem até palmeirense que não gosta do cara. Merecidamente.

terça-feira, abril 15, 2008

Vanderlei, o vidente

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Egolatria, de acordo com definição do dicionário Houaiss: amor exagerado pelo próprio eu; culto de si mesmo; egotismo. Esse prêmbulo é necessário para avaliar a declaração do treinador Vanderlei Luxemburgo, após a derrota do Palmeiras para o São Paulo, no domingo. Na coletiva, foi questionado a respeito de Kléber não ter cumprimentado Denílson, que entrou em seu lugar. Daí, o "vidente" justificou a substituição com essa:

- Eu pensei que poderia ter um pênalti, como aconteceu, e o Alex teria de ficar para bater. Por isso, saiu o Kléber.

Pobre Palmeiras que depende de um jogador só para cobrar... pênaltis! Mas bem aventurado seja por ter um treinador que consegue prever o que vai acontecer na partida, na linha do inesquecível Valter Mercado (foto). E olha que o Robério de Ogum nem anda mais com Luxa...

quarta-feira, janeiro 23, 2008

Kléber como moeda de troca

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Eduardo Matroviche/Visão Oeste
Cada vez que ouço falar da possibilidade de o lateral Kléber (o único jogador “de ponta” atualmente no Santos, fora Fábio Costa) ser trocado por três são-paulinos (que seriam Júnior, Hugo e Souza), aumenta minha sensação de que a falta de profissionalismo e a bancarrota vão tomando conta do clube e, lá, “o futuro a Deus pertence”, como dizia minha avó.
As informações são desencontradas, mas o próprio Leão parece ser a favor do negócio. A não ser que o lateral Carleto, em vias de subir ao profissional, seja mais do que uma promessa, a não ser que ele seja um craque e possa substituir Kléber à altura (o que justificaria, do ponto de vista do time, a troca ou a venda do atual titular da lateral), é um absurdo tratar um jogador como o Kléber dessa maneira vergonhosa. Disse isso no domingo a um santista. Pois hoje vem o pai do jogador, Jordão Corrêa, também seu procurador , e diz, segundo a gazetaesportiva.net: “Nessas condições, não dá. Não tem negócio assim. Um jogador com nível de seleção brasileira como o Kléber não pode virar moeda de troca”. Tem toda a razão o sr. Jordão.
Mas ele concluiu, segundo a reportagem, dizendo: “Se não acontecer nenhum negócio [até dia 31, quando fecha a janela européia], ele seguirá tranqüilamente no Santos, que oferece uma ótima estrutura de trabalho. A gente toca o barco”.
Sinceramente, eu sairia do clube.

Corrigido às 20h30